Textos sobre a Morte
ÚLTIMA VEZ (soneto)
Tal dia, marcado, será derradeiro
Sem eco, sem contenda, e paz
Tão segredado, de saber ineficaz
Que bom é se manter cavalheiro
E neste exato momento, fugaz
Que o é, no silêncio de mosteiro
Apagarás da vivência tal letreiro
E o já, egresso, não suspeitarás
Um dia, o gesto será só roteiro
Instantes do palco, por detrás
E na pena a tinta sem o tinteiro
Última vez, suspirada cor lilás
Desfeito e desnudado useiro
Nada mais terá regresso, jaz!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
decesso...
[...] pra que sofrer com despedida
se quem parte não leva nada
e quem fica... tem a medida
do tempo, na sua jornada...
todos nós temos o preço
no feito, partida e chegada!
"A vida e um ato e a morte o recomeço"
então, que tudo seja camarada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de março de 2020 - Cerrado goiano
Revinda
Vim morrer em Araguari
Cidade sorriso, eterna
Que a mocidade é daqui
E o meu berço governa
Em uma banda a revinda
Na outra a fonte fraterna
Entre ambas a falta ainda
De a história que hiberna
E sinto, sinto: ganas nuas
O sentimento na berlinda
A ternura vagar pelas ruas
E rir. Antes que tudo finda
Vim morrer, no aceitar vim
Cá para as bandas das gerais
Vim. Outrora chama por mim
E, e por fim, não chama mais...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 08’01” – Cerrado mineiro
Morrer...
Termina a vida, morrer, com ela o viver
Vão-se as dores, homenagens com flores
Rezas, choros e suplicas pros pecadores
Depois, uma furtiva lembrança a prover
Aos amores e aos meus admiradores...
... para as lágrimas fingidas
Meu até mais...
Cheio de saudações garridas
E minhas retribuições iguais!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02/09/2020, 17’00” – Triângulo Mineiro
Um dia, a jornada tem fim
cerra o estirão e aquele alvorecer
o perfume viçoso das flores, assim,
em um piscar de olhos
escolher e ser
a lembrança ainda tem, a falta sim,
ainda
e na berlinda o tempo que leva cada suspiro
cada sonho, sentido, sensação, enfim,
envelhece quem permanece
na prece, sugiro:
boas memórias, coração, pois,
um dia a jornada tem fim
e o que fica é a boa ação
e nada de ruim, nem dor
para uma favorável canção
então, cante o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro 2024 – Araguari, MG
Sim, transformaram-nos em coisas:
Em quantos carros temos na garagem ,
No patrimônio material que juntamos ao longo da vida ,
No volume de nossa conta bancária .
Grandes coisas!
No caixão serás só tu.
E uma roupa que de favor te vestiram,
Qual tal o mendigo que humilhastes ,
Ou o operário que explorastes .
Um corpo em breve fétido,
Como a consciência que nunca tiveste .
E pelos cantos dirão:
Morreu a peste!
O que é a vida?
O que é a vida? — pergunta que ecoa,
No peito cansado, na mente que voa.
É brisa que passa, é chama que arde,
É dança de sonhos, tão doce e tão tarde.
Vivemos cercados por mil afazeres,
Repetem-se os dias, iguais os deveres.
Na roda do tempo, giramos sem ver
O tempo escapando sem a gente entender.
Esforços vazios, caminhos traçados,
São passos mecânicos, já programados.
Mas onde a mudança? Quem vem despertar
A alma que dorme sem se questionar?
Seremos eternos escravos da pressa,
Ou vamos enfim romper essa peça?
Quem somos no fundo? Quem vamos ser?
Se o mundo é espelho, por que não ver?
Talvez sejamos nós o vento que vira,
A mão que renega, a voz que inspira.
Pois se ninguém vem... então somos nós
Que temos a força, o grito, a voz.
CONSELHOS DO MAR
Olhando para o mar entendi que:
A vida é uma construção.
