Um dia a Gente Aprende Mario Quintana

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Um problema está, de início, resolvido, se está bem colocado.

A felicidade dos perversos é um crime dos deuses.

O egoísta é um sujeito mais interessado em si próprio do que em mim.

O que deve consolar um marido enganado pela mulher é que fica sendo sempre o dono de um prédio do qual os outros têm apenas o usufruto.

Não pode fazer com que um homem comum abandone uma ideia que ele julga difícil de compreender e que julga ter compreendido.

O maior livro de um escritor é, em geral, o primeiro que tenha escrito.

Quintal do sítio -
A única forma geométrica
É a linha de um varal.

Há poucas maneiras em que um homem possa ser mais inocentemente ocupado do que a arranjar dinheiro.

Um benefício recebido é a mais sagrada das dívidas.

Cada um é arrastado pelo seu prazer.

A originalidade de um autor depende menos do seu estilo do que da sua maneira de pensar.

Aquilo que mais tolices ouve neste mundo, talvez seja um quadro de museu.

Experiência: um presente útil que não serve para nada.

Posso ir em busca dos meus antepassados até encontrar um glóbulo protoplásmico atómico primordial. Consequentemente, o meu orgulho de família é algo inconcebível.

Não devemos julgar os méritos de um homem pelas suas boas qualidades, e sim pelo uso que delas faz.

Noite. Um silvo no ar.
Ninguém na estação. E o trem
passa sem parar.

O ódio é como um canal escavado por um jato de água: alarga-se continuamente.

A técnica é um criado que faz tanto barulho a arrumar a sala ao lado que os patrões não conseguem fazer música.

Atalhos

Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.

O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.

A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho.

Martha Medeiros
Crônica "Atalhos", 2004.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 5 de julho de 2004.

...Mais

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades não sejam permanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.

Ana Jácomo

Nota: Trecho do texto "Tomara", muitas vezes erroneamente atribuído a Caio Fernando Abreu.

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