Um Estranho Impar Poesia
Brilho Eterno
Em um dourado luar
Da qual já não tenho ciência
Cheios da inocência
De pejos à beira mar
Fez então em um olhar
Todo o brilho que este pode lhe dar
Inundando de luz
Aquilo que seduz
Será que és um anjo
E essa são suas auréolas
Ou és o rearranjo
De certas pétalas
Que não ouso falar
Para tais olhos prontos para amar
FEITOS DE UM POEMA
Eu tenho um poema...
Que fala de penas
que fala de asas e liberdade,
de musica leves tocadas
de sonhos nascidos do nada
das alegrias e felicidades.
Eu tenho um poema...
Que fala de versos e rimas
do cheiro da casa simples
das tranças d'aquela menina
que fala do rancor e da irá
do amor vivido em flor
do rancor causado pela dor
do amanhã e da doce vida.
Eu tenho um poema...
Já feito no fim da tarde
falando do alvorecer
da lua prata da noite
do vento e seus açoites
horizonte e por do sol
da solidão e seu anzol.
Eu tenho um poema...
Nascido de prosas e palavras
com boiada e boiadeiro
da vida mansa e canseira
do menino e da peteca
do ranger da velha porteira
e a moeda na gibeira...
Fala do velho caminho
das flores d'aquelas margens
das remadas na canoa
a brisa do amor na proa
os feitos de gente boa
dos desfeitos e das vantagens.
Eu tenho um poema...
Que também fala das espadas
das guerras desenfreadas
feita para lucro de facínoras,
um poema cheio te temas
com suas penas e lagrimas
suas magoas e suas tremas
nele contem as façanhas
e contendas de um poema.
Antonio Montes
FRUGALIDADE
Da milharada eu quero milho
p'ra fazer um mungunzá
com mais puro sentimento,
socado a pilão, sem casca
as quais caíram ao chão
com peneiradas ao vento.
Da peneira a peneirada
com furos e suas águas
cheia de partículas no ar,
e esse cheirando a verde
orvalho matando a sede
de um sonho ao sonhar.
Quero também o aroma
do café quente da manhã
... Toalha xadrez na mesa
bule e xícara e a beleza
dos olhos da natureza
e a cesta cheia de maçã.
Já da roda, a ciranda
e quadrados do amarelinho
a corda eu pulo de banda,
e de manhã na manhãzinha
pego o ovo da galinha
antes que o dia me tromba.
Antonio Montes
Você
Com um Brilho irradiante
Um sorriso saltitante
Com seus olhos penetrantes
um grande coração flamejante
E um amor abundante
Somos alma gêmea....
K. Mesmo com a distância jamais deixaram de ser amar...
O amor k. Sentimos um pelo outro e tão puro e verdadeiro....
Como as ondas do mar....
Como as flores são da natureza...
Como as estrelas pertencem ao céu...
Como o sol tem seu calor....
Deus nos uniu e nos ungiu com sua benção celestial...
E lá do céu os anjos entoam noite e dia louvores e nosso amor.
AMOR DA LUA
É nessa calçada...
Que um dia tivemos o abraço da lua
olhares serenos das estrelas
... Te quero, você me dizia...
Imenso é meu querer,
e meu amor, por você,
amor meu... Se você me deixar,
de saudade eu vou morrer.
A noite com sua brisa
nos aconchegava em seu peito
e o seu cheiro inebriava a minha vontade,
enrolávamos, sobre o apetite do silencio
e só os suspiros dos nossos corações
apontava vida para o nosso amanhã.
O momento, pespontava o nosso amor medonho
nos trazia sonhos e trepidava nossos corpos,
com a felicidade dos nossos risos
e, dos nosso rostos risonhos.
Os segundos, minha querida...
Transformou-se em flechas cúpidas
Fixando a nossa união...
No eterno alvo da vida,
e no pulsar do nosso coração.
Antonio Montes
ACALANTO DA NOITE
Chover sem horas
adormecer aos sonhos...
