Um Poema para as Maes Drummond
O teto de vidro rachado
As paredes estremecidas do ser
Um passado repleto de erros
E um futuro sem você
As nuvens fechando o céu do olhar
E o céu desabando ao chão
A chuva correndo na boca
E a boca pedindo perdão.
As vezes me perco no seu olhar,
E não sei se um dia você irá perceber...
Mas é impossível não te admirar,
E sua beleza e seu jeito meigo me faz entender;
Que só serei feliz nessa vida,
Se ao seu lado para sempre eu viver.
Do epicentro da loucura
Uma linha tênue de lucidez
A visão de um futuro forjado platonicamente
A balbuciação de um projeto feliz
Sem explicação profunda
Ou o mínimo resquício de sensatez
Apenas alusões difundidas por afeto
Que não se partem simplesmente ao acaso
Mas que se ligam como um esbarrar de braço em interruptores
E que faz a luz de ambos resplandecer mais forte e vividamente
Pela simplista ocasião de estarem juntos.
Eu sonho todos os dias;
Com um amor impossível;
Com uma pessoa impossível;
Sem alguma chance;
De te conquistar;
Você não me conhece;
Nem eu te conheço.
Eu te imagino como uma princesa;
E eu como um príncipe;
Em uma aventura magnífica;
Nesse mundo desconhecido;
Em que o amor é desprezado e o ódio é vangloriado.
Na vida eu sou um prato quebrado,
Já servir varios pratos,
Cozido, assado,
Do bom ou barato,
Servir muita gente,
Deixei gente de barriga cheia,
Lamberam seus beiços,
Sujaram seus dentes,
Sorriso na boca,
Foram todos bem servidos,
Fiz bem meu serviço,
Servir muita gente,
Usaram tão bem,
Agora de lado,
Não sirvo mais a ninguém,
Só um prato vazio,
Velho, mal lavado...
Servir muita gente,
Agora em cacos,
Ninguém mais o quer,
Só um prato quebrado!
Lágrimas e Sorrisos
Uma folha que cai
Um coração que se desfaz
O sopro do vento, trás gotas de chuva
E um melancólico sorriso
Atraente para aqueles que não enxergam por dentro
Vazio para os que sofrem
Triste para os mais felizes
Mas...
Um dia na floresta de sonhos chegará
Deitarei na cama de plumas e olharei para o céu
A noite será a mais linda, pois aguardaria um dia de sol
Um dia não preto e branco
Sem sussurros frios e constantes do vento
Só o cantar magnífico dos pássaros
Que me trariam um buque de flores
Sentindo outros gostos e sabores...
“Exótico” diria a mente ambígua
“Comum” diria um alien
As estátuas de pedra me venerariam
Aplaudindo minha existência
Me convidariam para dançar
Com sorrisos e melodias, apenas um eu iria aceitar
Para este daria a mão, o corpo e a alma
Com ele subiria ate o altar
Os olhos fechados, sem nunca espiar
Com um beijo eu riria, riria tão alto e alegremente
Que todo o salão não hesitaria em me acompanhar
Riríamos sem parar por toda a noite
E ao dia riríamos por dentro
Sem nada poder nos afetar
Por isso...
Essa chuva que agora coloca máscaras em minhas lágrimas
Me ajuda a atravessar o caminho
Na paciência e suavidade, para frente eu posso olhar
Não vejo rostos nem carrancas
Só véus flutuando ao me redor
E é por isso que sorrio
Pois acredito que sou forte
Nada vai me dominar
Essas lágrimas que caiem, um dia serão as mais bonitas
Pois seu brilho de alegria, só esta guardado em algum armário
Quando eu o encontrar, vou sim, começar a chorar
Por que você está chorando?
Eu perdi o meu ursinho,
meu único amigo,
como ele era?
Como um grande irmão.
"Kando
Há um vale de belas flores,
Um oceano calmo e límpido,
Uma noite de céu claro e estrelado,
Quando meus olhos te encontram...
Ouço música soando docemente,
Percebo o ritmo de uma dança,
Uma leveza transmitida no ar
Quando ouço a tua voz...
Escrevo versos e poemas,
Ouço canções que você gosta,
Vejo a todo momento seu status
E fico aqui em você, pensando...
Se eu não pudesse te ouvir,
Se eu não pudesse te ver,
Nem mesmo te encontrar,
Ainda assim te sentiria dentro de mim..."
IMPRESSÕES DE MAIO
.
AS pétalas caem como um banjo,
Um violão, um som vazio,
Lembrando a queda de um anjo
Na foz vertente de um rio.
.
Um silvo escapa pelas costas
Que a gente ouve sem saber
Que a foz e rio são opostas
À direção que se quer ter.
.
A tarde suave, um fio imenso
Recolhe as pétalas da aurora
Não gosto nada do que penso
Nem penso em nada nessa hora.
(In)Certeza
Incerto,
Como se o sol fosse amarelo,
O limão fosse azedo,
Um mais um, fosse dois,
Como se um violão soltasse uma melodia,
As estrelas do céu, brilhassem,
O universo fosse infinito.
Incerto,
Como se a verdade, fosse real,
Ou a mentira falsa, talvez?
O nascer, fosse uma vida nova,
O morrer, um fim, ou recomeço.
Incerto,
Até que provem o contrário,
Com teorias clássicas de filósofos,
Matemáticos e cientistas.
