Um Estranho Impar Poesia
Imperfeição
Eu quero é ser imperfeito!
Ser errado em minhas convicções,
fazer idiotices,
rir de mim mesmo ao ponto em que a gargalhada me satisfaça e
que a ideia do cômico, me absorva...!
Sou eu assim sem temperos,
feito água de cachoeira que migra
de pedra em pedra e se esvai!
José Ricardo de Matos Pereira: 11.04.2020 - 8:25h
USUFRUINDO DO PRESENTE
Reflexo do que pensamos
Eternamente esse pequeno ponto
Controle com a respiração
Introduza a oração
Plante confiança e fé
Nascerá poder e constância
Força para continuar e esperança
Abismo e nem altura tirará o que o universo tem para te dar
Escravizados pelo ontem e chefes do amanhã
Alterando esses paradigmas
Vivendo apenas o hoje
O restante já acabou ou nem começou
Vez por outra vem uma vontade de dizer tudo bem miudinho, devagar, degustando todos os ípsilones, sentado num canto da sala, vendo pela janela,
o dia passar.
Tempo de ajeitar uma perna em cima da outra, tirando depois, voltando ao mesmo lugar.
falar pra si mesmo que era pra ser assim mesmo e sorrir das vezes em que pensamos que era tudo pra se acabar, pra morrer se debatendo em galinha d'angola com cria, numa hemorragia catarara de fazer bombeiro se apavorar e no fim olha aí, era uma tempestade tão grande que agora parece uma lagoinha.
Nesse tempo arredio que fica entre o café do almoço, a merenda e o final do expediente, horas inteiras onde cabem escabrosos causos de doença, vizinhas zelosas e façanhas de pescaria.
Fiz uma casinha de palito de sorvete, com porta e quintal, pintei um limoeiro, nem cabe mais nada no papel.
surpreendo-me ainda,
ao ser chamado de poeta,
me dá impressão de esquálido ofício,
de fato, a poesia está no olhar
de quem a lê, ou mesmo dela é o próprio objeto.
um poema é como uma lei a ser interpretada,
ás vezes salva, outras condena.
me eximo de tanta fatalidade,
prefiro escrever sem a pretensão da sentença,
deixo a sua escolha a outra metade da frase
@machado_ac
me chamo Zé
e não tenho fé
tenho pé
dois até
o direito
pra manter-me de pé
o esquerdo
pra dar no pé
pé anti pé
pé ante pé
como quiser
não tenho fé
tenho só pé
e vivo por aí
andando pra lá
e pra cá
até ao sopé
da montanha vou
a pé...
Quando
Quando vai passar?
Este desvario
Esta loucura
Deste encontro
Que provocou o desencontro
De todas nossas vidas.
Quando vai passar
Esta saudade
A sede de seu tocar
A minha
Avidez
Aflição
Pela sua presença
Quando vai passar
Este desespero, a secura
Que tinge meus dias
Minhas idéias
Esconde minha ansiedade
Em te tocar
Somente com o meu olhar
Não vai passar
Vai minar
Vai marcar
Não há tempo
Vai ficar
Morando neste tempo
Em que fiquei
Louca por você.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Quando chegou
Trouxe cor ao meu mundo.
Indo embora
Me deixou no escuro.
Você é a letra da canção
Que sai do coração,
Mas não quero,
Não posso,
Lhe ouvir outra vez.
Então vá embora, agora,
O encanto se desfez.
Quando você
Encontrar no futuro
Alguém para amar e ficar sempre juntos
Cantarei pela ultima vez:
Você é a letra da canção
Que destruiu meu coração.
A terra não é suja como a nossa vida
E vocês tratam a morte como se ela fosse algo ruim.
Mas ela não é.
A Nossa vida aqui que é ruim.
A morte é só a despedida desta vida insone
Balda e degregada
E o que dói
Não foi em quem morre ou parte
Dói em quem fica.
A morte não é ruim porque a saudades
e o egoísmo existem.
Quando todos partirem,
Não espero que nenhum de vocês volte,
Muito menos espero voltar também.
Deixem a vida para trás, para baixo e para a Terra.
