Textos Vc Nao foi Homem pra Mim
É solitário, frio e apertado. Enquanto os olhos se mantêm fixados e os pés vacilantes parecem nadar sobre a escuridão. Sombrio e caótico. Sua mente te faz acreditar que esse ciclo nunca vai acabar, que o eterno se abraça a ele. Ali em silêncio você se lembra também que não foi fácil ser lagarta. Que não foi fácil se rastejar, ser pisoteada. A vida é dessas, às vezes te dar uns socos no estômago. Guarde a esperança, é o que dizem. Mas a vida também é um grande "descobrir-se". Só os atentos entendem, percebem. Não os que fixam os olhos nos outros, mas em si mesmos. Afinal, é dentro do casulo que a gente mais se encontra, se descobre, se entende. A gente encontra nossa luz, mas também a nossa escuridão. Mas um dia, se trabalhar muito bem nisso, reajustando as nuances a gente sai desse casulo, mais belos do que nunca. A gente encontra os céus.
Se o caminho ainda te entrega o inverno e o que restam nas árvores são os galhos secos te proponho a olhar a volta, segurar a mão de quem ama, e continuar. Caminhe calmamente sentindo intensamente o frio que percorre as suas veias. Mas sempre com olhos abertos, bem atentos em busca das cores em dias cinzentos. Eu sei, pode ser que com as vistas embaçadas não veja. Mas em oculto, a primavera está bem ali próximo a desabrochar.
Quando acordo pela manhã, a primeira coisa que meus olhos procuram é o céu. Abro sonolenta a cortina de tecido pesado e fito a sua imensidão. Nem todos os dias as cores vibrantes permanecem, e hoje o que me esperava era um céu cinza. As nuvens cobriam o que de fato meus olhos esperavam ver. Mas sabia que ali por trás de algum jeito, o céu permanecia. Venho tentando sempre imergir na certeza de que tudo é passageiro. Porque afinal, até mesmo as nuvens pesadas acinzentadas no céu são. Uma hora ele abre e o céu azul volta. E em outros momentos ele se fecha de novo e abre de novo. É o passageiro que sempre espera de alguma forma o retorno.
Encaro os meus olhos no reflexo penetrante no espelho. Vejo o rosto em brilho que dizem ser belo, mas o que vejo de verdade são as cicatrizes que ficam por baixo dele. As grossas, as mais profundas. As que revelam o monstro que modelaram com mãos ensanguentadas. Aquele que tento matar, mas que permanece por trás da bonita pele que agrada aos que olham. Prefiro deixar as cicatrizes que me revelam monstro escondidas, afinal é assim que insistem para que eu ainda exista. Para que ainda me sinta amada. Porque ninguém quer olhar profundamente nos olhos e enxergar não só apenas a capa que cobre para proteger de cair e quebrar ainda mais. Ninguém quer ver as cicatrizes monstruosas por trás da face que faz de mim ser quem também sou. Querem o bom, o belo apenas. Sem saber que todos de algum jeito também estão marcados pelas mãos ensanguentadas. Eles se afastam, eu os afasto. Afinal, ando me perdendo dentro do monstro que existe dentro de mim porque ando cansada de viver pela metade. Cansada de viver me escondendo.
Os galhos estão secos e é difícil imaginar de novo a copa da árvore em roupagens prósperas. Os olhos cansados e vacilantes só conseguem ver o que é fato. E de uma forma aumentada, a secura e a devastação. Mas no fundo sabe, não é destruição. É cíclico, eu sei. E também sei do viço do verde vital, e do sabor na língua do doce que me faz salivar da cria que vem dela. Volta. Os dias de queda e de renovação vão e vem. A flor que brota, a folha que cai. Vão e vem. O que sempre precisa permanecer é a espera e a certeza da esperança, que com força ou sem força, logo ou tardia, sempre chega. Uma hora chega. E permaneço esperando a minha chegar.
Esse tempo que voa, volta trazendo consigo algumas respostas que ficaram emergidas com grandes interrogações em perguntas que pensei nunca haver uma justificativa. Algumas delas vem dançando na rua, tirando o peso da alma de um dia estar perdida com perguntas por vezes incompreendidas. A alma se expande, e às vezes a vida responde. Mas tem respostas que podem permanecer perdidas. Uma vida inteira. O que resta é a espera. Buscar a espera, sem deixar pesar os ombros. Sem deixar a vida passar como vento sobre seus olhos. Que a vida seja bondosa ao ouvir minhas palavras que se atravessam entre si, cambaleando, tentando encontrar respostas até mesmo para o que nem mesmo vivi. Com o tempo que vem a de conter algumas respostas que um dia aguardei.
