Um Estranho Impar Poesia
O teu magnetismo
Com o teu jeito cativas-me; de modo que não posso evitar.
Nos teus gestos tão gentis, na brandura do falar.
Exerces o teu magnetismo sobre mim, na força do teu olhar,
Atraindo-me assim, já não posso desviar
Meus olhos de buscarem os teus, como os rios buscam o mar.
És como o ímã atraindo o vil metal
Sou como pássaros encantados pelo arrozal.
Os teus passos firmes, teu andar decidido
Não conheço nada igual.
És forte como colunas de sustentação.
És dócil como a brisa que sopra o meu rosto.
És alegria para o meu coração,
Para a minha vida trazes novo tempero e gosto.
Bendito o dia em que te conheci.
Bendito o dia em que me conheceste.
Bendito o dia em que te senti,
Bendito o dia em que nos teus braços me acolheste.
O teu zelo por mim, como quem cuida das flores,
É remédio que cura, é prevenção para dores...
O teu toque que a mim acaricia, renova minhas forças, traz alegria.
Diminuis os teus passos para aos meus acompanhar
Acelero, então, os meus; temos assim um só andar...
Sou quem te escuta, quando queres falar
E até do teu silêncio estou a participar...
Tu confias que te amo, e sabes valorizar:
Um sentimento tão nobre não se pode desprezar.
No calor és meu oásis, no frio meu aconchego
Com o bem que tu me fazes espantam-se os meus medos.
Sinto-me em segurança, mesmo em meio à tempestade.
Sinto que mesmo em meio aos ventos, entre sorrisos ou lamentos,
Tu me amas de verdade.
Mas deve ser por isso que eu sinto essa afeição tão grande ao mar.
Ele é o próprio amar numa quantidade infinita, como o meu amor por você.
Oh,
Peguei caderno e caneta, comecei a escrever,
Poeta pensa muito, e eu só penso em você,
Fico parado te olhando, feito um bobo apaixonado,
Só seguro em sua mão, pra caminharmos lado a lado,
É tão lindo seu olhar, seus lábios delicados,
E eu um idiota, sem jeito, desengonçado,
Eu peço até desculpas, por ser um cara careta,
Você é especial, coisa de outro planeta,
Ti elogio muito, me desculpe, isso é costume,
Acontece que te amo, da pra ver em meus ciúmes,
Quando fico com ciúmes, mudo logo o meu jeito,
Mas tudo se resolve, quando provo do teu teu beijo,
Ficar longe de ti, muitas vezes é cruel,
Teu beijo é gostoso lembra o mais doce mel,
O amor tudo sofre, tudo crê, o amor tudo suporta,
E eu estarei contigo, na vitória e na derrota,
Engraçado relembrar, como começou a fita,
Me tornei o Super-Man, e você a "Criptonita".
AUGUSTO
Incerta é a noite
O dia é melhor para esconder-se
Uivo soturno,
Cão desgarrado
Meu irmão distante
Perambula entristecido
Pela floresta escura.
Não há paz na incerteza
Do pensamento que vaga
Alucinado pelas lacunas da mente.
Onde estão os anjos?
Sujos,
Perdidos,
Fumando cigarros,
Brindando com fadas verdes.
Onde está Augusto?
Silente,
Translúcido,
Ultrapassando as portas da percepção.
Será?
Às vezes me pergunto
Se vou algum dia
conseguir esquecer seus olhos castanhos claros
Seu sorriso encantador
Seu perfume doce
E dos seus lábios macios?
Será que conseguirei seguir em frente?
Será que haverá um momento
em que eu me acostumarei a não a ter mais comigo?
Será que o tempo vai curar as feridas
do meu coração?
Secar as minhas lágrimas?
E deixar o que sobrou de você em mim
partir para sempre?
EU TE AMO!
Única razão de viver...
É o que me faz dizer
Todos os dias: Eu te amo!
Numa canção ou no verso
Só tu és meu universo
Até dormindo eu te chamo!
Vens conversar comigo
Serás sempre meu amigo
Aqui ou onde estiver
Seja vivo na Terra...
Nos lauréis que encerra
Esse oriundo viver!
Melancolicamente triste
Já nem sei se tu existes
Ó divinal criatura!
Que na vida amei tanto...
Amaste a mim, entretanto,
Vago nas noites escuras!
