Trabalho Noturno
O escuro noturno não se nivela com a cegueira de corações sem fé. Tem estrelas, luar, pirilampos e o luzir no olhar dos gatos.
Conduz nas suas bordas volúveis auroras.
Silêncio noturno carrega bagagem de peso duplo.
Pesa os olhos para dormi os sonhos sonhados.
E pesa a esperança de um amanhã melhor que ontem.
Gosto do repouso noturno pois é nele que busco a correção dos erros que cometi no dia que se findou e me preparo para um novo dia.
Solidão nas Estrelas
Verso 1:
Olho para o céu noturno
E vejo a vastidão do cosmos
Me sinto tão pequeno e insignificante
Nada mais importa, a tristeza toma conta
Refrão:
E as estrelas parecem chorar comigo
Enquanto eu me perco nesse infinito vazio
Tudo é tão frio, tudo é tão triste
No meu coração, não há mais luz que existe
Verso 2:
A lua cheia ilumina a escuridão
Mas não traz alívio para a minha solidão
Eu queria me fundir com as estrelas
E desaparecer no universo sem janelas
Refrão:
E as estrelas parecem chorar comigo
Enquanto eu me perco nesse infinito vazio
Tudo é tão frio, tudo é tão triste
No meu coração, não há mais luz que existe
Verso 3:
Eu tento fugir para longe daqui
Mas o universo me segue até o fim
Não há saída, não há redenção
A tristeza é a única constante nessa escuridão
Refrão:
E as estrelas parecem chorar comigo
Enquanto eu me perco nesse infinito vazio
Tudo é tão frio, tudo é tão triste
No meu coração, não há mais luz que existe
Outro:
O cosmos é tão belo e tão cruel
Mas nesse momento, eu só vejo a dor que é real
Talvez um dia, eu possa encontrar a paz
E me perder nas estrelas, sem mais sofrer jamais.
MEU FORMIDÁVEL LADRAR:
Este formidável silêncio noturno
Muito me apraz.
Quando estou dormindo para o nada...
Quando nada sinto que sou
Enquanto vivo...
O sossego da noite que orvalha Minh ‘alma,
Acentua-se no silêncio das coisas que se acalma
O que mais se acentua me atordoa,
O silêncio que murmura aos meus ouvidos,
Coisas que não há no escuro da madrugada.
Ah, não me é formidável ou apraz-me,
O esparso ladrar de cães de guarda noturno
Por fazer quebrar-se o noturno murmúrio do nada (...).
Como eu queria ladrar à noite!
Para não ser fiel aos que ladram sociedade a fio.
Contudo me é formidável o estrepe essencial,
De ser consciente.
"Sob o manto do silêncio noturno, o vento narra contos de terras longinquas e eras passadas, entrelaçando-os à dança das árvores."
Poeira estelar.
Céu noturno
Pra onde se dirige meu olhar.
E fico a me perguntar: de que partícula sou... como aqui vim chegar?
Mergulho profundamente nos processos cósmicos que moldam este mundo...
Vou em busca de respostas...
E vou até o fundo.
Chego à minha raiz – nuvens cósmicas gigantes... as nebulosas.
Entrelaçaram-se elas num balé cósmico.
Chegam a um frenesi sem igual.
Explodem numa explosão fenomenal.
Olho o céu noturno.
Em busca do meu passado.
E repito sempre palavras que em algum lugar li: “eu, universo de átomos, um átomo no Universo”.
É estranho estar aqui agora simplesmente a fazer disso versos.
“A saudade é como uma estrela que brilha no céu noturno. Mesmo distante, ela continua a iluminar nossos pensamentos e a aquecer nossos corações. Por favor, não demore.”
Não tão sós
Noturno... soturno
anéis de Saturno.
Mistura de gelo e pó
giram independentes e sós.
Não tão sós...
os anéis de
Júpiter e Urano
Netuno.... também no Universo estão
mas em segundo plano.
Um plano...
luzes, câmera, ação...
vê o que está indo em sua direção?
Planos não passam de planos
acontecem ou não..
Saturno... e os anéis continuam girando
com nada se importando.
Cair noturno
Enquanto digito no meu teclado
Imaginando quaisquer pecados
Que um padre, por aí, perdoou
Estou certo de que ele já amou
Afinal a humanidade é uma só
Bem como cada ser é individual
Todos erramos e até repetimos
Fugindo de um lado intelectual
Aparências caem no cair noturno
Cada um demonstra o que ele é
A essência convive com o existir
Conheçamos ou não um Maomé
Ignorando os credos, seguimos
Com a força da bênção interior
A realidade nem sempre é dura
Basta uma reflexão a todo vapor
Olho a mim mesmo, me conheço
Todavia perco-me em pleno ar
Conspirando sobre o outro lado
Como um marinheiro sem mar
Não queremos dedos apontados
Precisamos de abraços de perdão
Somos sempre jovens insensatos
Apenas romancistas sem religião.
NOTURNO (soneto)
O silêncio sobrou-me como alento
E o vento ressoa a última vindima
De ilusão... Desagregada da estima
No tempo noturno bem mais lento
O sino da matriz soa em pantomima
Chamando a esperança do relento
Para que se funda ao sentimento
E derrame em fé e não só lágrima
O sono evoca vinho como fomento
A solidão adentra na noite a cima
O relógio no pensamento, tormento
Me busco, e não encontro a rima
Me olho, o passado vira lamento
E o aninar na vigia não aproxima
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Último dia do mês
SONETO NOTURNO
No olhar do entardecer silencioso
o dia adormece e se põe a sonhar
envolto no aroma, da noite, precioso
se vai derreado nos braços do luar
Se há choro, porque há fado danoso
também, há perfume de rosa pelo ar
se alguém soluça, há evento doloroso
pois, no amor, aquele não soube amar
E neste lusco fusco do tempo ditoso
vai-se o tempo no ininterrupto caminhar
pois, a vida no tempo é tempo vaporoso
Assim, vem o dia, logo a noite a tombar
num ciclo do destino um tanto misterioso
mas, que na existência, é um poetar...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Na escuridão, mata adentro, sob um céu estrelado de Van Gogh, nenhum animal noturno se atreveria a saborear tua pele, exceto eu, sendento por tua carne
As estrelas vão piscando e desenhando o céu no infinito que é um mistério...
A noite é plena e doa o repouso, preparando o instante da aurora dourada onde acordaremos nos braços do amanhã...
Hipnos, o Deus do sono, já anda a meu lado, junto com Morpheus, o Deus do sonho, anunciam, que esta noite estarei com você, mesmo que, apenas em meus delírios noturnos.
Se preocupe sempre em fazer o bem, pois não há nada pior do que se deitar e não dormir por conflitos mentais sobre suas atitudes diurnas.
"Lá vem ela!!
A mais bela mulher
A mais pura, não uma qualquer
Lá vem ela!!
Um encanto de primavera, possui as cores da aquarela
Gente, lá vem ela
Com uma força gigantesca
Mas também com uma delicadeza que somente ela tem.
Lá vai ela...
Passou e deixou marca
Trouxe brilho a minha casa
A que chamo de coração."
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