Tiago de Melo Poesia
O que fazer quando parte daquilo que somos é arrancado brutalmente? Apenas dizer ao universo: eu estou aqui.
O tempo é uma invenção para tornar a vida um produto cultural. É ele que define a ansiedade e a auto-escravização da humanidade.
O ser humano não está preparado para a verdade, talvez por isso tenha a necessidade de inventar identidades para si. Identidades vazias e falsas.
Na atualidade, as pessoas estão vivendo o projetar-se. Sua falsidade engana os sentidos e a si mesmo.
Nessa pele que tu tocas há sentimentos. Não sou essa aparência, mas aquilo que habita essa forma de modo tão profundo que somente a sensibilidade seria capaz de decifrar.
Deus é muito mais do que organizador do universo. Seu mistério se coloca assim como a razão humana não é capaz de compreender o infinito.
Filho nasce quando chega. Ele pode ser biológico ou por adoção. Um filho sempre nasce quando chega.
Fotografias são decalques das experiências do passado, um momento fixado, para fazer sangrar a alma quando houver a ausência.
Sempre sinta medo. O medo te orienta para o caminho certo. Alguns chamam isso de intuição, eu chamo de entendimento. A vida é cheia de surpresas.
Quando se tornou anjo, voou para o infinito sem fim. Em homenagem a suas asas a chuva visitou meus olhos.
A maioria das flores não floresce se não receber água. Para o ser humano o abraço, o aperto de mão funciona como a água para às plantas. É preciso aguar as relações.
No universo as formas se repetem e essa ocorrência nos mostra que somos todos de uma mesma natureza.
Falar sobre a dor dói porque ela sempre estará acompanhada por uma história de tristeza ou machucados.
Em tempos de pandemia, isolamento social e medo, a dor é uma sensação metafísica cuja manifestação se torna coletiva na medida em que o medo é coletivo, o desencarne ocorre de modo coletivo e a luta pela vida é uma incógnita coletiva.
A humanidade não consegue, por ignorância à essência divina, interpretar as suas próprias dores, as dores dos outros e as dores que indicam mensagens universais.
No fundo da alma, quando a satisfação é individualizada ela provoca a vivência do engano, do falso prazer, do momento e de atos de paixão. Paixão, esse conteúdo que se manifesta, precisa ser compreendido como escravizar-se por vontade própria.
A humanidade em sua infinita busca pelo poder sobre a vida criou os analgésicos. Medicamentos que burlam a natureza e fantasiam a experiência humana quando essa deveria compreender a dor em sua essência. A química foi capaz de burlar os sentidos e agir sobre as dores da humanidade.
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