Não sei se vivo do amor
Ou do resto dessa dor
No meu peito queima e fere
Se te esqueço e depois parto
Fechada nesse meu quarto
Meu desespero acelere!
QUE OLHAR É ESSE
Que olhar é esse...
Com tantos predicados que me ganha!
Telha de aranha?
Como se fosse unhas, que arranham
o meu silencio,
a despertar-me do meu casulo
me propondo barganha.
Que olhar é esse...
Tão direto como flechas
atiradas ao tempo
me fazendo de alvo
alvejando meus sentimentos
e me deixando calvo.
Esse olhar me enfeitiçou!
Marcou-me com sua marca de luar
floriu as margens do meu caminho
fazendo o vento me levar.
Esse olhar, esse olhar...
Quanto fulgor contido nele!
Centelha crepitando em brasa
fritando assim, o meu amar.
Antonio Montes
Efeito Bumerangue
Não é à toa, rapaz
que a vida lhe trata mal
A vida só lhe trata igual
a como tu tratas os demais
Sigas sendo pobre de espírito,
cínico, falso e mentiroso,
grosso, duro e mesquinho
e sigas assim como estás:
sempre colhendo mais pedras
que flores pelo caminho.
Ou enfim vejas se aprende
a tratar bem e gentilmente
no mínimo e pelo menos
a quem te trata com carinho
a quem te trata feito gente
Aprendas a tratar ao menos
com educação e respeito
quem nunca te deu motivos
para ser tratado deste jeito
estúpido, frio e grosseiro.
Porque a vida te devolve
sempre na mesma moeda
aquilo que tu dás à ela,
aquilo que tu dá aos outros.
Quem ouve conselho
não ouve coitado…
Então, ouça.
..Tenhas cuidado:
A vida é um espelho.
Prestes bem atenção…
Não estarás tu recebendo
de todo e qualquer lado
exatamente o que tens dado?
The Nameless Poetess
31/03/2017
CERRADO SECO (soneto)
Ah! plangente cerrado, quente, sequioso
Ventos abafados, denodados, e ao vento
Dormente melancolia, e tão portentoso
Murmurejante e, navegante de lamento
Sol queimoso, unguinoso, tal moroso
Que no seu firmamento vagar é lento
Inventando no tempo variegado iroso
Parindo nuvens dum cinzento natento
Securas secas, e que secam ardoroso
Veludos galhos, veludosos e poeirento
Que racham sedentos num ardor ditoso
Ah! cerrado seco, de ávido encantamento
De um luar num esplendor esplendoroso
Da lua de contornos, no céu monumento
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O silêncio...
(Nilo Ribeiro)
O silêncio tem o seu valor,
se cala para não magoar,
se cala por amor,
se cala por amar
o silêncio pode ser lamento,
nele pode haver beleza,
nele tem sentimento,
também pode haver tristeza
o silêncio tem perfume,
o silêncio tem ideologia,
às vezes não fica imune,
às vezes vira poesia
silenciar a voz,
silenciar o coração,
o silêncio pode ser algoz,
ou talvez a solução
silenciar não é calar,
silenciar é atitude,
é uma maneira de comportar,
é também uma virtude
o silêncio na poesia
é uma singularidade,
mas ela mantém a magia,
ela versa a verdade...
Flor paradisíaca
Flor que tem perfume,
textura, cor e sabor.
Flor que dá fruto,
reproduz a vida,
amamenta, alimenta,
sustenta e gera o amor.
Flor que pode ser calma
e serena,
até o momento
em que age por instinto,
e se transforma numa fera
destemida.
Flor que é amante
e companheira,
mas desperta ciúmes.
Flor que ama e perdoa,
porque se abre para ser mulher.
ÁRIDO, MUITO ÁRIDO, SECO
Árido, seco, muito árido
O vento do cerrado leve passa
Contigo leva o sonho parido
E vai-se entre tortos galhos, arruaça
Assoprando na melancolia alarido...
E eu sentado no banco da praça
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Gosto de ficar
no meu canto
Sem a preocupação para
provar o meu encanto
Faço o que tenho vontade
Sem ninguém
ficar observando
Às vezes
tenho essa necessidade
De ficar só
Eu e minha companhia
No silêncio da minh'alma
É onde encontro a sabedoria
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou uma alma
Que acredita no amor
Não quero acreditar na maldade
Que assombra a humanidade
Deixando um rastro
de tristeza e dor
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um ser comum
Que acredita no amor
Incomum?
