Tiago de Melo Poesia
Pouso Alegre
Uns partem, outros chegam.
Alguns apenas aguardam.
O cachorro esperava,
não sabia o que.
Num instante, um aceno.
Em direção àquele que o portava.
Não sem resposta, sorriso e aceno em retribuição.
Parava o ônibus e logo todos desciam.
O senhor de chapéu puxava o cachorro,
ou pelo menos tentava.
Ela desce do ônibus
Ele a encontra com um beijo
O cão eufórico parece sentir
a mesma felicidade do dono.
Agora é ele, o cão,
que recebe um pouco de atenção.
Ela, traz consigo a alegria,
uma mala e uma caixa.
Bagagem que logo compartilha.
Eles se vão. E assim a vida segue.
Partir e chegar.
Na rodoviária, um pouso alegre.
No amor se corre cego tendo a expectativa de acertar o abismo. Despencar em direção ao céu.
No profundo de si se resumir em solidão e eterno.
Furo na parede
Prego. Furo.
Quadro pendurado.
Vestido branco, parede branca
Ambos desbotados.
Parecendo ainda ontem.
Apregoado passado.
O debute de Sandrinha.
Parecendo ainda ontem.
O debute de Sandrinha.
Navego
Olhar o mar e se perder
Dias e noites
Sentindo como não ser
Porto e anseios
Voz dos mares
Reivindica às águas
Canto da natureza
Navega ao amor de deusa
Pois sem altar navega o tempo
E arrebenta contra mim
Entre os céus, uma troca de tempos.
O futuro assumindo o passado adiante.
O que vejo e o que me verá, posso ser eu do outro lado.
Mas o tempo existe sempre...
Retorno
De joelhos para a parede; dar em nada.
Limite duro de ter de voltar.
Se encarar por vezes. Retorno para o encontro de si.
Quem é o estranho agora?
Procuro minhas respostas antigas, que me posicionam de onde vim.
Um vazio cheio do que a realidade com o tempo mostrou.
Desmistificada a crença, interpretada a natureza, lógicas apanhadas no estalo de um chicote inconsciente, e um caminho lento e sonolento até o quarto escuro de porta entreaberta que nunca vence o longo corredor.
Os significados não são palpáveis e, se não os sinto, questiono o valor da vida que me apresentaram aqui.
Nem mais triste ou menos satisfeito. E o que tem nisso além de retornos?
Ânimos em voltas numa sincronia de revezamento em movimentos de gangorra.
Coisas que parecem de nada depender.
O espírito pode estar no vento, ou enterrado vivo na própria loucura doentia sem questionar uma ilusão verde, ou o espaço apertado que dura nos vários sonhos de juventude eterna, amor verdadeiro, amizade fraterna, enfim, qualquer verdade que esconda a profundidade do abismo.
De joelhos para a parede estão os retornos para outro mais um dia de querer sobreviver.
E falam de tudo... Entendem tudo... TUDO!
Com tudo os resultados são incógnitas.
E se ousar não viver? O que começa partindo do não existir?
Em que mãos estamos à deriva?
Sigo em retornos o que entendo ser mesmo que sem querer; corpo e tudo o que está escuro neste longo corredor até a porta entreaberta.
Deus Tempo
...
Deus de tudo invadir.
Seres, cosmos, energias, ventres e qualquer medida desigual.
Corta as agilidades do vento, a luz risca e me atravessa reticente.
Nunca esteve na alma quando dele também ela saiu.
Tempo, tempo...
Utopia incompreendida do homem. Sendo a parte do que há e a mesma parte no vazio de sempre.
Mundo incerto
De uma alma sem cor....
Qual é a lagrima da loucura?!
Destruíram os poemas
Qual é o tempo em que vivemos
De onde vem essas perguntas
Qual é a lagrima da loucura?
E onde ficam os poemas
De onde vem toda toda essa dor
E em que pagina termina
Qual é a lagrima da loucura?!
Aonde esta toda a verdade....
Oh vida de tantos temores
Escondidos, trancafiados por traz de sorrisos
Oh vida de mil faces
Ilusões, mentiras e falsos amores
Oh vida!!!
Que se apaga em tardes frias de verão
Oh vida de amores imperfeitos e sem cor
Como sinto tua falta no entardecer
No vago silencio que a noite traz..
Presente
De tão perto sei o quanto pode demorar.
A espera alcança ainda de tão perto.
Vindo e vindo os dias.
Ao que respiro; ao que mecanizo; ao que ouço.
Me vejo indo...
E o presente está feito.
À Kiehr
Sem entender a verdade
Até aprendido a ser
Por ter a virtude nas mãos
A excelência em mil vidas e nas memórias
Suspiros e antigas paixões
Em tudo sentir arrebatado pelo belo
Do eterno e do primitivo
Sem tribos; os arcos seguem como símbolos entre ideias de triunfo.
Sem mitos; Tu segues como júbilo entre madres e entre deus.
Seco.
Galhos em árvore.
Cem goles de cem gafanhotos.
Poeira cercando o passo e o assento.
Pedregulhos de cobre, prata, ouro e sol.
Batido chão, castigo e pausas longas. Silêncio pisado.
Desde quando era começo e ainda atrás.
Cem mãos, barro e alma.
