Tiago de Melo Poesia
Vagando na órbita
Um aperto na alma..
Uma lacuna aberta...
Nem sei se explicarei essa inspiração...
Ao morrer por dentro...
Fiquei acordado por fora..
No mar ou na terra....
Um barquinho que navegava...
Um verso depositado na caixinha...
Uma vida que surpreendentemente
acabou a minha convulsão...
Um suspense no ar...
Dramático e cauteloso...
Pisando firme e quase fora do chão...
Sem dor...
Sem pavor....
Enfrentei um estado de coma perverso...
Apaguei a luz....
Por anos...
Não apertei o botão....
Aflito...
Ja em estado de decomposição...
Reli uma carta escrita...
Ao terminar de ler...
Percebi que o botão estava com oxidação...
Nessa hora...
Tive uma louca sensação...
Quase morto....
E vagando na órbita da minha imaginação...
Ouvi uma voz me dizer...
Morrer...?
Pra quê...?
Se tu podes ainda ser a solução...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Acima de qualquer nome
Oh versos que pulsam nas veias...
Delatam as linhas que fazem ecoar....
Oh luar prateado e acinzentado junto ao estrelar...
Tu mínguas aos poucos....
Que olhos venham chorar...
Plena e absoluta....
Os teus amantes debaixo de ti....
Ficam a enamorar...
Espaço não precisas...
Já és grande no teu encantar....
Viajante inspiração....
Acordo à meia noite...
Da janela meus olhos ficam à marejar....
Teu eclipse é vermelho como bola de fogo...
Uma imensa luz reflete no teu caminhar...
É sonho..
É imaginação...
É ilusão....
Não!...
É o poema que se junta na linha...
E as palavras vem me dizer...
Sou eu...
Uma poesia perdida no vago espaço...
A meia noite sou uma...
A outra...
Sou paixão....
Na promessa que me foi dada....
Sou a frase encantada....
Sou manso por natureza...
Sou da flor...
Sou da relva...
Vim de uma semente que não é pulverizada...
Sou natural...
Levo a vida em alto astral....
Por trás disso tudo...
Tenho um nome que já diz tudo...
Meu nome é Jesus....
Todo poder me dado...
Sou filho do dono do mundo...
Sou o Cristo Nazareno...
Sou poderoso e não sou pequeno....
Sou o rei da Glória...
E pra finalizar essa história...
Meu nome está acima...
De qualquer outro nome...
Ou sobrenome...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Compondo
Imaginei uma canção....
Usei tons coloridos e usei um refrão...
Passei a escrita a limpo...
Deixei às rasuras da emoção....
Fui entre os livros...
Achei o acorde e fiz a junção....
Entre às páginas que fui folheando....
Descobri em mim...
Um poeta artesão...
Moldei o poema inspirado...
Vi com alegria o lindo e famoso sertão....
Despertei a magia da poesia....
Usei páginas brancas e fui dedilhando meu violão....
Juntei também à viola...
De companhia levei à gaita e o acordeon...
Busquei na frase uma letra...
Juntei e montei uma sílaba....
O arco da Praça estava enfeitado...
Cada um dava sua pontuação....
Realizei o desejo oprimido...
Corrompi as barreiras do coração...
De repente....
Um livro ficou escrito....
Imprimi às páginas....
Encadernei e não usei arame farpado...
Foi aí que inspirei....
E trouxe essa melodia em vida...
E todas as páginas em branco...
Não eram mais ilusões....
Abri meu destino....
Compondo essa inspiração....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sonhada jornada
Em algumas estações...
Arregacei a manga das cortinas...
Ativei o modo sertanejo sem corte e sem censura
Bati na viola e surtei na saudade...
De peito aberto...
Desmascarei a maldade....
Sem óbito marcado....
Naveguei sem remo....
Fui profano....
Fui sereno...
Loucas sensações eu tive em busca de uma drama...
Sem fanatismo...
Fui menino...
Cantei valsa....
Cantei moda....
Alterei a letra de uma música...
Soletrei a primavera...
Fiz versos no repente...
Colhi neve no gramado...
Roubei frutas no serrado....
E peguei chuva atrasado....
De arado afiado....
Tombei terra no banhado....
Em braços calorosos....
Saciei minha sede no favo de mel....
De boca cheia...
Esqueci as amarguras...
Fechei os ouvidos pras injúrias....
Sangrento....
Morri lavando minh'alma....
De cara com o pólen....
Adocei o sopro da existência...
Dias remando....
Cheguei na praia da esperança...
