Trechos pequenos de Vinicius de Moraes

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Muitas pessoas acham que a frase que a frase de Vinicius de Moraes, As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental , é a mais pura verdade, bem vou lhe dizer:

É a maior mentira do mundo, ou você acha que todo homem se casa com uma bonitinha que pegou no show? Beleza é fundamental naquela Hora da pegação, mas na hr da troca de alianças não mesmo.

Homem Com "H'' gosta de mulheres com inteligência, humor, que seja segura, que tenha auto estima, e alem de tudo isso que seja meiga, homem gosta de alguém que acorde de bem com a vida, de alguém que te complete.

Beleza? Você acostuma, chega uma hora que esse rostinho bonito, esse corpinho perfeito torna-se normal e que o tempo vai se encarregar de torna-lo envelhecido e que só irá restar a lembrança de como eu era bonita e gostosa.

O que nunca conseguiremos nos acostumar é com caráter, esse sim sempre vai nos surpreender.

Gosto de conversar, rir, olhar e ver o quão honesta e ao mesmo tempo meiga... é, todos nós gostamos é de surpresas, ninguém conhece tudo de sobre alguém, sempre haverá o que mostrar.

Toda mulher fala, mas coração é burro..., Coração não é burro até porque coração não pensa, Quem pensa é o cérebro, é ai onde está, cabe a você filtrar o que fale a pena.

bem já sabem futilidade não é qualidade, é simplesmente futilidade.

não quero passar minha vida toda olhando e só olhando pra ela, porque não há o que conversar, não há o que rir, só por ela ser bonita....e chata...e não tem senso de humor.

como ja falei inteligencia é mais importante que beleza, pode acreditar.

Inserida por Fabteles

Todo brasileiro deveria, um minuto que seja, ouvir Vinícius de Moraes.

Inserida por tonazio

Este poema é um dos pertencentes à fase romântica de Vinicius de Moraes, onde ele ressalta sobre um amor que teve no passado e que sente saudades. Eu recomendo este texto para as pessoas que não sabem o que é amar de verdade. Depois de lê-lo irá tirar deste uma lição, de que o amor nunca acaba mesmo estando separados, o amor apenas se modifica.

Inserida por MayraRafa

Vinicius de Moraes

Dá-lhe poetinha
não temendo essa vidinha
cheio de amores
sem problemas com pudores
sem arrependimentos
uma viagem de casamentos.

Sedutor da palavra
Escritor que lavra
Apreciador de lirismos
Vida sem modismos
Conquistador de sentimentos
Encantador de pensamentos.

Amante da arte
Diplomata aparte
Dramaturgo e jornalista
Compositor e poeta,
Boêmio de sonetos
Fumante de intentos.

Vivendo sob a paixão
Tudo com muita emoção
Toma uísque de flores
Aprende com as dores
Eterno em todos momentos
Efêmero nos sofrimentos.

Realiza uma doce mistura
De teatro, cinema, música e literatura
De nada afeta
Caminha entre o mistério, a paixão e a morte
Ele sim foi poeta,
Sonhou e amou na sua vida apaixonante!

Inserida por danielliokamura

Dez coisas que aprendi com o poetinha camarada, Vinicius de Moraes:

1) A coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais.

2) Ando onde há espaço: – Meu tempo é quando.

3) Que seja infinito em quanto dure.

4) A vida só se dá pra quem se deu.

5) A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

6) Críticos são sujeitos que têm mau hálito no pensamento.

7) Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu.

8) A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
9) Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém.

10) Amar é querer estar perto, se longe; e mais perto, se perto.

Inserida por sergiogr

⁠Na praça Vinícius de Moraes,
O apostolo Paulo é testemunha escultural,
Na praça Vinícius de Moraes,
A paisagem é como um “Cântico”,
Na praça Vinícius de Moraes,
Tudo é “Cem por cento”
Na praça Vinícius de Moraes,
Não existe “Medo de amar”,

Inserida por Madasivi

⁠Já dizia Vinícius de Moraes em seu soneto: "que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure", e eu acrescento ao final, pensando em você, com as palavras "e que dure para sempre", porque honestamente, quero uma vida inteira ao seu lado e que a mesma, dure para sempre...

