Tiago de Melo Poesia
Eu comecei a entender tanto as coisas, principalmente pessoas, saber o que de fato elas sentem por dentro — assim como um ouvido amigo, uma obra de caridade, uma troca de experiências. Tenho conhecido pequenas dores, grandes amores, sonhos quebrados, quedas e medos surpreendentes. Uma piedade que me fez entender que a dor não é coisa exclusiva minha.
Pra mim você pode morrer. E quem sabe depois disso eu possa sentir sua falta. Porque sua presença pra mim não vale nada.
Sabe o que eu vejo? Pessoas. E vejo mais. Vejo seres humanos famintos de serem alguém na vida. Com verdadeira paixão por viver. Seres humanos capazes de grandes coisas; descobertas, criações, fé. Vejo gente tentando viver todo o tempo. E é por pessoas que querem viver todo o tempo que eu sou apaixonado. Gosto de gente, mas de gente que é, antes de tudo, GENTE!
Aprenda com os seus erros! Eles não foram um acaso! Você escolheu esse caminho, porém, pode até ter doído mas faça valer a pena. Aprenda com eles!
Estou fugindo. Com sede. Não me pergunte. Procurando. Correndo. Não me pergunte. Acorrentado. Cansado. Não me pergunte. Começar um texto nunca foi tão difícil. Assimetrar letras nunca foi tão arduoso. Encaixar as palavras dentro dos espaços parece ser uma tortura e um peso que me submeto a levar por um tempo. Um, que em outros tempos eu nem queria lembrar. Vomitando. Sem chorar. Não me pergunte. Assustado. Sem ar. Não me pergunte. Achei em mim algo que respondia o que nem gostaria de entender. Não me leia.
Passei a achar mais agradável sair na rua e ver vibração, sentir esse sol quente, ver gente, coisas acontecendo. Me energiza. Já não dava pra continuar daquele jeito que estava.
Volta para casa, toma um banho bem gelado. Chora, mas chora muito. Mas depois tente esquecer de alguma forma. Joga fora essa dor, muda de direção. A vida é feita de recomeços.
A rosa doce se apaixonou perdidamente pelo inverno no momento em que o primeiro sereno gélido tocou-lhe a raiz. Negou a primavera. Perdeu inteiramente as pétalas na tempestade. Morreu de inanição, mas não se arrependeu.
Ou talvez eu apenas queira deixar assinado, em todos os cômodos dessa casa quieta, que você se faz presente até no ar estagnado apesar das portas fechadas.
Que daqui pra frente tudo dê certo em seus dias, que aconteça alguma coisa bem linda e intensa com você. Te desejo uma força enorme, momentos inesquecíveis, tudo em qualquer coisa que vier a escolher, não importa o quê, nem onde, como e nem com quem. Eu te desejo tudo de mais bonito, sim, menos que me faça acreditar em tudo outra vez.
E, para tentar esquecer, resolveu mudar. Não queria que ninguém soubesse dessa mudança. Só queria aparecer, de uma hora para outra, renovado.
Aos poucos, ver o que não existia foi se tornando sua maior especialidade. O via caminhando pela casa bebendo café amargo, via atravessando a rua, correndo na praia, tomando sol nas tardes de sábados no parque, e fazendo palhaçada por trás das vitrines das lojas. Achava que, caso se alimentasse dessas coisas, jamais morreria sufocado no próprio soluço.
Eu sempre digo que vou suportar calado as maiores dores do mundo, mas é tudo mentira. Eu não aguento mais conviver com a tristeza.
Fiquei tão desacreditado que cheguei a pensar que o tempo jamais passaria, não iria me curar nunca. Mas passou. Mas curou. Como dizia minha vó, o tempo sempre passa, essa é uma das maiores crenças que uma pessoa pode ter na vida. Fora a morte, que, claro, um dia ela chega. Mas hoje não quero pensar nesse negócio de morte, Deus me livre. Quero pensar é na vida. Na minha nova vida daqui pra frente.
É nessa mesma hora em que sua cabeça é tomada por uma onda de loucura que você precisa escolher a vida. Pra mim já está mais do que claro que a hora dessa escolha é agora, não dá pra adiar, está acontecendo.
Uma sensação infeliz de que ando, ando e ando, mas não chego a lugar algum. Uma impressão de que todos os esforços são sempre inúteis, desnecessários.
Eu quero me apaixonar por alguém que morda os lábios e estale os dedos de ansiedade enquanto me espera do outro lado da rua.
Pare de reclamar que as coisas estão dando errado. O descaminho, na verdade, é um caminho que o destino te mostra para você encontrar alguma coisa que realmente vale a pena mais à frente.
Não confio mais nem na minha própria sombra que perambula por esta cidade. Aqui ninguém tem sossego, não se tem amor, não se busca por paz. E acabei me acostumando com esse jeito de viver. Com o tempo, fui me tornando mais descrente, mais desumano, duro, frio, metido a dono da verdade. Não me sinto feliz dessa forma. Deixa pra lá.
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