Aprendemos a amar baseado nos pequenos detalhes.
O amor está entre a neblina da confusão mental.
A paz vive nos momentos de reflexão.
A luz irradia de dentro.
A morte é a libertação do espírito.
Só agradecendo receberemos a recompensa.
Se doando ao próximo seremos agraciados.
Precisamos caminhar com os próprios pés.
Precisamos gostar da nossa companhia.
O que vem é apenas complemento.
Tudo acontece por algum motivo.
Parando e colocando os pés no chão, entenderemos os mistérios e os segredos da natureza.
Que a vida nada mais é que a nossa própria imagem.
Sinal do Universo
Pedi ao Universo um sinal. Apenas um sinal. Um só. Mesmo que fosse fraquinho. Pequeno. Nebuloso. Um resquício de poeira. Seria apenas um único sinal, mas o único emitido foi o silêncio. Um silêncio sepulcral. Como se a morte tivesse passado e levado para o submundo todas as palavras. Foi tão intenso e tão triste, que senti como se um raio tivesse atravessado o meu peito e rasgado a minha única esperança. A única saída foi me encolher.
Abracei a saudade tão apertado, tão apertado, que quase sufoquei-a. Caminhamos em direção ao nada e percebi a esperança me esperando do outro lado da ponte. Atravessei-a calmamente sem tirar os olhos dela. Ao nos encontrarmos, nos abraçamos e percebi que tínhamos muita coisa em comum. Ela pegou na minha mão e seguimos caladas sem pretensão de chegar em algum lugar. Queríamos sentir apenas o frescor do vento daquela manhã de fim de verão.
Durante nossa caminhada silenciosa entendi que a esperança vem do substantivo “esperar”. Esperar o tempo certo. Esperar que as coisas se alinhem. Esperar que dará tudo certo. Esperar que a conexão se encaixe e se torne uma só. Esperar que a vida se encarregue de fazer acontecer no momento que tiver que acontecer.
Não sou muito de expressar sentimentos, mas há sete anos cometi o maior erro da minha vida. Você tinha sido preso, e eu fui atrás, conversei com o policial, implorei para que o soltasse. Fizemos um acordo verbal: eu cuidaria de você.
Você foi solto, e eu praticamente obriguei que fosse direto dormir. Mas o vício falou mais alto.
Desceu para comprar um cigarro. Quando o trouxeram de volta, já estava todo espancado. Tinham sido seus próprios amigos — os mesmos que compartilhavam da sua miséria.
Levamos você ao hospital, mas por estar tatuado, sujo, fora dos padrões sociais, foi totalmente negligenciado. Nem exame fizeram.
Você estava com traumatismo craniano. Mas, por causa da droga no seu corpo, parecia lúcido. Voltou para casa, deitou para descansar… e entrou em coma. E ninguém percebeu.
O dia amanheceu, e você seguia “dormindo”. Mas estava convulsionando. Chamamos a ambulância. Quando chegaram e viram seu estado, pediram logo a UTI móvel. Mas quando ela chegou, era tarde demais.
Naquele dia, um remorso profundo se instalou dentro de mim. Me perguntei, e ainda me pergunto, se ao tirar você da prisão, não assinei — sem saber — sua sentença final.
Lembro das vezes que você aprontou com a minha mãe. Te busquei até na boca de fumo. Te agredi dentro da Cracolândia. A dona da boca me conhecia há anos, e me ligou:
— Vem buscar ele, ou eu mesma vou dar uma surra.
Mas meu ódio falou mais alto. Fui pessoalmente te agredir. Muitas vezes mandei o pessoal te dar um corretivo, na esperança de que você tomasse juízo. Mas Deus não quis assim. E muito menos você.
Hoje, tudo isso virou lembrança. E remorso.
E o remorso é o pior sentimento que um homem pode carregar.
