Um Estranho Impar Poesia

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FINGIDOR

Poeta é tão sentimental
Finge o "que deveras sente"
E às vezes é providencial
Para não parecer incoerente

Na verdade, é sua armadura
Uma maneira de se defender
Às vezes a vida é tão dura
Que só lhe resta escrever

É sua forma de se expressar
Vivendo o que é inacessível
E nele podem ou não acreditar

Mas fingir amor? Impossível!
Ele é denunciado pelo olhar
Numa alma que é tão sensível...

Você sabe qual a causa das palavras do Poeta?
Será o amor ou a tristeza? E as lágrimas? Também fazem poesia?
Qual a fonte de tanta inspiração?
Ocasiões ou sentimentos? Força ou fraqueza?
Angustia?
As vezes nem mesmo na dor somos capazes de produzir palavras poéticas!
Mas e o amor?
Eu sei o que é o amor! Mas eu ainda não sei amar...
Como eu vou falar de amor se eu não souber amar, eu preciso de alguém para me ensinar!
Quem é o poeta? Oque faz a poesia?
Palavras poéticas?
Eu sei que os poetas não têm medo, e que o que flui em suas palavras é estritamente de dentro, no fundo da alma e do coração...
Quer saber a causa da minha inspiração?

-É a primeira palavra deste poema.

Não tenho primor gramatical, nem primor literário.
Este último não tenho porque falta-me talento.
Já o primeiro eu não tenho porque sou um bárbaro
que usa e abusa da licença poética,
destruindo a gramática em favor de alguma melodia.
E aí quando acusam-me os puristas
de ajudar a assassinar a língua portuguesa,
eu vou dizendo pelo caminho
que, tal como as coisas essenciais da vida,
poesia não se lê com os olhos,
só se lê bem com o coração.

Vou-te mostrar esta rima pra poderes aprender,
então fica atento e começa a ler.
Tu tá ligado nesta rima,
porque te vou ensinar está bela obra-prima.

Os amigos

Amigos cento e dez, e talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.

Amigos cento e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.

- Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver…
Que cento e nove impávidos marotos!

Menina Da Sacada

Tá vendo aquele vidro?
No 15° andar
Ele foi quebrado
Alguém se jogou de lá

Era uma linda moça
Parecia ser muito forte
Mas a vida é traiçoeira
Ela preferiu a morte

Ela não aguentou
Saber que sua família
Não tinha salvação
Aquilo a abalou
Mas ninguém percebia
Indefesa e sozinha
Não aguentou a pressão

Ela não se suicidou
A sociedade a matou
Ela só terminou
O que a família começou

Os vidros foram trocados
O suicídio esquecido
Mas o lugar foi marcado
Por uma fuga desse inferno

DOM DE AMAR
Quem tem o dom de amar
Ama sem conveniencia qualquer
Não confunde amor com emoção
Ama sem leviandade nem paixão
Creia è assim que Deus quer

Enquanto o verdadeiro amor
Reveste a alma de belas poesias
O falso amor ilude , gera torpor
E se enche de palavras vazias

Quem tem o dom de amar
Sabe respeitar limites e diferenças
Busca compreender e perdoar
Amor è dom de Deus e não crenças

Amar não è ter a pessoa perfeita
Aquela que na mente projetamos
Também não existe receita
Para conquistar aquele que amamos

Quem tem o dom de amar
Não tem a formula do amor
Apenas sabe compensar
A dadiva que recebeu do Criador
Fatima Queiroz

Tu amas
Tu podes atè não se dar conta disso...mas amas.
Tu amas ...porque amar è a essência da vida humana.A finalidade da vida
è aprender a amar...fracassar no amor è fracassar na vida.
Sei e tu sabes também que não è fácil amar,muitas vezes nossos amores fracassam;
talvez por um simples desentendimento,depois vem o egoísmo de uma das partes;ou mesmo o orgulho que nos impede de pedir desculpas...afinal o conselho antigo
da Escritura sagrada que diz: “que o sol não se ponha sobre vossa briga” será sempre atual.Nao se deve padecer por amor,quando se confunde amor com sinônimo de posse, aì sim;aparecem os mais atrozes sofrimentos,o que nos faz sofrer è o instinto de propriedade,que è o oposto do amor.
Entendo que o amor è um fogo,que necessita ser alimentado continuamente,pelo combustível que se chama carinho,elogios,entusiasmo,atencão...essa è a condição da autentica felicidade,pois o amor não è apenas dois numa so carne,è mais.È dois numa so personalidade,sua expressão total não se encontra em dois coracões que batem unanimemente,mas em duas vontades que buscam sempre a harmonia e os mesmos ideais.
Pesquisas cientificas provam que as pessoas que amam
e não tem dificuldade em demonstrar esse amor,são bem mais felizes...nao deixe de declarar seu amor nem um dia sequer,encontre sempre uma forma de faze-lo.
Amar faz bem para a alma,para o corpo e para o espirito.
Fatima Queiroz

Alguns momentos não se repetem.
Pelo menos não com a intensidade que gostaríamos.
As vezes estamos no lugar certo e com a pessoa certa...
E simplesmente deixamos o momento ir embora.
Cada momento é único e ninguém pode vivê-lo por nós.
Por isso entregue-se inteiramente a cada instante.
A vida não oferece replay.

A SEPARAÇÃO

De repente e não mais do que de repente,
tudo converteu-se em pranto,
e aquela profunda admiração
Esfarelou-se em desencanto.

