Textos para Mãe Morta
Certo dia me peguei desesperada, a água do chuveiro caía sobre o rosto, mas desta vez não abafava as lágrimas de dor.
Bati forte no peito, queria abri-lo e arrancar aquela dor dali.
O coração estava quebrado, a dor era sufocante.
Talvez se eu batesse mais forte arrancaria do peito está dor.
Até que no auge do desespero um pensamento racional insistiu em minha mente.
Você perdeu um filho moça, não tem como concertar isso!
Esperar que isso se ajeite é uma ilusão teimosa e persistente.
Eu sinto muito, ninguém deveria dizer adeus assim.
Mas aceite isto e talvez você possa começar a viver de novo.
E esses pedacinhos aí em seu peito podem se tornar algo inspirador no origami desta vida.
Se não dá pra concertar, faça algo belo com o que restou, talvez você ainda seja especial na vida de alguém.
Mas se você desistir, nunca vai saber. Não é mesmo?
Mês das Mães
Fazemos muitas besteiras ao longo da nossa vida. Quando a adolescência chega é um tal de: “eu que sei da minha vida”, “minha mãe não sabe de nada”, “me deixa” e “ai que saco”!
A adolescência parece até a terra do nunca, a gente quer que o tempo voe pra poder mandar no próprio umbigo, e esse dia nunca chega.
Um tempo de luta, onde queremos mostrar para mundo(colegas), quem somos e do que somos capazes. E nesse período os nossos pais são empecilhos pra todas nossas ousadias. Essa fase nada mais é que o toque final das mães lapidando os filhos.
Coloco a mãe em primeiro lugar na educação dos filhos porque normalmente é ela que passa mais tempo com o filho, mas sabemos que existem exceções.
Eu passei por isso como filha, e agora como mãe, posso dizer com certificado e tudo, que só fui entender minha mãe, quando estava repetindo as mesmas atitudes dela, justamente com o que mais me irritava.
É engraçado, porque o tempo muda, as coisas evoluem, mas a educação essa é uma só, ou você ensina pra que seu filho não sofra no futuro, ou você sofrerá junto com ele mais tarde .
Estamos vivendo uma nova era em que criança tem opinião, se intromete em conversa de adulto, desrespeita os mais velhos e ainda denunciam os pais. Isso pra mim é muita falta de “havaianas” . Comigo não tem essa de “não pode bater”, o que não pode é espancar, mas uma chinelada de leve pra educar e mostrar quem manda ahhh tem que ter sim !
Criei os meus filhos muito bem, graças a Deus e ao meu companheiro! Assim como eu fui bem criada, com umas chineladas e castigo de horas trancada no quarto pra pensar. Fiz a mesma coisa com os meus, mas toda vez quem se dava mau era eu , porque os bonitos dos meus filhos ficavam com febre durante o castigo no quarto. Onde já se viu ter febre por não poder brincar , só Deus na causa!
E se me perguntarem se tenho rancor dessa época, respondo de pronto! Eu queria tudo de novo, igual quinem! Tá é doido que eu trocaria minha juventude ativa, cheia de pique esconde, caiu no poço, garrafão, enfinca, bete pau, cama de gato, pular elástico… por essa juventude virtual que nada é de verdade, nem mesmo os pais. Me desculpem mas mãe de verdade participa de tudo na vida do filho, mesmo que eles sintam vergonha. É melhor ter vergonha da gente por excesso de participação do que pela falta dela!
Seja a mãe que você gostaria de ter por perto, dê valor aos cuidados que sua mãe tem por você. Mãe sabe tudo sobre tudo, até mesmo aquela que nunca estudou, essas parece até que sabe ainda mais na hora de educar. E por falar em educar, lembre-se sempre se você é mãe você tem que dar exemplo dentro e fora de casa.
Eu fui uma boa filha, amo ser mãe,agora é só esperar pra saber como serei como vovó. Porque dizem por aí que ser vó é ser mãe duas vezes, dever ser porque uma e só pra mimar e outra pra estragar. Será?
Tem amor de todo tipo, para os gregos eram quatro os tipos, mas pra gente, amor parece ser um só, mas não é não.
Tem amor de todo tipo
Tem amor de casal, amor de amigo, tem amor de pai e de filho.
tem amor de mãe a esse nada se compara.
Disse um certo apóstolo, que o amor tudo suporta, só se for o amor de Deus mesmo que é eterno. Mas o amor não suporta tudo não seu Paulo para tudo tem um limite.
O amor de Deus é imensurável a gente não pode explicar, só pode ser coisa de Deus mesmo, por que a gente não tem o amor.
Amor é coisa que ninguém explica.
