Um Sentimento Nobre
HERÓI DAS RESISTÊNCIAS
Eu tive perdas... Tive ausências...
Na minha caminhada de um só
Me faço herói das resistências
Que levanta sacudindo o pó...
Assim a vida me leva à frente...
Fazendo as próprias escolhas
Tentando ser o mais decente
E que resista fora das bolhas...
Que aguenta daqui ou de lá...
Toda a indiferença humana
Mas não paro para lamentar
Como vive sicrano ou fulana...
Cada um tem sua natureza...
Que é trazida dentro do ser
E pode tornar-se fortaleza
Para todo o mal combater...
Quero apenas ser quem sou...
Com meus medos e pecados
E sendo intolerante à dor
Deixe-me em meu quadrado...
(HERÓI DAS RESISTÊNCIAS - Edilon Moreira, Setembro/2024)
PENSANDO
Eu fico aqui pensando...
Tendo um estímulo sensorial
Vendo o mar se aproximando
Cá do fundo do meu quintal...
Eu fico aqui pensando...
Um pensamento talvez banal
Tanto sal... Água se evaporando
E todo o oceano continua igual...
Eu fico aqui pensando...
Por que o tempo é sem final?
As espécies vão se acabando
É o nosso planeta imortal?
(PENSANDO - Edilon Moreira, Setembro/2024)
TODO MUNDO TEM UM AMIGO
Todo mundo tem um amigo...
Mas tem um que é especial
É aquele que te dá o abrigo
Quando sente-se bem ou mal...
Um amigo é algo precioso...
É às vezes mais que irmão
Pois nos ouve silencioso
Em qualquer estado de aflição...
Há quem viva sem ter muitos...
E quem diga que tenha poucos
Reafirmando quando juntos
Momentos grudados ou soltos...
(TODO MUNDO TEM UM AMIGO - Edilon Moreira, Julho/2024)
TODA MÃE MERECE UM POEMA
Toda mãe merece um poema...
Que enalteça suas qualidades
Que compreenda seus dilemas
Os seus medos, suas verdades...
Toda mãe merece uma reverência...
Toda mãe merece ser compensada
Pela sapiência de sua vivência
Pela coragem em sua jornada...
Essa mãe heroína, gari ou atriz...
Estrela de cinema, professora
Cozinheira, faxineira em Paris
Delegada, policial ou doutora...
Cada uma com sua importância...
Cada uma com sua singularidade
Cada uma com sua exuberância
Tendo menos ou bastante idade...
(TODA MÃE MERECE UM POEMA - Edilon Moreira, Maio/2024)
O Homem é decididamente um animal social, não um solitário. O ambiente humano é, antes de tudo, a sociedade a que uma pessoa pertence, e a sociedade é um complexo de indivíduos ligados por interações cooperativas que servem para manter uma vida comunal.
UM POEMA BONITO
Apanho palavras ao vento...
E pesco palavras no mar
Pelo extensivo firmamento
Sem nenhuma desperdiçar...
Para fazer um poema bonito...
Dedicá-lo a um bem querer
Que tenha o que acredito
E meus olhos apreciam ver...
Com minha alma iluminada...
E a tua alma em comunhão
O poema que diz e não fala
Coisas que tenho no coração...
Levando-lhe uma esperança...
Ao encontrar o que buscou
Se a maior idade nos alcança?
É só reler o bê-a-bá do amor...
Deixando-lhe uma certeza...
Do passado já dissolvido
E cabe a nós a firmeza
De um futuro prometido...
(UM POEMA BONITO - Edilon Moreira, Fevereiro/2020)
SONETO À LUMINOSIDADE
Há em tanta luminosidade...
A paz que enche um lugar
Feita à mão por divindade
Perfeita a quem a encontrar...
E longe viver da maldade...
Que o humano teima em criar
Em claro mar da serenidade
De sal branco se purificar...
E sob a benção do sagrado...
A cada minuto contado
Nas águas vir se banhar...
Enquanto há vento soprado...
O pecado é decantado
Mas sem a alma turvar...
(SONETO À LUMINOSIDADE - Edilon Moreira, Agosto/2018)
UMA PAUSA
Uma pausa para o descanso...
Que traz um bem necessário
Uma pausa no meu recanto
Num extraordinário cenário...
Uma pausa para ver o mar...
