Vai Ficar na Memoria
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...
Numa estrada
da memória
parei para comer
um Pastel
com Caldo de Cana
na mão do Beiradeiro,
Pois tive que seguir
adiante o dia inteiro
por este pedaço de chão
do meu "Brasil Brasileiro".
Noite estrelada e de Lua
nas Pequenas Antilhas,
paira a memória garifuna
e no seu coração sou tua.
Na embarcação do peito
Ronde é o endereço
que fica em Granada onde
eu me acho e me perco.
Por sutil enredo te coloquei
nos sonetários das Américas
para ser habitante do seu peito.
E assim em silêncio tu abres
as portas da tua fortaleza interior
para me receber com todo o amor.
Balança a cortina de renda
toda feita da memória
e do Algodão de uma história
nas Pequenas Antilhas.
Na bela Petit Tobago
onde a Maior ave-do-paraíso
foi levada para encontrar
abrigo é sem dúvida santuário.
Minha imaginação para lá
voa e navega contigo
porque no final somos o destino.
Do jeito que você me quer
é exatamente que preciso,
por dentro o caminho foi escolhido.
Sei de uns noivos que
não tiveram sorte na vida,
ali foi registrada
a memória numa ilha.
Na Ilha dos Noivos,
na tua companhia,
não serei surpreendida
e verei que o mundo gira.
Nenhuma superstição
nos pertence e só o quê
é de desígnio na imensidão.
Confio o nosso destino
ao Senhor do Universo
porque foi por Ele escrito.
Nas águas da memória os olhos
da mente leem ilha de Meiembipe,
Nas águas recentes é conhecida
por Ilha de Santa Catarina.
A história precisa ser contada
para que não seja apagada,
Vou deixando o Atlântico Sul
dando a direção até alcançar.
Com você e na vida eu sei onde
chegar sem precisar me exaltar,
nasci herdeira e conheço este mar.
As cartas e as regras sou eu
quem as dou e escrevo,
sei quem sou e o quê mereço.
memória revisitada no barco
de pesca artesanal nas ondas
em plena Ilha dos Negros
enquanto liberto os medos
de como será o futuro
na heróica Baía do Babitonga
que o tempo nem conta
de tudo o quê o mangue suporta
de tudo o quê coração
precisa para a bater
e a gente continuar a viver
nas mãos a rede está
para capturar no teu olhar
indelével o mar de amor inabalável
A tua memória tem agido
como buscando o ninho
na Ilha do Xavier haverá
de ser por mim e assim será.
Leio isso na dimensão
do meu Atlântico Sul,
pleno desta Pátria Austral,
num rito jamais visto igual.
Em ti a minha existência
habitante tem escrito
o seu secreto romance.
Espiando-me no buraco
da fechadura os teus olhos
meninos de amor têm inundado.
A algazarra das araras
na memória do nome do rio
nem mesmo o tempo
apagou como foi escrito.
Os tempos mudaram
e ainda insisto na recusa
pela última dança
nas correntezas do destino:
O quê falaram ou faltaram
está ali tudo o quê pode ser visto.
A ginga que levou continua
a mesma de barco de pesca
que dança no rio ou no mar,
Por isso vou por onde desemboca,
encontra e naquilo que toca
e a esperança ninguém sufoca
e tem a grandeza do Atlântico Sul:
(Carrego o quê há ora verde e ora azul
do Rio Araranguá do Extremo Sul).
A Cidade de Rodeio iluminada
pela Lua Quarto Crescente
que põe na memória os festejos
da ancestralidade e dos Santos
do mês de junho que celebra
a fé e os sabores do Brasil profundo
que ainda carrega no peito,
com a poesia e os pés na terra,
Assim sigo com os meus
sonhos que dizem que é coisa de poeta
com alma abraçada pela beleza
do infinito Médio Vale do Itajaí.
A memória de um tempo
como Caipora correndo
veloz e solto na mata
para desatar os nós
que os homens criaram,
Dá para perceber
que não não aprenderam
nada e que não desejam
nem nunca aprender,
Para não perder o brio
sigo o curso indicado pelo rio.