Guiado pelos anjos...
Fecundei o erva mate...
Tomei um chá de correria...
Andei como nunca....
Tropecei....
Quê mania...
Caí....
Percebi....
Só se enche a alma...
Quando o fogo....
É ardente....
Privilegiado....
Na sonhada jornada....
Essa poesia...
Quem á ler vai saber.....
Nunca foi imaginada....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Lendária inspiração.
Um alfabeto renovado...
Um alfabeto repovoado....
Pequeno mesmo é esse mundo...
Ele gira...
Damos de cara com a verdade....
Entre as letras do meu alfabeto...
Recomponho a frase lendária....
Do A ao Z....
Bem-vindo ao mundo real...
Repovoar...
Sabemos nós que precisamos trocar...
Entre as consoantes e vogais...
Nada se põe a prova...
Sem sentimentos iguais...
Poderia eu chamar de...
Uma iguaria...?
Busquei no fundo dessa minha inspiração...
O tempo que foi...
O tempo que se faz presente....
E o tempo que ainda não chegou....
Aquela história que deixei...
Desculpas....
Pois dormindo eu estava....
"Eu sou"...
Desconfortável" é esse adjetivo....
Ótimo...
Sozinho....
Mas bem acompanhado....
Promessas entre uma e outra...
Em um poema injustiçado....
Ouro de alto quilate...
Brilha tanto enquanto os seres humanos se batem...
Eu...
Autor desse ilusório poema...
Dou vida a ele para os que me desafiaram em outrora...
Na certeza de uma escrita....
Sou dependente de uma imaginação...
Para colocar a prova de fogo...
Tenho eu...
Até uma convulsão...
E ela é minha....
Escrevo carta e faço canção....
Tenho fome...
Tenho sede....
Entre umas letras e outras...
Exalam de mim...
Poemas e poesias...
Não faço isso pra divulgação...
Posso eu...
Até morrer sozinho...
Mas não me sinto na escuridão....
E está tudo aqui...
Escritas feitas...
Vinda de um latejante coração....
Talvez...
Se um dia eu melhorar....
Vou fazer mais um longo refrão...
Por enquanto estou fora de mim....
Escolhi testar minha capacidade...
Não sei...
Se devo me expor....
Ou me esconder...
Mas morrer com sede...
Não...
No que escrevi até aqui
Fica essa....
Lendária inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Privilégio.
Seduzido por um poema...
Em uma terra vasta e um imenso luar...
Segredos não revelados....
Magia no doce encantar...
O poema e eu...
Perplexos e machucados...
Ficamos por horas tentando entender...
Ela...
A poesia veio nos encantar...
Rasgadura....
Grande fenda em um lindo pomar....
Harmoniosa e misteriosa...
Se machucou pelo tempo....
E o silencioso e misterioso verso chorou...
Terra intensa...
Terra mãe...
Deus de um infinito explendor....
Encanta-me oh santidade....
Aqui estou eu....
Deixo-me em tuas mãos me levar
Seduz-me com teu encanto....
Tua obra é prima...
Oh Santidade de pura Luz....
O amor é a prova...
O perdão tu não reprova....
Teu mistério é somente teu....
E eu...
Me encanto de tudo que vem de ti...
Misericórdia oh Rei...
Misericórdia oh Santo Pai...
Mi
Pra mim...
Não é mais um mistério...
É mais que um privilégio...
Ver tudo que vejo...
E me contemplar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Melodia improvisada.
Troquei as cordas de minha viola...
Arrumei uma flor que exalava o choro da madrugada....
E tentando acalmar um verso...
Pois afoito ele estava...
Fiz uma canção que chorava...
Nesta bagagem...
Xícara e açúcar me acompanhava....
Café extra forte...
Pra tirar o sono da minha jornada....
Um manto quente...
E um passarinho que soltei da gaiola...
Enfeitei a poesia chorona...
Dando vida naquilo que eu cantava....
Viola de ouro....
Perguntei ao perfume da flor...
Oh senhora flor...
Andar é preciso...?
-Ela me respondeu assim...
-Amar muito mais....
Fui no contra versos...
Trouxe um verbo escondido no bolso...
Viagem programada...
Viagem planejada....
Um som de viola...
Enfeitando a noite enluarada....
Oh coisa bonita....
É cantar nas madrugadas....
Afoito é esse texto aspirado....
Se fazer canção é isso tudo...
Que seja então pra minha amada...
No repique em uma só corda...
Notas e notas se faz como prova...
Oh melodia sofrida....
