Tocar tua Alma
Alquimia
-uma pitada
-um montão
-alma apaixonada
-um coração
-palavras à sorte
-sentimento forte
-arrepio no cangote
-pensamento à levar
-estrelas verso luar
-olhar contra olhar
-mesclado no sentir
-dose de ouvir
-bucado de emoção
Mistura-se tudo a paixão,
até dar ponto de amor...
Menino Interior
Ainda embalado pela cantiga de Natal
Minh’alma pedala o velocípede com emoção
A bola os aniversários a piorra em coral
Enfeitam a memória da minha recordação
A brincadeira de queimada na calçada
As férias esperadas com ansiedade
O pique esconde com a meninada
Escreveram histórias e felicidade
Hoje acordei pensando no meu menino
O menino ingênuo, menino pequenino
Sorridente, alegre, brilhante, divino
Este menino interior que um dia evoluiu
Perdendo-se na saudade que o subtraiu.
Desenhando o adulto que surgiu...
Ah! Menino por que partiu?
Espinhos
Me arranhei em espinhos
que sangraram a mim
e a minha alma, assim,
num absorto dilema do coração
tatuaram na carne da emoção
marcas de sonhos e paixão.
Uma saudade,
uma lágrima,
um triste olhar,
uma dor a lamentar,
um vazio de carinhos.
Todos espinhos...
Me vi sozinho
acompanhado
sorridente, calado...
Perdido em poemas... (dilemas)
Entre espinhos e flores
afagos e amores
tive o meu poetar como espectador.
Alma do Poeta
Não habita todo o entendimento
Na dor da paixão fragmentada
Apenas parte do sofrimento
Escorre pela carne alvejada
Num complexo ato insano
A esperança vem em porção
Maquiando o olhar profano
Da ilusão cheia de traição
Enquanto aguarda o novo tempo
Reparte o momento em fração
Tentando reciclar o intento
Em alívio, suspiros e emoção
Na poesia não é muito diferente
É a arte manifestando sua meta
Em versos em elos de corrente
Das partículas da alma do poeta
Seus olhos são duas contas tristes
De uma chegada de uma partida
De uma saudade, de um'Alma ferida
Na busca sempre da perfeita batida
Metamorfose
Em cárcere,
no casulo minh'alma estava
Quando passaste por mim
Com seu olhar brando
Seu sorriso peculiar
Aí minh'alma ficou a lhe desejar
Então a saudade passou a apertar
O coração
A emoção
Tentando libertar a paixão
Desnuda de ódio, de rancor
De futilidade
E o que seria amizade
Metamorfoseou-se em amor
Silêncio do Poeta
O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Lapidados pelo sentido absoluto
Com as tuas rimas em tributo
Grifam a inspiração em poema
Nodoados de satisfação, dilema
Que teu silêncio inteiro trova
Teus amores, alegra, tua alcova
E quando emudece, se acoita
Nas sobras das estrelas afoita
Versejando os teus lamentos
Lamentando teus sentimentos
Com quimeras de um profeta
Nas falas do silêncio do poeta
E no alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e fala e a alma escuta
21/10/2015, 21’22”
(Horário de verão)
Cerrado goiano
Poeta
O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Facetados na rima absoluta
Que no poema a vida tributa
A inspiração quimera e labuta
No alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e a alma executa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO VAGINDO
Na saudade a alma não canta
Chora, e triste fica o triste riso
O peito pulsa numa dor tanta
Que o nada se torna conciso
A memória vem e nada espanta
A vida se encolhe num improviso
A alacridade deixa de ser santa
E a solidão surge sem dar aviso
Quando a saudade se agiganta
O olhar se perde nu, no infinito
Tão frívolo, que não hei escrito
Aí um nó se enlaça na garganta
A lágrima pela face sai a procura
Dum vagido, pra banzar a tristura
Luciano Spagnol
09/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano
Como não querer esta aliança?
Se nos afetos se tem esperança
E na alma se é um aprendiz...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Epílogo
Eu desperto no cerrado em cada alvorada
Sem acaso no destino, alma esbaforida
A fé de uma confiança vaga, indefinida
O poetar de encontro numa encruzilhada
O tempo se fazendo em horas, estirada!
Dum vulto da estória na história recolhida
Em sobras de ir e vir, querendo despedida
E o fado se deslocando em outra jornada
Não vejo um ideal estampado na vida
Do avanço veloz e distante da passada
O fim do horizonte aumenta a corrida
Neste vazio do hoje, o epílogo é morada
Criando e recriando as perdas já vencidas
Numa entusiasta esperança de virada...
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Facetados numa rima absoluta
Que a quimera na poesia tributa
Em alaridos e silêncio em disputa...
Pois, o poeta cala e a alma executa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Parabéns poeta
Parabenizar o poeta com poesia,
é redundância.
Desejar felicidade a alma poeta,
é inconstância.
Pois,
é ser rima, é ser verso, o poeta
é a magia no ser diverso...
E no universo do poeta de paixão e gozo;
ouso felicitá-lo nesse dia tão grandioso;
desejando:
saúde, harmonia, amor e meu abraço caloroso!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Desfaçatez
Ao me ver sorrindo, não imagina que estou chorando
Pois minha alma vai fingindo este porquanto
Das lágrimas de um árido coração em pranto
Se todas as dores dos amores querem lamentar
No meu peito,
que seja em breves sussurros pra aliviar
Pois sofrer sem querer aos outros mostrar,
é o mesmo que ter soluços e se calar
Quem me vê sorrindo, pensa que eu não possa estar chorando...
Uns sabem na solidão do amor viver, outros choram amando
Com ou sem pranto... Eu prefiro ser brando.
Luciano Spagnol
24 de maio de 2016
Cerrado goiano
EXILADO
Quem jogou na minh'alma essa solidão
Que brada angústia com gosto amargo
E à ardente boa ventura causa embargo
Encarcerando está ânsia no meu coração
Quem com mãos frementes teve encargo
De incinerar com silêncio toda a emoção
Se o amor no viver necessita de sedução
E o fado no ter sorte quer este desencargo
Assim, como então sair duma maldição
Oh! Doce e pura felicidade, de olhar argo
Observe, e neste exílio me traga solução
Ah! Desventurado e vil desígnio letargo
Que me vê nesta temerosa e fria prisão
E me algema sem qualquer desembargo
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Amor eterno do meu amor
Minh'alma gêmea desvelada
És a benção do Pai criador
A aliança ao afeto desejada
Esperança e carinho coesor
Bem maior, meu tudo no nada
Nesta trova, lhe trago flor...
No coração, ofereço morada!
Luciano Spagnol
cerrado goiano
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