Tiago de Melo Poesia
Sou mais da chuva… Ela desce como quem lava os silêncios que me habitam, desfaz a poeira invisível que cobre meu espírito.
Enquanto cai, borra as dores, dissolve as arestas do peito.
O sol, ao contrário, me expõe como vitrine vazia: sua luz varre os cantos,
revela rachaduras, escorre sobre minhas lágrimas… as que finjo… não existir.
Há dias em que o cansaço pesa tanto… que desistir parece um alívio, um oásis no deserto da dor. A luta contra a depressão, contra a dor crônica, me empurra para esse abismo de querer parar… Mas então… me agarro a um fio de fé, um sopro mínimo de esperança… E decido: viver só mais um dia.
Apenas… mais um.
Minha vida… um depósito de excessos inúteis. Tristezas, pensamentos sombrios, compaixão mal direcionada… restos de guerras sem vencedores. Sou um reservatório entupido de emoções tóxicas, incapaz de filtrar o que me faz bem. Cada sorriso forçado… é um disfarce frágil
diante da avalanche de memórias escuras. No fim… essa batalha interna não deixa heróis, apenas sobreviventes… exaustos.
Já entreguei meu afeto, já me doei… Hoje, sou frio, um escudo erguido para sobreviver. Doar amor a quem não valoriza é soprar feridas abertas, não deixá-las cicatrizar. Esse gelo me protege, mas deixa uma saudade aguda
do calor humano que um dia foi natural… e hoje me trai em julgamentos e abandono.
Aprendi da forma mais dura: deixar o coração de lado e usar o cérebro como escudo. As pessoas são guerras silenciosas, pensam em si antes de estender a mão. Minha compaixão virou alvo, minha fragilidade, exploração. Hoje, sou um general cauteloso, planejando cada passo
em terreno hostil, pois a confiança cega só trouxe dor.
Você não precisa estar pronto… precisa ter coragem. Coragem de levantar
quando o chão parece um abismo. De dar o primeiro passo
mesmo com as pernas tremendo, de enfrentar o dia quando tudo em você grita pra desistir. Cada movimento é uma ruptura, uma rachadura nas correntes invisíveis que tentam me manter no chão. E, a cada tentativa, destruo um pouco mais o cárcere que me foi imposto.
A melancolia mora em mim… chega com a dor, se agarra aos meus pensamentos como sombra sem fim. A esperança vem… breve, estranha,
quase incômoda… antes de a escuridão tomar tudo de volta.
Ninguém é o que parece… sobreviver exige máscaras. Por trás do sorriso contido, moram medos e feridas que só eu conheço. Fingir normalidade me protege, mas também me isola. Enquanto isso… meu verdadeiro eu
espera, calado, nos bastidores de uma vida encenada.
Sou um peso de papel,ou talvez uma pequena âncora que impede que os ventos levem embora o que importa. Minha função parece simples, mas é resistência. Mesmo parado, ainda sustento, ainda protejo, ainda sou abrigo
contra o dispersar das coisas. E talvez, exista alguma dignidade em ser esse ponto fixo no meio da tempestade.
Ser abandonado dói, mas ser esquecido é ser apagado. O abandono me partiu ao meio, mas o esquecimento me dissolveu. É como se eu nunca tivesse existido na memória de quem partiu. Ficar…
sem deixar marca é uma dor que grita no vazio.
Minha vida virou preto e branco, tudo é cinza, opaco, sem contraste. Enquanto falam de arco-íris, eu me perco num horizonte desbotado
que nunca vou tocar. O mundo segue colorido, mas eu sou estrangeiro nessa paleta que não me pertence.
Acredito no amanhã, mas não sei se meus pés aguentam o caminho. A esperança é um fio de sol atrás das nuvens pesadas, mas meu corpo, feito de barro molhado, afunda a cada passo. O futuro canta ao longe, como uma melodia leve, mas dentro de mim, só o silêncio das cordas frouxas
de um instrumento que esqueceu como vibrar.
A maior força mora no silêncio das batalhas invisíveis, guerras travadas na sombra do coração, onde o grito se converte em segredo guardado, e o triunfo, quão um pássaro alado, que insiste e entoa suave e eterno,
planando oculto entre as folhas do tempo, feito um conto antigo sussurrado pelo vento.
Se alguém te usa e descarta como um copo descartável, provavelmente é porque seu valor seja de um.
Desperta em mim o desejo de ser só tua.
Faz de mim teu lugar seguro.
Me ame com teu corpo e me deseje com teu coração.
Temos amigos que nos encheram de amor,
Carinho e com eles (mesmo que em um tempo distante),
Nos fez importantes e isso prevalecerá
Quando o véu do tempo encobrir
O que fomos e nos torne diferentes.
Os amigos que habitaram
Às nossas asas (em outros tempos),
Não sairão de onde os colocamos
E não podemos mais tirar.
Ao lado das asas se ouve
As batidas mais belas do som
Do coração.
"Mantenha o controle, a fé. Mantenha-se firme no acredita que é sólido. Tenha esperança, sonhe, acredite e vá atrás, as coisas não caem, simplesmente do céu. É preciso querer, mas é preciso agir. Equilibre-se em um só objetivo e supere suas metas. Vale a pena acreditar."
Douglas Melo
"Ascende em nós, ó amada mãe a tua luz e traz para nós a tua proteção. Estendei o teu sagrado manto, ó Nossa Senhora, que é também minha mãe. Livrai-nos da ambição do ódio e do desamor e faz, querida mãezinha com que o teu coração triunfe e ganhe os corações dos homens para encontrar a paz. Amém."
Oração pela Paz no Mundo.
Douglas Melo
O mundo pode te acusar de não ser bom e de negligenciar o dom da vida.
Mas o mundo nunca poderá te impedir de viver uma vida feliz...
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