Perfuma o lençol que me cobre....
Mas não me tire o Sol....
Ahoooooôôô paixão.....
Sou poeta sinsinhô....
Xô daqui....
Tudo o que me causa pavor....
A paixão falou pro amor....
És amor porque ama...
Sou paixão porque xono....
Leve embora as amarguras...
Devolva-me....
O que era meu....
Ainda quero conquistar me trono...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ébrio na escrita
Submisso á uma inebriante flor...
E sentindo de longe o seu cheiro...
Como beija-flor....
Suguei o néctar e me saciei....
O pólen....
Era puro e pelos túneis eu mergulhei...
Precisei eu...
Fazer um ninho para descansar...
Domindo...
Fui ensinando os pássaros a cantar e voar...
Tornei-me um ébrio na escrita...
E na relva á me embebedar...
Uma junção...
Uma ocasião...
Um toque na gaita....
E me senti no vasto sertão...
Naquele povoado...
Me viram de longe...
O Poeta que veio chegando de mansinho...
E sua fome á matar....
No upa-upa...
Á cavalo fui chegando....
Troteando e bailando...
O alazão batia as patas fazendo sua parte...
Percebi então....
E perguntei-me....
É uma arte...?
É uma paixão...?
Ou é o poeta que escreve cometendo rasuras e vai descrevendo o que passa em sua imaginação...
Ué....
Saí determinado....
Escrever não é pecado...
Que culpa tenho eu...
Se comigo mora á inspiração...
Ela está aqui...
Na alma...
Na mente...
E no coração...
Ela está constantemente...
Não uso varinha...
Não uso parágrafo...
Sou tropeiro e sou de outro estado....
E nesse momento...
Agora estou ocupado...
Se me chamarem pra falar de amor...
Façam-me então uma pequeno favor...
Não usem acentos...
Não usem correções...
Usem comigo o Sol que nos encobre...
Essa área que vos falo...
É totalmente nobre...
E por isso
Me recuso em escrever...
Qualquer imitação...
Minha ilusão....
Faz parte dessa inspiração...
Alucionado eu sou....
E falando bem a verdade...
Fora disso que citei...
Não é comigo...
Se quiserem ser meus amigos...
Vistam-se também...
De um pouco de ilusão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Assim....
Eu amenizo as dores.
Se algo lateja...
Então faço explodir...
O que explode...
É muito maior que o meu imaginar...
E vai rasgando adentro do meu peito...
O rugido é inevitável...
E eu...
Vou respirando...
Sem calcular as dores...
Elas fazem parte de mim...
Ou de qualquer outra vida...
Afinal...!
Tem alguém aí...?
Autor:Ricardo Melo.
SIMPLESMENTE PASSADO...
Um passado glorioso...
Saindo do Paraná...
Para o ABC paulista...
Uma parte da Metrópole do Brasil...
Naquele tempo...
Há 44 anos atrás...
Cravado na memória...
Tatuado na alma...
José Carlos...
Tarimbado na arte...
Eunice de Melo...
Modesta parte falando...
Uma doméstica aprimorada...
Três irmãos...
Cassia ,Valéria e Ricardo...
Naquela época....
Uma poesia se fez....
Na família...
Tinha cinco integrantes...
Anos depois...
Veio Gisele...
E logo após...
Junior Cesar....
Manhãs ensolaradas...
Universo de imaginação...
Cascatas e cachoeiras...
Esse meu céu azul...
É o infinito estrelando na paisagem...
A poesia que emergiu aqui...
Pra mim...
Não é entranha...
Só é apenas uma inspiração...
Que veio na lembrança....
Dos tempos de criança...
Vendo essa foto...
Decidi esse poema criar...
Com minhas arte manhas...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Refém
Uma escrita minha...
No meio das cinzas ficou...
Ali...
Um ninho desse fogo crucial se criou...
Em meu quadro da alma...
Fiz de reféns minhas frases...
Cada inspiração minha...
Aprisionei por anos...
Assimetria de grande proporção entre eu e elas eu criei...
Ao passar do tempo...
Fui aos poucos me energizando....
A ferida...
Era clara e visível em meu olhar...
Mas o que houve para tal reviravolta
Foram as palavras que deixei no quadro algemadas...
Elas eram de amor...
Eram palavras de calor...
Eram palavras de perdão...
Não eram e nunca foram palavrões...
E nessa jornada....
Criei um refúgio em minha estrada....
Acelerei o pedestal...
Encontrei o meu Amor...
Refugiado dos horrores...
