Textos Sinto sua falta Amiga
A DIVERGÊNCIA DO MILAGRE
No instante certo o milagre acontece
Bruta pedra vira algodão
Deus mostra toda sua face
Quando o sangue da mulher desce
No choro do menino não há disfarce
Todo pecado vira perdão
Mas, o decurso do tempo vive-se de incoerência.
A morte da vida externa toda sua contradição:
“No sepultamento a divergência,
do extintivo vivo num caixão”.
RECEIOS QUE AINDA NÃO VIERAM
Temo muito que chova no próximo feriado.
Que eu não conquiste aquele emprego,
Que se esqueçam do meu aniversário
Que eu torça meu pé em um mero jogo de bola
Que não reconheçam os meus verdadeiros intentos.
Preocupa-me muito
A possibilidade de um assalto repentino
Terminar uma amizade com um amigo por uma discussão tola
Um acidente de carro durante uma viagem que eu não queria ir
Um diagnóstico inesperado
Perder algo que ainda nem sequer conquistei.
Receio muito também!
Que eu seja mal interpretado quando fui verdadeiro
Que entre tantas possibilidades, eu não faça a escolha certa
Que depois da escolha errada, não me restem novas chances
Que meus desejos fiquem aprisionados apenas nas promessas dos meus quereres
Atormenta-me só de pensar!
Que eu não seja perdoado tomado pela plena consciência da culpa.
Que eu não corresponda as minhas próprias expectativas
Que eu não deseje muito além do que mereço, mas que eu saiba merecer o que desejo
Que eu saiba a diferença, a sutil diferença entre acreditar, persistir e teimosice.
Que eu não comece algo infrutífero, nem desista do que seja promitente.
Entretanto, ainda assim, ante tantas possibilidades que remoem de incertezas todas as minhas aflições, absolutamente, nada me causa maior desespero que a inexistência do amanhã.
O AMOR DO GANANCIOSO
Quando tudo começar a ficar demasiadamente óbvio, desconfie! A previsibilidade é traiçoeira, infiel e adora flertar no marasmado escondido do acaso com a rotina. O ganancioso, por sua vez, despreza o probo, flerta com o somítico, gosta do desleal, mas é profundamente apaixonado pelo inescrupuloso que ama — inescrupulosamente — sem saber o que é amor, a elegância da vilania. Talvez porque a sovinaria vaidade humana é ilimitada para externar sentimentos póstumos. Entretanto, aprisionada a fátua vileza para enaltecer e se entregar aos valores daqueles que ainda estão vivos.
O DESCONHECIDO QUE CONHEÇO
Não sei se por teimosia, determinação ou insanidade, eu continuo insistindo por perambular em lugares desconhecidos, falar com pessoas inexistentes, e acreditar tanto naquilo que somente eu enxergo. No entanto, o que existe de verdade em minhas palavras, de sonho em meu teclado, de delírios nas minhas letras, e de vida em meus personagens, não é nada diante do universo colorido que salta da tela do computador muitas vezes enquanto começo a escrever. Tenho medo no desabrochar infinitamente interminável que reside na minha imaginação. Entre eu e esse espaço branco e sem graça que delimita o meu campo de visão e o monitor passam tantos mundos que não são meus.
ONDE NÃO MORA RANCOR
O ódio só pode provir em corações onde o amor não desabrochou inteiramente. Portanto, onde se lançam rebentos de amor, toda incompreensão terá mais paciência, os desacordos se farão alianças, a raiva encontrará maior tolerância, a injustiça será mais prudente, a indiferença encontrará seu equilíbrio, o tormento terá repouso, as dores encontrarão alivio, e todas as doenças da alma se farão sanadas.
A DOAÇÃO DE SI MESMO
Não cobre afeto, doe-se de graça.
Não critique o torto, endireite-o.
Não suplique por sorrisos, distribua alegria.
Deixe de depositar expectativas nos outros, deposite-as em você mesmo.
Não procure a culpa, encontre o erro para repara-lo.
