Um Estranho Impar Poesia
Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.
“Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quando cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a importância de uma celebração.”
Não existe não morrer um pouco quando você chega. E de vez em quando tudo o que a gente quer é mesmo dar um tempo da vida.
Existe apenas um ponto do universo que pode ter a certeza de conseguir melhor, esse ponto é você mesmo.
"Seria até um pecado não dar valor a vida, não é mesmo? Com tanta gente pior por aí, não é mesmo? Seria um pecado não ser absolutamente feliz. E sorrir o tempo todo. E seguir a vida em pé."
Me enfiei em casa e não saí. Um desgosto. Leio o tempo todo. Sento no jardim. Ouço música. Tento escrever, mas não sei se quero ou se preciso, e não consigo. Umas carências.
A glória que se tornará póstera assemelha-se a um carvalho que cresce bem lentamente a partir da sua semente; a glória fácil, efémera, assemelha-se às plantas anuais, que crescem rapidamente, e a glória falsa parece-se com a erva daninha, que nasce num piscar de olhos e que nos apressamos a arrancar.
O valor da vida não exige muitas contas... é só imaginar o tamanho do bem que faz um sorriso... um abraço. E descobrimos que não dá pra avaliar... tem o tamanho de Deus.
''E se eu ao menos fosse considerada uma aliada sua, mas não, eu era mais um elemento do exército oposto,aquela que estava mais perto e que podia receber seus golpes mais certeiros. Você nunca foi violento, mas como era cruel.''
Não posso dizer que odei o mundo dos homens e das mulheres, mas eu sentia um certo nojo que me separava dos artesãos e dos comerciantes, dos mentirosos e dos amantes, e agora, décadas mais tarde, sinto esse mesmo nojo.
Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios.
Aprendi demais nessa vida, meu caro. Cada pequena ferida que carrego em meu coração, traz consigo um peso estonteante. Acontece que as cicatrizes doem às vezes e a brisa traz lembranças indesejáveis. Eu que reclamava tanto, “era feliz e não sabia”. E agora que minhas lágrimas escorrem e meu coração grita por socorro, eu percebi que perdi tempo demais me lamentando. Perdi tempo demais tentando encontrar soluções para problemas que eu mesma inventara. Perdi tempo demais, meu caro. Com pessoas que não valiam a pena e com sentimentos que foram jogados no lixo. Mas aconteceu, não é? Eu aprendi, meu amigo. Aprendi que essa vida não é fácil e que andar nela machuca demais. Aos poucos, a dor vai se tornando suportável, é claro. Mas incomoda. O passado incomoda. Lateja aqui dentro, grita coisas que eu não quero ouvir - e sou forçada. Só que a gente vai aprendendo, né. Trazendo dores, carregando pesos do passado, lembranças que talvez, nem sejam necessárias - mas a gente guarda porque gosta de sentir dor. Gosta de ver que aquilo que passou, jamais tornará a acontecer novamente. Mas a gente vai caminhando, meu caro. Vamos guardando um alguém aqui, outro alguém ali. Com medo de errar, de sofrer, de se decepcionar. Mas a gente vai seguindo. Colhendo mágoas, semeando sorrisos. A vida corre, meu caro. E a gente nem consegue acompanhar.
É certo!
É errado?
É arriscado, estranho e confuso...
É um caldeirão de medo e coragem, de incertezas e certezas do querer..., do que estar por vir, para o bem e para o mal.
É doloroso, é prisão.
É patético e infantil!
São duas perfeitas linhas que apontam a direção.
É decisão!
É sim, ou não?
Mais porque não o “talvez”?
Será que viver no meio termo não é viver?
Porque não fingir?
Não para nós, que já sabemos!
Mais para aqueles que não precisam, tão pouco, merecem saber?!
Será que simular, será que a incerteza é a convicção do viver de ilusão, de fantasias?
E porque não tentar, arriscar, prender, libertar-se... e ser feliz...?
Estou me sentindo estranho, não tenho mais sono, estou muito calado e pensativo. Tem um buraco enorme no meu peito, mesmo estando rodeado de pessoas que me amam, não sei explicar. Ando de moto com a cabeça a mil, a noite é minha companheira, as estrelas parecem estar mais lindas, o silêncio é maravilhoso e o frio parece me abraçar.
Como motoboy, tenho contato com muitas pessoas e acabo conhecendo a maioria delas, suas histórias, amores, rancores e, principalmente, seus olhares diferentes. Vejo muitas pessoas fingindo ser felizes, a ganância sendo maior do que o sentimento e lugares cheios com pessoas vazias. Não estou bem, parece que ando observando mais a vida, dando importância em tudo que vale a pena. Mas por que esse vazio?
É formidável como alguém que outrora era um estranho, se pode tornar em alguém tão importante.
É triste como alguém que foi importante, se pode tornar num estranho.
Para garota mais estranha que já garimpei
O que ela não sabe, é que ser estranho não é um defeito. É o que se percebe no que não é comum. É o que mais atraí, e o que desperta curiosidade no ser mais estranho. É a sua forma mais excêntrica, em qual, na sua normalidade, o estranho é o mais extraordinário da sua natureza. É o quanto que vale sua pureza. Não é estranho ver o brilho do diamante garimpando, estranho mesmo é saber que o diamante, mesmo tão pequeno e brilhante, não sabe seu valor em meio à tanto cascalho insignificante.
Me acompanha no caminho
Não me deixe sozinho
Porque sem o seu amor
Meu bem
Eu sou um estranho no ninho
Parei para pensar
Apenas por um instante
Estranho ou diferente?
Será que é relevante?
Com questões desse tipo, não vou mais me preocupar
Pois ao final de tudo, o que importa é o bem estar
Dos grandes ignotos escondidos,
um se repeliu além daqueles outros fractais,
desfazendo e refazendo
linhas de parâmetros adaptáveis.
Algo se estabeleceu pleno,
mas que pleno seja ele,
e que ele seja pleno além de sua capacidade,
pois seus atos serão tentativas,
suas vontades inspiradas
e seus amores vividos,
talvez pobres.
Complicado,
eis um pequeno mancebo desenfreado
se adaptando por algum final comum.
Beijo de maçã verde
Estranhos cabelos de fogo
Estranho fogo ardente
Estranho um para o outro
Estranha ausência entre a gente
Estranho não te ver
Estranho me sentir em paz
Estranho não te ter
Mas o estranho mesmo é perceber que você não volta mais.
Slá, só mais um café.
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