É coisa que transborda pra fora da gente, tem que se compartilhar porque se não for assim morre e não vale um tostão.
Tem amor de todo tipo.
Mulher
Um dia importante para o âmago da humanidade, a prova que o amor ainda existe.
A luta começa, no nascimento, o caminho é árduo, as escadas são mais altas, mas tudo vale a pena quando o sucesso é alcançado. Determinação é tudo!
E tudo recomeça, com um novo nascimento, o sopro da vida é concedido à outro Ser. Assim, é garantido o ciclo da vida.
E ficamos em casa para conseguir acabar com a Pandemia, que quer acabar com a população.
(...) Quando criança, o mais alto grau do castigo, era o confinamento: "Fica em casa e pensa no que você fez!" , em voz alta, minha mãe falava... Ecoava por toda casa. Não brincar na pracinha, me levava ao mais profundo sentimento de tristeza.
Estamos de castigo pelo que fizemos ou não fizemos...
Não temos certeza de quanto tempo vai durar...
Não sabemos quantos vão entender.
Em confinamento ou não, precisamos entender que não somos diferentes!
Muito mais do que possuir e consumir,
precisamos de empatia!!!
Que ela ecoe para sempre!
Amo muito vcs! Essa distância às vezes sufoca. Principalmente nos dias de domingo, onde geralmente já acordo com uma angústia enorme no peito. E nesse dia que, desde pequenos na beliche de casa, ouvia irritado a esperada voz (levantem, escola dominical!). Era nos domingos que a comida tinha um sabor mais "amor de mãe", era nos domingos que o cunhado folgado ia comer em casa, que os sobrinhos corriam pela casa me deixando extremamente irritado (até olhar para a beleza e pureza que carregavam). Domingo...
Sempre aprendemos ser o dia da família...
Onde vamos almoçar hoje? hahaha
(Era sempre assim)
Domingo que hoje para mim se tornou indiferente, frio e inafetuoso. Nostalgicamente me alimento dessas lembranças, elas fazem romper um pontinho de luz em meio a tanta solidão e vazio...
Domingo em família!
Eu Fernando Cabral era uma criança sem graça. As pessoas não olhavam pra mim. Eu era insignificante, Ninguém me via. Não tinha atrativos. Não tinha mãe e nem pai pra me dizerem que eu era bonitinho, que eu era querido, engraçadinho, que tinha luz, que era especial ou iluminado. Eles nem me viam, parecia que era transparente. Ficava tão escondidinho, tentando me proteger que parecia que eu estava sozinho no mundo. Tudo que tinha a minha volta era ameaçador, como se não tivesse ninguém pra me proteger de qualquer perigo. Eu queria mesmo era que eles seguras, sem na minha mão e fizessem eu sentir a proteção, a força deles, sentir que estavam ao meu lado. Eles não me pegaram no colo pra eu sentir o calor deles e meu peito protegido. Sentia um vazio enorme no meu peito, é como se eu fosse agredido no peito, tamanha era minha necessidade e sentia que precisava fechar ainda mas meu peito para me proteger. Doia muito esse vazio. Eu queria colo!! Eu queria que me apertassem nos braços pra sentir o tamanho do amor deles, mas eles não estavam lá pra isso. Dias após dias crescia esse buraco. tinha vontade de gritar pra eles percebessem minha presença e me vissem. Eu chorava, chorava muito, mas eles não estavam lá pra entenderem isso. Eu só queria carinho, atenção, color, amor mas eles não estavam lá. Na verdade eles nunca me ouviram chorar, Eles nunca entenderiam o que eu sentia. Eram dois insensíveis, como se nunca tivesse sido crianças. Não sentiram amor, não cuidaram de mim, não me deram comida, não me deram banho, não me trocaram, não me fizeram dormir. Jamais conseguiriam entender o tamanha da minha solidão. Jamais brincaram comigo pra eu me sentir importante. Não me incentivaram. Não me elogiaram. Eu procurei ser bonzinho e nem assim tive atenção, afeto, amor. Para completar me deixaram com minha avó para cuidar de mim. que só me machucava ainda mais, me maltratada e também ignorava as minhas necessidades. Eles nem viam o que ela fazia comigo e acho que não estavam nem aiii comigo. E quando descobriram algo, não me acolheram. Não viram a minha dor., não me defenderam, não me enxergavam e não vieram curar a minha dor que só aumentava a cada dia. Parecia que ninguém percebia que eu era uma criança que tinha mas necessidade de afeto e amor que comida. E meu pai onde estava? Ele nem vinha me ver, passavam dias e dias sem aparecer. Quando aparecia