Sem fazer um movimento
Uma pausa para meditar
E elevar o agradecimento...
Uma pausa para ver a lua...
Juntamente com as estrelas
Numa pausa... A colmeia recua
Para o desespero das abelhas...
Pausa para ouvir um pássaro...
Surpreender-se com o beija-flor
Ou reavivar um antigo laço
Que durante a vida formou...
Pausa também para a poesia...
Que não tem linha de produção
Existe a cada hora em novo dia
Em quem a mantém no coração...
Uma pausa longa nesse dia leve...
Como em tantos outros vividos
Uma pausa para quem escreve
A formular os novos sentidos...
(UMA PAUSA - Edilon Moreira, Novembro/2021)
QUANDO DORME UM POETA
Quando dorme um poeta...
O seu mundo se desmonta
Cerrando a porta secreta
Do que ausculta e aponta...
Tudo em silêncio pleno...
Como o soninho do bebê
Que sempre é tão ameno
Esperando o amanhecer...
E assim... O físico descansa...
Renovando as suas energias
Já a mente... Ao além avança
Na profundeza dos seus dias...
(QUANDO DORME UM POETA - Edilon Moreira, Fevereiro/2024)
O BREVE TEMPO DE HENRY BOREL
A Henry Borel (In memoriam)...
Um anjinho pela terra passou...
Com seu breve tempo de vida
E que sem querer nos ensinou
A ser vítima da união repartida...
Imagino a imensa dor de pai...
Quando se é pego de surpresa
Quem te ama também te trai?
Dentro da própria fortaleza...
Quantos planos arquitetados?
Para aquele futuro cidadão
Quantos herdeiros destronados?
Por terem a interrompida missão...
Certamente, deixa lembrança...
Nos corações que o amaram
O eternizado sorriso de criança
Naqueles que o abraçaram...
Subiu ao céu... O anjo/menino...
Deixando para trás intrigas
Na chegada... Toca-se o sino
Anunciando-lhe: Boas-vindas!
(O BREVE TEMPO DE HENRY BOREL - Edilon Moreira, Abril/2021)
Não deveriam existir caixões tão pequenos para sentimentos tão vastos. E no entanto, enterro um amor por dia, esperando que, em algum deles, eu também me enterre junto.
UM DIA IREI A LISBOA
Um dia irei a Lisboa...
Capital Lusa da Pátria-Mãe!
Que do Brasil tanto se afeiçoa
Tal mãe, que a um filho não estranhe...
Escutar o fado, a música boa...
Dançar... Se assim me assanhe
Ler a poesia que ao mundo ecoa
Comer, beber do melhor champanhe!
Visitar lugares e monumentos...
Deixar fluir bons pensamentos
Navegar em um barco à proa...
No tempo que é ágil e voa...
Deixar flores e sentimentos
Ao túmulo do ilustre, Pessoa!
(UM DIA IREI A LISBOA - Edilon Moreira, Setembro/2017)
GENTE BONITA
Eu gosto de gente bonita...
Que tem um sorriso largo
Ou que a ninguém evita
E não destila seu amargo...
Eu gosto de gente preta...
Gosto de gente branca
Colorida tal a borboleta
Gente que não se tranca...
Gosto de gente sensata...
Gente que tenha talento
Que aparece na hora exata
E traz o bom sentimento...
A gente que é mais bonita...
Carrega consigo carisma
Tem a alma boa, acredita
E se desprende da cisma...
Gosto de gente animada...
Que tenha uma cara feliz
E fica também encantada
Somente por tudo que diz...
Gosto de gente honesta...
Gente que tem empatia
E faz da vida uma festa
Distribuindo sua alegria!
(GENTE BONITA - Edilon Moreira, Maio/2022)
A mente da criança é hipnótica por natureza. Tudo o que ela escuta vira um roteiro inconsciente para o seu futuro.
Há que se dar meia volta e voltar à razão
O Brasil e o mundo vivem um momento ímpar, e perigoso, muito perigoso, da história da humanidade.
O princípio da autoridade democrática se esvai e valores como dignidade, trabalho, honra, estudo, disciplina, respeito ao semelhante, ao bem público, à propriedade material e intelectual, respeito à criança e ao jovem, direito de ir e vir, gratidão (ah! A gratidão), foram substituídos pelos valores materiais.