Fiz de meus poemas...
Inusitados doutores...
Cada um deles...
Veio me curar....
E deixei lá fora cair...
Um papel borrado que dizia assim....
' No baile da vida...'
' Somos andorinhas no ar...'
' Voar em direção ao aconchego...'
' Um sim e um não...
' Pode ser a palavra chave da saída...'
' E sem medidas...'
' O coração encontra sua porta...'
' Fato é...
' As palavras tem seu peso...'
' E cada uma...
' Tem seus segredos...
E hoje em meu quarto...
Não sou refém de minhas vontades...
Pelo contrário...
Minhas vontades são minhas reféns...
Se sou refém...
Autor sim...
Daquilo quê me convém....
A paixão pela família...
Na ilusória assimetria...
Não é dela que falo agora...
Mas falo de uma pura...
Harmonia...
E com o telhado tampado...
Uma mistura de doçura...
Eu e minha amada....
Desejos e fantasias....
Linhas retas e cruzadas....
Se chocando na direção...
De uma terna e eterna paixão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Meditando
Carrego comigo...
Momentos....
Levo comigo....
Marcas do tempo...
Deixo me levar pelo vento...
Meus sentimentos pertence ao meu silêncio...
Relembro dos adventos...
Viro as páginas....
Sinto-me dentro do meu próprio caderno...
Se escrevo...
E porque isso e meu direito...
Mereço e não pago o preço...
Registrei na alma...
As dores do meu peito...
Marquei uma flor...
Deixei as emoções...
Escandalizadas virtudes...
Declaro-me na primavera....
Na esperança de um outono diferente...
As letras que brotam de dentro de mim...
Elas saem de dentro de minh'alma...
Começo a meditar....
Vou tomando água para saciar...
Rasgo meu olhar...
Na esperança de um cometa passar....
Evito fazer de conta...
O tamanho do meu amor....
Ainda carrego aqui...
Na gaveta do meu pensamento...
Sem tormentos...
Vivo até no relento....
Mas....
O que há em mim....
Acho que jamais terá fim....
Isso é o que eu penso....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Contracenando e florindo
Sem espectador....
Entardeci junto ao Sol....
Como instrutor de uma cena...
As câmaras foram captando algumas imagens...
O filme...
Não tinha som....
Deixei me elevar na situação...
Combinei minha poesia...
Fazendo ampliar a cena de uma família...
Nas sombras...
Fiquei a flutuar...
Na suave filmagem...
Esposa e filhas....
Uma eterna felicidade...
Fui...
O inventor desse palco...
Mas também fui contracenar com meu ego...
Sem combinar de forma adequada...
O palco se fechou...
E aconteceu...
Um entretenimento fabuloso floriu...
O que essa vida nos dá...
É a felicidade...
E ela...
Só se paga caro....
Quando o sentimento vem em primeiro lugar...
Por não carregar ele comigo...
Assim..
Ampliei...
O terno e eterno calor e risos...
Dentro do meu ambiente familiar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sementes
Colhi alguns frutos...
Na esperança de separar algumas sementes...
E deixei no Sol a secar...
Após a secagem...
Separei algumas...
Distraído...
Esqueci de planta-las...
A chuva caiu...
O vento murmurou...
E pelo tempo se degradaram....
Soprei ao léu...
E pelos campos caíram...
Silenciei....
Voltei ao pomar....
E busquei outros...
Mas ja era tarde demais...
Pois alí...
Não haviam mais frutos...
E não mais os encontrei...
Em uma primavera qualquer..
Algumas flores vieram...
E como poeta...
Senti um cheiro no ar a exalar...
De risos em risos...
Uma flor faceira de uma laranjeira emergiu...
Bela...
E suas pétalas eram de encantar...
Ao sentir aquele odor...
Percebi eu....
Que uma lágrima sentida em minha face caiu...
Enxerguei que...
Daquelas sementes que um dia despercebido deixei no tempo..
Apenas uma única vingou...
Naquela plantação onde eu caminhava...
Maquiei minha lágrima....
Na existência de uma poesia....
Relatei em minh'alma...
Tudo que tinha chorado...
Busquei então...
Adubos extras a esse pé de fruta para adubar....
E acordei....
Com retalhos do poema esquecido...
Emergindo dentro de mim...
Trazendo essa inspiração...
O pomar onde eram escassos os seus frutos...
Contemplei...
E hoje...
E em cada outono que se aproxima...
Faço de mim...
Sementes...
E arranco de cada poesia que faço...
