Tristeza pela Morte do Pai
Sentimentos perdidos
Eu o amava como fogo ardente
eu me idolatrava do seu amor ausente
e depois que você sumiu
eu nem senti sua falta.
Eu estava perdida
tentando achar alguma saída
para meus sentimentos oblíquos...
sentimentos confusos da mente
a saudade de um ser ausente
e a falta de um ser presente
Perdi meus sentimentos dentro da alma
agora, sem sua presença, consigo manter a calma
Perdi a ansia de possuir
perdi o medo de perder
perdi a vontade de existir
e a vontade de viver.
Perdi todos os sentimentos
que são personificados
agora os meus sonhos
são apenas idealizados.
Gota sombria que escorre no vento,
Perfume amargo de um último lamento.
Vem sutil, como beijo em silêncio,
Trazendo o fim num toque tão denso.
Não grita, não chama, apenas sussurra,
Seu cheiro é flor que ao toque ezala.
Mistura de medo, mistério e sorte,
Na pele, a marca: o cheiro da morte.
Goteja no tempo, invade o ar,
Como se o mundo parasse pra olhar.
Não tem cor, nem rosto, nem norte —
Apenas perfume... gota de morte.
E quem respira, sem saber, se entrega,
À dança final que a noite carrega.
Mas há beleza, mesmo no fim,
Na gota que leva e dissolve o "sim".
Algumas pessoas são como flores, decoram o ambiente por um dia, servem para uma conversa, um riso ou algo mais, mas apenas flutuam e se esvaem no ar, sem um lugar para pousar e, raras são as almas que se curvam para escutar nossos medos, acender uma luz nos nossos planos, beijar as cicatrizes que a vida nos deixou ou ter intimidade para adentrar nos nossos jardins, como um sussurro do vento, com a consciência de que caminham sobre os nossos sonhos.
Quando morremos para o mundo e passamos a viver para a glória de Deus, as minhas batalhas deixam de ser somente minhas e passam a ser também do Senhor dos Exércitos.
A gente só entende o valor de uma foto quando não tem mais a chance de tirar outra. Só percebe o peso de uma conversa que não aconteceu quando o tempo se encarrega de fechar portas que nunca mais se abrem.
Quantas vezes ignoramos sentimentos por medo? Quantas vezes deixamos de ser quem queremos, só para não dar o braço a torcer? E então, o que sobra? Histórias que nunca foram vividas, amores que ficaram no “e se...”, amizades que eram apenas ilusões bem montadas.
É fácil olhar para trás e perceber onde deveríamos ter sido mais corajosos, mais atentos, mais vivos. Difícil é mudar isso enquanto ainda há tempo. Porque, no fim, todos vão olhar para alguma coisa e pensar: “Eu poderia ter aproveitado mais…”.
E quando esse momento chegar, não se engane. Muitos não vão atravessar a rua para te ver, mas vão andar quilômetros para te enterrar. No fim das contas, o adeus sempre vem a questão é se, até lá, você realmente viveu.
Coro das Sombras
Meu suspiro ergue-se como bruma sobre o berço daquele que parte.
Filho da dor, fruto do meu sangue,
ainda lutarás contra o fio que já foi cortado.
Volta, olhos que um dia foram estrelas nos meus,
Volta ao ventre que não dorme —
pois não há sono para quem viu o abismo abrir-se em flor.
Quando a Vida Ensina em Silêncio
Há lugares que nos ensinam mais sobre a vida do que qualquer livro. Um deles é o leito de um quarto, onde alguém trava sua última batalha com o tempo.
Ali, entre o som dos aparelhos, o olhar cansado e os gestos silenciosos, a vida se revela em sua forma mais crua e verdadeira.
É no leito que a gente entende o quanto tudo passa rápido. O quanto somos passageiros. O quanto gastamos energia com mágoas tolas, disputas de ego, silêncios que nunca deveriam ter existido e orgulhos que hoje parecem ridículos.