Estudos comprovados cientificamente,
teologicamente, aceitamos também.
Mas, quem disse que, isso tudo é certeza?
Pode ser a maior incerteza já dita!
Como já citado:
"Até que provem o contrário",
Seguimos o incerto.
Sonhos
A paz mundial,
Ou uma coisa banal?
Poderia ser um carro,
Talvez um gato!
Voltar no tempo,
Ou voar com o vento!
Viajar para a lua,
Tirar todos da rua.
Ter uma pedra filosofal,
Quem sabe exterminar o mal?
Sempre ter paciência,
Ou curar uma doença.
Não haver mais lixo,
Todos terem um livro!
Conhecimento abundante,
Ser gigante!
Ter superpoderes,
Descobrir outros seres.
Viajar o mundo,
Ter um sono profundo!
Ser rico,
Não existir riscos.
Rever a família,
Fazer uma trilha.
Ir além, faz bem.
Seja extravagante,
Pense grande!
Siga em frente,
Sonhe sempre!
Vulto
A toda hora, a todo tempo
Sinto um vulto me seguindo
Com grandes braços e um sorriso sinistro...
Ele tenta falar comigo
Eu fujo, eu me escondo
Mas ele sempre esta lá
No escuro eu não o vejo,
Parece que fica invisível
Sinto medo, medo
Sinto frio, frio
E quando eu menos espero,
Ele está aqui comigo
Continuo não o vendo
Mas sinto sua presença
Não consigo mais dormir,
Não posso mais sonhar
Toda vez que fecho os olhos
Seu sorriso macabro esta lá
Sinto que minha única opção
É me render ao vulto.
Mas acho que já fiz isso,
Por que eu tenho certeza
De que eu nunca escrevi isso.
Te peço um riso de qualquer coisa, já nem me importa o que.
Quase sempre bastam a intensidade da cor e o aroma rosado que desejo sentir.
Anseio a primavera
Os cachos trazem o frescor que teus olhos distantes fizeram sumir.
É tarde de brisa quente
Me seguras de um jeito gostoso, largo, solto
Deixas sempre uma brecha entre os dedos suados
Quase não quero, mas escapo
Observada por teus olhos
Rabiola de pipa assanhada
Rebolo longe, vou alto.
DESEJO A VOCÊ
Que tu saibas encontrar felicidade em um botão de flor
Em um dia nublado
No inverno prolongado
E até mesmo na dor
Desejo que sejas feliz até no dia ruim
Quando o riso não for tão constante
Quando ouvires mais nãos do que sins
Quero que aches graça nos próprios tombos
Que mude de sonhos
De rumo
De planos
Que tu saibas encontrar a felicidade
Ou melhor
Que ela se encontre em você.
Inimigo Virtual
Era mais que amigo
Um acompanhante
Um querido
Além do palpável
Estava no virtual
Me tornava viral
E seu teclado derramava likes sobre meu corpo
O nu era quase exposto
Cada toque era um gosto
No entanto certo dia
Tanta poesia virou agonia
Como poderia possuir-me se era apenas fantasia
Se minha criação confundiu-se com a realidade
E a tecla delete tornou-se banal
E sem a menor linha
Apagou toda linha do tempo
Como se a cibernética fosse mais real que a carne
Como se o sangue não fosse todo esse fluxo de informações e mutações constantes
E em forma de rebeldia
Deletou aquela história pública com um simples toque
E tudo que foi construído então parecia desaparecer da memória
Esqueceu que a CPU é um coração virtual
E que formatar deixa marcas n’alma
E o bloqueio apenas deixou o seu choro mais exposto
A realidade vai muito além do virtual
E os cabos que foram rompidos
Tiraram apenas a imagem do monitor
Mas o coração grafou antes nas memórias eternas espelhadas em outras linhas de tempo
E o que pareceu desaparecer com um simples delete
Ficou eternizado na internet.
Borboleta de asas um tanto quebradas,
sempre presa num mesmo lugar,
quando curar-se e tiver liberdade,
será que ainda saberá voar?
Você é uma linda poesia
Você é uma linda poesia
Um lindo soneto
Um lindo momento
Enclausurada de segredos
Você tem versos que não consigo interpretar
Versos passíveis de complicar
Coisas que guardo no meu coração
E só eu sei rimar
Sua vida está escrita
Em mudas canções que não canto
Apenas me encanto
Versos que vão desenhar
Desenhados pela sua silhueta
E declamados pelo brilho do seu olhar
𝐒𝐞𝐦𝐢 𝐓𝐨𝐦
Meus poros enquadram o sol da noite mais escura.
Um coiote sem matilha a vagar acuado, mudo.
O uivo que ora se desfaz em passos
Por sobre a cidade em traços ocos.
Ver forma mais pura e se sentir distante,
Qual musica entre precipícios e mares intocados, é estar vazio.
Vazio, entretanto, é estar em si, antes de dó.
A meio tom de um olho negro a espreitar o espírito alheio,
Enquanto o meu esfumaçado, é mar, é ar, é brisa e pasto.
Seria outra senão aquela hora
A pontilhar os percursos
Da abóbada da minha vitrine
Opaca e sem laços?
Desfragmento-me:
medos e postais,
passos e adeus,
vento ... fumaça.
Espero a preamar ou
O ocaso da existência.
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