Uma Verdade Inconveniente

A Raposa e o Leão

Uma raposa muito jovem, que nunca tinha visto um leão, estava andando pela floresta e deu de cara com um leão.
Ela não precisou olhar muito para sair correndo desesperadamente na direção de um esconderijo que encontrou. Quando viu o leão pela segunda vez, a raposa ficou atrás de uma árvore a fim de poder olhar antes de fugir. Mas, na terceira vez, a raposa foi direto até o leão e começou a dar tapinhas nas costas dele, dizendo:
– Oi, gatão! Tudo bom?

Moral da história:
Da familiaridade nasce o abuso.

Um tropeço pode evitar uma queda.

Você não consegue fazer uma revolução com luvas de seda.

O beijo é uma estrofe que duas bocas rimam.

Olho a noite pela
vidraça. Um beijo, que passa
acende uma estrela.

Há quem defenda os seus erros como se estivesse a defender uma herança.

O declínio da literatura indica o declínio de uma nação.

O amor por um só é uma barbaridade: porque se exerce à custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.

Atrás de todo homem bem-sucedido, existe uma mulher. E, atrás desta, existe a mulher dele.

A sinceridade imprudente é uma espécie de nudez que nos torna indecentes e desprezíveis.

O coração é uma riqueza que não se vende nem se compra. Presenteia-se.

Uma fé que não duvida, é uma fé morta.

Como defender uma civilização que somente o é de nome, já que representam o culto da brutalidade que existe em nós, o culto da matéria.

A liberdade é uma coisa tão preciosa que devia ser racionada.

Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido.
(Eduard Blake, o Comediante em Watchmen)

O livro é uma extensão da memória e da imaginação.

O dinheiro não é necessário para comprar uma única necessidade da alma.

Nada há de bom nesta vida salvo a esperança de uma outra vida.

A estupidez humana é a única coisa que dá uma ideia do infinito.

Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por quem é objeto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar.