Um Estranho Impar Poesia
O Desejo como Chama que Só Queima pelo Certo
Há um incêndio em mim, queimando lento e constante. Mas não é qualquer toque que aviva essa chama, não é qualquer presença que alimenta esse fogo. O desejo não é só calor no corpo; é fogo na alma. Muitos tentam acender essa chama, mas o vento leva, dispersa. Eu espero por quem saiba se tornar brasa junto comigo, quem compreenda que a intensidade do desejo precisa ser alimentada com a pessoa certa, no momento certo, sem pressa, sem imediatez. Não sou uma chama fácil de acender, mas quando o fogo se inflama, ele consome tudo.
Águas Profundas
Sinto-me como um rio de pensamentos, sempre fluindo, mas com águas tão profundas que, por vezes, mal sei onde começa o meu reflexo e onde termina o que é externo a mim. Eu sou tantas em uma só, e é difícil explicar. Cada emoção minha, cada desejo, se mistura com outros, criando uma corrente que não pode ser parada, nem contida. Não sou uma mulher de facetas simples, e o que mais busco é um encontro genuíno que me permita ser vista em todas as minhas nuances. Não tenho pressa, mas não quero ser apenas entendida, quero ser sentida.
A Espera como um Jardim Fechado
Dentro de mim, há um jardim que floresce no toque certo, na voz certa, no cheiro certo. Mas não abro meus portões para qualquer um. Já vi mãos impacientes arrancarem pétalas que mereciam ser admiradas. Então, eu espero. E, enquanto espero, meu desejo cresce, se espalha, se fortalece. Porque quando a pessoa certa vier, encontrará em mim um campo inteiro pronto para ser explorado.
O Corpo Como um Instrumento que Só Toca na Sintonia Certa
Meu corpo não é uma melodia qualquer, não toca para qualquer ouvido. Ele precisa da sintonia certa, do toque que sabe a nota exata para fazê-lo vibrar. Há desejo em mim, mas ele não dança ao som de qualquer presença. E eu espero. Porque sei que, quando a música certa tocar, eu não terei dúvidas – será entrega, será arrepio, será um acorde perfeito.
O Desejo Como Chuva em Terra Seca
Dentro de mim há um solo sedento, esperando pela chuva certa. Mas não aceito qualquer tempestade, qualquer gotejar. Meu desejo não floresce com qualquer toque, não desperta sob mãos que não saibam sentir. Precisa ser um alívio, não um dilúvio. Um toque que nutre, não que devasta. E então eu espero, mesmo que a espera resseque, mesmo que a sede arda. Porque quando a chuva certa vier, será raiz, será renascimento.
O Corpo Como um Livro que Nem Todos Sabem Ler
Meu corpo não é um livro de páginas fáceis. Ele não se abre para qualquer olhar, não se entrega a mãos que não sabem segurar sua história. O desejo existe, pulsa, grita em silêncio. Mas não pode ser saciado por qualquer toque sem alma, sem intenção. Eu espero por quem leia cada linha com paciência, que entenda a profundidade antes de querer folhear apressado. Porque para mim, desejo não é pressa. É construção.
Desejo de Ser Só de Alguém
Às vezes, me sinto como um pedaço de carne exposto, como se o meu corpo fosse só um detalhe a ser desejado por qualquer um. O toque de quem não me conhece, o olhar de quem não vê além da superfície… Isso me irrita, me desagrada. Eu não sou isso. Não sou só um desejo momentâneo, não sou algo que se pode possuir e depois deixar para trás, como uma peça descartável.
O que eu busco é algo mais. Quero ser desejada, sim, mas por alguém que me veja, que me compreenda em toda a minha complexidade. Quero ser a única, o centro do desejo de alguém que se entrega da mesma forma, sem querer dividir ou repartir o que é só meu. Meu corpo, minha alma, tudo que sou… Eu quero ser isso para uma única pessoa. Quero ser amada por quem sabe o valor de cada pedaço meu, quem não tem pressa de arrancar, mas que sabe, com paciência, como tocar cada parte do meu ser.