A magia da plantação....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Tempos que não voltam mais
Sem arte fotográfica...
Um cenário inusitado...
Ilusório e gelado...
Estava alí...
Uma onça negra que rugiu...
Em um poema ofuscado...
Desafiando o meu imaginário....
Que aos poucos...
Vou descrevendo sem contradição...
Na paisagem...
Verde amarelo...
Turquesa e violeta...
O branco...
Fazia parte do palco coberto....
Nos recreios...
Ou em quermesses...
Pipoca e maçã do amor...
Quebra queixo e paçoca...
O tal cachorro quente....
Que muitas gente...
Chamam de kikâo
E se não me engano...
Sua origem é hot-dog...
Famosa salsicha com pão....
Garras afiadas...
Quantas vezes numa rua paralela...
Passarelas amarelas....
E suas donzelas....
Andavam de brincar...
Brincavam de correr...
Ah...
Lembrei...
Garrafas de plásticos...
Medalhas de aço...
Nessa brincadeira....
Lançavamos longe para atingir o adversário...
E a amarelinha....
Quantas vezes eu pulei...
Brinquei sim....
Passa a mão na mão....
Ou...
É esse(a)...?
Não...!
É esse(a)...?
Não...!
É esse(a)...?
Não....!
E por fim...
É esse(a)...?
Sim...!
O que você quer dele(a)...?
Oh susto danado que vinha na contramão.....
Bate logo na cara...
Que é melhor que um péssimo não...
Brincadeiras de crianças...
Brincadeiras de adolescente....
Isso era ser gente...
Ou eramos polivalentes....
Aquele filme do passado...
Eis numa TV da ilusão....
Esquecer da infância...
Não...!
Tudo se foi...
Mas na memória ficou....
Maravilhosos dias....
Riquezas que ficaram...
Não tinhamos brigas...
Não tinhamos magoas e nem rancores...
E de pernas pro ar aqui....
Revivi o que lá atrás ficou...
Nessas frases....
Umas fases que passaram...
Ou seja...
Tempos que a palavra chamada "Preocupação"...
Estava longe de existir....
E agora...
Só me resta poetizar....
Os dias de outrora...
E fechando os olhos....
Escrevi sem querer....
Os tempos passados....
Menos de uma hora...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Ando por aí.
Ando por aí...
Como humano errante...
Com a alma versejadora...
Embora ainda complexa...
Mas tentando encontrar a paz...
Ainda que meus olhos continuam abertos...
Na meia noite eu fecho , na espera de mais um dia...
Clamo eu...
Por anjos imbatíveis...
Clamo eu...
Por dias melhores...
Clamo eu...
Por estrelas invencíveis...
Ao acordar...
Me vejo diante de mais uma aurora senhora...
Um nascer do Sol diferente....
Descansado e energizado...
Avanço....
Protegido....
E infectado por uma luz...
Me sinto completo....
Aí...
Me vem um pensamento....
Deus é minha extrema paz....
Me vejo no meu sossego.
Sinto-me no colo...
Sinto-me com os pés no solo...
Dizem por aí...
Que é buscando que se acha...
E me encontro na verde mata...
É isso aí....
Sol Imbatível...
Estrelas Invencíveis...
Sombras das árvores inesqueciveis...
Ao notar tudo isso....
Abro ainda mais os olhos...
E sinto-me no eterno e terno consolo...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Antena da alma
Finalmente antenado...
Levantei uma torre em cima de minha mente...
Fixei uma parabólica...
Provavelmente isso...
Me deixará um pouco mais ligado...
Vasculhei no espaço infinito...
Satélites e vagalumes...
De um...
Cada segundo eu recebo..
Uma espécie de ondas magnéticas....
O outro...
É para vaguear a noite...
Uma brava tecnologia da fé e do olhar...
Frustrado por anos...
Desesperado por anos..
Senti-me com direito de me âncorar numa defensiva...
Afinal de contas...
Sem antena...
Como posso ouvir a voz que tanto preciso...
Como posso ouvir meu próprio grito ecoar...
Vi quê...
Foi um projeto bem arquitetado....
Implorei aos céus....
Senti uma grande intensidade....
Na frequência modulada...
Alta potência em transmissão...
Comecei a evoluir sem nem uma preocupação....
Embora ainda atordoado...
Acreditei no Sol...
Com isso....
Fiz rasuras usando uma inspiração...
Na evolução....
Sem barreiras...
Comportei...
O quebra cabeça foi montado...
E agora....
Um gênio genuíno emergiu sem divisões....