Quando preservamos vamos contando histórias de um tempo que permanece vivo na memória e na realidade atual.
Mesmo que você não esteja mais entre nós, sempre vou manter sua memória viva dentro de mim. Nunca vou te esquecer, porque tudo que você, em vida, representou para mim. Tanta dor, saudade e sentimento envolvido...nada disso passa. Você será eterna para mim. Foi tudo tão injusto, sua vida era tão valiosa para mim, tão difícil entender porque isso foi acontecer. Já faz um tempo que você partiu, mas desde que você se foi para o mundo do criador, não teve um dia em que eu não tenha pensado em você. Você permanece em minha memória e no meu coração, sempre será assim Esteja em paz.
Lembrarei para sempre de você e de tudo que vivemos juntos. Sua memória será eternizada. Todos os anos, quando chega perto do seu aniversário, faço uma oração para que a sua alma tenha encontrado a paz, o conforto e o amor, que infelizmente, lhe faltou em vida. Você merecia muito mais desse mundo. Já faz alguns anos que você nos deixou e, desde então, nenhum dia se passou sem que eu tenha me lembrado de você. Guardo nossos momentos com muito carinho no álbum de fotos, mas principalmente, no meu coração. Esteja em paz.
Mãe em meio a um turbilhão de coisas, minha memória descansa no seu amor.
Grata sou a Deus, por escolher você para ser minha mãe.
Uma mulher quevtofos os dias, brilha com a lição "amor" "paciência" e principalmente com a "fé".
As pessoas te amam e te admiram, por ser sempre carinhosa, receptiva, bondosa e dona do sorriso mais lindo que eu já conheci.
A memória é curta, mas, o futuro continua imprevisível, nenhum plano bem traçado é a garantia de uma vida segura, é bom ser otimista com o pé no chão, sonhar sem flutuar e ter fé sem perder a coragem de viver com ética.
🌺 Em memória de Juliana Marins
Juliana Marins partiu cedo demais, aos 26 anos, enquanto realizava aquilo que muitos apenas sonham: viver intensamente, explorando o mundo com coragem, beleza e liberdade.
Formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ, dançarina e apaixonada por trilhas, ela percorreu a Ásia em busca de experiências e encontros com a natureza — até que sua caminhada foi interrompida de forma trágica no Monte Rinjani, na Indonésia.
A dor de sua perda é imensa. Mas, no meio do sofrimento, surgiu um gesto de humanidade que jamais será esquecido: o do alpinista Agam Rinjani, que mesmo sem conhecê-la, mobilizou amigos, arriscou a própria vida e subiu até onde poucos teriam coragem de ir. Ele a encontrou já sem vida, mas se recusou a deixá-la para trás. Passou a noite com ela, à beira de um penhasco, ancorado pela fé, pela dignidade e por um senso profundo de respeito à vida.
“Só saio quando Juliana sair também”, disse Agam. Palavras que tocam como oração.
A ele, o Brasil se curva com gratidão. Sua bravura, compaixão e integridade nos mostram que o bem ainda habita neste mundo.
Mas a dor também se transforma em indignação. A lentidão e a frieza do governo indonésio diante de uma situação tão urgente revelam uma **falta de sensibilidade inaceitável**. Quando vidas estão em risco, a burocracia e o despreparo não podem prevalecer. Cada segundo conta. E, neste caso, o tempo custou caro demais.
Juliana merecia mais. Merecia respeito, cuidado, prontidão.
Ela não era apenas uma turista — era uma jovem cheia de sonhos, com uma vida inteira pela frente.
Que a história de Juliana não seja apenas uma tragédia lembrada com tristeza, mas um chamado à humanidade: para que resgates sejam mais ágeis, fronteiras menos frias, e pessoas mais solidárias, como Agam foi.
Que Deus a receba em luz. Que sua família seja consolada. E que o mundo aprenda, finalmente, a valorizar cada vida com o zelo que ela merece.
📖 “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”
2 Timóteo 4:7
Com respeito, carinho e oração,
Geórgia Palermo
Meu lema é : Sempre feliz , não importa o que aconteca, porque a vida é muito curta pra gente ficar triste com pessoas que não valem a pena.
