Toc
Parei!
Parei de questionar sobre o que eu faço. Parei de questionar as pessoas sobre "por que vocês são assim?". Parei de me importar sobre as opiniões das pessoas sobre mim. Parei com tudo isso. Sabe, foi uma das melhores decisões da minha vida.
Queremos sinceridade, queremos que as pessoas sejam verdadeiras, que não escodam seus sentimentos. Mas como as pessoas poderiam ser assim se eu, a primeira a pedir, não dou o exemplo?
Dói tanto, mas é difícil dizer o por quê.
Não sei se é saudade, não sei se é nervoso.
Não sei se é ansiedade, apenas é misterioso.
Um dia, quem sabe, eu irei saber.
Quiçá acabe o motivo de doer.
E a gente espera tanto...
A gente fica ansiosa, a gente fica animada, a gente fica feliz. Mas aí vem a vida e diz que as coisas não são, e nunca serão, do jeito que a gente quer.
Se não foi nem daquela vez, nem dessa, o jeito é esperar para que seja da próxima.
Eu falo de mais e demonstro de menos.
Só quero te lembrar que é muito fácil controlar o que a gente fala, mas é muito difícil controlar o que a gente demonstra.
Precisamos parar de pensar sobre o que sentimos e, simplesmente, sentir. Parar de fazer avaliações, testes, transformar algo tão bonito em dados. Sentimentos são subjetivos e não devem ser mensurados desta forma.
Primeira lembrança? Meu pai saindo da loja com um conjunto de camisa, short e meias. Que dia feliz foi aquele! Depois vieram muitos momentos incríveis, maravilhosos. Todos guardados na memória e no coração. Lembro-me da época que na TV só passava um jogo e, quando era o do adversário, tínhamos que ouvir pela Rádio Sociedade. AMAVA. A emoção de ouvir pelo rádio não tem descrição. E que ironia, hoje o que mais faço é ouvir devido ao excesso de compromissos que me impedem de assistir ou ir ao estádio. Lembro-me do primeiro jogo que fui assistir num estádio, Carneirão. Da emoção. Da felicidade. Foram lindas Vitórias e derrotas aceitáveis. Foram muitas lágrimas de tristeza e de alegria. Suco de maracujá era a bebida do domingo. Foram fogos, risadas, orgulho. Fora batidas no chão, gritos, socos no sofá. Foram muitas revoltas, mas a única coisa que eu nunca tive foi a dúvida sobre o meu amor por ti.
Futebol é uma daquelas coisas loucas, sem sentido, irracional, que a gente sente um sentimento inexplicável e fica gritando por um bocado de homem (ou mulher) correndo atrás de uma bola, é um negócio que faz a gente xingar o juiz e ter vontade de entrar em campo pra dar uma carreira nele. É aquele negócio de ficar xingando pelo passe errado e, dois minutos depois, elogiar dizendo que é o melhor jogador do mundo. É passar raiva pelas injustiças, mas (algumas vezes) fingir que não foi mão na bola pq a gente não pode tomar gol. É sofrer antes, durante e depois. É aguentar piadas quando perde e caçoar quando ganha. É passar noites sem dormir de ansiedade e desespero, é dormir ao som do hino de felicidade. É ficar triste quando recebe um "você, infelizmente, não poderá ir para o jogo" e é chorar de felicidade quando seu pai chega e diz "comprei os ingressos, saímos as oito".
E ser Vitória é cantar o jogo inteiro, é sofrer até o último segundo, é puxar os cabelos e bater a cabeça no vidro do estádio quando perde o gol. É sair pulando no meio da chuva cantando o hino depois de mais um título e reclamar do juiz por sempre ficar contra nós. É caçoar do jahia por ser nosso eterno vice e ser lembrado que não temos título nacional. É lutar com garra, na raça, em todos os jogos. É saber que todo jogo é uma final e que nunca será fácil. É ir pro Barradão pela primeira vez, perder e, ainda assim, ser a pessoa mais feliz do mundo por realizar um sonho. É vestir a segunda pele, pintar o rosto, se descabelar, ficar rouca e, depois de tudo, gritar: É CAMPEÃO!
Meu Leão, meu amor, estou contigo por onde for, no estádio ou no radinho, saiba que nunca estarás sozinho!
Sinceramente? Bem, eu tinha certeza que tinha superado toda essa baboseira de amor, que eu não era uma pessoa namorável, que nunca seria capaz de gostar de alguém, e eu estava muito bem com isso. Só que um dia eu acordei e percebi que as incertezas surgiram, já não sabia mais como reagir. Os comentários na sua foto começaram a incomodar, de alguma forma, mesmo que eu fingisse que estava tudo bem, no fundo eu sentia o incômodo. A cada toque do celular, eu queria que fosse você. E por mais que eu tenha lutado contra tudo isso que eu venho sentindo, no final do dia é você que está nos meus pensamentos.
Você me ensinou a ser melhor, a procurar evoluir, a ser luz. Você me inspira a buscar sabedoria, a ver o mundo com outros olhos. E eu que sempre odiei mudanças, olho pra um ano atrás e nem me reconheço mais.
É como se estivéssemos em um labirinto escuro. Estamos com o mapa em mãos, mas enquanto você acende a vela para enxergar o caminho, eu apago.
Você pergunta: "por que apagou a vela?”.
Eu respondo: "Que vela?”.
Tá esperando o que pra vir me ver?
Talvez o momento certo aparecer...
Não sabe a hora certa de chegar?
A porta está aberta. É só você entrar!
Meu espírito se acalma a cada palavra bonita, a cada som suave, a cada visão da natureza.
É um sentimento único que só quem está em paz consigo mesmo é capaz de sentir.
Ela gostava da ideia de ser luz.
Claridade, fulgor, clarão.
Luminosidade, alvor, iluminação.
E como o brilho do verão,
iluminou toda estação
da sua vida.
Eu precisava te dizer o que eu sentia. Eu não aguentava guardar isso para mim, afinal, toda vez que eu faço isso, eu magoo alguém. Eu não queria te magoar. Mas você precisava entender que eu não sentia nada, nunca sentirei. Sou vazia por dentro. Fria e vazia.
Ela acreditava no equilíbrio entre o bem e o mal. Acreditava no amor, na beleza da simplicidade. Acreditava que todos tinham um coração bom que fora corrompido nas experiências da vida, mas que com compreensão e amor poderia ser recuperado. Ela acreditava.
