Todo sobre o Grafite
Nem todos são vândalos
A arte que é feita pelo grafite
Mostra a infelicidade
Que pela periferia existe,
Algo explícito na humanidade.
Na bandeira está escrito
O famoso lema "ordem e progresso"
Não sei pra que? Se não é cumprido!
Politicagem diz que estamos caminhando para a frente,
Vejo tomando o caminho inverso.
Quantas obras vemos espalhadas
Principalmente no centro da cidade,
Os grafiteiros,que vivem em favelas
Estão em busca de espaço na sociedade.
Como pode? Negro ser chamado de criminoso
Dizem que é vandalismo
Algo injusto no século 21,
Foi esquecida a fase do realismo...
Se foi algum tempo,
Onde tudo era admirado
Mais ainda contemplo
O maravilhoso passado,
Essa história artística
Aos poucos se torna
Um livro fechado.
Passo o grafite sobre a folha branca
E quase sem querer
Sua face brota tão forte quanto o luar
Seria inútil a vã tentativa de ludibriar
Um desejo sublime
Que o tempo, em questão de horas,
Dias, ou anos
Não foi capaz de apagar
Coração de Mesa Riscado a Grafite
Inanimada, mimada, maltratada.
Estudantes a usufruem,
Tratantes a confundem.
Altar dos casórios,
Palco dos escritores,
Símbolo supremo dos escritórios.
Vendida, comprada,
Doada, lixada, pintada,
Montada, desmontada, desdenhada,
Compensada, carunchada.
Suporte supostamente sociável,
Atura copos, pratos, panelas, jarras de suco,
Cartas de baralho e murros de truco !
Agüenta as facas e suas pontas,
Agüenta contas, pregos e cola,
Livros, álcool, mimeógrafo, carbono e sola.
Suporta-nos !
Eu, a letra “e”, Ela.
Distanciados pela injuntável falta de apetite,
Fusionados num coração de mesa riscado a grafite.
Painel Vida: projeto “Rua Walls”
Grafite transpira vida, arte e verdade
para dissabor daqueles que negam a realidade.
EU SOU, TU ÉS, NÓS SOMOS
Sou negra
Sou princesa, rainha...
Menina da raça
Da cor do grafite
Preconceito jamais!
Sou negro
Sou príncipe, rei...
Menino da raça
Da cor do grafite
Preconceito jamais!
Sou negra
Da ginga, gingada
Que baila o corpo
Pra lá e pra cá
Capoeira jogada
Pro meu pessoal.
Sou negro
Da ginga, gingada
Que baila o corpo
Pra lá e pra cá
Capoeira jogada
Pro meu pessoal.
Sou negra,
És negro,
Nós somos
Somos gente da raça
Numa mesma emoção...
E quando a caneta não escrever mais? Quando o lápis não tiver mais grafite? Quando a borracha ja estiver ressecada?
Os olhos se esforçam para enxergar, a fala mal se pode ouvir, o corpo luta para manter-se em pé. A cada dia uma batalha diferente, bem diferente das travadas no passado.
A contagem agora é regressiva, o tempo já não tem mais valor pois dele não se espera mais nada.
A mente ainda que pensante ja não se importa mais em fazer sentido, ela apenas é e ali esta. Nada mais é criado a partir da longa experiência que foi vivida.
Os sons, os textos, as músicas, as letras, organizações sistemáticas do que se aprende a sentir e que hoje ja não as expressam.
O sentimento é o que resta, a percepção mesmo que falha é o que move este antigo ser. O caminho foi longo, não tão longo que eu pudesse crer que mais 100 anos de sentimentos eu pudesse viver.
É o papel que risca o lápis.
Por ser o papel mais duro que a grafite, o lápis vai se desmanchando, deixando seus restos na folha que percorre.
Da mesma forma, o tempo não passa, somos nós que passamos, gastos pelo tempo que vivemos.
Nossa história se faz das interações que temos na história de vida de outras pessoas.
Deixamos marcas por onde passamos e somos marcados por elas, chamamos essas marcas de lembranças, e as relevantes, quando boas, viram saudade.
Aqueles que gastam significativa quantidade de suas vidas marcando a vida de outros, se tornam eternos.
A reflexão que apresento é sobre saber se nossa vida produz rabisco ou mensagem nas folhas que percorre, pois o lápis se acaba e a folha fica.
"Quem dera que a vida fosse como um lápis grafite e que junto viesse uma borracha que pudesse ser apagada todos os ressentimentos e mágoas sem deixar marcas e nem borrões ".
Ok não é!
Mas nem por isso não possamos colorir por cima das marcas dando mais brilho e beleza no presente deixando para trás tudo aquilo que um dia era uma escrita uma palavra mal falada , mal expressada , mas que com certeza o futuro colorido ou não depende da lei da ação e reação.
As vezes esquecemos que se quebrar o grafite do lápis é só apontar e continuar a desenhar o presente ou rabiscar o futuro.
Assim como as coisas, são as pessoas: produto de sua gênese! Diamante e grafite tem a mesma composição química, mas diferem completamente em diversas propriedades e até mesmo no valor, por conta do arranjo entre seus átomos. O desafio sempre será transformar grafite em diamante.
O amor é diferente de acordo com as fases da vida. Na adolescência é como grafite, deixa marcas, mas que são fáceis de apagar. Porém, na fase adulta ele é como uma caneta, mesmo que se passe corretivo ainda é possível enxergar o que ela fez.
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