Um Estranho Impar Poesia

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Não te mandes para os meus lados,
se não pode-te sair o tiro pela culatra.
Rapaz não vás por esses caminhos,
para não ter que te fechar essa tua matraca.

*** Real Poeta *** Alexandre Oliveira ***

Que se foda a aparência e essa tua mania,
pensavas que me iludias quando passavas pela rua,
pena é que no rap és mais um wack fracassado,
e no meu bairro ninguém sente uma track tua.

Cantemos pois (fragmento dos Três Contos)

Trôpego à esmo em labirínticas vielas.
Corpo em espasmos devido à frialdade.
Pensamentos inconsistentes à realidade,
São lindas pinturas de feias aquarelas.

São olhos que vêem qual anjo o algoz.
O qual tece a arte tão bem aceita,
"se há o plantio tem de haver a colheita ",
E deixam aos deuses a vergonha por nós.

E choram um brado de ignota agonia.
Se sofrem é de uma mental patologia.
Prefiro a poesia que há no caixão.

Deita ao lixo tua bela sinfonia.
Guarda teu canto, amante da hipocrisia.
Chegada é a hora de cantarmos podridão.

Versos Podres - fragmento dos Três Contos

Quão podres são estes meus versos,
Que quando os recito me vêm ânsias de vômito.
Após o término revivo atônito,
Outrora felizes, momentos perversos.

Me vêm à tona pensamentos submersos,
Estando desperto ou num sonho cômico,
Peço mais um litro de meu forte tônico.
Nos meios que busco tenho resultados inversos.

E o quanto peço, e à quem peço nem sei mais.
Vejo-me abandonado em labirintos desconexos.
Não sou ator e nem participo de meios teatrais.

E me acho nestes sonhos não-complexos,
Pesaroso pelos sonhos não serem reais.
E constato quão podres são estes meus versos.

Dominador Solitário

Ela tão viciante, sentir
Tudo em mim implorava, pensei
Aguardei por dias não ligou
A companhia da sala muda
Nunca mais tocou, silêncio

Nada disso queria, angustiava
Quanta impotência, medo
Tão linda sem mim, perfeita
Era o que escreveu num papel
Onde embrulhou sua indiferença

Quando acordei, atordoado
Apenas o chicote me esperava
Relatou da minha insensatez
Descreveu com exatidão

Disse-me que ela implorou
Gritou a safe, não foi respeitada
Amarrada não pôde se defender
Que gemia não pela dor

Pelo desprezo sem explicação
Pela falta de segurança
Nem mesmo era humilhação
Não era uma punição

Ela na última chicotada sorriu
Que depois de desamarrada partiu
Calçando seu salto Chanel
Desfilando sua bolsa sexy Prada

Dizendo que nunca voltaria
Recompondo sua liberdade
O largou prostrado no piso
Altiva escrava foi embora

Agora ele era o escravo
Da vergonha que passou
Como um filme de cinema
Viu o chicote sorrir
Apesar de ser dia, acordou na escuridão

Leopardo Dom

Eu caminho sobre lama,
e não tenho medo,
eu quero é que se foda a fama,
para mim nao é segredo.

Na noite solitário já chorei
Naquela música emocionei

Na solidão eu já fui peão
Da dor eu fui escravidão

Tentei no vasto e no pouco
Odiei um momento ou outro

Já fui magoado e magoei
Amei, fui amado, e não amei...

Acredita a vida é muito cruel,
a justiça nunca ira de conseguir o seu papel.
Não diga mentiras nem ilusões,
só verdades que por vezes destrõem uniões.

Eu vivo cansado do mundo,
Eu vivo cansado das pessoas e suas mentes aprisionadas em cavernas escuras,
Deslumbrando, coisas que não estão lá realmente,
São sombras apenas, sombras daquilo que realmente é,
Porque tudo aquilo que é, realmente não é,
Mas, para as pessoas é uma simples mentira,
Fato que não existe!

"Somos tudo num só e nada num todo
O bem e mau que inquieta e acalma
Sacudindo o agitado silêncio da alma."

