Tradição
Uma história, pertencente à tradição hebraica, pode auxiliar na compreensão dos desafios característicos quanto à necessidade de realizar uma opção de vida. Diz a história: “Um certo rabi procurou seu mestre, suplicando-lhe: ‘Indicai-me um caminho universal para o serviço a Deus’. O mestre respondeu: ‘Não se trata de dizer ao homem qual caminho deve percorrer, porque existe uma estrada por meio da qual se segue a Deus por meio do estudo, outra, por meio da oração, e outra, por meio do jejum, e ainda outra comendo! É tarefa de cada homem conhecer bem a direção de qual estrada o atrai, o próprio coração e depois escolher aquela estrada com todas as forças’”.
É de todos conhecidos, porém, que a enorme carga de tradição, hábitos e costumes que ocupa a maior parte do nosso cérebro lastram sem piedade as idéias mais brilhantes e inovadoras de que a parte restante ainda é capaz...
(O homem duplicado)
A PÁSCOA É RENASCIMENTO
Os rituais e os costumes de uma tradição
quando desnecessários e ultrapassados
se tornam apenas repetições robotizadas.
Se tornam empecilhos a criatividade,
ao novo, à expressão verdadeira
dos seres e do seu povo.
Cultivar rituais sem sentido apenas por amor as tradições
é semelhante a guardar suas fezes por amor ao seu corpo.
Qual o verdadeiro sentido da páscoa?
coelhinhos e ovos de chocolate?
Repetir a Via crucis, torturar um messias
e malhar um Judas por milhares de anos?
Se questione, se pergunte
reflexione seus pensamentos
e se encontre, se responda.
POR que? porque estou fazendo isso?
Será que é certo? O que seria melhor?
Posso fazer? Estou pronto a mudar?
Não se queda estagnado. Evolua para o Bem!
Pois é suficiente
para provar
nossa afirmação
de que a tradição
veio até nós
por nossos pais,
transmitida como uma herança,
por sucessão dos apóstolos
e dos santos que os sucederam.
Aqueles, por outro lado,
que mudaram suas doutrinas
com novidades, necessitariam
do suporte de abundantes
argumentos,
se quisessem mostrar
seus pontos de vista,
não à luz de homens
controversos e instáveis,
mas de homens de peso e firmeza.
Mas já que suas posições
se apresentam sem fundamentos
e sem provas, quem é tão louco
e tão ignorante para considerar
os ensinamentos
dos evangelistas e apóstolos,
e daqueles que sucessivamente
brilharam como luzes
nas igrejas
de menos força
do que tais coisas
sem sentido e sem provas?
Quem é o mestre
Mônica Lepri envia a seguinte história da tradição sufi:
Um discípulo perguntou a Nasrudin:
- Como você se tornou um mestre espiritual?
- Todos nós já sabemos o que precisamos fazer em nossas vidas, mas nunca aceitamos isso, – respondeu Nasrudin. Para entender esta verdade, precisei passar por uma situação curiosa.
“Certo dia, eu estava sentado na beira de uma estrada pensando no que fazer, quando chegou um homem e postou-se diante de mim. Para afastá-lo dali, eu fiz um gesto, e ele o repetiu. Achei aquilo engraçado, e fiz outro gesto; ele me imitou, e acrescentou um novo movimento”.
Nós começamos a cantar e a realizar toda sorte de exercícios. Eu me sentia cada vez melhor, e passei a adorar o meu novo companheiro. Algumas semanas se passaram, e um dia eu perguntei-lhe:
“Diga-me: o que devo fazer a seguir, Mestre?”
E o homem replicou: “Mas eu pensei que você era o mestre!”
Justiça entre os sexos
Tenho uma tradição, se eu lavo não enxugo, se cozinho não lavo louça, peço perdão por qualquer coisa que eu tenha feito e aceito pedidos de perdão também. Nada me assombra tanto quanto as palavras não ditas nos relacionamentos.
Vou lhe dar um novo conselho, sintonizem os corações e os espíritos, paz não é somente ausência de briga. Paz é ter tempo, paz é aprender, paz é se importar, paz é aproveitar os momentos bonitos da vida.
