Textos que Falem eu Nao Vivo sem Voce
Querer a gente quer muita coisa.
Mas quase sempre é um querer preguiçoso,
um querer que não nos
impulsiona a levantar da cadeira,
e ainda mais quando nosso projeto
tem 0,5% de chance de sucesso.
É difícil conseguir o que se quer.
Só se torna menos difícil
quando se quer mesmo.
Crônica: Querer mesmo - Livro: Montanha Russa
(...) que tudo quanto contemplas mudará dentro de um instante e não mais existirá. Pensa em quantas mudanças já assististe. O cosmos é mutação; a vida, opinião.
Se suprimires a tua opinião sobre aquilo que te parece causar sofrimento, alcançarás perfeita segurança. Tu, quem? A razão. Mas eu não sou apenas razão. Seja. Então, que a razão não se perturbe a si mesma. Mas se outra parte de ti sofrer, que ela opine sobre si própria.
E há
algo de mais belo do que procurar as próprias virtudes? Isto
não é equivalente a ter fé nas próprias virtudes? Mas o fato de
ter fé não é equivalente àquilo que uma vez chamamos boa
consciência, conceito venerável que nossos avós enfiavam
dentro de nosso intelecto como o rabicho à nuca?
Não tem jeito! Dia ou outro a gente se acostuma, Zé. A gente toma raiva de quase todo mundo, fica entediado com facilidade, acha que estamos velhos.
Mas a gente se acostuma, como sempre. Talvez eu já esteja acostumado, Zé. Acabei me acostumando, sabe?! Eu li em algum lugar que quando o discípulo está pronto o mestre aparece. Talvez seja isso, né Zé?! Talvez eu ainda não esteja pronto.
_ De onde provém a maior força do ser humano?
_ Dos nossos sonhos. Sonhos não são desejos. Desejos evaporam no calor das dificuldades, sonhos resistem às altas temperaturas. Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Não tenha medo de se frustrar, tenha medo de não sonhar.
No ombro do planeta
(em Caracas)
Oscar depositou
para sempre
uma ave uma flor
(ele não fez de pedra
nossas casas:
faz de asa).
No coração de Argel sofrida
fez aterrissar uma tarde
uma nave estelar
e linda
como ainda há de ser a vida.
(com seu traço futuro
Oscar nos ensina
que o sonho é popular).
Nos ensina a sonhar
mesmo se lidamos
com a matéria dura:
o ferro o cimento a fome
de humana arquitetura.
Nos ensina a viver
no que ele transfigura:
no açúcar da pedra
no sonho do ovo
na argila da aurora
na pluma da neve
na alvura do ovo.
-Oscar nos ensina
que a beleza é leve.
A gente não sabia
A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.
E pensava-se que nalgum lugar, muito longe,
Deveria haver num velho poste uma tabuleta
[qualquer
- uma tabuleta meio torta
E onde se lia em letras rústicas: FIM DO MUNDO.
Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem
[fim
E não havia remédio senão iremos andando às
[tontas
Como formigas na casca de uma laranja.
Como era possível, como era possível, meu Deus,
Viver naquela confusão?
Foi por isso que estabelecemos uma porção de
fins de mundo...
DORES DA ALMA
As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos. Um amor que acabou mal resolvido… Um emprego que se perdeu inexplicavelmente… Um casamento que mal começou e já terminou… Uma amizade que acabou com traição… Tudo vai deixando sinais, marcas profundas… Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos… aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos… Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima… Que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação, iremos buraco abaixo no caminho da depressão. As dores da alma não saem no jornal, não viram capa de revista… E só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam. Como não existe vacina para amores mal resolvidos, nem para decepções diárias, o que vale é a prevenção… Então… Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado. Sorria para que o mundo seja mais gentil! Dedique-se para que as falhas sejam pequenas… Não se compare, você é único! Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que as vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos… Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização. Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos. Apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu! Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução… Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor… Creia em Deus pois sem Ele não há razão em nada! E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte.