Onde havia risos e descontração,
hoje nem tanto
E do casal que estava sempre junto
Não há nada que lembre aquela paixão.

As juras eternas de amor
Que desbravaram pelo amanhecer
Deram lugar a palavras de mágoa e rancor
E os amantes já nem parecem se conhecer.

Quem um dia os viu se declarar e dizer
Palavras doces e promessas de felicidade
Jamais poderia conceber
Que dessa relação não reste um fragmento de saudade.

Se o futuro que se desenhava prometia
Um laço eterno de profunda harmonia
Esse elo um dia se quebrou, desafinou
E daquele casal em que predominava a alegria,
sequer o respeito sobrou.

Não te mandes para os meus lados,
se não pode-te sair o tiro pela culatra.
Rapaz não vás por esses caminhos,
para não ter que te fechar essa tua matraca.

*** Real Poeta *** Alexandre Oliveira ***

Que se foda a aparência e essa tua mania,
pensavas que me iludias quando passavas pela rua,
pena é que no rap és mais um wack fracassado,
e no meu bairro ninguém sente uma track tua.

Cantemos pois (fragmento dos Três Contos)

Trôpego à esmo em labirínticas vielas.
Corpo em espasmos devido à frialdade.
Pensamentos inconsistentes à realidade,
São lindas pinturas de feias aquarelas.

São olhos que vêem qual anjo o algoz.
O qual tece a arte tão bem aceita,
"se há o plantio tem de haver a colheita ",
E deixam aos deuses a vergonha por nós.

E choram um brado de ignota agonia.
Se sofrem é de uma mental patologia.
Prefiro a poesia que há no caixão.

Deita ao lixo tua bela sinfonia.
Guarda teu canto, amante da hipocrisia.
Chegada é a hora de cantarmos podridão.

Versos Podres - fragmento dos Três Contos

Quão podres são estes meus versos,
Que quando os recito me vêm ânsias de vômito.
Após o término revivo atônito,
Outrora felizes, momentos perversos.

Me vêm à tona pensamentos submersos,
Estando desperto ou num sonho cômico,
Peço mais um litro de meu forte tônico.
Nos meios que busco tenho resultados inversos.

E o quanto peço, e à quem peço nem sei mais.
Vejo-me abandonado em labirintos desconexos.
Não sou ator e nem participo de meios teatrais.

E me acho nestes sonhos não-complexos,
Pesaroso pelos sonhos não serem reais.
E constato quão podres são estes meus versos.

Tudo é
O que ali está
E o que ali está
Nunca mais acaba

É o concreto absoluto
E quase insuportável
De quem viu claramente visto
Como um danado

Cada detalhe vive
Inteiro
Íntegro –
Sua importância é igual
Ao inteiro mundo

O mistério dos mistérios
Ali está
Visível
Manifesto
Mas ninguém sabe o que é

Quem sou eu além de uma menina de eterno coração partido
Por mim mesma
Criança sem balanço
Sozinha na gangorra
Ouvindo músicas na noite vazia
Pensando no nada que me representa
Enquanto me escondo da lua
De vergonha
No peito apenas a coragem de partir
E na mente as correntes que me enjaularam durante todo esse tempo

Quem sou eu além de uma menina de eterno peito cheio
Vagando pela manhã a procura de algo que me transborde
Que me derreta
Vagando no desconhecido do tempo
Fugindo e correndo atrás do passado
Criança solta
Presa
Presa entre o dinheiro e a liberdade
Entre a liberdade e a solidão da noite
Mais uma vez
Livre e só
Sendo o que o coração manda
e que a mente arrebata

Boa e má
Má com o que pensa
E boa com o que faz
Sendo martelada nos pés
E amarrada pelas mãos

Mas a coragem que hoje encontrei
Que hoje me representa
Vai me fazer sorrir amanhã
Como se nada tivesse acontecido
Sorrindo embaixo do sol
E me esquivando embaixo da lua
Porque quando o frio bate
O coração quente pela luz do dia
Congela
Devagar
Rápido
Devagar de novo
A lentidão da vida me faz caminhar observando o mundo
Enxergando tudo
Mesmo precisando de óculos
Mas meu coração sempre enxergou melhor do que meus olhos
Estando tão cega
Nunca enxerguei o verde tão bem
O roxo da flor
O amarelo do piso
Os buracos na calçada
As pessoas
Seus olhares

Eterna andarilha arrependida
Mas livre
Tão livre
Voando junto ao vento
E contra o destino

Às vezes a tristeza me dá a mão
Toma conta do meu coração
E eu sem entender o porquê
Deixo ela me mostrar o que tem a me oferecer.

Presente

Os ipês apagam as tristezas do inverno.
Renovam suas cores ao vento.
Desmancham o cinza sem graça e lento
em tons que afagam a tardinha.

Os ipês esbanjam ternura.
Roubam os olhares de quem está triste à toa.
Porque tristeza não foi feita pra gente boa.
Tristeza não foi feita pra ninguém.

Cena de cinema

O barquinho viajou,
foi embora.
Mar adentro...
Mar afora...

Se apaixonou por uma caravela
e viveu um amor de novela.

Feito folha e vento
Num intento de voar
No invento de ser céu.
Feito asa e tempo
No momento de alçar
Num alento, ser ao léu.
Feito fita ou pipa...
No experimento de planar
No advento... No ar, no vento...
É tempo de vôo.

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