Urbano

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⁠[AS ESCRITAS DO TEXTO URBANO - a Cidade como texto]



⁠A aplicabilidade da metáfora da “escrita” à cidade pode incorporar, certamente, diversos sentidos. Existe por exemplo a escrita produzida pelo desenho das ruas, monumentos e habitações - em duas palavras: a escrita arquitetônica de uma cidade. Trata-se de uma escrita sincrônica, que nos fala daqueles que a habitam, e também de uma escrita diacrônica, que nos permite decifrar a “história” da cidade que é lida através dos seus ambientes e da sua materialidade. A cidade em permanente transformação, em muitos casos, vai dispondo e superpondo temporalidades, ao permitir que habitações mais antigas convivam com as mais modernas . Em outros casos, a cidade parece promover um desfile de sucessivas temporalidades, quando deslocamos nossa leitura através de bairros que vão passando de uma materialidade herdada de tempos antigos a uma materialidade mais moderna, nos bairros onde predominam as construções recentes.

É também importante notar que os próprios habitantes reelaboram a escrita de sua cidade permanentemente. Por vezes imperceptível na passagem de um dia a outro, este deslocamento da escrita urbana deixa-se registrar e entrever na longa duração. Os prédios que em uma época eram continentes da riqueza e símbolos do poder, podem passar nesta longa duração a continentes da pobreza e a símbolos da marginalidade. Os casarões do século XIX, que eram habitações de ricos, degeneram-se ou deterioram-se em cortiços, passando a abrigar dezenas de famílias mal acomodadas e a configurar espaço habitacionais marginalizados. Nesta passagem marcada pela deterioração do rico palacete em cortiço miserável, deprecia-se também a imagem externa do bairro e o seu valor imobiliário, de modo que o espaço que um dia configurou uma “área nobre” passa em tempos posteriores a configurar uma zona marginalizada do ponto de vista imobiliário.

Este ‘deslocamento social do espaço’ também acaba por se constituir em uma forma de escrita que pode ser decifrada. As motivações para este deslocamento podem ser lidas pelo historiador: a história da deterioração de um bairro pode revelar a mudança de um eixo econômico ou cultural, uma reorientação no tecido urbano que tornou periférico o que foi um dia central ou um ponto de passagem importante. Ou, ao contrário, pode ocorrer o inverso: um bairro antes periférico ou secundarizado no tecido funcional urbano torna-se, subitamente, valorizado pela construção de um centro cultural, pela instalação de uma fábrica, por uma mudança propícia no eixo viário, pela abertura de uma estação de metrô, ou por diversos fatos de redefinição urbana. .Enfim, de múltiplas maneiras o próprio espaço e a materialidade de uma cidade se convertem em narradores da sua história.



[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.42-43]

Inserida por joseassun

⁠⁠[O CAMINHANTE E O TEXTO URBANO]


Ao caminhar pela cidade, cada pedestre apropria-se de um sistema topográfico (de maneira análoga ao modo como um locutor apropria-se da língua que irá utilizar), e ao mesmo tempo realiza este sistema topográfico em uma trajetória específica (como o falante que, ao enunciar a palavra, realiza sonoramente a língua). Por fim, ao caminhar em um universo urbano onde muitos outros caminham, o pedestre insere-se em uma rede de discursos - em um sistema polifônico de enunciados, partilhado por diversas vozes que interagem entre si (como se dá com os locutores que se colocam em uma rede de comunicações, tendo-se na mais simples ‘conversa’ um dos exemplos mais evidentes).

Enfim, se existe um sistema urbano - com a sua materialidade e com as suas formas, com as suas possibilidades e os seus interditos, com as suas avenidas e muros, com os seus espaços de comunicação e os seus recantos de segregação, com os seus códigos de trânsito - existem também os modos de usar este sistema. A metáfora linguística do universo urbano aqui se sofistica: existe a língua a ser decifrada (o texto ou o contexto urbano), mas existe também o modo como os falantes (os pedestres e habitantes urbanos) utilizam e atualizam esta língua, inclusive criando dentro deste mesmo sistema de língua as suas comunidades linguísticas particulares (dentro da cidade existem inúmeros guetos, inúmeros saberes, inúmeras maneiras de circular na cidade e de se apropriar dos vários objetos urbanos que são partilhadas por grupos distintos de indivíduos)


]trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.43-44 ].