Deixe a vida para os animais que realmente a merecem.
A morte é a sustentabilidade da vida pelo seu inverso
tentando restabelecer a ordem
deste mundo quase perdido.
O Homem é humos
E não precisa ser mais.
Já plantou uma semente no corpo para ver como nasce?
O homem é melhor que esterco só isso.
Não conheço outro jeito de salvar o mundo
Se não, não estando aqui.
Volte também
Ao título deste poema
Não insista
A Vida não é sobre nós.
www.jessicaiancoski.com
Poetisa Contemporânea Atual | Novos Poetas Brasileiros
PINGAM AS ROSAS AZUIS
No criado-mudo repousam rosas azuis respeitando a neblina do silêncio.
Um Relógio pendula o tempo, debatendo-se
Oscilam-se os lados,
hora-esquerda,
hora-direita.
Uma rósa chóve outrá balançá
Desprende-se
e píngá ´´´´´´´´´´:
E cai nos azulejos
Pétalas deslizam como lágrimas regando de azul a superfície.
Então paro, me pergunto
E desabo-tou:
Quantás-batídás-até-que-se-caule?_ _ _ _ _
Disponível em https://www.jessicaiancoski.com/
O mar tem uma magia inebriante
e diante dele e de Seu Criador
somos meros coadjuvantes.
Suas águas trazem e levam
o que quiserem, pois
sua força é estrondosa,
mas o seu encantamento
é, muitas vezes, surreal.
E nesse mundo tão real...
agora entendo porque
as pessoas buscam tanto
o seu "sal".
Oh mar !
Como não te amar...
se você pode trazer
e também pode levar
esse canto de amor
a todos que sabem
amar...
aos que sabem
Amar o mar!!!
Criar asas e voar
É o sonho que quero alcançar
Mas com as janelas fechadas
E com as portas trancadas
Não posso nem pensar
Em voar
Porque quando sonhamos
Precisamos tomar cuidado
Para não sairmos machucados
Porque viver pode ser
Tão complicado de entender
Só queria pode gritar
Sem me preocupar
Com que os outros vão pensar
Mas preciso saber que viver
Sempre será um prazer
ABRINDO CAMINHOS
Jesus abre portas
Onde existem janelas
Posicionar em meio as tempestades é a ideia
Momento da separação da areia e da terra
Depois sempre vem a calmaria
Cheiro do chão molhado traz euforia
Força para mais uma etapa da sua vida
Não desanime, as lutas acontecem todos os dias
Labirinto de enigmas
Trilha em meio a floresta sombria
Passar por guerras gera empatia
Elo que encontra toda saída
Mudanças são necessárias
Obstáculos continuarão na sua jornada
Toda dor carregada na caminhada
No final do ciclo lembrada como mais uma etapa
Entre o céu e seus olhos?
Escolheria aqueles que castanhos são.
olhá-los-ia todos os dias, todo o dia.
Jamais me cansaria de tanta perfeição.
Dissera-me, vermelho é a cor do amor.
Naquele momento, troquei-a para o castanho sem nenhum pudor.
Pudera eu...
Olhar para aqueles olhos sempre que desejar.
Mas posso olhar para o céu...
Admirar todo seu fascínio, o azul que de tão encantador.
Do castanho me faz lembrar.
Quisera eu, ter esse encanto todos os dias.
E aqueles que castanhos são, me apaixonar sempre que puder.
Mas poder não tenho...
Encontra-los-ei um dia, se Deus quiser.
CONFISSÃO
Confesso-te todos os meus pecados
Aqueles que cometo em teu nome
Pelas labaredas que consomem minha carne
Os anseios mais profundos
... arcaicos
mundanos.
Confesso-te guardar o cheiro da tua pele
Na boca, ainda o sabor da tua saliva
Na cerne o ardor das tuas ávidas mãos
Na ânsia que meu corpo te acolhe
No amor que a tudo assente.