INSÔNIA
Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.
Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!
Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!
Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.
Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.
Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos…
Tantos versos…
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!
Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê…
Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!
Ó madrugada, tardas tanto… Vem…
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta…
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!
Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada…
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.
Nota: Poema do heterônimo Álvaro de Campos
O Lampejo
O poema não voa de asa-delta
não mora na Barra
não freqüenta o Maksoud.
Pra falar a verdade, o poema não voa:
anda a pé
e acaba de ser expulso da fazenda Itupu
pela polícia.
Come mal dorme mal cheira a suor,
parece demais com o povo:
é assaltante?
é posseiro?
é vagabundo?
frequentemente o detêm para averiguações
às vezes o espancam
às vezes o matam
às vezes o resgatam
da merda
por um dia
e o fazem sorrir diante das câmeras da TV
de banho tomado.
O poema se vende
se corrompe
confia no governo
desconfia
de repente se zanga
e quebra trezentos ônibus nas ruas de Salvador.
O poema é confuso
mas tem o rosto da história brasileira:
tisnado de sol
cavado de aflições
e no fundo do olhar, no mais fundo,
detrás de todo o amargor,
guarda um lampejo
um diamante
duro como um homem
e é isso que obriga o exército a se manter de prontidão.
Rosa Vermelha
Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já não sei se é comigo
se é contigo que me deito.
A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.
Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.
Amizades são tesouros,
mas não são ouro:
são pedras preciosas
que precisam ser lapidadas constantemente,
e isso leva tempo,
e requer perícia e dedicação.
Algumas vezes,
de uma pedra de uns vinte centímetros,
se extrai somente um pequenino brilhante
de apenas alguns milímetros.
Tal brilhante, porém, será valiosíssimo,
mas você não terá ele,
se não o lapidar primeiro...
A LUÍS MAURÍCIO, INFANTE
Acorda, Luís Mauricio. Vou te mostrar o mundo,
se é que não preferes vê-lo de teu reino profundo.
Despertando, Luís Mauricio, não chores mais que um tiquinho.
Se as crianças da América choram em coro, que seria, digamos, do teu vizinho?
Que seria de ti, Luís Mauricio, pranteando mais que o necessário?
Os olhos se inflamam depressa, e do mundo o espetáculo é vário
e pede ser visto e amado. É tão pouco, cinco sentidos.
Pois que sejam lépidos, Luís Mauricio, que sejam novos e comovidos.
E como há tempo para viver, Luís Mauricio, podes gastá-lo à janela
que dá para a "Justicia del Trabajo", onde a imaginosa linha da hera
tenazmente compõe seu desenho, recobrindo o que é feio, formal e triste.
Sucede que chegou a primavera, menino, e o muro já não existe.
Admito que amo nos vegetais a carga de silêncio, Luís Mauricio.
Mas há que tentar o diálogo quando a solidão é vício.
E agora, começa a crescer. Em poucas semanas um homem
Se manifesta na boca, nos rins, na medalhinha do nome.
Já te vejo na proporção da cidade, dessa caminha em que dormes.
Dir-se-ia que só o anão de Harrods, hoje velho, entre garotos enormes,
conserva o disfarce da infância, como, na sua imobilidade,
à esquina de Córdoba e Florida, só aquele velho pendido e sentado,
de luvas e sobretudo, vê passar (é cego) o tempo que não enxergamos,
o tempo irreversível, o tempo estático, espaço vazio entre ramos.
O tempo "" que fazer dele? Como adivinhar, Luís Mauricio,
o que cada hora traz em si de plenitude e sacrifício?
Hás de aprender o tempo, Luís Mauricio. E há de ser tua ciência
uma tão íntima conexão de ti mesmo e tua existência,
que ninguém suspeitará nada. E teu primeiro segredo
seja antes de alegria subterrânea que de soturno medo.