Simples assim!
Os interesses menores, que nos voltaram para nossos próprios umbigos, nos tornaram céticos, como diz o Chaplin em seu discurso.
Vou além, nos tornaram amargos! Graças a tanta propaganda, passamos a valorizar a casca, não o interior; passamos a nos deter no contentor, não no conteúdo; passamos a comprar pacotes, não presentes; passamos a dar valor às grandes festas, não às singelas reuniões de amigos; passamos a levar para casa o discurso, não o foco da questão; passamos a comprar o livro pela capa, não pelo escritor ou pelo que escreve; passamos, enfim, a ficar no supérfluo, não nos aprofundando na alma da pessoa que nos fala.
Perdidos nesse emaranhado de ilusões que construímos para nós mesmos, passamos a ver valor nas pessoas “saradas”, homens e mulheres; a ver como companheiro ou companheira ideal, a pessoa que se enquadre no “padrão” que nos foi vendido durante toda uma vida.
Usamos de todas as artimanhas, malhação, emagrecimento, operações das mais diversas, tingimentos e fingimentos, mas não saímos do quadrado!
Assim, “nos enquadramos” em uma Sociedade que se esqueceu como Humana, que se esqueceu como reflexo de um ser maior, bondoso, incrivelmente gentil, incrivelmente amoroso, eterno em sua sabedoria.
O que era para ser complemento passou a ser o principal, e o principal ficou esquecido em um canto de armário, cheio de poeira e teias de aranha, pedindo, clamando, por limpeza e arrumação, voltando, assim, as coisas aos devidos lugares.
Uma vida segura é construída de realidade, de leitura séria, de estudo, de trabalho, de “jogo duro”, de responsabilidade, de honra, de gratidão, não de fantasia!
Perdidos em nós mesmos esquecemos nossas origens, esquecemos que fomos feitos com o que há de melhor no Universo – Espírito, Filosofia, Sentimento e Matéria, um apoiando ao outro na medida certa, e no momento certo.
Esquecemo-nos que Educação não é a imposição de nossos conceitos, não raramente ultrapassados, mas, sim, a arte de se colocar no lugar do outro, de caminhar ao lado, para compreender a fala e as necessi-dades do educando.
Não estamos mais acostumados à bondade, à gentileza, e deveríamos
Não estamos mais acostumados ao “deixa prá lá”, ao perdão, que nos redime e eleva.
Isso é fundamental!
E não estamos mais acostumados à felicidade que, quando alcançada, nos mostra o que é a vida, de fato, nos mostra o que é SER HUMANO.
Esquecemo-nos do que é ser amigo, mas amigo de fato!
E, infelizmente, nos esquecemos dos verdadeiros amigos, nos esquivamos do afeto, nos esquivamos da alegria de uma conversa interminável, de um afago, de um sorriso, de uma dança com a pessoa querida, de uma visita, um almoço com os “velhos”, um convite para um passeio...
Nossos idosos, nossas crianças, nossas mulheres e nossos homens, precisam deste humano.
Nosso país, e nosso mundo, precisam de nosso trabalho, e de nosso grito de alerta, para que as coisas voltem aos devidos lugares.
É preciso, e urgente, que voltem!
Há que se dar meia volta.
O sábio não caminha em um só mundo, mas em muitos. Ele conhece as trilhas invisíveis, os portais ocultos e os atalhos do tempo. Para aquele que vê além, o passado e o futuro são apenas reflexos de um mesmo instante eterno.
Não é sobre se tornar uma fortaleza;
Mas alimentar a sua força interior, vai te fazer enxergar um lado positivo até na dor!
Enquanto estiver doendo!?
Você estará vivo.
GADO POVINO
Demétrio Sena - Magé
Há um povo tão povo, no pior sentido,
que defende seus lobos e persiste ovelha;
tem a velha doença de fugir da cura
para males e vícios de suas veredas...
É um povo tão povo, na pior versão,
sem a dignidade que não sabe ter,
pois o seu coração já se rendeu às dores
de não ver o que olha; como todo gado...
Elogia os que tiram suas lãs e peles,
põe os lombos à mostra para chibatadas,
dá risadas nervosas e louva seus donos...
Esse povo tão povo definhou em pé,
é rebanho empalhado que parece vivo,
sua fé virou cinza de apagar futuros...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
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