Notas dedilham um violão
uma canção, de abandono.
Braços sobre a lua
suspiro a voar na rua
as luzes se fecham ao sol
a felicidade continua.
Orvalho ao alvorecer
as flores no jardim
o choro calou a noite
o silencio surgiu no fim.
Antonio Montes
HOUVE DIAS...
Houve um dia em que ela cedera ao amor
No rosto um olhar brilhante e riso de sol...
Mares azuis de calmaria, poentes de louvor
Mãos dadas, beijos doces sob o arrebol.
Mas para ela não houve sequer um ensejo
Mirrou-se a rosa no jardim de primavera
Aquele para quem era o riso, foi-se dela
Na alma o pesar. O gosto apenas do beijo.
Hoje as ondas já não marulham lá no cais
Apagaram deles as pegadas na areia branca
Carícias e ternuras são "ontens". Não há mais...
Agora tudo é marasmo. Nem lágrima. Nem dor
Apenas um cansaço que tecem seus dias..
Mas houve sim. Tempos em que Ana foi amor.
A MORTE DOS SONHOS
Há nos escombros de sua pobre mente
Um bicho papão que devora todo o amor
Tudo o que um dia fora doce, desmente...!
Fermenta ali: A raiva. O medo. O rancor...
Fica preso às paredes úmidas de su'alma
Busca o momento propício para a loucura
Até a poesia perde o rumo. A luz. A calma
Rasteja na memória. Sem alento. Sem cura.
Há os que falam dela nos perfis das ruas
A chamam moléstia. Bruxa. Amaldiçoada
Mas só ela sabe. As lembranças são suas...!
De tempos que buscara a face da fantasia
E crera numa carícia de tez branca e alada
Seus sonhos? Jazem, já. Numa lápide fria.
Réquiem 3
Logo eu que sou tão ambicioso
Fui pego por um mundo de vicio
Mágica do sacrifício
De movimento sinuoso
Pejo em ignorância
Isso só pode ser vingança
De primeira instância
Essa é minha herança
Por ser tolo e arrogante
Vivendo como um
Eterno ignorante
Querendo a vida comum
Ou ate inconstante
Sem ter por mim nenhum
Amor se quer delirante
Réquiem 6
O que são os sentimentos
Se não um punhado de vontades
Sem qualquer sentido
Em si reprimido
Às vezes até coagido
Por dizeres alheios
Em rumos certeiros
Sem qualquer pedido
Disparados como flechas
Acertando corações em cheio
Por entre mechas
De puro devaneio
Entrelaçados a mente
Do momento sorridente
Carro de Boi
No quadro, um retrato do se foi.
Vejo crianças e um carro de boi.
Creio que muito ele rodou, gente
e histórias por ele passou.
Até contos de Alibaba, e de pessoas
que conheceram o mar.
Ah interior, cheio de miscelâneas,
imunes ao que se vê.
Anciões e sábios,
sem saber ler e escrever.
Bandas do Sertão
Não importa se é noite ou dia,
ela chega e me enche de alegria.
Um faniquito no meu coração,
É tal de Dona Paixão.
Apruma o corpo menino,
ta parecendo badalo de sino.
Eu gosto mesmo é de tambor,
pulsa que nem o amor.
Tiquim daqui, cadim de lá,
To com vontade de viajar.
Sumir la pras bandas do sertão,
Vai eu e o violão, eita trem bão!
Sem Reservas
Invadiu-me, profano,
com mãos inquietas e toques famintos.
Cobriu-me de um desejo insano
à mercê do teu domínio
minhas forças ruíram. Entreguei-me.
Minha pele vibrou no comando dos teus beijos.
O silêncio ensurdeceu com meus gemidos.
Rasgamos os lençóis do pudor
e nos fundimos sem reservas
abrindo portas pro nosso prazer.
Quando O Amor É Cego E Surdo
Entre minhas paredes,
mais um dia, todos os dias,
dia após dia,
já não sei onde tudo se perdeu,
onde encontrar meu eu depois do seu adeus.