Aprenderás muitas leis, Luís Mauricio. Mas se as esqueceres depressa,
Outras mais altas descobrirás, e é então que a vida começa,
e recomeça, e a todo instante é outra: tudo é distinto de tudo,
e anda o silêncio, e fala o nevoento horizonte; e sabe guiar-nos o mundo.
Pois a linguagem planta suas árvores no homem e quer vê-las cobertas
de folhas, de signos, de obscuros sentimentos, e avenidas desertas
são apenas as que vemos sem ver, há pelo menos formigas
atarefadas, e pedras felizes ao sol, e projetos e cantigas
que alguém um dia cantará, Luís Mauricio. Procura deslindar o canto.
Ou antes, não procures. Ele se oferecerá sob forma de pranto
ou de riso. E te acompanhará, Luís Mauricio. E as palavras serão servas
de estranha majestade. É tudo estranho. Medita por, exemplo, as ervas,
enquanto és pequeno e teu instinto, solerte, festivamente se aventura
até o âmago das coisas. A que veio, que pode, quanto dura
essa discreta forma verde, entre formas? E imagina ser pensado,
pela erva que pensas. Imagina um elo, uma afeição surda, um passado
articulando os bichos e suas visões, o mundo e seus problemas;
imagina o rei com suas angústias, o pobre com seus diademas,
imagina uma ordem nova; ainda que uma nova desordem, não será bela?
Imagina tudo: o povo,com sua música; o passarinho, com sua donzela;
o namorado com seu espelho mágico; a namorada, com seu mistério;
a casa, com seu calor próprio; a despedida, com seu rosto sério;
o físico, o viajante, o afiador de facas, o italiano das sortes e seu realejo;
o poeta sempre meio complicado; o perfume nativo das coisas e seu arpejo;
o menino que é teu irmão, e sua estouvada ciência
de olhos líquidos e azuis, feita de maliciosa inocência,
que ora viaja enigmas extraordinários; por tua vez, a pesquisa
há de solicitar-te um dia, mensagem perturbadora na brisa.
É preciso criar de novo, Luís Mauricio. Reinventar nagôs e latinos,
E as mais severas inscrições, e quantos ensinamentos e os modelos mais finos,
de tal maneira a vida nos excede e temos de enfrentá-la com poderosos recursos.
Mas seja humilde tua valentia. Repara que há veludo nos ursos.
Inconformados e prisioneiros, em Palermo, eles procuram o outro lado,
E na sua faminta inquietação, algo se liberta da jaula e seu quadrado.
Detém-te. A grande flor do hipopótamo brota da água "" nenúfar!
E dos dejetos do rinoceronte se alimentam os pássaros. E o açúcar
que dás na palma da mão à língua terna do cão adoça todos os animais.
Repara que autênticos, que fiéis a um estatuto sereno, e como são naturais.
É meio-dia, Luís Maurício, hora belíssima entre todas,
pois, unindo e separando os crepúsculos, à sua luz se consumam as bodas
do vivo com o que já viveu ou vai viver, e a seu puríssimo raio
entre repuxos, os "chicos" e as "palomas" confraternizam na "Plaza de Mayo".
Aqui me despeço e tenho por plenamente ensinado o teu ofício,
que de ti mesmo e em púrpura o aprendeste ao nascer, meu netinho Luís Mauricio.
Não era um tanto esquisito ela não saber quem era? E também não era uma injustiça o fato de ela mesma não poder determinar sua aparência? Isto simplesmente lhe tinha sido imposto ao nascer. Seus amigos, estes sim ela talvez pudesse escolher, mas não tinha tido a chance de escolher-se a si própria. Não tinha sequer decidido ser uma pessoa.
O que era uma pessoa?
Escuta, diante da barata viva, a pior descoberta foi a de que o mundo não é humano, e de que não somos humanos.
Não, não te assustes! certamente o que me havia salvo até aquele momento da vida sentimentizada de que eu vivia, é que o inumano é o melhor nosso, é a coisa, a parte coisa da gente. Só por isso é que, como pessoa falsa, eu não havia até então soçobrado sob a construção sentimentária e utilitária: meus sentimentos humanos eram utilitários, mas eu não tinha soçobrado porque a parte coisa, matéria do Deus, era forte demais e esperava para me reivindicar.
