Todo Sopro que Apaga uma Chama Reacende
Ah, o amor é um verso que nunca se apaga,
Um fogo eterno que sempre nos afaga.
Na simplicidade do ser e do sentir,
Descobrimos a beleza de simplesmente existir.
Quando a Última Luz se Apaga
No silêncio que resta após a voz,
Ouço apenas o eco do que fui.
A saudade não fala — ela dói,
Como o peso de um mundo sem rui.
O tempo, esse traidor sem rosto,
Levou tudo o que me fazia viver.
E deixou um coração exposto
A lembrar sem poder esquecer.
Os risos morreram nos cantos da casa,
E os quadros, sem cor, me acusam em vão.
Cada passo é um corte que atrasa
A cura de tanta desilusão.
Eu amei com a força de um naufrago,
Gritei teu nome ao vento surdo.
Mas a vida, com seu verbo frágil,
Sussurrou: "você chegou tarde, é o absurdo".
Já não sei o que sou — sombra, poeira,
Ou só alguém que o mundo esqueceu.
Só sei que tudo que era bandeira
Hoje é trapo que o tempo comeu.
E quando a última luz se apagar,
Que não chorem, que não digam meu nome.
Pois quem morre sem mais esperar
Já morreu bem antes da fome.
Como um eco suave, que o tempo não apaga,
Revivo em meu peito a paixão que me alaga.
Minha Sapekinha, em cada verso que te dei,
Um pedaço da alma, em amor, eu entreguei.
Que as palavras passadas sejam o nosso guia,
Para um amor que cresce a cada novo dia.
Um sentimento puro, que transcende o olhar,
Um refúgio seguro, onde podemos amar.
E se a vida nos testa, com ventos a soprar,
Nosso laço é mais forte, não vai se quebrar.
Pois em ti encontro a força, a paz e o querer,
O meu lar, meu futuro, meu eterno prazer.
”A força esvai. A vontade perece. O brilho se apaga. O ego esmorece. O tempo já não resta. Não há mais tristeza. Não há mais dor. O frio e o calor deixam de importar. E a gente se torna mais leve, pois todo o peso da existência se dissolve no simples ato de não mais ser.”
O público invade o privado, e o privado transborda no público — a fronteira se apaga, a vaidade se propaga.
Perde-se o abrigo, dilui-se o limite: a autonomia cede à patrulha social, a família se dobra ao discurso oficial.
A mercantilização do eu faz da autenticidade uma raridade, transforma a intimidade em produto e reduz a privacidade a luxo esquecido.
Deus não apaga os dias difíceis, mas Ele caminha comigo por todos eles. E isso é o que torna suportável o insuportável.
Janice F. Rocha
Almas que o tempo não apaga
Dois corações, um só destino,
cruzaram-se na curva do divino.
Almas gêmeas, em puro esplendor,
vivendo intensamente o mais belo amor.
Mas veio o tempo com sua dureza,
soprando orgulho, ferindo a leveza.
Palavras caladas, silêncios gritantes,
e o amor, tão vivo, tornou-se distante.
Seguiram caminhos, corpos separados,
mas os sonhos... ainda entrelaçados.
Cada gesto, cada som, cada cheiro,
era a lembrança do tempo verdadeiro.
O sol que aquece, a chuva que cai,
tudo recorda o que o tempo não trai.
Mas o orgulho, teimoso, cresceu demais,
e cavou entre eles abismos mortais.
Mesmo longe, a dor é presença constante,
como um eco do amor, ainda vibrante.
Dormem e acordam com o mesmo vazio,
tão perto no amor, tão longe no frio.
E o coração? Ainda pulsa em tortura,
amando em segredo, sofrendo a amargura.
Pois saber que se ama e não poder tocar
é o castigo mais cruel de se amar.
Sonho de Rei
Sonho um amor que não se apaga,
Como a luz primeira da manhã.
Que não se cansa, não se estraga,
Nem vira cinza, nem irá.
Um amor feito de terra e chuva,
Que molha o fundo do meu ser.
Não só de flor, mas de raiz nua,
Que sabe o tempo suportar.
Sonho um amor que é como o rio:
Correnteza calma e sem fim.
Que leva o meu e o teu desvio
E faz do mar o seu jardim.
Não promessa de voz rouca,
Nem fogo que num dia some...
Mas quieta e forte, qual rocha
Onde se nasce e se renome.
Que seja eterno não no grito,
Mas no silêncio que se ouve.
No passo dado, no escrito
Comum que o tempo não devolve.
Sonho um amor sem pressa, árvore,
Crescendo junto ao mesmo sol.
Onde a tua alma e minha alquimia
Se fundam noutro céu, noutro chão.
Um amor que o tempo afia,
Mas não consome nem separa.
