Tratado com Ingnorante
Mundo estranho esse, onde o amor é tratado com desdém... e quem ama tantas vezes serve de alvo para deboches e ironias...
Mundo estranho esse, onde as pessoas vão em busca do ilusório... do efêmero... do descartável... e se distanciam do que realmente é profundo, durável... e verdadeiro...
Mundo estranho esse, onde tão facilmente se nega o amor de verdade... e se sofre por esta negação... mas se insiste nela...
Mundo estranho esse, onde tantas vezes nos obrigamos a nos contentar com o insatisfatório... e nos distanciamos assim, do que realmente merecemos... e queremos...
Mundo estranho esse... e ainda parece que estranhos são todos aqueles que amam e não se envergonham de amar...
que acreditam e não abrem mão do que é verdadeiro, profundo, durável...
que não negam o amor de verdade... amam... e assumem este amor...
enfim, todos aqueles que terminantemente se recusam em se satisfazer com o insatisfatório... e ainda se esforçam para se aproximar e ter o que realmente merecem... e acreditam nisso!
“Me irrito profundamente com pessoas iguais, o comum é deprimente, detesto ser tratado como segunda opção e amo sua forma de como me dá atenção, seu jeito torto de me agradar, seu sorriso tímido que entrega tanto. Amo sua voz, seu cabelo, suas loucuras, o jeito de como o som sai tão fácil da sua boca... Adoro como você consegue ser melhor em tudo, em relação a mim e aos outros. Logo eu que já nem acreditava mais nesse lance de se encantar, estou amando sentir de novo, aliás agora duas vezes mais forte; é como se só te amar não fosse o suficiente, precise de mais que isso. Agora sim, sei, eu e você não é ficção... É real, é vivo. Eu tinha que te encontrar, reencontrar, inventar, reinventar e provar para o mundo o que acabo por dizer: Estou admitindo ser complementarmente seu e uma vida não foi o suficiente pra gente.”
Há quem pense que a obesidade é um problema que pode ser tratado facilmente e que não é doença, ledo engano, a compulsividade da obesidade é pior até que a compulsividade por droga!
Não adianta fazer dieta, cortar isso ou aquilo, se o seu cérebro continua sem tratamento.
Apenas um
Gosto de ser bem tratado. Odeio pessoa mal educadas e grossas que não sabem conversar. Todos nós temos o direito e o dever de pelo menos tratar o próximo bem, afinal quem gosta de ser maltratado?
Ontem tentei resolver um problema por telefone e a atendente me tratou tão mal, quando a questionei sobre o tratamento ele me disse que estava estressada por causa de problemas em sua vida, respondi que a culpa não é minha e que eu também estava no meu trabalho e não costumo carregar problemas pessoais para lá e nunca desconto minha angústia em quem não tem nada ver com a situação.
Sou apenas mais um ser humano com sonhos e uma história de vida, não sou egoísta ao ponto de pensar que somente eu sofri que só eu tenho tristes lembranças ou que só eu perdi alguém querido. Não gosto das pessoas que acreditam que existe apenas um mundo: o seu.
CONTO - O Dia de Fila
O assunto que vai ser tratado hoje é conhecido de forma prática por muitas pessoas. Apertem as fivelas do sapato, lencinho no bolso, garrafa d’água, e muita paciência, pois hoje é dia de FILA.
Meu dia começou bem. Acordei sem precisar de barulhentos despertadores, nem ter que sair depressa para algum compromisso; houve até tempo para uma daquelas boas espreguiçadas antes de sair da cama. Tomei um saboroso café da manhã acompanhado com pão e frios. Aparei meus pequenos fios de barba que insistem em brotar no meu rosto continuamente, tomei um banho energético e saí para resolver aquelas coisas práticas que todos costumam (precisam) fazer de vez em quando. Visitar alguns bancos, retirar extratos, fazer cartões, renovar benefícios, buscar declarações, protocolar pedidos... enfim, um legítimo office-boy de assuntos domésticos, familiares e acadêmicos.
Piseis duas quadras com meus brilhosos sapatos sociais, seguidos de minhas calças com vincas bem feitas a ferros hábeis, camisa azul, recoberta por um suéter que acompanha a cor da calça (que não arrisco falar pois ainda não decidi como ela se chama) e, para encher de glamour o visual, óculos escuros diante dos olhos e pasta 007 às mãos. Na primeira curva do dia, aquela que se tornaria companheira do dia, a FILA; companheira e vilã.
Embora fosse curta, coisa de seis ou sete pessoas, lá estava ela se formando embaixo do ponto de ônibus, pronta para se atirar ao transporte coletivo que chegaria em alguns instantes. Cada um tendo tomado seus lugares, em meio aos truculentos balanços do veículo seguimos ao centro da cidade.