Não lamente sobre as desventuras da vida, apenas viva. Pois, o acaso da vida é fruto daquilo que você faz para acontecer, e cada lamentação é o sinal confidenciado de que você não fez o seu melhor.
Entregue-se mais aos outros. Sem meio ser inteiro. A felicidade é um tesouro valioso, mas que só é multiplicada quando conseguimos dividi-la.
E se por algum motivo, em qualquer momento da vida, você resolver desistir de algo, pense primeiro em desistir da passividade que repousa em sua covardia.
A VERDADEIRA IMAGINAÇÃO CRIADORA
Existe uma grande distância entre aquilo que se lê e aquilo que se entende, e é justamente, ao entreato desses longínquos lugares, onde reside a fantasia. Não existem palavras sem imaginação, nem imaginação passiva ao que se traduz em realidade. Pois, em todas as mentes onde sobram juízos, costumam faltar delírios, e sem delirar não se pode caminhar por lugares desconhecidos, conversar com pessoas inexistentes, muito menos dançar despudoradamente, as canções mudas que embalam os bailes jubilosos das maiores quimeras. Tanto por não conseguirem escutar as melodias, quanto pela falta de audácia para despir-se diante da orquestra dos comedimentos que vigiam a prudência dos sensatos para jamais ousarem agir em desigualdade com as convenções sociais que certas formalidades sem forma alguma os impõem.
Ao passo em que se calam e aceitam, se nutrem da única ilusão que não alimenta a alma: comem no prato opaco e sem cor da conveniência, tudo o que seus pares lhe põem goela abaixo, e se fartam da satisfação famélica de ser igual. E mesmo sem jamais serem capazes de distinguir os sabores dos dissabores, arrotam contentes e conformados, ainda com toda fome do mundo inteiro que jamais degustarão.
Na pequenez que se minoram as almas dos acovardados, o mundo inteiro se reduz em proporcionalmente. E enquanto os desvairados sabem que — muitas vezes é preciso perder o teto para enxergar o céu — para os que não avistam o infinito, as distâncias de algumas estrelas lhes escapam à vista. Geralmente, são os brilhos que resplandecem das estrelas mais iluminadas. Entretanto, pelo limite da normalidade serão sempre invisíveis aos olhos opacos dos insensíveis.
A verdadeira imaginação criadora, não se limita ao confinamento de caminhar somente até o limítrofe demarcado pelas palavras que encerram um conto. Mas, em descobrir com novos olhos que — ao chegar naquilo que muitos compreenderão apenas como final — serão capazes de perceber que um ponto, não é nada mais que uma regra ortográfica, e as regras só servem mesmo para os mais obedientes.
Nesse trecho dependerá somente dele delimitar-se. Satisfeito com o que foi lido, ou açorado para desbravar novos sonhos por traz do ponto, fará da sua curiosidade o eufemismo dos transgressores para esboroar as fronteiras invisíveis e seguir além daquilo que foi lido.
Entretanto, é preciso ter bastante cuidado com as palavras. Ao menos, para aqueles que não as consideram tão somente como um mero conjunto representativo de signos com a serventia de expressar um pensamento, ou manifestar uma ideia. Afinal, os pensamentos e as ideias, quando não pronunciadas estarão guardadas para sempre no porão daqueles que não a disseram, enquanto, do contrário, as palavras depois de tomadas vida, permanecerão vivamente soltas e o seu poder dependerá sempre de quem usá-las. As palavras contêm vida ou morte, conquista ou derrota, audácia ou temor, felicidade ou tristeza. Proferidas então, possuem um desmedido poder sobre a vida do outro, podem segregar ou aproximar, construir muros ou estreitar laços, gerar amizades ou destruí-las. Algumas são sedutoras, traiçoeiras e perniciosas.
Muitas vezes, as palavras são como belas melodias que entorpecem os ouvidos surdos pela avidez de escutar aquilo que precisa para acalentar a alma, minorar as angústias, ou remediar as desilusões. Lê-se, portanto, nem sempre aquilo que está realmente escrito, mas o que se tomou por necessidade.
