Vento

Ventos agustinos penteiam as guarirobas.
A rede balouça meus signos ressaqueados.
E segue o domingo
magro de deleites.

Criando uma casa ao vento sabereis qual é a razão,voarei tão alto mesmo,qual a rua que mora a solidão.

Quando criar ao meu relento no deserto tão perto a luz,embriagarei o meu raciocínio nas alturas pensareis .

Quando eu enxergar a solidão,tão perdido são as trevas,no toque do violão minhas canções a inventar.

E criando uma casa ao vento e a imaginação a procriar,ouvireis tão alto mesmo e da criação essa paixão brotar.

E construído no relento que o vento sobrou aonde mora a solidão que em meu coração sempre reinou.

O tempo passa como o vento que sopra, o som da vós se perde na distancia, a vida em um piscar de olhos muda da noite pro dia, mudam as direções, pessoas, sentimentos, mais ao mesmo tempo parte fica guardado dentro de nós. O mesmo vento que seca a lagrima, também leva embora o cheiro e o perfume. O abraço acanhado, a despedida contida, o sorriso de canto, entre outros detalhes, serão sempre guardado na memória, são detalhes que o tempo talvez não será capaz de apagar.

S E C A

Um vento fraco e morno
Balança o limoeiro do quintal.
Da terra árida sobe um bafo infernal.
Os raios do sol parecem fios de óleo quente
Escorrendo testa abaixo.
As folhas de couve, murchas;
O espinafre, seco.
Sob esta ínfima sombra que resta, leio.
E as palavras derretem de calor.

Por vezes, seguramos o timão, achando que guiamos.
Em verdade, nada controlamos.
Sempre somos folhas na água
a mercê do vento e da maré.

...no momento em que (o homem) compreende, absoluta e finalmente, que a vida não pode ser captada, ele a solta, percebendo num átimo de segundo que tolo ele tem sido ao tentar retê-la como se fosse sua. Assim, nesse momento, ele alcança a liberdade do espírito, pois compreende o sofrimento inerente à tentativa humana de guardar o vento numa caixa, de manter viva a vida sem deixar que ela viva.
(O Espírito do Zen)

O MESMO VENTO QUE NOS TRAZ,NOS LEVA.
MAS ESTE É UM PONTO DE LUZ NO UNIVERSO
POR ISSO,UM LUGAR SAGRADO
MARCAR O NOSSO ENCONTRO É O MEU PROPÓSITO
ANTES QUE MEU TEMPO SE ACABE
E EU SEJA MAIS UMA HISTÓRIA A SER RELEMBRADA.
"filosofia de juçu"

Vento Sul

E toda a grama
E flor de jardim
E pedra
Borboleta,
Cor do som
Zunido bom
E o ônibus
Nem veio
Será porque foi
vento que acelerou?
Sal que nada
Sol assim
E mar, olhada
Tom de sono
E o estômago
Embrulhou,
Tem, mas
Acabou.

O vento é antigo igual ao tempo... Pessoas passam, o vento leva e o tempo sela.

Depois de algum tempo, depois de sofrer tanto, eu descobri que não preciso mais lutar para mostrar a minha verdade, pois ela só existe no exato momento em que os fatos acontecem. Depois disso ela fica ao dissabor dos ventos e das tempestades nascidos na alma dos impiedosos. Hoje eu sei que quem sempre soube dela foi Deus e isso por si só já me basta.

“E não importa o que a vida apronta, haverá sempre uma vontade imensa de superar. A esperança tem o dom de insistir em continuar buscando um amanha de belezas e levezas. Assim, os sonhos renascem como uma linda manha de sol, nuvens brancas e céu azul substituem os tons escuros do ontem, dando vida e oportunidade para uma nova tentativa de felicidade. O coração tem dessas coisas, encontra nos pequenos detalhes motivos para recomeçar, acredita que a força é capaz de superar os momentos ruins, traz consigo vigor e a doçura que transformam desilusão em uma nova ventura de conquistas e alegrias. Impulsionado pela fé voa alto e seguro, confiante que tudo é questão de tempo, logo o vento soprará a favor levando embora a dor, trazendo consigo sorrisos e amor..” Gil Camargos

Malandragem é ouvir o vento.

Vento que venta lá, venta aqui, mas nem sempre a tempestade de lá, cai aqui!
logo sugiro que cuidem do espírito, pois esse é implacável em todos os tempos!

Disse Jesus: Por que saístes ao campo? Para verdes um caniço agitado pelo vento? Ou um homem vestido de roupas macias? Os reis e os grandes vestem roupas macias – e eles não poderão conhecer a verdade.
(verso 78/114)

Aquela nuvem passageira pode ter sido a permanência da intolerância que o vento da vida soprou para longe de você

Não dá pra ficar esperando o vento soprar para levar as coisas ruins, para te empurrar para frente, para limpar o caminho. Se houver a calmaria, reme, corra, varra você mesmo os seus dissabores. Não se acomode com o que não te acrescenta, não acumule dores e nem sonhos, esperando que algo aconteça. Se jogue e dê movimento a sua vida, isso vai exigir um pouco mais de você, mas nada melhor tomar o controle e ser o condutor da sua própria vontade.

Solta ao vento, ao relento e no momento, me sopra a paz!

Que voe para longe, toda maldade disfarçada de boas intenções.

Sou só poeira

Eu sou só poeira
Deixado na madeira
Deixado pelo vento minuano
No tempo... No Pampa
E quando ele quer me ver
Sofrer novamente
Ele volta me abraça...
E simplesmente
Leva-me para outra madeira

O mesmo vento que me da o ar
Que me tira o ar!

Eu sou só poeira
Deixado pelo amor
Deixado no vento minuano
Perdido no tempo
Perdido no Pampa
E quando ele quer me ver
Sofrer novamente
Ele volta e me abraça...
E simplesmente leva-me
Para os braços de outra pessoa

O mesmo amor que me da o ar
Que me tira o ar!

Só há alegria no bem que se faz e na justa atitude conforme a consciência; o resto é ilusão, é tristeza travestida de satisfação, que se esvai no primeiro vento de lucidez para a verdade.