Um Estranho Impar Poesia
"AMOR"
Tantos foram os amores,
Que não mais os tenho,
Dê tudo e tudo, lembranças,
Amores, amores,
Tão muitos, Tão poucos vive...
O fogo da paixão que arde no coração,
Tantas e tantas possibilidades,
Mas quem poderá dizer,
Dos muitos e muitos, nada hoje há ter....
Sê do muito tive,
Agora nada tenho,
Mas uma verdade posso afirmar,
Nada finjo, ainda creio saber amar...
Perdi o temor,
Com o nascer do sol,
Assim pressinto,
Sê é legitimamente "AMOR".
Jmal
2013-09-13
Nascemos portando a luz,
Mas as vezes deixamos a poeira ofusca-la.
A lampada não queima,
Isso nunca...
A Ilusão da Tristeza é a carência de si mesma
E a loucura que nasce do seu ventre,
São bárbaros feitos de vidro.
Pra Karol
Ela é louca
Ela é bagunceira
Divertida como ela só
Claro que estou falando da menina Karol
Karol Respira malicia
Sabe seduzir e provoar
Menina maluca que sabe te seduzir pelo olhar
Tristeza não existe
Digo isso pois nunca a vi triste.
Jeito de menina
Malicia de mulher
não tem papa na língua
Diz o que tem pra dizer
Por isso Karol essa eu fiz pra você.
RABISCANDO AO VENTO
Ah!
Como amei, amei perdidamente,
Amando em lágrimas, em todo azul do mar,
Das dores me fiz crédulo,
E dos sonhos, meus versos de aflição...
Como amei, amei loucamente,
Bebendo do chão o orvalho da manhã,
E da noite o sereno da solidão,
Como poeta salmeei, versos de ausência...
Como amei, amei usando disfarces,
Para o aquecimento do coração...
Dê tudo vivi,
Rabiscando ao vento,
O que pulsava neste coração.
Jmal
Final do inverno de 2013
Lados da vida
Por que complicamos tudo?
Ao bem somos mudos
Enquanto louvamos o mal
Não parece normal
Levamos os problemas a sério
E prendemos as alegrias
Com todo o nosso mistério
Pioramos nossos dias
Adoramos o errado
Reprimimos o certo
Estamos do outro lado
Do fundo estamos perto
A vida depende de nós
Pode ser leve ou atroz
Escolhemos a nossa visão
Que seja a clara então
Somos nosso próprio mestre
Se escolhermos o melhor lado
Por mais que a vida nos teste
Teremos sempre a amado.
Estrada vazia
Como se escuta o coração
Se ele é mudo e sem beleza
Como se segue a razão
Se ao coração ela está presa
Ó grande treva
Que meus olhos cobre
Talvez não seja nobre
Digno de uma trégua
Seguindo essa estrada
Meu sonho se apaga
Incerto a caminhar
Talvez chegue a algum lugar.
A gente se acostuma, com a dor, com o sofrimento, com a alegria e com a falta dela, a gente se acostuma com pouco dinheiro e com muita grana, acostuma-se com o dia e a noite, acostuma com o cedo ou tarde, acostuma-se com tudo, a vida é uma verdadeira escola que ensina e faz-nos aprendiz conformados, já vi tantas expectativas morrerem que hoje em dia não faço mais planos, vivo um dia de cada vez, dou um passo de cada vez com cuidado, enfim a gente se acostuma com tudo de bom ou ruim, nós seres humanos somos eternos adaptadores, ninguém se acostuma e sim se adapta.
César Ribeiro
MUSICA
Eu ouço aquela musica
Ouço o som do passarinho
Pensamento me vem a cabeça
Sinto a solidão imensa
A musica volta a tocar
A solidão se despede aos poucos
O som toma minha alma
É como se agora aparecesse a multidão
A musica pode não ser minha vida
Mas sem ela também não a vida
O som,
O ritmo,
A letra.
Tudo vem como forma de pulsação
Pode ser do rock ao pop,
Do funk ao axé,
Um samba ou um rap
Ela pode vim como quiser.
Repare sua letra sua poesia
Trás mensagem, historias, fatos.
Pode vim como forma de protesto,
Ou uma simples melodia,
Pode ser através dos instrumentos
Violão, violino, piano.
Ela feita para nos ajudar
Deixar a solidão de lado
Levar a tristeza embora.
Mesmo que seja por alguns minutos
Ela vem a nos alegrar.
Nos faz fechar os olhos
Leva-nos a outro mundo
Nem percebemos mais em menos de três minutos
Fomos a outro mundo.
Pode ser com batidas fortes
Ou com as mais lentas
Elas nos tocam nos representam.
Ela parece nos definir
Saber tudo mim
É como se contasse minha história.
Como se fosse uma dedicatória.
Vem nos momentos ruins,
Marcas lembranças, momentos e pensamentos
Entra gentilmente, sem invadir meu mundo
com o intuito, de muda-ló um pouco.