Precisa sim...
Dar ainda alguns ajustes...
Fato é...
Manter-se só ocupado....
Pra antena não cair...
E me ligar ainda mais...
Naquilo que por muito tempo....
Fiquei desligado...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Uma ópera tonalizada.
Uma história...
Uma década...
Ilustrei um palco...
Deixei colorido como o raio do sol e o verde gramado...
Na orquestra sinfônica....
Debrucei....
Alí...
Sem melancolias...
Uma ópera aconteceu...
Garganta afinada...
Esperei o momento certo...
Único e protagonista do show....
As coxias se escancararam ao público....
Encantei....
As varinhas...
Deslizavam nas cordas dos violinos...
A lua prateando...
Avisava a chegada dos anjos...
Sem suspenses e sem dramas...
Um terror fora da grama...
Mata verde rasteira...
Na fama...
A ópera ecoava...
Sem um pingo de receio...
O gladiador da garganta tonalizada se apresentou...
Sem tristezas...
Sem agruras....
Uma comédia pra se rir...
E o poeta...
Coadjuvante e com o olhar penetrante....
Dramatizou aquele show sem drama...
Suspendeu as amarguras sem suspenses....
E aterrorizou os corações sem terror....
Orcas marinhas ficaram mansas...
As gaivotas faziam parte do espetáculo....
Os albratozes...
Calados ficaram sem as vozes....
Na rota de fuga...
Ele encontrou todas as porteiras...
Tamborins e zabumbas...
Sem tumbas latejavam...
Romaria nos sertões...
Festa do Rei com emoções...
Arranquei risos e lágrimas...
Ditei sem ser ditador...
Cantei sem ser cantor...
Com ódio do inferno...
Fiz até o diabo sentir amor...
Sabia eu...
Quando o universo é do Pai...
E a ele o mundo se ajoelha...
Por que não mandar...
As trevas se afastar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Minhas asas
Vou escrevendo...
Descrevendo o que minha alma pede...
Determino...
A inspiração contínua...
Tem horas...
Não sei se vou finalizar...
Vou assim...
Dedilhando...
Borrando...
Restaurando...
Rasurando...
Poema curto...
Ou longo...
Imponente...
Impotente...
Uns podem até me chamar de demente...
Não uso martelo...
Nem marcador amarelo...
Imaginando...
Vou apenas voando...
Sem rumo...
Sem destino...
Fico as vezes á pensar até que sou um menino...
De pouquinho em pouquinho...
Vou brincando e sorrindo...
Elevo meus pensamentos...
Ando no além...
Viajo com minhas asas....
E nem sei se volto de trem...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que voa.
Sabores e dissabores.
Os dissabores dos doces...
Aqui não tem quem não prove...
Cada olhar...
Cada palavra...
Mordemos e morrenos por dentro sem querer....
Existe no trecho da vida...
Biscoitos e bolachas...
Uns doces...
Outros salgados...
Esse doce da vida...
Está em nosso coração....
E o sal....
Está no paladar...
Uma vez sabor....
E com cautela...
Nos causa uma boa sensação e satisfação...
Porém....
Dosados inadequadamente....
O que era para ser suave....
Vira composição que nos faz bater
com a cara na trave....
Agradável é....
Nossa arte culinária....
No café com pão...
Manteiga e mussarela....
Arroz com feijão....
Tudo se faz refeição....
Nas vitrines e prateleiras...
Frios e massas....
Oposto ao lado oculto....
Quer provar...?
Raspa-se uma panela...
Lá estará o conteúdo....
No doce sorvete....
Jogo nesse campo sem soltar foguete...
Acredita-se...
Que a terra prometida e possuída....
Tinha lentilhas de montão....
Pois na fé....
Sobrou várias refeições....
Panela e tigelas...
Quem sabe
Um punhado de bondade...
Ajoelhar e orar não faz mal a ninguém...
Mesmo cansado e moido....
Clamar aos céus faz muito bem...
Nessa vida...
Tudo se faz o chocolate doce da alma...
Mesmo em pó...
Com ele se faz uma barra...
Nutelas e panetones....
E outros nomes que não citarei...
Na liberdade dessa expressão...
Sonhos de uma saudade...
Sonhos de uma realidade...
Meus olhos marejam...
Tristes eles ficam...
Com tantos desperdiços...
Nessa terra que é nosso chão..
Singela homenagem inspirada...
Faço isso rasgando meu coração....
Precisamos ser mais que já somos...
Para os dissabores de nossa vida...
Não terem confusão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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