Tiago de Melo Poesia
A felicidade digital é um empréstimo com juros altíssimos: o custo final é a hipoteca da sua verdade interior.
Somos a geração do excesso verbal, onde a profundidade da conexão foi sacrificada no altar da tagarelice superficial.
A simplicidade se torna uma força ameaçadora para aqueles cujas vidas só fazem sentido no espelho da ostentação vazia.
A energia gasta em tentar provar valor a um júri que já proferiu o veredito da desvalorização é a mais inútil das espoliações.
As almas rasas não suportam o peso da profundidade e invariavelmente se afogam no mar de quem ousa pensar e sentir.
O Caráter é o único patrimônio incorruptível, imune ao roubo da crise e intocável pela virulência da inveja.
O excesso de luz artificial do externo induz à cegueira para a urgência da lanterna que precisa ser acesa no interior.
A ingratidão alheia é o lembrete teológico de que o verdadeiro destinatário da caridade deve ser o Alto, não o aplauso humano.
Muitos anseiam pelo protagonismo da chama, mas poucos se sujeitam à humildade da cinza que carrega o potencial de todo recomeço.
A Autenticidade não é um conceito a ser explicado, mas uma existência a ser vivida. E o que é verdadeiro, por natureza, perturba.
Não há predador mais sutil que a malignidade travestida de uma suposta e bem-intencionada opinião sincera.
O Desapego é o alívio da gravidade, a percepção lúcida de que a verdadeira liberdade reside na leveza do Ser, e não na prisão do ter.
O verdadeiro poder é não ter que provar nada para ninguém, exceto para a sua consciência silenciada.
O melhor momento para recomeçar é sempre aquele em que a dor da permanência é visceralmente maior que o medo da mudança.
O coração só se acalma quando a mente aprende a delegar as preocupações para a autoridade superior da Fé.
A leveza não está na ausência de peso, mas na força inquebrável da coluna que aprendeu a suportá-lo.
A tragédia íntima nunca é fotografada para a posteridade, aquele momento exato em que o peito se transforma em zona de guerra sísmica, onde o coração não pulsa, mas sim explode em mil estilhaços contra as paredes da carne, é um espetáculo reservado apenas para o sofredor e, talvez, para a entidade maior que nos assiste do alto, as palavras que hoje soam como testemunho de vitória nasceram da gagueira desesperada de quem acreditava ter chegado ao ponto final irreversível, onde o único horizonte visível era o negrume denso da ausência total de saída, um beco escuro com a placa de "Fim da Linha" piscando incessantemente.
O passo mais importante é o primeiro, mas o mais difícil é o de não olhar para trás para duvidar da rota.
A sabedoria não reside em não errar, mas em nunca honrar o mesmo erro duas vezes com a sua reincidência.
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