Lembranças Mal Lembradas
A maioria dos nossos tormentos não vem de fora, está alojada na nossa mente, cravada na nossa memória. Nossa sanidade (ou insanidade) se deve basicamente à maneira como nossas lembranças são assimiladas. "As pessoas procuram tratamento psicanalítico porque o modo como estão lembrando não as libera para esquecer". Frase do psicanalista Adam Phillips, publicada no livro "O flerte". Como é que não pensamos nisso antes? O que nos impede de ir em frente é uma lembrança mal lembrada que nos acorrenta no passado, estanca o tempo, não permite avanço. A gente implora a Deus para que nos ajude a esquecer um amor, uma experiência ruim, uma frase que nos feriu, quando na verdade não é esquecer que precisamos: é lembrar corretamente. Aí, sim: lembrando como se deve, a ânsia por esquecimento poderá até ser dispensada, não precisaremos esquecer de mais nada. E, não precisando, vai ver até esqueceremos. Ah, se tudo fosse assim tão simples. De qualquer maneira, já é um alento entender as razões que nos deixam tão obcecados, tristes, inquietos. São as tais lembranças mal lembradas. Você fez 5 anos, sonhava ganhar a primeira bicicleta, seu pai foi viajar e esqueceu. Uma amiga íntima, que conhecia todos os seus segredos, roubou seu namorado. Sua mãe é fria, distante, e percebe-se que ela prefere disparadamente sua irmã mais nova. E aquele amor? Quanta mágoa, quanta decepção, quanto tempo investido à toa, e você não esquece - passaram-se anos e você, droga, não esquece. Essas situações viram lembranças, e essas lembranças vão se infiltrando e ganhando forma, força e tamanho, e daqui a pouco nem sabemos mais se elas seguem condizentes com o fato ocorrido ou se evoluíram para algo completamente alheio à realidade. Nossa percepção nunca é 100% confiável. O menino de 5 anos superdimensionou uma ausência que foi emergencial, não proposital. Você nem gostava tanto assim daquele namorado que sua amiga surrupiou (aliás, eles estão casados até hoje, não foi um capricho dela). Sua mãe tratava as filhas de modo diferenciado porque cada filho é de um modo, cada um exige uma demanda de carinho e atenção diferente, o dia que você tiver filhos vai entender que isso não é desamor. E aquele cara perturba seu sono até hoje porque você segue idealizando o sujeito, recusa-se a acreditar que o amor vem e passa. Tudo parecia tão perfeito, ele era o tal príncipe do cavalo branco sem tirar nem pôr. Ajuste o foco: o coitado foi apenas o ser humano que cruzou sua vida quando você estava num momento de carência extrema. Libere-o desta fatura. São exemplos simplistas e inventados, não sou do ramo. Mas Adam Philips é, e me parece que ele tem razão. Nossas lembranças do passado precisam de eixo, correção de rota, dimensão exata, avaliação fria - pena que nada disso seja fácil. Costumamos lembrar com fúria, saudade, vergonha, lembramos com gosto pelo épico e pelo exagero. Sorte de quem lembra direito.
Somente no moral se vê minha elegância.
Enfeitar-me não sei; nem dou para casquilho,
Julgo estar muito bem, não sendo peralvilho.
O que eu não faço nunca é, franco e por incúria,
Sair sem lavar bem a recebida injúria
Trazer o pundonor ébrio de sono e vinho,
Ter os brios de luto e a honra em desalinho!
Ando, sem nada ter que pela cor agrade,
Emplumado de orgulho e garbo e liberdade;
Se não prendo a cintura esbelta num corpete
A vergonha ajustou minh’alma num colete.
São-me os feitos e ações as fitas que apresento;
Qual bigode gentil, retorço o meu talento;
Faço, por onde vou, tornando-as bem sonoras,
As verdades vibrar como tlintlins de esporas!
O tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens.
Esse é o maior problema dos desejos, eles não aceitam não como resposta. Você só coloca um ponto final nele, se for até o fim. E o fim pode ser um simples enjôo ou, na pior das hipóteses, a morte.
O desejo me acompanhou até em casa. Muito, muito mais forte que minha nobreza em ter dito não.
Tive medo de ser só desejo, porque para mim sempre foi mais. Prefiro ser perseguida pelo meu desejo, que não tem dia para acabar, do que ser abandonada mais uma vez pelo seu, que dura no máximo três horas.
Importante não é quando volto, mas como volto: mais feliz, mais maduro, mais pleno? Mais vivido.
Importante é viajar, conhecer novas culturas, cidades, portos. É confrontar pensamentos, valores, conceitos, sentimentos...
Estou aprendendo e vivendo e assim continuo...
Importante é recomeçar. É o velho novo, de novo. É tentar, tentar e tentar. E se nada do planejado der certo, simplesmente não planejar e seguir em frente. Há tantos lugares para ir, tantos Nortes e tantos Lestes.
Importante é fechar portas e abrir possibilidades. Vou, assim como vim. Como um barquinho de papel deslizando na correnteza da vida.
Definitivo mesmo
Sinto dizer que sem esforço nada vai acontecer!
Não adianta reza forte, nem macumba com 20 velas.
Se você não se decidir pelo primeiro passo,
se você não sair desse quarto,
nem os anjos e nem Jesus poderão te ajudar,
se você não se ajudar!
Quer emagrecer?
Caminhe todos os dias,
pare de dizer que não tem dinheiro para a academia.
A rua é livre, de graça e está te esperando, seja noite, seja dia.
Quer um novo emprego?
Estude algo novo, aprenda um pouco mais do seu ofício, faça a diferença
e as empresas vão correr atrás de você!
Quer um novo amor?
Saia para lugares diferentes assista a um bom filme,
leia um bom livro, abra a cabeça, mude os pensamentos,
e o amor vai te encontrar no metrô, no ônibus, na calçada,
e em qualquer lugar, pois você será de se admirar.
Pessoa que encanta só de olhar…
Quer esquecer alguém que te magoou?
Enterre as lembranças e o infeliz!
Valorize-se criatura!
Se você se valoriza, sabe quanto vale,
sabendo quanto vale não se troca por qualquer coisa.
Se alguém te deixou é porque não sabe o seu valor.
Logo, enterre a criatura no lago dos esquecidos.
E rumo ao novo que o novo é sempre mais gostoso…
Quer deixar de dever?
Pare de comprar.
Não faça dívida para pagar dívidas!
Nunca! Jamais!
Faça poupança e pede para o povo esperar.
“Devo, não nego, pago quando puder.”
Assim, a cabeça fica livre e você vai trabalhar.
Em breve, não terá mais nada para pagar…
Quer esquecer uma mágoa?
Limpe o seu coração, esvazie-se…
Quem tem equilíbrio não guarda mágoas.
Só as pessoas com problemas emocionais é que se ressentem.
Ficam guardando uma dor, alimentando como se fosse de estimação.
Busque o equilíbrio emocional. Doe-se, ame mais e tudo passa.
Quer viver bem?
Ame-se!
Felicidade é gratuita, não custa nada.
É fazer tudo com alegria, nos mínimos detalhes.
Pergunte-se e se achar resposta que te satisfaça, comece tudo de novo:
- Pra que 2 celulares (1 pra cada orelha?)?
- Pra que 3 computadores, se não tem uma empresa? – 4 carros?
- 6 quartos se é você e mais 1 ou 2?
- 40 pares de sapato, se tem apenas 2 pés?
A vida pede muito pouco e nós precisamos de menos ainda.
Acorde enquanto é tempo e comece a mudança,
antes que o tempo venha e apite o final do seu jogo!
Espero que você pelo menos tenha vencido a partida.
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