Meramente ilustrativo reconhecer as mudanças que são partidárias de dentro pra fora. As lacunas que sobrevivem a grandes marés de emoções carregadas consigo de solidão e cores perfurantes de um coração pequeno, mais grandemente enganoso, envenenado de ilusões. Tem dias que são carregados de um cinza frio, com chuvas em formas de lágrimas e o corpo pronto para aconchegar-se em uma poltrona quente. O aconchego do vazio transborda pela coberta que afaga a pele avermelhada, pronta e aberta para a esperança de que dias com céus azuis virão. Muito em breve.
A liberdade me dá as mãos todas as vezes que escolho ser eu mesma. Ser livre adentra de encontro a escolha. A não ser imutável, muito menos me prender a coisas, pessoas ou vícios que com o tempo, por partes, irão me destruir. Ser livre é somente ser. Ser no simples, no plural, no singular. É não precisar de muito. É se contentar, mas manter sempre um coração sonhador.
Algo me diz que preciso correr. E é o que as minhas pernas desejam fazer. Mas já sei que no meio do caminho, embalada pelo desespero, e ainda sem preparo, cansarei muito mais rápido se tivesse escolhido caminhar admirando o percurso trilhado. Essa velocidade inumana inventada por quem procura andar com calma só fará com que tropece um pé sobre o outro. Só terá queda e arranhões no joelho. E no levante, é sempre possível recuperar o caminho. A gente acha que quando a gente corre e o desespero está infundado nos olhos, a gente chega mais rápido, mas na verdade é o contrário. É a paralisação que encontramos na próxima esquina. E no final correr, parece que não serve para nada. Só está ali para deixar nossas pernas ainda mais cansadas. E para fazer perder a beleza emergir nos olhos.
Tiro o elástico de borracha das flores de corte e coloco em cima da mesa. No vaso já com água fresca, coloco uma por uma por vezes tocando de leve as suas pétalas sensíveis. Depois fito o elástico abandonado no canto faltando um fio para se romper. Esticado de todas as formas até a borracha chegar no limite. Nas minhas mãos o coloco, e em um simples movimento ele se parte em dois. Mesmo que eu o amarrasse ele não ficaria o mesmo. E é isso que acontece quando deixamos que ultrapassem os nossos limites. Quando permito que rompam com essa linha tênue, já sei qual caminho de destino. A gente permite por medo de abrir a boca e transferir o não. Para o outro, para nós mesmos. No fim de tudo, quem despedaça somos nós, não quem rompeu com a nossa barreira.
Admiro as asas que batem suaves ao vento, até emergir na certeza do pouso. E ali contemplo. Na luz que adentra os olhos furtivos, encaro a certeza ainda maior de que não quero esperar tanto para encontrar a beleza que não mora apenas no céu azul, mas também dentro do casulo. Mesmo que na pele ainda vista lagarta.
Nos lugares menores há mais fé e devoção do povo... quase sempre a cruz é vista num lugar estratégico qualquer: no santuário, diante dos olhos da comunidade paroquiana, no corpo tatuado de um jovem, no gesto simples de um devoto (ao sinal da santa cruz) três vezes: na fronte, para que Deus abra a sua mente; na boca, para que o proclame; e no coração, para que receba à Sua Palavra em bom grado). — E assim, mais três cruzes transparecem nesse hábito de ofício do cristão católico.
No amor também se aprende. No amor também se cresce. A gente se perde em acreditar que é só na queda e no rasgar dos joelhos que fazem os nossos músculos se esticar. A cicatriz medonha nos faz lembrar do sabor amargo e por isso tudo se torna mais enfático. Porém, o amor também nos marca de diversas formas. A diferença é que o seu toque é suave como o vento no crepúsculo do verão. Toca, te molda, e ainda deixa a pele que veste teus ossos intacta, e ainda assim, não mais a mesma.