Eu não sou carne, eu sou vida. E quem me deseja, deve me desejar por inteira.
Ser Muito
Dizem que sou muito. Que sou demais. Que transbordo sentimento. Como se houvesse um limite para sentir, como se fosse possível medir o que pulsa dentro de mim. Não sei ser pouco, não sei ser metade. Minha essência é excesso, intensidade, entrega.
Eu sinto fundo, amo inteiro, desejo com a alma. Não me contento com rascunhos de sentimentos, com migalhas de presença, com o morno das emoções rasas. E sei que isso assusta. Sei que, para alguns, sou tempestade quando esperavam brisa. Mas não sei ser menos.
Quem quiser ficar, que fique por inteiro. Quem quiser amar, que ame sem medo. Porque dentro de mim, o sentir nunca será um fio de água. Será sempre mar.
Entre Olhares e Palavras
Há um instante, entre o piscar dos olhos e o sussurro do pensamento, onde a vida se revela em sua forma mais pura. Um tempo suspenso entre o que sinto e o que expresso, entre a fotografia e a palavra, entre a imagem que congelo e a emoção que deixo fluir.
Sou feita de silêncios que gritam e de gestos que falam. Meu olhar recua no tempo, buscando histórias que resistem ao esquecimento, vestígios de quem fomos, ecos de quem ainda somos. Escrevo para dar voz ao que se cala, para traduzir a dança invisível entre o que se vê e o que se sente.
Meu caminho é feito de entrega – a mim mesma, ao instante, ao que me atravessa. Carrego a suavidade de quem sente fundo e a força de quem transforma dor em criação. Cada palavra que escolho, cada imagem que capto, é um convite para enxergar além do óbvio, para sentir além do esperado.
E assim sigo, costurando tempo e memória, conectando passado e presente, trazendo para perto aqueles que se permitem ver – e, quem sabe, se reconhecer.
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O que Me Move
Depois de falar sobre o olhar que me define, venho agora compartilhar um pouco mais sobre o que realmente me move.
Meu olhar sempre foi um caminho para além do óbvio. Não vejo apenas o instante, mas o que ele carrega. Cada imagem que registro e cada palavra que escrevo são fragmentos de tempo que se recusam a ser esquecidos. Gosto de capturar o que pulsa, o que sussurra histórias na sutileza dos detalhes.
Minha fotografia não é apenas sobre o que está diante de mim, mas sobre o que ecoa dentro. Busco o que resiste ao tempo, o que guarda essência, o que conecta. Escrevo para dar voz ao que se esconde nas entrelinhas, para transformar sensações em palavras que acolhem e despertam.
Mais do que um ofício, meu trabalho é um reflexo de quem sou. Um convite para ver com mais sensibilidade, sentir com mais verdade e reconhecer, na imagem e na palavra, um pedaço de si.
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Entre o Vazio e a Criação
Às vezes, parece que minhas ideias vivem em um limbo, presas entre o que desejo expressar e o medo de que não seja suficiente. Eu as deixo flutuar no ar, na esperança de que um dia elas se tornem reais, mas, na verdade, sinto que o tempo as dissolve, como se eu fosse incapaz de lhes dar forma.
Sinto uma imensa vontade de criar, de dar vida ao que se agita em minha mente, mas ao mesmo tempo, me encontro paralisada pela insegurança. O medo de não conseguir traduzir o que vejo, de não ser capaz de fazer com que os outros sintam o que eu sinto, me deixa à deriva. Em vez de tomar as rédeas da minha própria criação, acabo jogando ideias ao vento, esperando que outros, talvez mais capazes ou mais ousados, consigam construir o que eu não consegui.