E ainda que, o entendimento humano seja fruto da percepção individual daquilo que vivenciamos, existem muitos olhos enceguecidos pelos anseios sôfregos de enxergarem tudo àquilo que vislumbram decifrar no conteúdo escrito, de uma carta em branco que ninguém jamais escreveu. Portanto, na verdade fantasiosa – onde só é permitida com legitimidade – dentro do universo letrado, não são as expressões mais suntuosas, os fraseados dispostos em adornados, nem os textos mais eruditos que aferem o valor de uma expressão. O escambo volátil que avalia o seu verdadeiro valimento deverá ser medido sempre na significância única de quem a tomou posse em sua manifestação corrente.
Pois, quão mais grandioso o sentimento inexprimível é guardado no silêncio de dentro, mas diminuto ainda serão as palavras capazes de trazê-las para fora. Contudo, quanto menor for o sentimento, maiores serão as verbalizações disponíveis em descrevê-lo. Assim como toda compreensão que detemos sobre alguma coisa, inexoravelmente – pela própria condição imutável de coisa – será sempre um escravo volátil do tempo, e a sua opinião subordinada às porvindouras e diferentes experiências entre nós e essa mesma coisa.
Valiosas mesmo são as compreensões que não detemos diante dos maiores sentimentos, mas que ao despimos a racionalidade apenas para senti-los, toda e qualquer tentativa de compreensão se torna indispensável. Pois, a beleza que raras vezes se revela além dos limites dos olhos, sente-se com tamanha intensidade que, depois de fitá-la de onde poucos conseguiram vê-la, até mesmo de olhos fechados torna-se capaz de enxergá-la novamente.
COGITARE
Algumas questões não podem ser mensuradas ou concebidas a mente humana senão, por meio da introspecção, dentro de cada ser, dentro de cada um, há algo profundamente enraizado a sua essência, um tanto quanto parte de um todo, como também o todo por si só.
Costumamos ser resultado de assimilações e experiências vividas, isso é explícito externamente na superfície de cada homem, em seu comportamento e modo de agir e interagir com a sociedade e sua realidade, a persona ou a pessoa, o ser formado é salientado por suas ações e decisões se encontra superficialmente em constante troca de interações com a sociedade, enquanto a essência o controla de forma indireta ditando seus anseios e desejos a serem satisfeitos, impulsos e decisões são tomadas de antemão a sua chegada, pois já está impregnado dentro de cada humano, seu ‘modus operandi’, a forma de pensar singular e ao mesmo tempo análoga à formas que o precedeu ou às que lhe são contemporâneas, somos forjados pelo ambiente ao mesmo tempo somos livres a nós moldar e refazer quantas vezes necessárias, talvez aí se esconda o livre arbítrio ou poder de escolha, porém com as possibilidades já todas mensuradas e colocadas em cheque de antemão, o ser humano continua a fazer aquilo que foi feito para fazer, interagir, escolher, reagir de forma automática porém já pré moldada de maneira singular em seu âmago.
Gratidão, que essa seja a palavra para esta nova semana que se inicia hoje, que sejamos gratos pelo dom da vida, pois ela é única e passa rápido demais, gratidão pela família, por acordar cedo para trabalhar, pois muitos não tem nem como se sustentar.
Gratidão pelos poucos mais valiosos amigos, já que hoje em dia uma amizade sincera está cada vez mais rara, que sejamos assim gratos o tempo todo, pois tudo na vida tem algo a nos ensinar, basta abrir os olhos e olhar mais além e com sabedoria enxergar que temos muito mais motivos para agradecer do que para reclamar.
Amor ou desgaste?
O amor não se cria com um tempo
com o tempo se cria intimidade
o amor só nasce,sem cor,sem crença
sem sexualidade,sem vaidade.
O amor se encontra em dois olhares
se você ama sozinho(a)isso não é amor!