Chama de eterna romaria,
Porto, raiz, estrela rara.
Simplicidade com profundidade.
O amor como árvore, rio, rocha, luz matinal – símbolos de permanência e ciclo.
Contraste efêmero x eterno. Opostos como "fogo" (passageiro) e "rocha" (perene), "flor" (frágil) e minha "raiz", fundamental.
O amor como ato contínuo "passo dado", "escrito comum", não só sentimento.
Tons de espiritualidade: "Alma", "romaria", "céu", "eternidade " minha, transcendência no humano❤️
“Antes que o tempo nos leve” - De João Moura Júnior (2023)
O tempo passa, apaga caminhos,
deixa histórias, e homens sozinhos.
Alguns se vão sem um último abraço,
outros resistem, são fortes, são laços.
Se a saudade pudesse falar,
gritaria o que eu quis calar.
Eu queria ter dito, queria ter sido,
palavras que o vento levou pro mar
Antes que o tempo nos leve, me escute, me veja,
se existe amor, que ele, então seja.
Não deixe pra depois, não espere o final,
pois tarde demais é sempre fatal.
Tia Bia, vida que brilha em tom de sabedoria,
um olhar puro e doce, uma belezinha.
Tem tanto a viver, tem tanto a ensinar,
Com um coração que só sabe amar.
Se eu pudesse voltar o tempo, diria sem medo:
“Pai, mãe, vocês foram o meu enredo”.
Mas a vida não volta, só segue pra frente,
E quem fica pra trás vira um eco ausente.
Antes que o tempo nos leve, me escute, me veja,
se existe amor, que ele, então seja.
Não deixe pra depois, não espere o final,
pois tarde demais é sempre fatal.
Hoje eu vivo sem esperar o tempo passar,
mas se há um amor, que elesaibaficar.
Se o futuro é o presente que ainda não veio,
o que resta do seu tempo eu me presenteio.
Pátria que não se apaga
(Eliza Yaman)
Não há exílio que apague o que sou,
nem língua que me roube a identidade.
Minha pátria é o canto que ecoou,
na infância, na fé, na liberdade.
Mesmo que o mapa diga que estou longe,
o coração não muda de lugar.
Sou Brasil — sou raiz, sou horizonte,
sou saudade que insiste em voltar.
Eu te perdoo, mas não te absolvo: carrega ainda o peso do teu ato, pois o perdão não apaga a culpa, apenas te concede a chance de suportá-la.
O tempo
Assim como as ondas do mar apagam nossas pegadas, o tempo apaga nossa existência, Assim foi, é e será!
'MISTURA INVULGAR...'
Não traço acepções olhando para o horizonte,o infinito apaga o sentido, e não se edifico.Delineei quimeras com estrelas e luas pálidas,eis o que me resta: um vulto, uma silhueta oblíqua.Contorço-me em viagens por veredas nunca feitos,rumo ao desconhecido, desfazendo em meu peito sinônimos, anônimo, sem nome, mas, minha trilha prossegue...
A pele é feita de sombras de espectadores,minha voz, o sussurro de antigos labores.Ninguém vê a fractura, o paradoxo visceral, opalco é minha cela, a plateia meu juiz,sou a cortina de amalgama, o gesto teatral.Invulgar como um cometa que caiu e não se extinguiu. Na terra fria e negra, um novo sol fabriquei.Sou mistura de abismo e de voo rasante...
O palco é minha cela, a plateia meu juiz,apresento o sorriso que nunca foi feliz.Cada ato é um naufrágio coreografado com arte,cada aplauso, um epitáfio que me rasga em parte.Sou o contorcionista da própria alma esfacelada,a procura de um centro na rotação desvairada.O desconhecido é meu único lar conhecido...
Anônimo na multitude, um rosto sem moldura,carrego o peso leve de uma existência à toa.Por trás da maquiagem, há um menino assustado,por trás do espetáculo, um silêncio sagrado.E o show precisa seguir, é imperativo e urgente,ainda que o actor principal esteja ausente.
Sempre em cartaz, a peça que não tem roteiro...
Nome raro, flor de estufa, rara írisnavegando em alto mar.Desenhei aspirações com fios de alquitarras,
e delas fiz névoa, labirinto, obelisco.Não sou o que percebem, sou o que não dizem,o vazio que habita no coração da risada. Aprópria procura que se nega na busca...
E assim se desdobra minha existência, entrelaçada,uma moeda de duas faces sempre jogada ao mar.O anônimo esplêndido, a mistura invulgar,a dança solitária que ninguém pode parar.O espetáculo que está sempre, sempre em cartaz,mesmo quando o teatro arde em chamas de paz.E no silêncio final, ecoa o verso: 'mistura invulgar'...
--- Risomar Sírley da Silva ---
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