O que me impede de dar esse passo? O que me paralisa ao ponto de ver minhas ideias nas mãos de outros, enquanto eu fico à margem, assistindo sem saber como agir? Sinto que há um valor no que faço, mas, ao mesmo tempo, o medo de ser incompreendida me impede de dar a cara a tapa. A frustração cresce, e as palavras ficam guardadas, as imagens permanecem em arquivos, e o desejo de ver o fruto do meu trabalho se perde na incerteza.
Mas, por dentro, algo ainda insiste. Um fio de esperança que não me deixa desistir. Mesmo que o medo se faça presente, mesmo que eu me veja hesitante e sem confiança, sei que não posso deixar de tentar. Porque minha essência, minhas ideias, meus sonhos, são meus. E, de alguma forma, precisam ganhar vida. Porque, no final, o único risco verdadeiro é o de não tentar.
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O Que é Pedir Ajuda?
O que significa pedir ajuda?
É bater à porta de um por um?
É relatar cada detalhe da dor, explicando mil vezes o que já está escancarado nas entrelinhas?
É implorar? Gritar? Forçar alguém a enxergar?
Porque eu sempre achei que ser transparente fosse suficiente. Que falar, mesmo sem pedir diretamente, já fosse um sinal claro de que algo dentro de mim estava gritando. Mas parece que não.
Se escrevo sobre a minha dor, sou julgada. Se me abro, sou silenciada. As pessoas dizem para eu pedir ajuda, mas, quando faço isso do meu jeito, preferem que eu me cale. Querem que eu esconda, que finja que está tudo bem. Então, afinal, como se pede ajuda sem incomodar? Como se acerta a pessoa certa?
E se esse for o meu jeito de pedir ajuda? E se cada palavra que escrevo for um sinal? Quem realmente quer ajudar, consegue enxergar? Ou só sabe olhar para quem implora?
Se eu preciso dizer com todas as letras, gritar, bater de porta em porta, será que realmente querem ajudar ou só querem tornar minha dor mais conveniente?
"Meu avô dizia: 'Veja onde vai depositar a sua confiança. O seu melhor amigo tem um melhor amigo que não é você'."
Reflexos de Alma
Há um eco no espelho,
um reflexo que não é só luz.
É pele, tempo e memória,
uma sombra que sente e traduz.
Me transfiro em olhares,
sou vestígio em cada cor.
O passado resiste em traços,
feito espelho a guardar calor.
Toquei-me na transparência,
mas era outro a me olhar.
Alma fluindo em espelhos,
sempre a se reencontrar.
Um Trabalho de Valorização e Incentivo Cultural
Capturar imagens como as vejo e revelar ao mundo a essência das coisas.
É um trabalho delicado, mas essencial.
Quando um olhar atento destaca a importância da permanência e do legado representativo, ele convida as pessoas a se enxergarem sob novas perspectivas, diferentes ângulos e projeções de sua própria grandiosidade.
Pode-se dizer que é também um ato de empoderamento.
Vamos nos orgulhar do que nos pertence, nos apropriar de nossas riquezas e raízes.
Mostrar ao mundo que somos um povo rico de ser e de saber.
Essa é uma forma de permanência e consciência cultural!
@lambe_sujos.sambanegro, o som do Samba de Coco que atravessa gerações.
Um grupo popular forte e valente, que transborda alegria com seu jeito único de brincar com a vida!
E eu?
Uma outra história… Acompanha meus passos. 😉🤗
Entre o Ímpeto e o Silêncio
Hoje é um daqueles dias em que as palavras querem saltar, atropelando o tempo e a razão. Elas pesam no peito, se acumulam na garganta, ansiosas para serem ditas. Mas minha mente está inquieta, desorganizada, e eu não posso confiar nelas agora.
Não quero falar no calor da emoção e depois me arrepender. Não quero que a pressa transforme sentimento em ruído ou que uma palavra mal colocada machuque quem não merece. Então, respiro fundo. Seguro o ímpeto. Não por medo de sentir, mas por respeito ao que sinto.