Tomei um cego amor que me extasiou,
me embriagou, viciei e me desesperei,
suas roupas rasguei, os versos queimei,
livros joguei e o celular molhei,
te expulsei e te busquei.
Quando o amor é cego e surdo se torna tudo.
se eu soubesse amar, o amor não me cegaria.
ceguei-me de paixão
e me ensurdeci de solidão quando bateu o portão
e foi segurar outra mão.
PASSAGENS
O que dizer a vocês...
Direi que vida é isso, vida é assim
... Um tempo mais,
outro tempo menos,
um dia somos embalados,
outro dia freados...
Se hoje rirmos muito...
Amanhã choramos.
A vida é isso, isso é vida!
E diante da vida, teremos que esta,
preparados para viver.
Particularmente, eu não culpo...
A mim, a ninguém,
muito menos a você...
Estamos vivos e viver é errar e acertar,
isso é vida!
E diante da vida, não podemos ser iguais,
nem os dedos das mãos podem!
Que feios seriam se fossem.
Avante gente, avante!
Saúde, vamos a luta...
Vamos está, vamos marcar ,
estamos passando, por aqui
vamos deixar as nossas marcas fluir...
Uma vês saindo daqui,
nunca mais voltaremos a existir
nem por segundo...
Momento, minutos hora ou mês
Não se esqueça que...
Só se vive uma vês.
Antonio Montes
Cenas
Eu gosto mesmo é de
abacate com açúcar.
Saborear tal gostosura,
é experimentar um pedaço de céu.
Me impressiono com as abelhas,
zapeando ao redor do mel.
Seriguela desce pela goela,
eu eu, pego da tigela, pro
suco fazer.
Mae grita da janela:
"-Descasca e moe, que eu
coou procê!"
Cenas do interior,
lugar calmo,cheio de
aconchego e calor.
Sagração
Era uma tarde chuvosa de fevereiro,
a janela aberta revelava um céu alvacento
enquanto escutava melodias suaves de piano e flauta.
Uma poetisa apareceu-me de repente. Uma senhora nascida num final de primavera.
Conversamos. Ela declamou-me poesias e, como mágica, as palavras tinham cores e sons.
Eu disse a ela que seus versos me falavam de Deus. Confessei-lhe também que a poesia é mais redentora que os dogmas da religião.
A senhora sorriu um sorriso interrogador aguardando a minha explicação.
Respondi que os dogmas são sempre certeiros. Infalíveis. Escritos por teólogos que sabem definir o Mistério.
A poesia não. A poesia não define o Mistério, a poesia o torna sagrado. E em seguida o lança nos ares do imaginário.
Os teólogos sangram a vida com preceitos. Os poetas, ah, os poetas sagram a vida que o teólogo sangrou.
Então a senhora dos versos sagrados se lançou no desconhecido de minhas próprias palavras e desapareceu.
O amor...
Se explode em mim como um vulcão em erupção...
Arde como brasa...
E ao mesmo tempo suave como a brisa...
E simbolicamente eternizado pelos grandes e apaixonados seresteiros do amor.
Fotografia
Atento ao olhar de luminosidade
Esquadrinha a geometria de um flagrante
Magnífica captura de um insight
Doce acalanto da imortalidade evidente.
Uma imagem em clara objetiva
Reflete cores, luz, harmonia e sensibilidade.
Dá o tom de alegria em simetria
Misturando lembranças à doce saudade.
Testemunha de muitos olhares
Observa a intimidade ilusória
Sentimento original, real e evidente.
Consagração da ficção das memórias.
Retrata escritos, sons e imagens
Esplendor e a dádiva da natureza.
Compõe a cena em um clique pleno
Essências de emoções e de muita beleza.
Num instante torna-se a preferida
No seu feitio, a mais doce poesia
De tornar real uma evidência
Fotografia, o seu nome é Magia.
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