Turista
SALVADOR - BAHIA - BRASIL
A terra do turista, do poeta do carnaval, a terra dos amores em céu aberto
dos amantes da boemia,
a terra dos faraós, do elevador
do senhor do Bonfim,
Aqui foi parido o Brasil Pela Baia de todos os Santos em Águas de março, cortada por morro em beira mar,
Terra do índio, do branco, do preto de todas as religiões e canções, quem aqui nasceu é soteropolitano, baiano da Gema, brasileiro do nativo.
O Nordeste é um país
Tem seu próprio dialeto
É difícil pro turista
Entender tudo correto
Mas se disser um oxente
Mesmo não muito fluente
Já pode passar discreto
A turista mal educada
Garçom...
Me vê uma mesa...
Me ajeita perto do cantor...
Traz uma cerveja gelada...
Algo para comer...
Que tenha um bom sabor...
Pode ser uma boa porção...
De camarão...
Diz à senhora tirar da minha mesa essas latas...
Não me pediu licença...
Não gosto de gente abusada...
A mesa é minha...
Paguei por ela....
Quero ficar só...
Sem companhia...
Não adianta reclamar...
Não me pediu licença...
Sem educação...
Vá se catar....
Não sou metido...
Respeito espaço alheio ...
Quero, também....
Ser respeitado...
Espero que tenha compreendido...
Dinheiro não é tudo...
Respeito ao próximo...
É bem sentido...
Sem mais blá blá blá....
Terminei...
Continuo a andar....
Quem não é visto é esquecido...
Vou me mostrar...
Sandro Paschoal Nogueira
Conservatória
Enquanto o turista caminha ligeiro e distraído, muitas vezes concentrado em fazer fotos no celular, ou mesmo em conferir suas mensagens, preso a tudo que bem conhece e alheio ao desconhecido bem diante de seu nariz, o peregrino desfruta a caminhada como um eterno aprendiz. Presta a maior atenção no que é novo e em tudo que se renova, enquanto deixa as marcas de suas pegadas impressas no chão. Lembra, o tempo todo, que a jornada sempre vale a pena, quando vivida com muito interesse e entusiasmo.
Um turista bate a porta
A pessoa abre
E faz uma pergunta
Em busca de resposta
Assim se estabelece
Alguém ali dentro
Os dias passam
E juntos estão vivendo
Ele diz para mover os móveis
Reclama da comida
Diz para comprar uma rede
E pintar outras cores na parede
Acordos são feitos
Cada vez mais breves
Sim ou não aparecem
E nada é como antes
Em todos os instantes
Há momentos tensos
E regados a muitos...
Sentimentos
Mas um dia chega
O sol não brilha
E na noite não há estrelas
A estreita porta é aberta
Uma mala marrom
E nehuma carta
É deixada sobre a mesa
E pela janela o frio entra
As cobertas não são....
Bom... O suficiente
O corpo esfria
E o coração sente
Quando se acorda vê
Realmente era
Um turista
E já saiu de sua moradia
Agora trancara as portas
Colocara grades na janela
Cercas nos muros
Para o coração....
Se sentir seguro
É também necessário ser turista de si mesmo, - visitar o que já foi construído e destruído-; certas partes da nossa história se tornam como monumentos para contemplação própria, símbolos da nossa existência. O que você põe no seu museu de memórias?
Aprendi com Frei Ignácio de Larranaga a diferença entre peregrino e turista e escrevi um texto quando fiz o Caminho de Santiago de Compostela: “APROFUNDANDO A FÉ NO CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA (França, Espanha e Portugal)”, que está publicado neste espaço, no qual digo: “[...] o peregrino não sabe nada: aonde vai dormir nem o que fará no dia seguinte; que fadiga, incerteza e insegurança são o pão do seu cotidiano; e que ele tem uma meta mas não consegue vê-la claramente. [...]”