Às vezes, o silêncio é a pausa necessária para que a verdade se alinhe dentro de nós. Estou tentando organizar o que há em mim antes de transformar em voz.
Coração em Espera
Hoje, meu coração anseia por um abraço que me envolva, por um olhar que me veja além das aparências. Desejo repousar minha cabeça em um peito que me acolha, sentir o carinho de dedos que percorrem meus cabelos com ternura.
Anseio por momentos onde o tempo parece suspenso, onde a realidade se dissolve e restamos apenas nós, conectados em um universo criado pelo afeto mútuo. Momentos que apertam o coração não por medo, mas pela intensidade do sentimento, pela beleza do instante que desejamos eterno.
Ser mulher é carregar em si a força e a delicadeza, é desejar ser amada com profundidade, ser vista com verdade, ser tocada com alma. É querer viver um amor que não exige máscaras, que acolhe as vulnerabilidades e celebra as essências.
E assim, sigo com o coração em espera, aberta ao amor que chega com respeito, que se manifesta em gestos simples, mas carregados de significado. Porque, no fim, tudo o que desejo é ser amada de forma inteira, em um amor que me faça sentir em casa.
Solitude
É um silêncio cheio de mim.
A solitude, que escolhi ou que me escolheu,
às vezes pesa mais do que liberta.
Não é ausência de gente — é ausência de encontro.
É uma quietude que não consola,
uma liberdade que não abraça.
É estranho como, mesmo cercada de paz,
sinto falta do barulho certo,
da presença que não invade, mas se encaixa.
Do olhar que atravessa sem pressa,
do toque que entende sem precisar explicar.
Minha solitude é um lugar onde me ouço alto,
mas, às vezes, só queria escutar outro coração batendo ao lado.
Porque até o que é escolhido pode doer —
e o que é bonito também cansa.
Às vezes, o peito é largo demais pra abrigar só um silêncio.
Às vezes, o eco do que falta grita mais alto que a própria dor.
A solidão da minha solitude…
não grita, mas ecoa.
A Solidão da Minha Solitude
Há um vazio que me visita sem pedir,
mesmo quando tudo parece estar em paz.
É a ausência que mora no peito
quando escolho estar só,
mas não deixo de desejar companhia.
Minha solitude tem nome,
tem gosto de café frio e cama arrumada demais.
É minha, mas às vezes pesa.
Não grita, mas se impõe com um silêncio
que fala de mim mais do que mil palavras.
É escolha… mas também falta.
É liberdade… mas também espera.
Porque há dias em que o silêncio me acolhe,
e outros em que ele me abandona.
Queria às vezes dividir o pôr do sol,
contar as estrelas com alguém que ficasse.
Alguém que entendesse
que até quem gosta do próprio espaço
anseia, vez ou outra, por um colo.
E nessa dança entre o querer e o suportar,
vou existindo: inteira, mas com vazios.
Solta, mas sonhando com um laço.
Sozinha, mas querendo ser achada.
O diálogo é, antes de tudo, um pedido sutil de cuidado. Mesmo quando parece banal ou corriqueiro, há entrelinhas pedindo presença, escuta, consideração. Quando o silêncio chega, ele já não é mais paz — é ausência. É o eco do que foi ignorado, negligenciado, esquecido. O silêncio, nesse contexto, não é escolha, é cansaço. É o ponto final de muitas vírgulas não lidas. Ele sinaliza desistência, mostra que o outro já não enxerga sentido em tentar se fazer entender.
E quando isso acontece, você começa a perder. Perde o vínculo, perde a confiança, perde a chance de fazer diferente. Porque quem cala já gritou demais por dentro. E aqui, neste ponto, deixo de cuidar. Não por falta de amor, mas por amor próprio. Deixo de cuidar de quem não soube cuidar da minha tentativa de permanecer.
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