Inserida por Mandz

⁠Sou Mario Quintana, Sou Pablo Nerruda, Sou Vinícius de Moraes, Sou Fernando Pessoa e tantos em um

Mas sou singular

Sou a noite em silêncio perverso
Sou a intensidade da linhas
Sou a pluralidade caótica da minha personalidade
Sou vastidão do mares
Sou maresias das aventuras mais loucas.

Inserida por kaike_machado_1

⁠✍️Depois dos filhos vem os netos e nós parafraseando a fala do poeta Vinícius de Moraes, dizemos, netos, melhor não tê-los.
Mas, se não os temos, como sabê-lo?
♾️😚💜🕉️♾️☸️🙏💞💕

Inserida por luiza_andrade

Entre as prendas com que a natureza
Alegrou este mundo onde há tanta tristeza
A beleza das flores realça em primeiro lugar
É um milagre do aroma florido
Mais lindo que todas as graças do céu
E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa
Não há mais formosa
É flor dos amantes
É rosa-mulher
Que em perfume e em nobreza
Vem antes do cravo
E do lírio e da Hortência
E da dália e do bom crisântemo
E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo o escravo da rosa
Que é flor mais cheirosa
De enfeite sutil
E no lírio que causa o delírio da rosa
O martírio da alma da rosa
Que é a flor mais vaidosa e mais prosa
Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas pra dália garbosa
Da cor mais vistosa
Do grande jardim da existência das flores
Tão cheias de cores gentis
E também para a Hortência inocente
A flor mais contente
No azul do seu corpo macio e feliz
Satisfeita da vida
Vem a margarida
Que é a flor preferida dos que tem paixão
E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel pras abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração
E agora que temos o bom crisântemo
Seu nome cantemos em verso e em prosa
Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor
Uma rosa é uma rosa, é uma rosa
É a mulher rescendendo de amor

Ela tem uma graça de pantera
No andar bem-comportado de menina.
No molejo em que vem sempre se espera
Que de repente ela lhe salte em cima.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de "Soneto de Luz e Treva"

Ó minha amada, que olhos os teus. São cais noturnos cheios de adeus. São docas mansas trilhando luzes que brilham longe, longe dos breus... Ó minha amada, que olhos os teus. Quanto mistério nos olhos teus. Quantos saveiros, quantos navios, quantos naufrágios nos olhos teus.

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor

Vinicius de Moraes

Nota: Letra da música "O Velho e a Flor", composta por Vinícius de Moraes, Toquinho e Luis Enríquez Bacalov.

...Mais

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Da Solidão

Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.

Vinicius de Moraes
Para viver um grande amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

Minha sorte está lançada
Eu sou, eu sou estrada
Eu sou, eu sou levada
Eu sou, eu sou partida
Contra o grande nada - lá vou eu!
Ao romper da madrugada
O sol no pensamento
E o tempo contra o vento
E a minha voz alçada
Contra o grande nada - lá vou eu!
"Quem vem lá?" Pergunta a solidão
"Sou eu!"
Sou eu que vou porque o meu tempo nasceu

Entre os ecos do infinito
Eu grito, eu mato a solidão
Eu sou meu tempo, eu vou
A ferro e fogo, eu corro
Eu vou, eu canto e grito: amor!
Eu vou, eu vou, eu canto e grito: amor!

Vinicius de Moraes
Letra da música "Meu Tempo", composta por Vinicius de Moraes com Marília Medalha.

Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber por quê.

Porém, se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada para valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer

Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da letra "Minha Namorada", composta por Vinicius de Moraes e Carlos Lyra.

...É que os momentos felizes tinham deixados raízes do seu penar!

A anunciação

Virgem! filha minha
De onde vens assim
Tão suja de terra
Cheirando a jasmim
A saia com mancha
De flor carmesim
E os brincos da orelha
Fazendo tlintlin?
Minha mãe querida
Venho do jardim
Onde a olhar o céu
Fui, adormeci.
Quando despertei
Cheirava a jasmim
Que um anjo esfolhava
Por cima de mim...

O poeta aprendiz

Ele era um menino
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
E dez pelo menos
Camisas-de-vênus.
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia –
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.


Montevidéu, 02.11.1958
in Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"

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