Para trás de um sereno breve sem saudade.
No momento da dor e de desilusão nos apegamos a tudo e a todos,
procuramos de alguma forma esquecer de idas e vindas,cobranças e tropeços e tudo aquilo que um dia nos foi dado.
e acabamos esquecendo do brilho das estrelas,o azul do cêu,a belza das ondas...por muito tempo sofrendo calado
até então pararmos para perceber que na vida nada dura pra sempre..
O Amor verdeiro é aquele que esta disposto a nos perdoa não importa o que foi feito..mesmo depois de ter magoado,desprezado e não ter dado atenção suficiente estará sempre ali perto para nos proteger.
Esse é o amor de Deus!
O tempo.
A melhor maneira de se aproveitar o tempo, caminha juntamente com a nossa função de pensar, logo este passa a ser a essência da vida, porque ele é a vida propriamente dita.
Somente o tempo pode nos levar a forma mais próxima da perfeição, e esta se desenvolve a partir do aprendizado com seus próprios erros.
Para o tempo, não existem leis, ninguém tem o poder de controla-lo, apenas podendo ser administrado. Podemos perder tempo de várias maneiras, porém, o homem não possui nenhuma para recuperá-lo. A cada segundo que se passa, se passa também nossa vida, como se fosse uma contagem regressiva, nos levando ao fim.
Saber dar valor ao tempo, é valorizar a sua vida, aproveitando ao máximo o presente, o passado e o futuro.
Aproveitar o tempo é amar a vida.
CONHEÇER
Naquela tarde de Setembro tudo pareçia perfeito.
Me recordo de seu "Ola como vai", ainda timido, pois a pouco nos conheçiamos.
Sua forma de brincar e suas caretas me conquistaram.
Sem saber que por traz daqueles olhos castanhos eu me apaixonaria.
Durante horas conversamos, ideais, culturas e emoções.
Até sobre nossa diferenças e distancias, falamos.
Mas tudo apenas me convencia.
De que hávia encontrado alguem especial.
Alguem que ria de minhas birncadeiras sem graças e me retrucava fazendo caretas animadas.
Nossa conversa foi muito mais alem.
E sobre medos, intrigas e desejos, de outras pessoas falamos.
Pessoas que nos cativaram, e da mesma forma nos deixaram.
Chorei junto de voçê, quando assim lhe mostrei uma foto que não deveria ter lhe mostrado.
E por traz daqueles olhos tristes e vagos descobri o amor.
Amor este que nunca havia sentido ou imaginado.
Te perguntei se ainda estava só.
E desta forma eu teria a minha resposta.
Ainda estou SOLITO, já com seu rosto refeito.
Hoje em dia nos falamos pouco.
Porem mesmo assim me lembro daquela tarde de Setembro.
Que ficou gravada em min, e ficara para o restante de minha vida.
Obrigado meu amigo, mesmo na distancia e ausentes, ainda estamos juntos.
Não importa a distancia, se é entre Jaguariúna e Cerrito.
O que importa é te-lo ao lado.
QUANDO TE ENCONTREI
Foi assim como o vento em dia de verão.
Suave e tranquilo, porem marcante.
Marcante pois, toca a minha pele,
e me acaricia com seu toque invisivel.
Seu olhar brilhante e de sorriso limpo,
me deixa-ra feliz.
Felicidade esta, que não se consumou por atos e sim em fatos.
Fato este,que vem escrito em seus beijos e apegos pela casa.
Sonhos bons e maravilhoso tivemos.
Marcas pela casa, flores, gatos e passaros apreciamos.
E aos poucos percebi o que era importante naquele fim de semana.
Aonde era confuso antes para min, hoje voçê me fez compriender.
Passeios por festas, amigos e exposições ao seu lado estive.
Com sua forma doce de me apresentar sua vida.
Assim como a mesma voçê me apresentou com muito prazer.
Mostrando-me a pessoa maravilhosa que é.
Possui a beleza e a maturidade da pessoa que quero ao meu lado.
Para assim aprender o que ser Feliz.
a linguagem dos pincéis.
Uns entendem, outros não.
Uns tantos se apaixonam até amar, até pintar!
Poucos até capturar a sensibilidade do instante, até perder a idéia lógica, até crer no vazio, no inútil... na descrença.
Até ultrapassar os limites físicos, até superar o vindouro, até chacoalhar a imaginação do leigo, até se desviar dos reflexos da atenção, até despir o ego e gotejar sobre a tela o amor. O ódio.
Coagula a tinta e com ela a voz e a fala. Se expõe a mensagem.
Com o extrato de todas essas coisas vai revelar os abismos, o segredo e o mistério.
Com o extrato de todas essas coisas vai vingar os loucos, purificar o seu mundo e o de outros e nunca vai morrer.
Solidão.
Sentia apenas meu próprio coração,
nem o vento ou mesmo a brisa estavam presentes,
por isso a sensação de "sufocar".
O nada existia, aponto de só se ouvir a voz de Deus
meu próprio corpo a única fonte de energia.
nem mesmo o vibrar de uma corda no violino
nem mesmo o pedal que sustenta o acorde do piano.
A música era lembrança.
Você gosta, eu gosto
você faz por mim, eu faço por ti
pra você tanto faz, pra mim também
Reciprocidade é isso.
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