Textos sobre Tempo

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⁠Sabe, estou aqui pensando: não é difícil concluir que o tempo não é culpado dos desfechos de determinadas histórias de vida. O tempo aceita tudo, mas não responde e nem se responsabiliza pelas intercorrências. Para ser compositor do amanhã é muito importante interagir adequadamente com um espaço de tempo muito especial, que se chama hoje.
Boa noite!

⁠Houve um tempo em que tinha esquecido de mim, do que sentia, da minha opinião e até dos meus sonhos, até que chegou um momento em que percebi que ninguém nunca esqueceu de si por mim... então porque eu deveria?
Foi quando senti falta da pessoa incrível que enxergava ao me olhar no espelho, nesse dia me reencontrei novamente.

⁠Construção

Relacionamentos se constroem com o tempo. É preciso dedicação e paciência, e é preciso também deixar que a vida siga seu curso, que as coisas aconteçam. Pense como no caso das pedras preciosas, meu anjo... Um diamante facilmente se esconde em meio a outros tipos de mineral, e para quem não sabe enxergar, se confunde com uma pedra de tropeço quando em estado bruto. Só depois de muita dedicação e lapidação, é possível se retirar a preciosidade que ali se esconde, e a isso eu dou o nome de construção. Porém, muitas vezes, se obtém um diamante enorme, e disforme, e de nada adianta ter uma jóia do tamanho de uma maçã, se ela, nesse estado, jamais se encaixará no anel de seu dedo... É preciso lapidar mais ainda, quebrar em pedaços menores, dividir, limpar, lixar, polir, e só assim se obtém a jóia em seu estado mais perfeito, e a isso dou o nome de desconstrução. Mas mesmo com todo esse processo, um belo dia esse anel pode perder o encaixe, se amassar, perder o brilho, e então um novo anel deve ser construído, do zero. Toda relação precisa se construir e desconstruir para que as barreiras sejam quebradas e aconteça a cumplicidade, e muitas vezes isso levará anos, como o crescimento de uma flor: o que a faz bela, é o tempo que ela leva pra crescer.



Mais uma madrugada
Em que a insônia
O abismo sem fim me engole,
Mais um finito tempo .

Entre espaço e pensamentos
Corroe, roendo
As minhas borboletas no estômago
Que hoje não passam de cinzas .

Que amargam a minha boca
Que me causam enjôos
Mais um dia em que a única coisa que muda
É o meu humor.

⁠Terminalidade

Uma das razões de estresse, é ter diversas tarefas a concluir ao mesmo tempo.

inadequadamente, interrompemos a tratativa de um problema, para nos engajar na tratativa de outro.

Tornando-se, por vezes uma bola de neve, uma situação favorável ao estresse.

Devido Mecanicidade, muitos acabam acumulando tarefas que se transformam em problemas, por não saberem distinguir o urgente do prioritário.

Tudo pode ser igualmente urgente, mas aquelas que, se não forem concluída a tempo lhe causarem maiores danos, desconfortos ou prejuízos, são as prioritárias.

Portanto Conclua as prioritárias e só depois passe para as urgentes e as demais.

As vezes, não se trata de volume de soluções encontradas, mas quantas prioritárias foram deixada pra trás, pois São essas que geram estresse.

⁠Não posso fazer voltar o tempo
Todas as letras e versos se perderam no vento
E não há mais nada a ser dito
Foi tão doce e bonito
Acreditar que havia um paraíso para nós, cá dentro dos nossos suspiros
Livres naqueles lençóis
Não quero mágoa e rancor
Foi só um risco de amor, nada mais
Quisera eu ter desistido no momento que me faltou a paz
Mas minha teimosia e rebeldia, me faziam acreditar que podia
Não, não posso fazer voltar o tempo
Para partir no primeiro olhar de lamento
Logo serás alguém de quem nem me lembro
E tudo terá se dissipado, a contento, no tempo, cá dentro de nós, não mais que um momento.