nem conversava comigo, não me fazia mimos, não me dava carinho. Ele não sentia nada por mim, assim como não sente até os dias de hoje. Sentia que estava ficando cada vez mas transparente, Doia tanto essa solidão. Será que eu era feio, errado, desprezível? Era tão sem graça que ninguém me dava atenção? Eles me torturavam com essa indiferença. Como eu queria apenas me sentir amado! Que passassem a mão na minha cabecinha, nos meus braços, nas minhas costas, para eu sentir o afago do calor dele. Eu queria ouvir que era especial, impostante, esperto, pois merecia ser amado e ser feliz. Mas do jeito que me trataram eu me sentia cada vez mais abandonado, rejeitado, como se tivesse atrapalhando algo. Como pedir que me dessem atenção, que brinca assim comigo, que me fizessem ninar, que é embalagem em seus colos, que me beijassem?? Queria muito pedir que beijassem seu rosto, que segurassem em minhas mãos, me pegassem no colo e me dissesse que me amavam. mas não podia pedir, sei que eles não queriam me dar nada disso. pois se quisessem teriam me dado e não me abandonado. e eu não precisaria nem pensar em pedir. Esperava que me levassem pra passear, pra brincar com outras crianças, ao invés disso ficava encarcerado num quarto escuro como era costume na época, como forma de punição por um crime que não cometi. Queria me sentir normal, viver no meio de outras pessoas, assim não me assustava tanto quando ia pra escola. Precisava de segurança para sair de casa e ter a certeza de que não iriam me abandonar, mas na verdade me abandonaram todos os dias de minha vida. Precisava ouvir de meus pais pra não ter medo de nada e nem de ninguém. Mas ao invés disso eles me fizeram viver isolado do mundo escondido, como se eu fosse um pecado a ser escondido. Não podia conviver nem com outras famílias. Tinha que ser bicho do mato. Não podia ser apresentado nem pra o mundo real, não é Pai?? O que eu tinha feito de tão errado?? Quanta vergonha Vocês me fizeram sentir. Não sabia nem do quê mas morria de vergonha de mim mesmo. Quem sou eu?? Quem eu era?? Como acreditar e caminhar com segurança diante de tanto desprezo e indiferença? Droga o que vocês fizeram comigo?
Pulicado Facebook em 6 de outubro de 2015 ·
Público
Obrigada. De verdade. Nem sei dizer com palavras o quanto sou grata pela sua simples existência; se existisse uma palavra maior que obrigada, eu diria. Obrigada por ser minha mãe nos momentos mais difíceis, obrigada por ser minha amiga nos momentos mais felizes, e principalmente, obrigada por ser minha professora e me ensinar a viver neste mundo devastador e lindo ao mesmo tempo.
para minha mãe, leidi mota
O exemplo
Poderia até te dar uma explicação
Ou até mesmo uma exemplificação
Porém o exemplo sem atitudes é mais uma mera informação
Muitos dizer dar
Mas poucos conseguem passar
Aprendi uma coisa mais que ouvir é preciso escutar
Pois se não houver atitudes não adianta o dialogar
Os maiores vilões sabem falar
A questão que hoje em dia está difícil de confiar
Pois se formos analisar até o incauto lição de moral quer dar
Mas às vezes é até algo certo por um ser incerto
Que falam veras
Sem titubear
Mas a verdade é que o exemplo por ninguém a de se explicar
A não ser se o seu próprio procedimento por si mesmo expressar
Mulher de conduta
Sonhos dos dias...
Que fui criado.....
Sou a nota musical...
Dos duetos e dialetos....
Sou cria de uma Senhora....
Que faz parte da minha vida....
Andei por ruas estreitas....
Tropeçando pelas vielas....
Ela é a moral e tem sua conduta...
Mantendo seu amor sem igual....
Entre meus dedos.....
Vou dedilhando os fios de aço....
Sou homem que também erra....
Que foge sempre do fantasma....
Mesmo seguindo no beco...
Escuto músicas....
Completamente bêbado...
Mas bêbado de amor...
Que lembra dos velhos tempos....
Minha amante preferida...
Levo rosas...
E um perfume no frasco...
Mesmo longe....
Lembro todo instante dela...
Ah minha querida Mãe....
Ai é meu lugar favorito....
Foi onde escrevi......
Minha infância maravilhosa....
Que um dia grafei....
Minhas melhores frases
E nessa época....
Apertei meus maiores medos...
Trazendo hoje uma coragem...
Que tenho....
Dentro do meu peito....
Autor: José Ricardo
Seu amor
Suas lágrimas
são tudo que vejo,
pois são nelas que sinto,
sua dor, raiva e tristeza.
Seu sorriso é meu viver.
