Tiago de Melo Poesia
Foi como uma fuga desse caos social e de tudo aquilo que o compõe. Eu precisava da natureza, eu precisava da liberdade. Na natureza o homem se torna forte. Longe dos vícios, do barulho das grandes metrópoles, da hipocrisia. De todo aquele estresse que só adoecia e prendia alma de quem ali vivia.
Ao me ver livre eu me sentia livre. Um perdido pelas estradas. Cujo o lar era a natureza. E a própria liberdade. A emoção que aos meus olhos me trazia. Toda liberdade de poder sentir se parte da natureza. Navegar nas densidades das matas densas. Poder acalmar a fera que sempre existiu em mim. E que tanto ansiava voltar a natureza.
Quando o homem perde a capacidade de sonhar. Perde também toda capacidade de viver e de transcender.
Às vezes eu sempre guardava como forma de recordação e de lembrança. O pôr do sol e o nascer do sol. Nas manhãs quando olhava para o horizonte ele me contemplava com o nascer do sol. Quando olhava a tarde na direção da linha do horizonte. Ele me contemplava com o lindo pôr do sol. Estava eu então a viver livre.
Ser simples e humildade é o melhor caminho que o homem tem para seguir. Fortuna não faz história. Coragem e altruísmo sim. Uma vida eremítica nos vales entre montanhas. Natureza e castidade. Quando se ama a natureza ou se vive a natureza. Jamais dela quer se separar. E voltar a se contaminar com a civilização. É um amor verdadeiro. Uma relação mística com a natureza. Quando conheci a história de McCandless, eu só queria supera-lo também. Superar o tempo que Chris viveu no Alaska.
As coisas só acontecem quando tem que acontecer. Se não fica ali enterrada, sem se manifestar. Quando tem que acontecer elas acontecem. Floresce como uma lótus cheia de luz e vida.
A mulher enxerga sempre o homem como um animal. O homem sempre enxerga a mulher como uma interesseira. O pior de tudo é que ambos estão certos.
Tende-se ser o homem alpha a jamais ter o seu mundo girando em torno de vaginas. Mas girando em torno de si mesmo. Com uma autoestima aspirando as alturas da onde só os grandes podem alcançar.
Tanto o amor quanto a verdade depende um do outro. Se não padece da falta de verdade. E se alimenta ricamente de ilusão; da nessecidade moldada e criada pela sociedade.
Resta ao indivíduo verdadeiro ou em busca de verdade. A buscar no fundo da sua chama de vida. A sua real e pura naturalidade e com ela construir sua verdadeira imagem.
A natureza torna o homem o forte e dentro do seu ventre ela possibilita ao homem a nascer novamente. A natureza dá ao homem todo material para que ele construa sua própria fortaleza interior. Mergulhar numa profunda sessão de paz interior. Sentir o real sentido da vida que é sentir-se forte. No começo da tarde escalava montanhas e voltava no começo do fim da tarde.
Passava boa parte do tempo a lê e a sim a buscar conhecimento. Finalmente me encontrava com o meu verdadeiro eu. A busca o que a minha chama de vida tanto ansiava encontrar. Ansiava tanto amar o que eu sempre amei e para sempre amarei. Me sentia como parte total dela e ela de mim. Estava unificado com a natureza. Pescava, caçava, como tal no começo tive que ferir a mim mesmo.
Fui de encontro a natureza com toda sede possível. Tomado por uma sensação selvagem de retorno ao verdadeiro lar. A minha verdadeira e pura naturalidade de ser da minha alma. O que de fato eu sempre sonhei em retornar. Sonhei em buscar a verdade em tudo que eu encontrasse. Eu só busquei a verdade. Longe da corrosiva e doentia sociedade. Tudo nela me incomodava como o seu excesso de materialismo e falso conformismo. Uma enorme bolha ilusória.
Livre como uma das estrelas que cobriam todo o céu a noite. Me encantava com a beleza da aurora. Um viajante solitário, um aventureiro, um eremita. Um mergulho profundo na essência da minha alma. Em busca de um lugar místico no interior dela. No interior da minha própria alma. Eu quis buscar nela o mais puro de mim. Longe de todas aquelas irritantes obrigações.
Como os olhos de um falcão eu me sentia, como olhos do lince livre na natureza, eu me sentia. Como se chegasse então ao fim de um novo e esperado começo em busca de autoconhecimento e evolução espiritual. Tudo que eu sempre precisei, tudo aquilo que me tornava livre. Um selvagem em busca de aventura, um selvagem em busca de si mesmo. Um selvagem a fugir da sociedade, a fugir de todo aquele conformismo e materialismo que tanto me sufocava. Estava pronto para me superar, para superar a mim mesmo. Para busca o que minha alma sempre desejo, para busca algo no qual sempre fiz parte.
Pensava no final ter como objetivo me recolher numa solidão eremítica para criar, para escrever até o fim da vida. Meditação na pura paz que a natureza me dava, que os altos picos me proporcionavam. E nada mais que pudesse me afastar da minha verdadeira essência existencial de ser vivo, de ser livre.
O amor em mim pela natureza era algo inquebrável, um elo eterno com a mãe terra e por isso ela me nutria. Preenchia minha alma com liberdade e leveza espiritual; também tanto física quanto mental. A caminhar com a potência nascida da verdade. Buscar a subir até o mais alto patamar que minha alma podia me levar. Alcança e superar com a própria alma o limite, longe das ilusões provida do mundo social.
Se tivesse que morrer então morreria livre e apaixonado como nunca me via antes apaixonado. Morreria então nos altos picos em busca do eu superior. Morreria com o coração carregado de amor e paixão. Por tudo que com verdade e liberdade para sempre amarei. Com toda liberdade que tanto a mim me seduzia. A ser livre para fluir, para criar, para escrever. Livre para de fato poder realmente viver. Em toda aquela imensidão que o meu coração e minha alma podia além da minha visão alcançar, a sim como uma águia na imensidão azul do céu. Na natureza eu viverei e morrerei com todo amor e gratidão por toda liberdade dada a mim por ela
Às vezes me encontro num processo criativo incontrolável como se em mim injetasse nas minhas veias doses cavalares de adrenalina artística. Então tenho que me expressar de uma forma de ou de outra para aliviar toda minha ansiedade e inquietação.
"O Amor pode ser tão sutil quanto há uma pena,e ao mesmo tempo,tão devastador quanto há uma bomba atômica."
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