É ali que percebemos que um abraço atrasado faz falta. Que um pedido de desculpas nunca deveria ter sido adiado. Que o “depois eu ligo”, o “na próxima eu vou”, o “um dia eu falo” talvez não tenham mais espaço.
No leito as prioridades mudam. O que antes parecia problema vira detalhe. O que antes parecia pequeno ; como um sorriso, uma mão segurando a outra, uma palavra de carinho vira o que realmente importa.
A injustiça social também dá sinais ali, quando se percebe que nem todos têm o mesmo direito ao cuidado e à dignidade.
E é no leito que se aprende, de forma definitiva: que no final, o que fica é o amor dado e recebido. As presenças, não as posses. Os afetos, não os feitos. Os gestos simples, não os discursos bonitos.
A vida é agora.
E quem a gente tem por perto… é o que faz tudo valer a pena.
AetA 🙏🏽
Aquele que contempla estrelas está perdido em meio a um paradoxo, você não está vendo o estado real de uma estrela mas sim oque ela era a vários anos atrás em seu passado , porém ao mesmo tempo você vislumbra o futuro onde tudo tem seu respectivo final sendo o brilho da estrela sendo apagado e só restando o vazio ou o escuro infinito do universo.
Elo Invisível
Celebramos a vida em festas, encontros e conquistas. No velório, celebramos algo diferente: o mistério da partida, o elo invisível que nos une na dor e na esperança.
Alguns preferem guardar as lembranças da pessoa viva, e isso é humano, digno, merece respeito. Mas estar presente na despedida é um gesto profundo: não é apenas honrar quem partiu, mas sustentar quem fica, oferecer silêncio, presença e abraço.
Nem sempre conseguimos estar lá, a distância, um compromisso inadiável, circunstâncias diversas. Nesses casos, no momento oportuno, uma visita ou palavra à família enlutada é um gesto que cura e consola.
No fim, o velório não fala apenas da morte, mas nos lembra da continuidade da vida e do quanto somos chamados a cuidar uns dos outros enquanto aqui estamos.
AetA 🙏🏽
Todos os dias quando acordamos temos um dia a mais para viver, para tentamos viver da melhor forma que pudermos, para tomarmos decisões importantes e fazermos escolhas.
Todos os dias em que acordamos, temos mais um dia, mas, também temos menos um dia...
Nosso tempo está acabando...
Seu tempo está acabando...
Um dia acredito que minha dor irá acabar, só espero que nesse dia, as pessoas que um dia me deixaram assim, não sejam hipocritas em aparecer no meu funeral.
As pessoas que não têm medo de viver, não temem morrer.
Então talvez morrer fosse isso, não estar mais, deixar as coisas correndo sem estar presente em nada, e isso era imensamente pior que não existir.
Essa é uma das crueldades do mundo, você não se torna uma mulher sem filhos, você é para sempre algum tipo de mãe, porém de filho nenhum, a mãe que não deixou um filho existir.
Todos vamos morrer
Todos vamos desaparecer
E este é o único e justo motivo
para sermos tão incrivelmente vaidosos
A vaidade e o ego
são âncoras que nos atam a vida
Danados que somos
sem nunca ter visto Deus ou o Diabo
Encerrados neste corpo
que nem é o que queremos ser
e onde queremos estar...
Só temos a vaidade
para nos explicar
E soterrar
o medo da morte,
a raiva da vida
e a danação de ser gente
e não poder voar!
Vida fúnebre
Acordo e me vejo em uma rotina
Todos os dias naquela esquina.
Vejo a hora passar e os segundos a contar,
Marcando contagem para o momento final
Dia do fim do túnel, no meu funeral,
Destino justo sempre tem um custo.
Uma vida correta e próxima da utopia
Já o julgamento à ruína é sempre sem erro
Uma vida errônea pior no enterro.
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