Tragédia
"Dê o nome que quiser e invente a era em que vivi. Tragédia ou musa inspiradora, a escolha é sua. Empilhe, exponha. Olhe bem de perto, quem sou eu agora?"
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Louco é pouco, pelo que sinto agora.
O pouco que me deixa louco,
vai pirando com ao passar da hora,
e dentro de mim vai querendo ir embora!
Difícil explicar o inexplicável,
ao mesmo tempo deplorável,
Poderia ser comédia,
mas por pouco não vira tragédia!
Passando o dia normal aparentemente,
vem sincronizando com a mente.
Terrível aos olhos da maioria,
mas estou me lixando pra teoria!
O que importa é a realidade,
e não o que soa falsidade,
Vou delirando na minha convicção,
que me transporta para outra dimensão!
Findo 2020, para vários um ano tragédia,
mas como em vários aspetos da vida,
inclusive nas artes marciais, onde menos é mais,
enfim, enclausurados e acuados,
a maioria se espera tenha percebido que ter vale bem pouco,
mas que ser é de valor ilimitado,
ergo,
ser uma pessoa boa, amiga, verdadeira, ética, amorosa,
isso sim, faz toda a diferença,
aqui e onde mais formos, portanto, que o ano que termina seja um marco,
aprendizado com o passado
e construção de um mundo verdadeiramente humano,
logo,
que os valores sem valor algum fiquem para traz,
como alicerce para um futuro esplendido,de amizade, carinho,
dedicação para com os outros,
aplicação “não gasto” de no mínimo uma parte de nosso tempo
em prol dos outros, sem esperar retorno,
e no fim de tudo isso, e somente assim,
quando essa for a diretriz de vida de todos neste orbe,
enfim, sim,
aqui será um planeta de humanos e o amor reinará em todos os lares,
sendo então esse lindo planeta, fantástico, por benção divina, verdadeiramente
o planeta terra;
terra e lar de todos daqui e que para cá vierem.
2021, ano do amor vivo
“cada um poderá ser a expressão do amor vivo;
assim o amor estará vivo por sobre a terra
e Ele estará entre nós”
Ótimo ano novo a todas as pessoas de bom coração
Dener
DIVINA TRAGÉDIA:
Eu tenho medo, medo da solidão dessas capitais.
Eu tenho medo, esse medo me faz ser capaz.
Medo, medo, medo.
Eu tenho medo da loucura das maquinas dos homens a malograr
Eu tenho medo sim, medo do progresso, esse ‘Deus” mendaz, capataz
Medo, medo, medo
Eu tenho medo da Brasília pomposa e tudo que há
Eu tenho medo de tudo isso, do porvir, regressar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos sonhos não sonhados, ou que há de sonhar
Eu tenho medo da distopia que não sabe sonhar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo do discurso formal que se faz capital
Tenho medo de tudo que é certo, de certo, se há
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos livros que não se ler
Dos tidos e lidos que se pode ver
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos verdes das “matas”
Do ouro amarelo do seu céu estrelar
Medo, medo, medo
Eu tenho do jardin de infância, seu vestibular
Eu tenho medo porque medo é constância em seu habitar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo pela cor do nagô pelas “moças” que há
Tenho medo dos rios que fenece sufocando o mar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo das chuvas acetas à primavera que virá
Eu tenho medo da morte que mata o pulsar
Medo de seu tenaz preconceito e tudo que está
Medo, medo, medo
Que o medo me faça de resistir incapaz.
Medo, medo, medo.
O humor retira peso às coisas. Não é por acaso que, sempre que há uma tragédia, no dia seguinte já há piadas sobre a tragédia. Rir alivia o problema, torna-o mais manejável e, por isso, mais humano.
Contar histórias é uma paisagem e a tragédia é comédia e drama. Depende simplesmente de como você enquadra o que está vendo.
"O ovo da serpente da intolerância traz a tona urdidos de dor e tragédia, reserve sua alma e coração para palavras de carinho, compreensão e cuidado, todo o resto, deixa estar lá fora e ser levado pelo vento que varre para baixo da soleira do rodapé da história tudo o que há de ruim e mal."
Sob a árvore de folhas amarelas,
Reflete o pensador da infinita tragédia.
Enquanto o forte e agradável
Cheiro petricor - depois da garoa matinal -
Exala um martelar de memórias.
A sagaz máquina do tempo deixa sequelas;
Veem de forma colossal e me prendem.
As amarras do pensamento são cruéis,
Me conduzem a cavar uma cova;
Um abismo indizível que sem hesitar,
Caminhamos com os próprios pés.
Nos resta rir, enquanto chorando,
Assistimos ao nascer do sol.
Vida corriqueira...
Num colapso existencial,
Uma tragédia de uma vida intempérie
Porque não amou?
- não tive tempo
Porque não iluminou?
- fiquei sem tempo
No que tornou-se importante?
- fiz bolhas de sabão e, estas por sua vez o vento as levou...
E quando tudo acabou, o adeus ficou!
Viveu?
- também não tive tempo!
Então, o que fez?
- Existi. Apenas isso.
NADA MAIS IMPORTA
Estou morrendo! Sim, de fato, uma tragédia!
O meu corpo não responde; sinto o frio
Minerando o interior de meu vazio;
Minha mente só emula minha acédia.
Chicoteia-me, taciturna, a Moléstia
-As lembranças dessa vida- como rio,
Corre, arranha-me a face à cego fio,
Enquanto beija-me a carne a morfeia.
Estou morrendo de tudo que tenho escrito...
Estou morrendo, assim, só. Assim, restrito
A realidade estupidamente morta.
Fragmenta minha alma triste e doente:
Já não há luz, nem vida, nesse ambiente,
Só o silencio. E nada mais importa...
Itamar FS
Eu,
Filho da tragédia
E amante do caos
Mergulhei no mais profundo mar de mim mesmo
Amarrei as vírgulas na sorte
E engoli meu único e amargo destino
Sorria, ele disse
É só mais uma verdade da vida
A poesia mais linda nunca será feita pra alguém
Cante-a com seu violão desafinado pelo tempo
Enquanto os demônios lhe assistem com flores nas mãos
No momento da dor fica difícil discernir as motivações da tragédia mas é nessa hora que pessoas inesperadas se mostram solidárias.