Sentimentos reais

Não há tempo, distância ou saudade que possa apagar tudo que sonhamos, amamos e vivemos de verdade.

as estrelas no céu pintado de azul
uma a uma mostrando seu brilho
de uma luz distante e sem sentido

não podemos voar e tocá-las
na alegria triste de um suspiro
no conter-se de apenas imaginá-las

no êxtase da rebeldia
de contrariar a cada dia
o prazer e o querer se invalida

e assim,

reinventamos a vida.

FINGIDOR

Poeta é tão sentimental
Finge o "que deveras sente"
E às vezes é providencial
Para não parecer incoerente

Na verdade, é sua armadura
Uma maneira de se defender
Às vezes a vida é tão dura
Que só lhe resta escrever

É sua forma de se expressar
Vivendo o que é inacessível
E nele podem ou não acreditar

Mas fingir amor? Impossível!
Ele é denunciado pelo olhar
Numa alma que é tão sensível...

Meu segredo amor secreto

Não sei o que fazer
O cupido me flechou
Luto contra esse sentimento
Tento disfarçar
A minha atração
Louca paixão
Estou sofrendo
Enlouquecendo
Só você nos meus pensamentos
Meu segredo
Amor secreto

Tinha em si, todas as cores e todas as lãs que, customizavam uma espécie de inverno e tricotava dúzias e dúzias de amor por dia.
Fazia nas costuras, apliques com flores para perfumar ainda mais à liberdade da primavera.
Com agulha e linha, atravessava um novelo e pulava no verão dos outonos e quando se sentia cansada, estendia à colcha de retalhos e fazia piquenique com as sobras e remendos...
Era toda remendada, mas tinha uma alegria bonita de singelos contrastes e estampas que, furtavam só sentimentos bonitos, esses que, de tão bonitos, dá vontade guardar numa caixinha, pra não se perder...

O dia convida para encher os lençóis...
O sol, que não veio, está caindo às pálpebras de sono...
Tem cheiro de lavanda nos travesseiros e de chá de alecrim pela casa, a cama está desfeita da noite.
Da janela, vejo os pingos que gotejam do céu...
As vidraças embaçadas de água e gotas que formam desenhos no reflexo dos meus olhos.
O dia acordou preguiçoso, mas com pássaros cantando e vento trombando ecos nas curvas e no fim da montanha que, encontra-se junto às palmeiras que longe, fazem balé com às folhas verdes e eriçadas, alegria por mais um dia de vida!
Alegria...

E quando o mundo me diz, espera, eu logo respondo:
-Esperar o quê?
Eu tenho pouco tempo, até que a passagem dessa alegria, se faça outono e então hiberne, e eu preciso esperar...
Agora é hora de aproveitar as insanidades sadias!

Intimidade

Morena, o coração ribomba
quando lenta te desvendas
Nada há que desiluda

que bem te ficam as rendas
que excelsa ficas desnuda

NÃO

O calor rasga a minha pele
O furor esgotado em trevas
Escorrega na fúria encantada da Eva
Um "NÃO" pode ser ao rasgar do véu
E abrir o sonho do Céu

Não pereça no abrolho
Não procure no quintal as farras
Não faz sentido agir às cegas
Não contamine ao filhote de Leão as garras
Não mistures o púlpito com álcool
Não procure amanhã no passado
Não respire o peixe no anzol
Não contamines Santidade ao pecado

Perdure o "Não" e perceberás que nada valeu
Presentes de memória comprei
Coração arrebatei, só que morreu
Mas não sei...
Sim!... O Não prevaleceu...

O BELO


A Floresta me basta.
Não que seja o lar,
mas ela é veicu-lar.

Não basta eu entrar na floresta,
ela tem que entrar dentro de mim.

Desta forma eu encontro a paz
e com a paz dispenso os meus sentidos.

Os sentidos não fazem sentido.

Não confuda um poeta com um buda.
Um buda é um poeta, cuja vida virou poesia,
mas um poeta é alguém que se ilude com a beleza.

A beleza é uma ilusão,
pois a visão pode acabar,
e os ouvidos podem falir.

Então não haverá
o belo meneio das folhas luminosas
nem se ouvirá os sons do bosque.

Como saber se a ipoméia
e as hortências
ficaram azuis?

A função da floresta é me
conduzir ao vazio,
um vazio sem sentido algum.

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