Tendo chegado ao centro, a primeira missão era apresentar um protocolo, que vinha dobradinho no bolso, para retirar minha declaração de matrícula. Galgando aos degraus da faculdade fila diante das catracas para que os atendentes pudessem direcionar cada aluno para o local correto e conceder-lhes a “organizadora eletrônica de filas”, a SENHA. Tendo retirado a minha, me coloquei na minha respectiva fila para retirar minha solicitação. Quando tudo estava pronto e minha angústia tinha acabado, missão cumprida! Tinha em mãos minha declaração, embora válida por trinta dias, o que me soava como um “vale-outra-fila-daqui-a-um-mês”, me atrevi a parar diante de uma das catracas e pedir informação a respeito do atendimento aos alunos que precisam mudar o plano de estudos; desisti da história assim que soube que fila lá estava maior do que a que eu havia deixado a poucos instantes, e quando dou por mim, havia outra fila, mas essa era formada pelos que esperavam que eu saísse da frente da catraca para que eles pudessem entrar. Ô sufoco!
Como essa primeira missão ocupou um tempo da minha manhã, que já havia se iniciado tardiamente, já estava na hora de ir para o restaurante e encontrar com minha amada, com quem havia marcado um almoço. Certamente, nesse conto, não haverá lugar para os dois “pombinhos” se assentarem e pedirem o cardápio, isso é mensalmente, e nunca acontece às segundas-feiras. Hoje o restaurante é o buffet de comida italiana do shopping. Não poderia estranhar que minha amiga estivesse lá esperando minha chegada com minha amada. A fila estava grande e por ela nos aventuramos até que acertamos as contas e alçamos nosso lugar às mesas.
Alguns amigos que costumam freqüentar o mesmo lugar foram chegando de forma alternada, aos poucos nossa mesa estava repleta. Mas, claro que cada um comia a seu tempo e de acordo com o horário que chegou, no entanto, para não ficar deselegante, e mesmo porque tínhamos interesse em conversar, cada um que foi terminando ficou esperando o término dos demais. Nem acredito, novamente estávamos ordenados em fila, embora sentados, cada um esperava pela ação do outro para seguir seu dia. Até parece que se tem prazer em formar fila!
A segunda missão do dia, já auxiliada por minha amada, era visitar o banco. Como não pode escapar das filas, nos deparamos com uma fila para passar na porta giratória, para não sair do comum, a porta sempre trava com algumas pessoas. Quando entramos, explicamos a situação para uma dessas mocinhas do “posso ajudar?” e ela nos encaminhou para uns acentos, uma fila mais confortável. Depois de um bom tempo de espera conseguimos atendimento e pudemos sair para fazer nossos depósitos no caixa eletrônico. Considerando que nossas habilidades bancárias são nulas, tivemos que nos enfileirar atrás de outra mocinha do “posso ajudar?” e dizê-la que sim, ela pode ajudar! Enfim, missão realizada com sucesso!
Dirigimos-nos para o serviço que gerencia o transporte coletivo da cidade. Se veículos isolados de transporte coletivo geram filas, é possível calcular que a administração desses meios de locomoção motorizada deve gerar algum tumulto também. Lá fomos informados que deveríamos preencher um formulário e em seguida providenciar um calhamaço de fotocópias de documentos diversos. Espero que o efeito FILA já esteja automático na mente dos meus leitores e eu nem precise dizer que a foto copiadora estava congestionada e lá se confeccionou uma pequena fila.
Ao retornar para administração de onde havíamos saído, recebemos outra “organizadora eletrônica de filas”, SENHA 74. Aguardamos nossa vez no atendimento, e recebemos uma motivante notícia: “FALTA O DOCUMENTO XXXYYYV..., pois esse que você trouxe não serve!”. ##$%@**%$#@! Há sujeito de bem que seja capaz de manter um só nervo no lugar com tudo isso? E ainda não chegamos à melhor parte!
Dessa vez segui solitário para o endereço onde deveria fazer uso, mais uma vez, dos excelentes modelos de atendimento do serviço público. Tendo chegado ao local, não sei se pelo cansaço ou por falta de esperteza, fui obrigado a rodear o “belo” prédio da Previdência Social, até encontrar um recorte no muro com uma placa impressa em jato de tinta, em filha de papel contínuo, que dizia: ENTRADA, e era sublinhada por uma esclarecedora flechinha.