O amor é tão lindo,tão nobre,más também é humilde
ele não escolhe o melhor lar,o melhor lok e nem se quer a melhor pessoa
O amor simplesmente acontece
as vezes infelizmente
as vezes precoce
e as vezes simplesmente não era pra ser e foi.
O amor faz a gente tomar decisões erradas as vezes,más amar é divino,Deus não deu à ninguém um dom mais poderoso ou mais precioso que o dom de amar.
Só temos que evitar o desgaste emocional
evitar dar voz à quem não quer ouvir
evitar mostrar importância à quem não se importa,o amor é lindo más também machuca quando um só procura,um só se esforça,ninguém merece sofrer e ficar esperando o outro,caso tenha perdido o seu amor,siga...siga...e siga .
um dia ele (a)vai ver o tanto que perdeu,e vai voltar atrás,más você nem vai ligar ,pois temos que amar na estrada e não no fim da linha porque quando chega no final cada um é um e não vamos precisar de mais ninguém.
só siga...❤
"Nascemos para a vitória , para a realização'
Em algum momento da vida, muitas vezes nos perdemos de vista. Alguma situação ou alguém nos tira de nós mesmos e passamos a vagar pela vida.
Se parar para observar, todas as vezes em que Jesus transformou a vida de alguém, a primeira coisa que ele resgatou foi o amor próprio, pois é impossível sermos donos de nós mesmos quando nosso eu interior foi deixado para traz.
Se hoje você se encontra dessa maneira, pare um instante e volte a se amar, você nasceu para dar certo e nada nem ninguém pode tirar isso de você, se olhe no espelho e aprenda a amar o que vê, mude sua agenda e comece a
cuidar de si mesmo, ame a sua companhia, afinal o amor começa dentro de nós para só depois transbordar no outro.
Você não ama ninguém
Não diga eu te amo
Se estiver mentindo
Se com a intenção de me enganar
Não diga eu te amo
Se estiver me usando
Se assim te servirá
Mas dirá
Assim dirá
Devagarinho
Baixinho
Para me machucar quando eu descobrir
Porque você só precisa do meu eu te amo
Não
Você precisa da minha atenção
Você não me ama
Você ama me usar
Ama me fazer sofrer
Você não ama ninguém
A casa da Vovó
A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim , lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente , que meu prato preferido estava na mesa.
A casa da vovó era tão grande , lá , no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!
Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas , o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes. Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato. Lá verdura era carne tenra.
A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.
A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor. Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.
Assim a casa da vovó era uma mansão , tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.
A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer , crescer e encontrá-la , envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:
-Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje? Pede vó , pede!
E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:
-Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.
E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:
- A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.
Apenas siga!
Isso mesmo, não importa o que aconteceu, o que te falaram ou o que não te falaram, siga em frente. Porque quando você levantar a cabeça irá ver que a frente tem um belo destino que ainda pode ser traçado por você, e aí o que tá esperando?!
Vai lá, pega suas coisas, se possível pegue uma mala e leve consigo apenas o que deseja, apenas o que vai te fazer bem nesse novo caminho, mas se quiser ir sem nada, também vá. Mas leve coragem para que você consiga se aventurar no caminho, leve bom ânimo também, tá pensando que o caminho é curto?!
Se enganou! É longo e requer ânimo e vontade, tendo vontade de ir, você irá chegar tão longe que nem ira acreditar.
Apenas siga, em frente é claro!
Expande a tua mente ao infinito
que não temerás o impossível
Deixe tua razão devorar tuas crenças
Liberte-se das amarras da fé
e serás fiel à ti mesmo
Amor próprio não sobrevive
de opiniões alheias!