É ver a miséria e a pobreza
Muita fome
E também muita riqueza
Para alguns falta o pão
Para outros, falta alma e coração
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um sonhador
Que acredita no amor.
Entre incertezas
Decepções e medos
Fiz uma limpeza.
E no meio de tudo isso
Encontrei a paz,
que é essencial.
Em breve, voltarei.
E será para MELHOR!
Desculpe o transtorno.
Estou em reforma.
"SENTIMENTOS TALVEZ"
Vago,
Por entre as trevas.
Embriagado de esperanças mórbidas,
Querendo ao todo seu amor lunar!
Sua imagem no antigo quadro?
Éramos jovens quando nos descobrimos.
Você e sua vaidade feminina.
Eu e meu relaxo masculino.
Nós!
Duas almas idênticas e ao mesmo tempo
totalmente diferentes.
Bebo, não pra te esquecer
Mas sim pensar em você:
Com outros olhos,
Com outro medo,
Com outra dor!
PRA VIDA INTEIRA
Meu pai... Nunca escreveu,
uma carta para minha mãe
analfabeto, não sabia escrever
também não era intérprete,
mas cantava linda canções de amor
todas direcionada p'ra mamãe.
Cantava meio fora de tom é claro
o forte dele não era cantar
mas cantava pelo amor cantava
pelo amar...
para minha mãe, ele sabia cantar.
Ele amava-a com fervor no coração
amava com amor e paixão,
eu me lembro, eu me lembro...
Meu pai interpretava, vários cantor,
entre eles, ele interpretava:
Vicente Celestino
Nelson Gonçalves,
Orlando Silva e outros.
Meu pai tinha pela minha mãe
aquele amor, bobo, abestalhado
aquele amor de uma vida inteira
aquele amor que, morrendo
morre... Amando, amando.
Antonio Montes
palavras que calei em meus tormentos
agarrei-as pelas pontas dos dentes
enxugando as suas lágrimas com a língua
falavam de horror e do tempo de amor
de uma paixão que não se incrimina
vou te falar o que existe no meu pensamento
na libertinagem do encanto
talvez não fale quem amo tanto
por ser a obra do meus inventos
e em silêncio vou saciando
em mim vou te levando
na PALIDEZ DO TEMPO.
quero sempre estar por perto
do verão ao inverno
numa relação sem nada de eterno
pois enquanto existirmos de verdade
nas músicas e nas bebidas da sobriedade
falará mais alto a nossa amizade.
bem mais alto, bem mais alto,
mais alto que nossa mocidade.
Lembra de mim sem coação e tormento
pois tu estarás vivo do meu coração ao pensamento
***
Numa noite de outono, linda e serena...
O frescor suave do vento acariciava seu rosto pálido sob o luar...
Pássaros da noite, tristes voavam...
Voavam em direção aos seus recantos, seus ninhos...
Em árvores secas e sombrias...
Estavam prestes a pousar...
Continuava ela vagando tristemente...
Eu observava e pensava... "Por que será?"
Sua alma se encontrava angustiada e aflita, eternamente...
Caminhando ia ela... O seu amado encontrar...
Amor misterioso... Lindo... Puro e verdadeiro...
Chegando lá... Ansiosamente...
Seu amor beijou-a docemente...
Lua cheia... Brilhosa... Sobre o mar reluzindo...
Estrelas cadentes no céu... No horizonte caindo...
Tudo seria perfeito quando,
Com lágrimas nos olhos...
Seu amado disse-lhe com tristeza sorrindo:
- “Amor da minha vida... Ao amanhecer estarei partindo!”
Amanheceu e seu amado partiu tristemente...
Deixando-a com coração partido.
E voltou a adormecer eternamente...
As coisas já não tinham mais sentido.
Pois de que adianta ter as estrelas, a luz do luar... Ter o mundo...
Se não irá mais o encontrar.
O amor, um sentimento lindo e mais profundo...
Mas muito difícil de explicar.
Anoiteceu e tudo ficou mais triste...
Saiu a noite pra contemplar o mar.
Lua cheia no céu, não mais existe...
Agora tão longe do seu amor, já não podes mais o amar...
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