Depois de ter seguido as demais indicações impressas em folha contínua cheguei a uma imensa recepção, ocupada com quinze computadores, dos quais apenas três eram operados, e cujas operadoras eram senhoras protuberantes, enrugadas e infelizes. Uma delas atendia vagarosamente a fila onde os seguranças me colocaram. Ao chegar minha vez emiti uma saudação que encontrou como resposta uma rude exclamação: “FALA!”. Pedi o serviço desejado, apresentei minha carteira de identidade, e enquanto explicava exatamente minha situação ela imprimiu uma “organizadora eletrônica de filas”, e me pediu para tomar um acento.
A senha que eu tinha em mão era ainda mais complexa, me condicionava a subgrupo indicado pela letra “I”, e outro indicado pelo número “0362”. Depois de uns cinqüenta minutos esparramando naquelas cadeiras fui chamado. A segunda atendente, grosseiramente me informou que não poderia atender minha solicitação pois o nome que constava no documento solicitado era do meu pai e não o meu. Tendo respirado bem fundo questionei-a acerca do motivo da primeira atendente ter me feito esperar todo aquele tempo para receber essa notícia. Esta segunda reclamou, repetiu as grosserias, repreendeu a outra que trabalhava em alguns computadores antes, mas decidiu me atender em “consideração” à espera. No entanto, parecia que sorte não estava querendo sorrir para mim. A impressora dela emperrou.
Fui encaminhado para um setor de subgrupo “M”, onde havia outros cinqüenta computadores, mas apenas uma senhora, um pouco mais contente, que atendia solitária. Lá expliquei minha situação, ela se retrai com a informação de que além de estar no nome do meu pai, era um documento cadastrado em outra unidade da previdência. Fui impelido, provocado, obrigado a responder: “As informações aqui são distribuídas em segredo para cada funcionário? Cada um recebe uma informação diferente e complementar?” e em seguida a informei do que havia acontecido anteriormente, e entre queixas ela imprimiu o meu comprovante de meia página, com letras cinzentas, quase extintas, e eu pude ir embora.
Cansado do dia exaustivo, me dirigi para o meu ponto de ônibus que fica algumas boas quadras distante. Ao chegar, sem admiração, me posicionei em outra fila, essa maior, deveria ter umas vinte ou trinta pessoas. Em poucos instantes o ônibus chegou e finalmente pude ir para casa. Chegando em casa fui direto para a internet verificar a quantas andava o processo de inscrição de um concurso do estado para professor substituto. Sim! Além de tudo quero dar aulas (risos). Então, tive a notícia de que as inscrições haviam sido adiadas para daqui a dois dias devido ao grande congestionamento. Agora essa! FILA virtual. ##@#$%¨&***! Novamente eu pergunto: Existe algum sujeito de bem que possa manter seus nervos intactos depois de um dia desses?
E agora, encerro o dia aqui, ENFILEIRANDO letras, tentando dar à elas uma ordem que possua uma finalidade mais relevante e menos estressante, e uma organização lógica e justa para cada uma delas.
Se o presente voltasse ao passado
E o passado virasse presente
Eu faria com a vida um tratado:
"Desta vez vou fazer diferente"
Homem pobre de bigode é tratado por bigodes, de barbicha, nobre aristocrata, não aceita que o incomodes.
O cidadão é tratado como criminoso em potencial, enquanto os criminosos são vítimas da sociedade...
A cortesia gera um fruto de que todos gostam. O ser humano gosta de ser bem tratado. Gentileza gera gentileza.
A gente gosta, em viagens, dos lugares onde foi bem tratado, onde encontrou amigos, porque a solidão, no estrangeiro, deve ser horrível e não há paisagens que a disfarce"
A FÚRIA DE CALIBÃ - Pág. 209
Creio que a dependência química de alguém não pode ser tratado como chacota, Porque tudo que vai volta.
(Josi JL)
A desconfiança em sua maioria das vezes vem pela falta de conhecimento do assunto tratado , ou pela postura no passado do desconfiado
Ser simples
Tenho sofrido algum enxovalho
Por ser humilde é não ter bem
Sou tratado como um espantalho
Por aqueles que pensam que tem
Sei que não devo nada a ninguém
A minha vida é sem atrapalho
Tenho sofrido algum enxovalho
Por ser humilde é não ter bem
Chamam-me de pobre e velho
Com atitudes ridículas agem
Não sou de viver de atalho
Sou humildade e de bem
Tenho sofrido algum enxovalho
" Foi dito :
Trate o outro como gostaria de ser tratado...
Mas como desprezaram o conselho , desmerecendo Aqueles que o trouxeram...
Proclamo :
Quanto mais ri e debochar , mais irei clamar aos Céus , a Terra e o Mar ,,