Ao começar a me envolver, mesmo indiretamente, com a situação dos desabrigados em geral e daqueles que são vítimas de desastres naturais, esta minha visão se ampliou e, hoje, acrescento: O peregrino e os desabrigados não sabem nada: aonde vão dormir nem o que farão pra frente. Ao bater o cadeado de sua casa em estado de desabamento, ao deixá-la pra trás, quem assim o fez não está saindo para uma viagem de férias mas para uma viagem sem volta à casa que foi o seu lar. Para muitos e/ou para crianças que não estão conscientes da dimensão do desastre natural (enxurrada, terremoto etc) a mudança é como uma aventura de Sessão da Tarde na TV.
Alma turista
Alma turista,
morada oculta.
Em um corpo hospedada,
viaja pela vida.
Com o destino traçado no mapa,
Deus como seu guia.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
JOVEM TURISTA
Você, jovem turista Finlandesa... Francesa, Russa, Inglesa, Norueguesa... Mulher da Europa, Alemã e Italiana... Mulher do Oriente, Latina, Americana...
Do meu passado de tempestuosos “Sóis”
Da minha lembrança dos muitos seus “Corações”
Volta algumas vezes algum rosto...
Aqueles olhos, aquele perfume, aquele sorriso... Aquele modo de falar, aquele sotaque...
Aquele “Eterno” imperceptível momento...
Aquele mergulho no coração... Aquele distante instante...
Grão de sabor... da vida...
Tão infinito... na história já acabada...
O segredo de conhecer a alma e a essência da cidade é estar nela como ela nos pode para estar.
Ter somente um olhar de turista é negar completamente a história do local que vem sendo contada dia a dia
"Fica." implorou ele. "Nós poderiamos construir um lar juntos."
"Quem dera pudéssemos fazer isso" disse ela dobrando um vestido e o colocando em uma pequena mala. As baratas cortinas do hotel se agitavam com o vento através da janela aberta.
"Mas você tem um coração turista." continuou ela. "Espaço suficiente para o essencial e para um pouco mais. Você viaja impulsivamente de um lugar para outro, deixando sua marca aonde vai, antes de seguir de novo rapidamente. E nada acontece."
Ela terminou de arrumar suas coisas e se moveu lentamente até a porta.
"Meu tempo contigo foi precioso" disse ela. "Mas não foi um lar."
Onecina Alves
"Se quisermos falar de turismo seriamente precisamos organizar nossa cidade para receber o turista de um dia, informá-lo, orientá-lo, educá-lo e transformá-lo em um turista de todo dia. Queremos que ele venha, queremos que ele volte sempre, e para tanto é necessário mostrar e exigir respeito"..
Poema:UMBRELA/GUARDA-CHUVA
Meu nome é Umbrela!
No Ceará me chamam de Guarda-Sol ou Guarda-Chuva.
Estou no Centro Histórico de Sobral,
Fico pendurado como gravura.
Viva a Cultura da Arte,
O Artesanato fazendo sua Parte,
O turista acha aquilo uma belezura.
Brisa de Verão
Na tarde escaldante de verão.
Sinto a brisa de uma sensação.
Forte e destemida a persigo então;
Como quem quer pra si um soneto de verão.
A brisa passou, foi embora e logo voltou;
Refrescando aquele que vive a suar.
Perdido em sua delicadeza em nossa concha prefiro ficar.
Desvendando teus caminhos;
É inevitável pensar, que beleza tive o prazer de encontrar.
No teu mar quero navegar, em tua brisa voar;
E ter a sorte de em tua concha deitar.
Se tivéssemos convicção, que estamos aqui apenas de passagem, não cometeríamos tanta perversidade com natureza. O que pensar de um turista que destrói o lugar que visita?
Nem tudo na vida tem de ser árduo e difícil... olhe os detalhes e observe as sincronicidades... seja turista em sua própria vida!!
- Relacionados
- Frases de Turismo
- Escada
- Frases de Inverno
- Frase sobre o frio