Confesso-te meus poemas
Cada palavra bordada na estrofe
A razão... os porquês
Alforriada dos meus equívocos
Dos meus eus divididos
... pertencendo-te na totalidade
no desejo confesso
na poesia rendida
contida
em cada verso!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
AMOR INCONFESSADO
E enquanto faço de ti sonho
Trazendo te à minha existência
Sinto teus beijos de amora
Descanso em teus abraços
Provo do teu gosto
Me embriago de ti. ..
E ainda nem sabes
Nem poderias saber
És meu amor platônico
Desses loucos amores irônicos
Que sangra a alma em agonia
Que rouba o sono
Mas que não se pode declarar.
Amo te assim
Loucamente
E ainda que não saibas
Creio que não há coisa mais sagrada
Que este sentir transloucado
Pecado inocente
Inconfessado
Que em silêncio
Ouso viver.
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
SINCERIDADE
Não é nada
Ou quase nada
Ainda não sei.
É só essa vontade de ti
De te beijar em silêncio
Acariciar te o rosto
Como algo sagrado
Que se quer tocar
Mas teme.
Um desejo enorme
Quase infame
De adentrar pelas portas
Escancarar as comportas
E se render. ..
...sem caos algum
Sem explicações
Se doar
E que lá fora a vida siga seu curso.
Apenas um pensamento ambíguo
Um querer bem
Mas não é nada
É quase nada
Sinceramente
Eu não sei!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
Enquanto te espero. ..
Enquanto te espero varro mundos de solidão
Tanscrevo o amor em mil versos
Translado cata ventos e beija flores
Corro continentes e mares
Canto as paixões lá da Serra. ..
Enquanto te espero, meu bem querer
Sou a ternura que permeia os sonhos ainda não bordados nas odes do tempo
Sou a esperança de abraços e beijos quentes
Sou a fé que acalenta o coração das gentes
Sou toda a gentileza que acaricia as almas.
Porque te espero
E porque te espero me faço poesia!
Elisa Salles
A falta que me fazes. ..
Faz me falta.
Não uma falta qualquer
Tenho por ti ânsias de abstinência ...
Dói me as entranhas
Desassossega me o ser
Convulsiona me a alma.
És a visão que meu olhar almeja
O sabor pelo qual meu paladar saliva
A musicalidade perfeita à minha audição.
És a razão das minhas filosofias
A cura para minhas manias
A tranquilidade para o meu ser.
Por tudo e por tanto, faz me falta
Não uma falta qualquer!
Tenho por ti ânsias de abstinência.
E quando não vens
Sou só solidão
Meu sol já não brilha
Não floresce a margarida
A lagarta não metamorfoseia em borboleta
As estrelas não cintilam no cosmo e o poeta não transcreve o verso.
...És todo meu universo!
Então amor
Apressa te à correr para os meus braços
Para preencher meus abraços
Para tomar para si meus beijos de cereja
E curar me desta doença que é a saudade abismal que sinto de ti.
Elisa Salles
ADORAÇÃO
Estou presa aos teus carinhos e encantos
Cativa das carícias de teus dedos hábeis
À profundidade das tuas palavras afáveis
És meu amor, meu amante, meu acalanto.
E se alguém, algum dia lhe disser,por ventura
Que almejo outro lugar senão os braços teus
Então já não serei eu, nem estes céus os meus
Posto que tu és todo meu primor e ternura!
E quando o céu escurecer pela tempestade
E o campo não mais embalar o botão da flor
Ainda assim terás de mim todo o meu amor. ..
Posto que me prendeste com fios de ouro fino
Ao teu coração e à toda tua essência sagrada
Na adoração mais sublime, terna e enlevada!
Elisa Salles
O DOAR INCOMPLETO
Escondes de mim os olhos castanhos...
Furta-me sentimentos que conquistei
Toques profundos, no entanto, estranhos
Caminhos obscuros nos quais já andei.
Oferece-me a boca, mas nunca a alma
Abraços cansados; carícia mal parida
Um ardor doado que à mim não acalma
Toque que se liquefaz, perde-se na vida.
Não chegas com a sinceridade da razão
Também não vens trazendo tua crueza
Parte-me a inteligência e o coração!
Pois teus olhos castanhos nunca vejo...
São dois poços vagando nas órbitas
Pouco amor para o que doo e desejo!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
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