Vou catando a felicidade em cada algodão que uso para limpar as feridas que ainda teimam em sangrar. Nas asas de uma libélula, vou tentando encontrar essa liberdade da pressa de encontrar um feitiço, um antídoto, que cure com mais pressa as feridas que os fantasmas fizeram se alastrar sobre a pele vistosa que tinha. Não, não preciso ter tanta pressa por esse dia. Afinal, em alguns casos, ele nunca chega. É preciso buscar e com coragem encontrar essa paz miserável em meio aos algodões manchados de vermelho.
Me recuso a ser definida por um mero vislumbre de quem passa correndo e se esbarra comigo. Me recuso a ser definida por olhos que projetam seus desejos nos meus. Sou tantas. Sou múltipla. Carrego tanta vida. Tanta morte. Carrego tanta história tatuada na pele suada e que divide cicatrizes e algumas inflamações abertas. Carrego tanto amor, mas também tanto ódio. Não me canso de dizer que sou. Que sou muitas. Tão doce como mel. Tão azeda como biribiri chupado com sal. Sou santa e profana. Sou mansidão em mar em um dia perfeito de sol. Sou água raivosa em seu pico alto em tempestade. Eu sou tantas. A menina, a mulher. A princesa e a bruxa. A bruxa. Eu sou tantas. A real, a mágica. A esperança, a trágica. Que não quero ser definida apenas por um mero vislumbre de quem passa correndo e se esbarra comigo.
Reflexão seria algo vasto e frio para este momento de cansaço e solidão. Esta paz que se foi quando um dia eu ousei em teimar com meu coração. Prefiro não pensar nisso, mesmo sabendo que a certeza mais pura de minha vida se deixou levar pelo mais puro e simples medo de ser feliz. Quando me sinto só, não vejo outra forma de não pensar mais e mais em você.
Tive em meus braços a certeza, a luz.. conduzi em meu pranto a mais perfeita companhia que alguém poderia sonhar, compartilhei a felicidade em todas as oportunidades que tivemos... mesmo assim não fui sábio em perceber que você era sem dúvida a certeza mais certa que meu coração poderia encontrar.
Quando olho para trás eu vejo aquele sorriso fácil correndo pelas ladeiras, sinto a mais cristalina e sincera carismas que alguém poderia sonhar em ter.
Estava ao meu lado todo este tempo a razão e a clareza de uma vida alegre e mesmo assim, digo, infelizmente, não fui capaz de dizer não ao medo que um dia assombrou o meu caminho. A solução dos nossos problemas encontrava-se todo este tempo em minhas mãos e por ironia do destino suportei minha indecisão em troca de seu aprendizado.
Gostaria de ser o senhor dos tempos neste momento para voltar a algum lugar do passado e resgatar nossos momentos e levar a seu coração a certeza que o sonho tornou-se realidade, que a verdade que existia em nossos corações seria transparecida de forma gradual a magia que aproximava dois corações.... seu nome ao meu.... por toda nossa vida, até o dia que nossas almas quisessem ir ao encontro do papai do céu...tudo isso seria possível através do amor, aquele que permanece em meu coração.
Todas as noites, todas as manhãs... sempre! Perdi aquilo que todos procuramos, algo que preenchia meu coração de forma integral, como um gás invadindo uma sala em frações de segundo; ao meu ver, creio que a derrota não é apenas um prato que se come frio, sua ausência impacta em minha vida e em meus desejos. Se pude-se voltar ao dia 05 de janeiro de 2008, com certeza estaria confortável em saber que eu teria essa chance de trazer tudo que um dia você sonhou ao seu presente.
Teu corpo junto ao meu comprovava as leis da física.. a química que nos envolvia, nossos momentos.... eram fantasias regadas a prazer carnal e claro sentimental... mesmo não tendo nada assumido, era possível perceber que a amizade era algo importante, mas por detrás deste, existia o calor do coração incendiando ao nosso redor o caminho que talvez poderia nos unir...
Mesmo tendo em meu âmago a certeza da felicidade, mesmo tendo em meu coração a certeza de estar sorrindo, mesmo.... lhe perdi... lhe perdi para a mais justa e certa declaração que eu poderia sofrer... a declaração de quem foi mais sábio em entender que você era única e como tal, deveria ser atacada o mais breve possível pela flecha de um amor correspondido.. te perdi... não para sicrano ou beltrano... te perdi para mim mesmo...