Em 2018, deixei de ser ateu. Depois de vinte e três anos sem acreditar em nada, fui parar numa igreja. Padre Cairo me viu e disse:
— Vejo que você está atribulado… e com ódio no coração.
Pediu para rezar por mim. Colocou a mão sobre minha cabeça, e orou. Pediu a Deus e a Santa Luzia que arrancassem aquele ódio, aquela vingança silenciosa que me corroía.
Naquele dia, nasceu uma chama minúscula de fé dentro de mim — quase invisível, mas real. E até hoje ela luta para não ser apagada.
Peço muito a Deus, à Nossa Senhora e à Santa Luzia que eu nunca perca essa fé. Que meus caminhos não se cruzem mais com o homem mau.
E que Deus, sempre, possa estar ao meu lado.
TALVEZ NO COMEÇO DA PRÓXIMA HISTÓRIA, UM BOTECO NO CÉU.
Aqui na terra não está nos meus planos montar um boteco. Mas e depois que eu morrer e for para o céu?... talvez sim! por entre as brancas brumas reluzentes, monte enfim o meu boteco. Porque ouvi dizer que por lá a galera celestina toma bastante vinho e às vezes, veja só, até umas geladas! Será mesmo?!... Mas e se eu for pro inferno!?... Ah! ai terei que mudar os meus planos, e estando naquela região mefistofélica, quem sabe tentarei ganhar a vida, ou melhor, a morte, vendendo artigos religiosos!?
Resumindo o Evangelho Genuíno
A pregação do Evangelho está quase desaparecendo de alguns púlpitos, os mandamentos da mutualidade não existem mais, a espiritualidade está sumindo de algumas comunidades e uma parcela enorme daquilo que se chama “igreja” está funcionando por meio de entretenimento, performance, efeitos especiais e manipulação das massas via redes sociais e congressos.
Então o que é o Evangelho?
Resumindo: O evangelho revela um Deus que É Amor, que É Santo e Justo, tomando uma iniciativa unilateral em amor, de salvar pecadores injustos (Romanos 3.23) por meio da expiação (morte) substitutiva de Seu unigénito filho (João 1.14) na cruz. Nessa cruz, toda a ira de Deus foi descarregada no Filho de Seu Amor (Colossenses 1.13), e quando a ira de Deus é descarregada em Jesus, a Sua justiça é satisfeita; tornando Jesus Justo e Justificador de todo homem e mulher que não resiste à oferta de salvação e Nele crê, tendo seus pecados e culpas perdoados.
No terceiro dia, Jesus ressuscitou dos mortos, evidenciando assim, que Deus aceitou Seu sacrifício, e agora, por meio desse sacrifício, Deus convida a todos os homens e mulheres, em todos os lugares que se arrependam e creiam no Evangelho.
Isso é o Evangelho genuíno!
Temos que entender de uma vez por todas, que ensinar um falso Evangelho não gera pessoas salvas; gera conversões falsas!
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba, Marcelo Rissma.
21 gramas
Na vida, somos todos malabaristas nos equilibrando na tênue linha que divide a vida da morte, num profético ritual de passagem. Um dia inevitavelmente teremos 21 gramas. Nesse fatídico dia, o cíclico elo se fechará e, somente então, será aberto o portal para nosso verdadeiro lar, ou não...
Um dia a gente descobre que somos obrigados a viver sem as pessoas que fizeram parte atuante do cenário da nossa felicidade, dos momentos mais bonitos, das memórias mais queridas, das risadas mais sinceras.
Um dia a gente descobre que viver sem essas pessoas não é opção, é uma exigência da vida e que ela não é nem um pouco complacente conosco. Nesse dia, descobrimos também, que mais que viver sem elas, somos obrigados a ser felizes sem elas. E isso acontece não porque nos tornamos insensíveis ou porque somos especialistas na arte de lapidar egoísmo, muito pelo contrário, isso acontece porque descobrimos que o melhor lugar para guardar a memória dessas pessoas tão especiais é um coração feliz, com todas as janelas abertas para o infinito.