Não feche a porta para mim
Bem, feche-a por um tempo
Mas não a feche para sempre
Feche-a por um tempo
Até que minhas batidas na porta
Façam tanto barulho
Que você me deixará entrar novamente
Mais experiente em relação ao erro que cometi
E morrendo de medo de fazer você sofrer de novo
...
Pois, quem ama sempre abre a porta para o amor da outra pessoa.

Passagem do ano

Passagem
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus…

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

⁠A distância e o tempo

Ao longe céu e mar se tocam
Uma árvore florida no fundo do vale um espetáculo encena
Consigo vislumbrar o pote de ouro onde o arco-íris toca a terra.
O que haverá daqui, de onde tapo com as mãos os olhos, até lá, onde alcança minha visão destapada?
Quanto mistério guarda o mar,
O que haverá nessa caminhada?
Assim é também o tempo.
"Como será amanhã?
Responda quem puder!"
E Deus iluminou o palco da vida,
Abriu as cortinas de um novo dia!
Atores e platéia, começa um novo espetáculo !

⁠escritas no papel

escritas que escrevo, as dores que o tempo sinto, o delírio de ter nascido, o ar que me mata, a vida que me acaba, despedaçado estou, pelo próprio amor, por pensar onde vira a ser amado, por um ser que nunca o amou.
aflito degenerado, como cacos no chão, o sangue que escorre de meus olhos sem o perdão, o coração aperta o ar me falta, o desejo a quero, em meu coração o medo de tirar o lugar onde nele estou, haver outro, e no fim, traido, esquecido, como latas e lixo, será que serei amado?

⁠Há casais que com o tempo se tornam estranhos, mesmo morando sob o mesmo teto.Quase nunca se olham, nem mesmo nas raras vezes em que se falam. E quando se falam há rispidez ou ironia nas palavras.
Possivelmente um deles nunca amou verdadeiramente o outro. E, de tanto desamor de um, o amor do outro desama. A separação definitiva passa a ser a única saída para cessar o autoflagelo emocional dos dois...

⁠Com o passar do tempo o amor vai crescendo de mãos dadas com a saudade
Saudade dos tempos bons do passado ,dos momentos com os nossos entes amados e até ao lembrar de cheiros e de sabores da infância e da mocidade
Saudade de tudo o que foi bom e passou nas nossas vidas...
São saudades boas e doídas do amor que eternizou os momentos vividos nessa vida.
Ivânia D.Farias

⁠Será que um dia a saudade vai passar ?
Será que algum dia te abraço novamente ?
Quanto tempo perdido longe de você que não volta mais.
Quantas oportunidades de estar com você perdida.
Quantas vezes desejei voltar no tempo apenas para te dar um abraço, e dizer o quanto eu te amo.
Você não tem noção a falta que você nos faz.
10/10/21

Não existe uma previsão de quanto tempo a dor de uma separação poderá durar.
Para alguns, dias. Para outros, anos. Cada um sente de um jeito, mas ainda assim penso que a ferida precisa cicatrizar.
E, nesse período, talvez seja melhor que nosso coração esteja livre para se entender com nossa razão.
Precisamos voltar a acreditar no que há dentro de nós, porque, independentemente de como seja o fim, todo fim deixa o vazio e muitas perguntas.
Espaço e perguntas que levem o tempo que levar precisamos preencher e responder sozinhos.
Talvez esse seja o tempo da superação, da cura.

Eu vou embora porque chegou a hora, vou embora porque chegou o tempo, nada mais me cabe, nem a espera, só o cansaço, vou embora porque tudo que eu fui é só lembrança


sem cartas, sem retorno,
deixo o peso, deixo os nomes,
levo apenas o silêncio que me resta.
Sou ausência em movimento,
sou memória se apagando devagar.

Com o tempo, muitas vezes somos obrigados a nos tornar algo que não queremos ser, mas tudo nos remete a ser isto. Pessoas, Magoas e Cicatrizes.
Nos tornamos escravos dele, ficando cada vez mais vazios e secos, frios por dentro.
Muitas vezes me pergunto. - sera isto mesmo necessário?
Morrer para tudo que acreditamos, e deixarmos de viver por algo tão insignificante..
Amor verdadeiro é a base de um ser. Ele nos faz enfrentar a vida com tal apego que nos tornamos viventes loucos, vivendo em um alucinante jogo louco que é a vida, pois até o fim dela teremos que lutar pelo que acreditamos. Não deixando as coisas importantes morrerem, principalmente não se deixando morrer ou se levar a essa tal loucura que é a vida...
VIVAMOS AMIGOS...

