Tristeza pela Morte do Pai

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As palavras salvaram-me sempre da tristeza

Não tem como encontrar a felicidade sem ter passado pela tristeza. Pense nisso, não é hora de se deixar abalar.

A tristeza é um bichinho que prá roer tá sozinho. E como rói a bandida. Parece rato em queijo parmesão.

Ser feliz dá muito trabalho. Por isso sempre encaro a tristeza como férias!

Mas bate uma tristeza do nada…uma falta de você.

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930

Nota: Trecho do poema "Não Sei Dançar"

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Minha tristeza é uma volta em medida; mas minha alegria é forte demais.

A tristeza é apenas o prelúdio da alegria.

Conheço uma tristeza com cheiro de abacaxi, sou menos triste,sou mais docemente triste"

A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege.

“A esperança é a última que morre”. Algumas dizem isso com tristeza no olhar, mas acreditando que tudo ficará bem. Outras não acreditam mais em si mesmas, e simplesmente desistem de tudo, de todos, da própria vida. A vida não é fácil, mas quem disse que seria? Jesus disse isso? Não, Ele não disse, pelo contrário. Ele disse que no mundo teríamos aflições, mas que não poderíamos desistir, pois Ele venceu o mundo. Diante de tudo isso, eu digo e acredito em uma coisa, minha esperança não é a última que morre, pois ela foi a primeira que morreu. Essa esperança morreu há mais de dois mil anos e ressuscitou para que eu tivesse vida. Essa esperança tem nome: Jesus Cristo!

A tristeza, dissipando-lhe a pouco e pouco, misturou-se á natureza em redor dele, tornou-se uma espécie de encanto, atraiu-o para perto das coisas e longe dos homens, e almagamou cada vez mais aquela alma e solidão.

Morte do Leiteiro

Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morados na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.

E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei.
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo...

Mario Quintana
Baú dos espantos, Porto Alegre: Editora Globo.1986.p. 596 p. 87.

Nota: Trecho do poema Conversa Fiada, compilado na obra referida de Mário Quintana.

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O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

Temos a arte para não morrer da verdade.

Friedrich Nietzsche
A Vontade de Poder. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.

A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer.

Está morto: podemos elogiá-lo à vontade.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "O Empréstimo."

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