Inserida por joseassun

O extensionista rural age como um elo facilitador entre o rural e o urbano, entre as notícias e as inovações do mundo rural, entre a academia e o produtor, com o intuito de aperfeiçoar o processo de produção, viabilizando melhores condições para o produtor e sua família, com potencial de produzir alimentos de melhor qualidade com viés de sustentabilidade.

Inserida por ezequielredin

⁠Matemática do Combatente Urbano
"Para cada bandido morto, dez Pais de família a salvo."

Inserida por Lobo_Branco1606

⁠"Lixo não é mais só lixo, é resíduo sólido urbano e tem grande valor econômico dentro de uma cadeia de produção global."

Inserida por MariaGabiGrohl

⁠Do caos
Mental e
Urbano
Crio
Cresço
Transcendo

Inserida por tonioloneto

⁠Para um propósito,
um planejamento urbano
através do desenvolvimento Humano.

Inserida por AnselmoOliveiraJr

⁠Antes de elucubrarmos acerca do lazer urbano para às pessoas, precisamos pensar de que maneira, essas, terem condições de se chegar até lá.

Inserida por LuizVentura

⁠O caos, é urbano.
O virtual é desumano,
a inteligência é artificial.
O conflito surge como um labirinto no cérebro de um erudito, em busca de respostas e uma saída, onde encontre a justa medida, para ser contemporâneo sem ferir o seu calcâneo.
Se não puder mais caminhar. E perdido se encontrar, nunca mais poderá se expressar.

Inserida por AbioyeBrown

Como um passarinho mundano,urbano,fazendo ninhos e planos,com gravetos de certezas,sobrevoando enganos.

Inserida por BrioneCapri

O trânsito urbano é formado por dois tipos de condutores: Os monstros adormecidos e aqueles que despertam os monstros adormecidos, uma hora estamos de um lado, outra hora estamos do outro.

Inserida por washingtonpepe

Esse caos urbano é tão desumano, sub humano, suburbano e animalesco. Feras rugindo suas palavras de ordem, arrotando seus planos futuros.

Inserida por julioraizer

Sou um louco, às vezes soldado, às vezes general, me chamam de excêntrico, de monge urbano, sou um frasco rachado, transbordando de sentimentos, tenho um espírito embalado por canções, sou livre, preso as raízes... Mas o que realmente sou, um menino com fome, sede, vontade e que quer crescer.

Inserida por dinhobrito

Corpo Concreto

Este corpo selvagem
fura o urbano
faz a viagem.

1986

Inserida por rubensajr

Entendo que a arte tem um poder essêncial para a sua vida e também para o desenvolvimento urbano.

Inserida por bernardomorais

" sob o telhado, leopardo urbano mia de amor
a cidade dorme, o caos dá um tempo
solidão acorda o poeta
que acostumado torce para que o romance dê certo
mas parece que ela, hoje não quer
resignado,vaga pelos muros
cantando, madrugada afora
sua triste canção...

Inserida por OscarKlemz

⁠"Morar no centro urbano nos faz admirar e valorizar o canto do galo quando ouvimos ao amanhecer."

Anderson Silva

Inserida por AndersonSilva777

⁠Naturalmente o gênero humano urbano, devido a poluição sonora excessiva das grandes cidades é bem mais sensível as cores do que as nuances das sutis vibrações.

Inserida por ricardovbarradas

A pichação assim como o grafite visceral urbano é a oralidade manifesta assim como a plataforma periférica da arte urbana que expressa o desejo de mudança da sociedade contemporânea trans que por agora sai dos guetos, becos e lugares sombrios do antigo modelo social adotado pelos tradicionais grupos políticos e financeiros dominantes e propõem uma nova espacialidade afastando se também do neo liberalismo e do perverso capitalismo que tanto tem prejudicado as comunidades livres nos diversos lugares do mundo.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Êxodo urbano...
O planetinha Chan retomará à origem, é tempo de mudanças.
AQUÁRIO, o arqueiro justiceiro colocando as coisas no lugar
para que a Terra possa se redesenhar. Gaya é um espirito vivo, é preciso viver com ela em um relacionamento harmonioso de coexistência.
A natureza nos recebe na terra, nos dá tudo o que precisamos para viver bem. Ela nos convida gentilmente a ficar, frutificar e desenvolver nossa historia antes de definitivamente partirmos...
É chegada a hora de calar a razão e aprender a ouvir o coração para receber a inspiração de como viver os novos tempos que se iniciam......

Inserida por fluxia_ignis