Acho que quando a gente fala demais, fala o que não deve. Eu vivo essa experiência quase diariamente, sei que há dizeres necessários e secundários. Os necessários precisam ser ditos, e o que eu digo não precisava ser dito.
É preciso limpar a sujeira todo dia, refletir que há palavras que são muito fortes para serem ditas, acho que os casais não se separam por falta de amor, acho que a maioria dos casais tem alguém que se sente sufocado, cansado, infeliz. É dessa injustiça que eu estou falando.
Tem gente que procura ajuda tarde demais ou se esforça pouco, isso não salva um relacionamento. Caso você tenha perdido um super-relacionamento fique longe e parta para outra, tudo que um dia acaba tinha uma razão de ser.
Relacionamentos quando acabam, não tem conserto, seja como for, há um limite até onde se pode ir com essas ideias. Não devemos cair no jogo eterno de “e se...” nem nos arrepender do fracasso. Fracassos nos fazem refletir.
Às vezes a gente só vê as coisas com clareza depois de acontecidas, daí a gente percebe que privatizou o casamento, deixou sem ar, isolado, solitário e vulnerável e não estou dizendo que a culpa é só nossa. Cada ação, uma reação.
O maior problema é quando falta dinheiro ou quando o “eterno provedor” ficou sem trabalho. Antes as mulheres se mantinham em casamentos horríveis porque não podiam se dar ao luxo de ir embora. Faltava grana para sobreviver.
Hoje, idealizamos as culturas em que as pessoas ficam casadas para sempre, mas não devemos supor automaticamente que a duração do matrimônio é sempre sinal de contentamento conjugal.
Não sejamos adoradores da tradição, colocando-a por cima do amor a Deus. Sejamos adoradores de coração e não por obrigação.
Proferir palavras bonitas nessas épocas festivas faz parte da nossa tradição, mas o que precisamos fazer é PRATICAR O AMOR durante todos os dias e em todos os momentos do ano.
Ela te chama Bobo
Só por tradição
Ela te ama Bobo
Para não se render em vão
Como pode ser?
Imagino o seu sorriso
Lindo e silencioso
Com medo do pretensioso
Que sou por seu calor
Como vou fazer?
Seu sorriso de Lua
Brilho continuo
O caminho
Para te Luar.
Me Chame
Me Ligue
Me Ignore
Mas Viva
Me Sinta
Me Xinga
Me Ame
Como que vai ser?
Quantos sonhos podemos viver,
As nossas aventuras particulares
Andando sobre estrelas nos mares
Caminhando ao Alvorecer.
Como vou Ter?
Mas a distração marcou
Arriscou o querer
Quem sou pra dizer
Que nada andou
Caminhou ou Lançou
Amor não é posse,
Mas
Faltou
Você Aqui
Você em mim.
A Lua na Maré
O carro sem Ré
Finalizarei
O beijo não sei,
Se mais quero
O querer
Poder
Te ver.
Nossa tradição filosófica fez seus sérios esforços no sentido de demonstrar que o homem é um ser racional, ser de pensamento. Mas as produções culturais que saem de suas mãos sugerem, ao contrário, que o homem é um ser de desejo. Desejo é sintoma de privação de ausência.
O homem sem experiência própria só encontra segurança pessoal na multidão e na tradição; o que muitos pensam e dizem, e já pensaram e disseram através de séculos e milênios, isto parece ter, para os “reboquistas”, foros de verdade, e só isto lhes dá uma espécie de segurança (embora ilusória) no meio da insegurança do mundo espiritual. Por isso, o homem comum se agarra freneticamente às muletas dos muitos, no tempo e no espaço, e detesta como elementos demolidores os pioneiros de ínvias florestas e mares nunca dantes navegados.
Manter a tradição é essencial para inovação. Parece paradoxal, mas repetir um processo inúmeras vezes, em diferentes épocas, permite a identificação e correção de falhas, até que se amadureça ao ponto de saturar e gerar, por si mesmo, pequenas mudanças capazes de levar à relativa perfeição. É assim na ciência, na religião e no senso comum.
Triste é ver alguém ser cegamente submisso à tradição mas extremamente equivocado quanto ao labor cristão
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