O FRIO

Este tempo frio e úmido me enregela os ossos, mas deixa-me feliz e contente. Vivo na expectativa do amanhã, do porvir...

Medito muito, penso mais ainda sobre a expectativa de vida. Queria, muitas vezes, que as pessoas dessem um tempo na sua vida para pensar, para raciocinar sobre o quotidiano, ao invés de viver por espasmos e em um frenesi alucinante a mercê dos acontecimentos.

Quem assim atua, desrespeita o livre arbítrio, que é o maior dom que Deus nos deu. Despreza o direito de escolher entre o certo e o errado, não tem consciência do ato, e culpa ao desenrolar dos acontecimentos às derrotas da vida.

O andar da carruagem se resume assim: se tudo dá certo, é conseqüência da enorme capacidade do indivíduo, no contrário, foi Deus quem quis.

Como se o viver fosse uma enorme prova que Deus dá, e os méritos coubessem apenas ao homem!

Não é bem assim! Se existe uma força maior que age no universo, e ela é justiça e amor, sua intenção é que todos sejam felizes.

A busca da felicidade é a grande prova que cada um tem que passar. Não a felicidade transitória de alguns momentos, mas de algo mais profundo que a própria existência, e na solução desta se resume a razão de viver.

Se pensarmos assim, concluiremos que céu ou inferno se resume a um estado de espírito, e o iluminar-se é preencher os vazios da alma, levando-a e a sua existência ao ápice da felicidade.

Muitas vezes há dúvidas sobre o caminho a seguir, sobre qual a escolha a fazer, e está aí a importância do livre arbítrio. Pois o estado de graça é o contato íntimo com a divindade de amor, de justiça e de paz, já a desolação é o viver na ausência da divindade, caminhando na aridez do deserto.

Intimidade
Sonhamos juntos
juntos despertamos
o tempo faz e desfaz
entretanto
não lhe importam teu sonho
nem meu sonho
somos trôpegos
ou demasiados cautelosos
pensamos que não cai
essa gaivota
cremos que é eterno
este conjuro
que a batalha é nossa
ou de nenhum
juntos vivemos
sucumbimos juntos
porém essa destruição
é uma brincadeira
um detalhe uma rajada
um vestígio
um abrir-se e fechar-se
o paraíso
já nossa intimidade
é tão imensa
que a morte a esconde
em seu vazio
quero que me relates
o duelo que te cala
por minha parte te ofereço
minha última confiança
estás sozinha
estou sozinho
porém às vezes
pode a solidão
ser
uma chama

HAVIA
Havia naquele tempo tanta coisa,
Tanta coisa que subiria depois como um balão azul
Quando eu precisasse de um pretexto urgente para não me matar...
Havia
A que passava cuidadosamente os meus poemas a ferro
(e nisso eu vejo agora a maior poesia deles...)
Havia a que sabia fingir que me escutava,
Que parecia beber até, com seus grandes olhos,
Os meus solilóquios
(eram tão chatos que só podiam ser solilóquios mesmo...)
E havia, entre todas,
A Eleita,
A que cortava as unhas da minha mão direita
(agora tenho que recorrer a profissionais...)
E havia, entre as demais,
A que ficou não sei onde esquecida...

MARIO QUINTANA In: Baú de Espantos

Ele: Você sumiu, hein!
Ela: Dei um tempo em tudo.
Ele: Por quê?
Ela: Cansei de dar valor a quem me desprezava.
Ele: Como assim?
Ela: Eu fui me amar mais.
Ele: Ah tá, posso te fazer umas perguntas?
Ela: Claro.
Ele: Você deu um tempo em tudo mesmo?
Ela: Não, teve umas coisas que acabei de vez e outras que continuaram firmes e fortes.
Ele: O que continuou firme foi o que você sentia por mim?
Ela: Não, esse foi o que cortei pela raiz!