Ouro dos tolos
Quem pensa que a vida é gratuíta está redondamente enganado. Ao longo de toda ela carregamos sobre as costas o peso dos iludidos, a sina dos miseráveis, a angústia dos malditos e a ilusão cega dos nécios. Vez ou outra brilha a nossa frente pequenas fagulhas de vida, mas como pirilampos velozes rapidamente se dispersam. E a caminhada continua sobre o solo do delírio, essa terra amaldiçoada, minada de sofrimento até que completamente exauridos, perdidos em nossos desertos, recebemos o golpe final "o tiro de misericórdia". Antes, porém das pálpebras cerrarem-se, abre-se o grande portal e os tolos finalmente descobrem que o tempo todo carregaram a morte com a ilusão de que era a vida.
O céu está pálido, nem nublado, nem limpo, o ar está parado, nem frio, nem calor, ontem à noite choveu um pouco, o dia amanheceu estranho, triste, esquisito, a vida amanheceu de luto.
Houve um tempo em que as cadeiras enchiam as calçadas ao entardecer, e as pessoas donas dessas cadeiras ali se sentavam, não havia celular, a vida tinha outro ritmo.
Era ali, naquelas calçadas, naquelas rodinhas de amigos, que a vida se atualizava, ali se falava sobre tudo, quando o tudo valia alguma coisa, ali se lembrava de um tempo que todos tinham vivido no verdadeiro sentido da palavra viver.
Viver era se emocionar, lembrar os que se foram, os que estavam chegando, dos problemas que todos tínhamos, que todos temos; Bicho humano gosta de sentir saudades apesar de ela machucar, doer, e então as calçadas amanheceram vazias, tristes pela falta de alguém.
E agora? Aonde vamos com nossas cadeiras? Matar as saudades de um tempo que nunca mais vai voltar?
Sou saudosista, gosto de lágrima que brota e foge do olho, do nariz escorrendo, do nó na garganta, de ouvir histórias, de um tempo que não vivi e nunca viverei, a não ser pelas histórias.
Estou triste, Cidinha se foi, sem se despedir, foi mansa, em paz, vai deixar saudades, deixou saudades, Maria Aparecida Gomes Rodrigues, a Cidinha do "Zé Luiz"; Não sou um cara de rodinhas, de calçadas, de cadeiras, mas gosto e muito de falar, conversar, e com ela era bom, sempre tinha algo de bom pra dizer, sabia ouvir, sábia quando o assunto era vida, quando tinha um história para ser contada.
Conhecia o bairro, todos que por ali passaram, aprendi muito com ela; A vida foi fanfarrona com a gente, egoísta, levou Cidinha sem aviso prévio, de sopetão, e tudo ficou triste, ficamos tristes, o passado visitava constantemente a esquina da Saldanha Marinho com a Primeiro de Março, e agora naquela esquina tá faltando ela e a saudade dela está doendo em mim.
Como a vida leva à morte, a única certeza da vida, que sempre tentamos adiar e evitar, mas nunca conseguimos fugir, é fato, mas e se lá do outro lado existir vida?o outro lado está em festa, vão ter muito o que comemorar, relembrar, certamente desde ontem as nuvens estão cheias de cadeiras, e todos que antes sentavam aqui estão reunidos lá, e dentre eles Cidinha e terão muito o que falar, relembrar, e aqui a calçada ficou vazia.
Todo caminho leva a Roma, todo caminho levava até aquela esquina quando se precisava pôr o assunto em dia, dirão as más línguas que tá falando? Você nem ia lá!
E te respondo: É verdade, mas isso não torna aquela esquina menos importante, aquela amizade menos marcante.
Caraca! É foda envelhecer, ver todos indo embora e saber que nunca mais os verá, infelizmente é assim, todos um dia partiremos.