Dual
E lá estava ele. Tão pequeno, tão frágil. Era maravilhoso saber que, enfim, eu havia sido pai. Ao mesmo tempo, um turbilhão de pensamentos e preocupações preenchiam os espaços ociosos no meu cérebro. Espaços que só eram, anteriormente, ativados quando os assuntos eram futilidades, como mulheres, festas e futebol.
Não havia espaço para mais nada. Desde o momento em que aqueles pequenos olhinhos negros piscaram para mim, o mundo parara. Só existíamos nós dois, unidos por laços únicos em uma esfera que eu ainda desconhecia.
E ele, o meu filho (meu!), parecia me compreender. Olhava fixamente na minha direção, enquanto suas pequenas falanges arriscavam curtos movimentos. E sorria, quando a preocupação tentava me consumir. Parecia estar adorando a exaltação que brotava de mim, mesmo detrás daquela enorme parede de vidro.
Agora eu entendia. Entendia o que era viver eternamente. Diante de mim, a maior aposta de perpetuação de minhas memórias. Uma Parte de mim. Minha continuação. Eternidade. Esse é o nome que deveriam dar a todos os filhos. Vitória. Este é o nome que deveria ser dado a todos os pais. Porque ser pai é viver, todos os dias, a harmônica dualidade existencial, sem deixar cair a peteca.
Samba do Amor Boêmio
Faz teleco teco com meu pandeiro,
Dirindindon com meu violão,
Dirindindin com meu cavaquinho
E faz um samba no meu coração.
Pra cada abraço uma nota alta,
Pra cada beijo uma melodia
E se o coro estiver afinado
Hoje a noite vai ter sinfonia.
E vai sambando pro meio da roda
Que já está chegando a sua vez
Se a sinfonia estiver animada
Hoje eu não durmo antes das três.
À tona veio esse tuntuntum
Que descobri, veio da percussão.
E enquanto tuntuntum eu vou ouvindo
Minha morena eu não largo, não.
No xique-xique do chocalho eu vou
Me devolvendo à antiga boemia.
E vou cantando como um beija-flor
Voando e sambando até nascer o dia.
O dia nasce pra morrer com samba
O samba que anima nossa gente
O samba que não existia
É no batuque do repente
E nas curvas de Maria.
E se Maria é a Dama da Noite
Que mexe com o olhar do poeta
Dois pra lá, dois pra cá
É a receita certa!
E lá do morro a gente ainda ouvia
Teleco teco, dirindim dondom
Xique-xique, tutum
Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá...
E lá do morro a gente ainda ouvia
Teleco teco, dirindim dondom
Xique-xique, tutum
Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá...
Caminharei pelos teus reinos porque já não bastam os cumprimentos e apertos de mãos...
Quero mesmo é saber que não sei!
Não basta ser pássaro
a vida pede mais
se faz orquestra
saúda-nos num coral
diversos tons numa tela
que nos convida
a semear!
As aparências enganam sim,
o roto retalho que somos,
fica entre as nuvens dos olhos
que nos alcançam.
É preciso mais que olhos,
é preciso alma,
é preciso ir além
desse "eu" recoberto
e encrustado na pele
já tingida por tantas máscaras!
Lamentos doces...
...horas a fio sentada neste banco de praça...
O pensamento beija minha alma num anseio que a custo reprmo...
Vejo folhas dançarem ao vento...
Qual tivessem asas...suavemente...
Eu ainda consigo sentir o perfume das flores
nesta minha solidão tão presente...
Escuto canções que são trazidas pela brisa
parecem lamentos doces... E a emoção vai tomando conta
De mim... Meus olhos fitam ao longe o infinito
Que me parece matizado de cores ultravioletas... Neste fim de tarde...
E eu sinto arrepios delirantes de saudades tuas...
PEQUENAS GOTAS
O amanhecer chegou tímido
Trazendo memórias passadas...
Como gotas definindo
As nossas longas pegadas.
A vida de repente mudou;
Arremessamos os papeis amassados;
No lago de sentimentos que inundou;
Nossos olhares distantes e abreviados.
As gotas caem tão transparentes
E são transformadas em absinto...
Sentimentos são nostálgicas correntes
Que resumem o que eu sinto.
É intenso o inverno que semeia
A saudade de uma flor esquecida...
Uma pequena gota em ti permeia
Figurando uma emoção atrevida.
Guimarães Júnior
CADÊNCIA
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TIC… TAC… TIC… TAC…
O tempo desmarca-se
da cadência do relógio…
TAC… TIC… TAC… TIC…
O dia raia
nos ponteiros despontados
dos nossos braços…
TIC… TAC… TIC… TAC…
Somos sol e vento
de pura essência…
TAC… TIC… TAC… TIC…
Somos centro e cerne
doutra cadência!...
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2016
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📜© Pedro Abreu Simões ✍
(y) facebook.com/pedro.abreu.simoes
Cala-te no instante e na hora
que se faz tarde, falar...
Não se desarvore diante do vozerio
que te grita dentro;
acolha-os em real sentimento
e veja-te ali recolhida(o),
silenciada(o) e tanto, tanto, tanto...
...de você, ali!
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