Coragem é uma ferramenta
muito pesada, mas quando
se consegue usá-lá,
se desmonta qualquer
fronteira
No meio da noite ataquei o armário da cozinha e achei um pacote de batata palha (eu amo batata palha) e logo pensei “Certeza que está murcha”
Abri, comi e me deparei com uma batata palha extremamente crocante; e então pensei comigo “Como temos essa mania de antes de começar a fazer algo já dizer que não vamos conseguir”
Nos alto flagelamos e muita das vezes não fazemos por colocar inúmeros obstáculos na frente. Estamos pensando em começar algo novo e juntamente pensando que não vai dar certo e aí antes de tentar, o ponto final já é estabelecido.. Nos dias de hoje nos falta determinação, coragem de seguir em frente sem antes pensar que não vai dar certo; eu sei que falar é fácil, mas você já tentou para de falar e começar a fazer?!
Se desprende do medo! Se arrisque!
Você só saberá do final quando sair do começo!
Antes eu achava a “noite” muito ruim porque eu queria brincar mais;
Tempos depois, uma das melhores coisas que existe é a “noite” porque é a hora em que descansamos, recarregamos nossas energias…
Hoje, nesse exato momento a “noite” serve para: chorarmos, pensarmos, refletir… tantas coisas que chegamos a falar porque nada é do jeito que queremos?
“Que absurdo eu chegar a esse ponto! Porque D'eu reclamar?”
Se estou aqui é porque eu conquistei o dia; é porque venci a luta do dia! Não tenho porque reclamar.
Perdoe-me Deus…
Às vezes a vida é uma farsa
Às vezes a vida insiste
em me chamar pra sair
Mas eu estou lá,
sentado na frente da TV
assistindo algum programa idiota
.
E eu não sei quem são
os personagens
E nem sei seus nomes
Mas não gosto daquelas
maquiagens e figurinos
com seus chapéus, calças e botas
.
Talvez eles também não gostem
Talvez a vida apenas
também não tenha
os chamado pra sair
.
E talvez a vida
nunca os chamem pra sair
Estão tão presos dentro daquela
velha tv, que já nem ouvem
mais o chamando
.
E podem!
Porque não vão?
-Não sei
Mas acham que eu tenho inveja?
Inveja eu tenho de quem
não precisa trabalhar
e não precisa pedir
.
Uns estão ganhando dinheiro,
outros gastando,
mas poucos estão
realmente vivendo
Eles vivem?
Eu sobrevivo
Espero um motivo
Ou prefiro continuar
aqui sentado
.
À menos que a vida
me chegue sorrindo
E não com essa cara
de personagem idota
com seu figurino
de chapéu e bota (Falsa)
Esqueça as poesias velhas
As velhas roupas desbotadas
As velhas meias
Os velhos sapatos
Esqueça as velhas risadas
As canecas velhas
de café passado
Esqueça os velhos assuntos
Os velhos romances
As velhas mulheres
com suas belas tetas
Ah!! Esqueça também daquele velho
perfume de cheiro enjoado
que você odeia
Esqueça os velhos lugares
Aqueles os velhos olhares
Aqueles os velhos tempos
Ah, tempos!
Esqueça
As vozes na tua cabeça
As vozes
Esqueça
As vozes às vezes
fazem muito barulho,
mas você não tem que ouvir
sempre as mesmas
velhas histórias
E jogo fora o toco do cigarro
Me levanto
e sigo
Mas sem saber onde ir
Sonhos de papel
Andava descalço, tinha o aparato somente de seus sonhos e sempre notava que as pegadas deixadas naquele pequeno acampamento onde a poeira levantava a cada passo dado, o vento desfazia, não deixando que as mesmas se moldassem na areia. Já notava aquela pequena silhueta passando pomposa, mas sem nenhuma pretensão. Andou por mundos obscuros e brincou de viver machucando e sendo machucado. Viveu amores, mas, como amores são coisa da vida esta procurou de alguma forma fazer deles um aparte. Talvez tenha tentado agregar cada momento em um capitulo único de sua existência mas não conseguiu, ficando a vagar entre passado e presente até reencontrar em sonhos de papel aquela pequena silhueta que passou a ser uma esperança, talvez tenhamos brincado de viver pois não procuramos a segurança de um laço seguro, os nós se desfizeram e hoje vejo que não se tratou de algo mais do que sonhos de papel.
(pauloclopes)
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