E o dia amanheceu estranho, parece que falta algo, creio que esta sensação seja sintoma do luto, da perda de alguém, e de repente as palavras começam fugir, saudades de algo, não sei o que, possivelmente a certeza de não ter mais ninguém para tirar aquela dúvida de como era tal coisa, ou onde alguém morava.
Cidinha se foi, vai em paz minha amiga,todos aqueles que você sentia falta estarão lá do outro lado de esperando, felizes, de braços abertos, te esperando.
Tomara que lá não tenha celular, mas tenha cadeira, morro de saudades do tempo das cadeiras nas calçadas, das crianças correndo nas ruas, das bolas furadas cheias de jornal, dos bons tempos idos que não voltam nunca mais.
Toda vez que sentir saudades do passado lembrarei, a partir de agora, das cadeiras nas calçadas e de todos que ali habitavam, lamento os celulares, se por um lado abriram as janelas para o mundo, por outro fecharam - nos cada qual no seu mundo.
As pessoas não se falam mais, se fecharam em seu mundinho,em sua telinha, ali o tempo passa mais rápido e quando vemos tudo acabou.
Continuamos nas cadeiras, mas elas saíram das calçadas, nos isolamos, ficamos mais tristes, mais ansiosos, menos solidários, menos próximos, não falamos mais do passado,nosso bom dia é robótico, automático, em grupo, com figurinha, florzinha, desejamos que seja um bom dia simplesmente por conveniência, por ser necessário dizer "bom dia".
Aquela cadeira, naquela esquina, agora vazias, vão deixar muitas saudades, não tem mais pra onde ir quando quiser jogar conversa fora, fofocar, tricotar, matar as saudades, ali a vida passava e parava, era impossível passar sem parar, era um pote de doce grátis que quem quisesse poderia se servir.
E amanhã doerá menos, mas não fará menos falta, e a vida seguirá, agora sem cadeiras nas calçadas, ou rodinha de bate-papo, pena, tudo se acomoda, gostando ou não, querendo ou não, é a vida, um Adeus infinito, onde a vida é hoje, agora, e o agora só dura um segundo.
Desumanização
Começam te ensinando
que você e tudo aquilo
que existe de bom
ao seu redor é inútil,
Depois ensinam a você
e outros a ofender por
qualquer motivo fútil,
Convencem a você mesmo
e quem está ao redor
que a sua vida não tem valor,
Você e os seus estarão
tão entretidos com o círculo
vicioso de agressão que estarão
acreditando que merecem
e que a vida é assim mesmo,
E quando menos você
se der conta porque não
dão nenhum momento de paz
para pensar vão lá e acabam
com a sua vida e a do seu povo,
A desumanização sempre
para a morte constrói o escopo.
No meu País se recorda
orando nos cemitérios
em memória daqueles
que se foram deste mundo,
A morte em si para mim
não carrega mistérios;
A morte não é partir rumo
ao Paraíso ou ao Inferno:
A morte é a invasão de limites
e aceitar a colonização do outro.
Um dia
Um dia...
Um dia tudo terá fim
Esses olhos não mais verão
Esses dedos não mais tocarão
E esse coração que hoje bate por ti
Não irá bater...
Nem por ti e nem por ninguém mais
Ele irá perecer
Será decomposto
Pelo verme que come
Os míseros restos
Que sobrarão do meu ser
'Que morbidez!'
Você pode dizer...
Mas apenas escrevo
O que vai acontecer
Porque um dia tudo terá fim
Ao vento será deixado
E tudo que há em mim
Será apenas pó espalhado
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.
Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades,
Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia,
Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.
Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.
Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade.
Não reprovará perpetuamente, nem para sempre reterá a sua ira.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniquidades.
Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.
Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.
Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce.
Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.
Mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;
Sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprir.
O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.
Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra.
Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu beneplácito.
Bendizei ao Senhor, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio; bendize, ó minha alma, ao Senhor.
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Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
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