A derrota me ensinou a dar valor aos bens intangíveis, no caso, amor, alegria, tristeza, enfim, me deu clareza em entender que um de nós está bem... mesmo com um discurso lindo e motivacional como esse, choro... choro por ter deixado escapar a certeza de um amor sincero, sem interesses concretos... choro por ter perdido a melhora amiga que eu poderia sonhar em ter...a pessoa que me acompanhava a todos os lugares.... uma pessoa que nunca reclamou em dar a mão para mim, mesmo eu estando errado... uma pessoa que sempre me ligou para falar qualquer coisa, pelo puro e simples desejo de contar algo de seu dia....
Estou chorando não por que você foi embora, mas por minha inocência em não acreditar em uma pessoa tão maravilhosa como você, poderia se encantar por mim....
Gostaria de deixar uma mensagem a todos os navegantes que estão no mar a ver navios, a espera de um amor:
- Ser feliz não é ter o carro do ano, ser rico ou coisa do gênero... ser feliz é você acordar todas as manhãs e agradecer a Deus por ter colocado em seu caminho a pessoa mais certa que você poderia encontrar... ser feliz é você sorrir para alguém sem cobrar algo em troca... ser feliz não é estar na multidão e ser ovacionado por que não lhe conhece... ser feliz é você olhar para o momento e saber que hoje, ontem e sempre, você sempre será a pessoa mais importante para esta independente do que aconteça...
Eu vou te esperar.... sempre (B.Magnoli 21/09/2009)
Confesso que até cheguei a te amar
Sim, é sério
Nem sei bem como foi
Mas foi...
Daí me perdi entre tantas linhas
e dessa história
nem um parágrafo restou
Eu sei lá...
Naquele instante eu so sabia
te amar
Não sei se acordei
ou domir...
Me cobri
esquentei minha própria cama
e foi melhor que te fantasiar
Só liguei que era dia
Quando me peguei olhando o mapa
da biblioteca da escola
Meio fascinada...
Que nada!
Eu sabia que não ia dar em nada
No entanto
Não me conti
Dava um palmo e meio
Se eu contasse de lá até aqui
O mapa foi meu amigo
e me levou
por algum instante
pra bem perto de ti
Sabe,
as pessoas vem
e
vão
No rumo do mapa
do meu coração
Prova da Apnéia...
Meia-noite, hora marcada.
Segunda prova de apnéia.
A primeira já foi positiva...
Os demais testes também.
A família espera ansiosa...
Os médicos, de prontidão.
Se positiva também: fim...
Doppler craniano afirmará:
Fim de sua "bela" história.
Morte que gerou crianças.
Sorriso restou na memória.
Mas não morre a esperança,
Que num dado dia veremos
Crianças correndo no jardim...
Sinto sua falta
Você se foi,e seus planos e sonhos, ficaram no vento,
Sua voz, seus gestos em meu pensamento
Agora vivo a Saudade que junto com ela trás a vontade
De estar perto de você, de ver você viver
Nos seus últimos dias conheci sua beleza escondida
Nos seus últimos momentos descobri uma alma abatida
Mas eu sei que está bem, você encontrou a paz
O que a vida não lhe dava, agora a morte satisfaz!...
Foi-se o tempo em que falar com você me deixava nervosa, foi sem nem sequer despedir-se. Se eu sinto saudades? Nem de longe, o que eu sinto tem outro nome. Confesso que chega a ser estranho, eu não entendia como fazer para suportar a dor de ver tanto sofrimento desfilar na minha frente, mas o tempo nos ensina cada coisa, lições inesquecíveis. Sim, eu ainda lembro principalmente das lágrimas, mas vamos deixá-las no passado, onde elas e você estão.
Hoje eu queria falar que pensei em você, sim é verdade. Dias desses eu te vi, pra ser sincera me deu vontade de ficar te olhando, mas era somente para entender o porquê de tanto choro derramado. Não te olhei por mais de 3segundos e nem busquei entender o passado.
Você até tenta ser simpático, mas me pergunto porque tantos sorrisos nos quais eu não consigo acreditar, às vezes poderia ser cômico se não fosse trágico, se fosse real. Não busque motivos para me dar oi, não tente me entender, pois eu não caio mais nesse papo de bom moço.
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