Um Poema para as Maes Drummond
Sofrer mais um pouco, um pouquinho ? Quanto seria a mais, quanto tempo? Já são tantos, tantas saudades, lembranças, vontades...já são noites incontáveis sem sono, no abandono. Sonhos não vividos, sonhados...desejos que não acabam, infinitos ! Querer toques, abraços, aconchego...querer colo. Já são tantas frases ditas, repetidas...quantos poemas, poesias escritas, dedicadas...músicas pedidas, lembradas. Mais um pouco, um pouquinho ? São horas infinitas, dias após dias de querer, de sonhar acontecer, de esperar...são descontroles vez em quando, raiva, desespero...são esperanças ! Até quando ? Até quando teria esse tempo, seria esse tempo pra nós, quando ?
De um amor que está impregnado em músicas, tatuado...de um amor sem tempo. De um amor que pulsa, invade coração, mente. De um amor que flecha a alma...doente !
Tenho marcas na alma; marcas de um amor em brasas, que queima e vive. De um amor que não cicatriza nem se apaga; de um amor que não se esquece nos caminhos do tempo.
Eu vi um pássaro; cantava a minha janela, no bico tinha rosas e cores, nas asas desenhos da lua e mar. Cantava a música de nós, trazia lembranças no canto ! Eu vi um pássaro; falava em versos, declamava poemas, sonhava. Tinha teus olhos e tua boca, brincava de amar...tinha poesias escritas nas penas, saudade no olhar !
De você um sonho guardado, escondido...já ousei demais: desobedeci todas as regras, leis...resta-me correr de encontro ao tempo e aceitar que não somos pra nós !
Não se peca só em palavras, silenciar também é pecado. Se é pecado, pecamos os dois: um por escancarar o outro por omitir !
Um dia a gente precisa crescer, soltar a criança que insiste em agarrar na barra da saia. Pois é, esse meu lado menina, moleca me fascina, me ganha. Só que tem horas que ou você cresce ou se machuca cada vez mais. Vou sair um tantinho desse mundo de ilusão, vou acolá um pouquinho na real.
Em meus olhos carrego um pássaro, em minha alma...livre, solta ! Em voos viajo e chego aos sonhos, teu rosto...olhar que me canta, encanta...sorriso que me leva, alto. Ultrapasso, vou além nos meus devaneios, nas loucuras...latejantes !
Entre um olhar e outro o desejo passa, entre uma saudade e outra fica a lembrança: lembrança de um momento, lembrança de uma voz, lembrança de um sonho !
Porque a minha poesia tem um olhar indecifrável, um rosto que oculta segredos...caminhos intransponíveis, palavras abstratas. Porque a minha poesia tem pedaços de pecado, tem cores de rosa; tem sorrisos guardados, escondidos...nos olhos a malícia dos deuses, na voz canto de pássaros.
E de amores renascem as cores, novos perfumes ! Que venha um novo mar, que chegue novos horizontes. Deixo na estrada um pouquinho de mim e levo um montão de você; mas vou !
Não dar pra perder um minuto, segundos a toa...teu tempo é precioso demais, é real: vale ouro, não vale sonhos !
Vez em quando tomo um porre de sonhos e caio nos teus braços ! Me embriago, te azucrino: te jogo na cama, te chamo pra dança, te caço...lambuzo teu corpo, te tiro a roupa, como do teu fruto, cavalgo !
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