Seu sorriso é capaz,
de fazer alguém sorrir
mesmo na beira da morte.
Seu amor é tudo que tenho,
é neste grande coração
que se habita
o verdadeiro sentido da vida.
Instagram: @poemas_da_vida_sao_fantasia
Mulheres...
Sempre prontas a se doar à sua família, ao seu companheiro, aos seus filhos. São elas os pilares de seus lares, as construtoras da educação moral e ética de suas e, também, das nossas crianças. São elas as donas de todos os homens e sendo donas não reivindicam nada por isso; apenas respeito, apenas carinho, apenas amor.
Amor...
quatro letrinhas que significam muito.
Significa se doar incondicionalmente...
Significa vontade de estar perto...
Significa querer proteger sempre que possível...
Significa ler alguns pensamentos...
Significa traduzir sentimentos...
Significa doação...
Significa perdoar deslizes moderados...
Significa acreditar até quando vocês desacreditam...
Significa ser parceira...
Significa estar presente, mesmo que distante...
Significa amar, amar e amar.
Se o que eu sinto por vocês não for amor, não sei o que é.
Amo amar vocês!!
Filhas da Mãe...
Obrigada por ser o motivo dos meus pensamentos, dos meus bons sentimentos e da minha vontade de viver!!!
*Amo amar vocês!!*
Bom diiiiia!!
Que esta semana não seja uma semana qualquer...
Seja a semana de maior alegria, de muito amor e de muita gratidão por todos amores das nossas vidas, em especial, nossos filhos- que por eles e através deles, nos tornamos Mãe e chegamos mais próximo de amar como Deus nos ama.
Bom dia!!
Boa Semana!
🌹Conceição Enes
Maio/18
Mamãe!
Primeira palavra balbuciada,
repetida zilhões de vezes.
Clamamos seu nome no medo, alegria, socorro, sucesso, tristeza,
amor, desespero, euforia, gratidão...
Mãe sabe tudo, cura tudo
e cuida corrigindo nossos desvios.
Mãe é presente de Deus, agradeça!
Feliz Dia das Mães !
Quando nada existia, mamãe-do-Céu me deu uma alma.
Quando precisei de abrigo, mamãe-Terra me acolheu.
Quando estive pronto, mamãe-mamãe me deu a vida.
Quando tive curiosidade, mamãe-professora me ensinou.
Quando tive medo, mamãe-sentinela me protegeu.
Quando tudo era regra, mamãe-vovó me deu liberdade.
Quando me feri, mamãe-doutora me curou.
Quando me entediei, mamãe-amiga brincou comigo.
Quando chorei, mamãe-colo me abraçou.
Quando quis amadurecer, mamãe-esposa me tornou pai.
Eu percebi que maternidade é Amor disfarçado de presente.
Todas as nossas mães, em todos os seus disfarces, entregaram-nos tudo o que há de mais importante.
Cabe-nos agora aprender que nada de relevante nos falta. Talvez o único que falte seja compartilhar esse infindável oceano de Amor que nos foi presenteado por todas elas.
A Revolução dorme na Periferia
Revolução nasceu na periferia, magrela e desdentada mal podia chorar. Não teve forças pra mamar pela primeira vez no peito murcho e já quase seco de sua (ama de leite), vizinha de parede, que havia parido alguns meses antes uma dupla de desajustados (como fez saber alguns anos depois a escola). Ela, Revolução, cresceu em uma rua de terra agitada no bairro mais violento da Zona Norte, onde até o medo tinha medo de estar. Lá não tinha nada (parques, praças, quadras, ruas asfaltadas, essas coisas), mas também não tinha nada de mais, era um lugar comum, feito qualquer um, feito outro lugar qualquer. Era lugar onde se podia encontrar a mais variada gente, onde a alegria vivia cercando as pessoas e a vida pulsava em uma intensidade diferente.
De fato, lá tudo era mais intenso! Os sorrisos, o choro, o cheiro de frango frito, a catinga da cachaça no hálito seco e duro dos bêbados quase mortos caídos na calçada de qualquer jeito e o cheiro da erva, da pedra e da dor que ecoava da tristeza dos olhos da mãe resoluta, sem saber o que fazer diante do excesso que a intensidade do lugar propiciava. Lá democracia era na (b) fala de quem pudesse se impor e, o silêncio, a primeira lição aprendida já ao nascer. Lá buraco era buraco mesmo, fundo, bem fundo! E cavava-se até não ter mais como continuar e quando o buraco já estava mudo, criando impossibilidade de se continuar, cavava-se ainda um pouco mais até o fundo escondido abaixo do fundo que existia no buraco, antes desse se tornar cova. O que não era incomum!
De Revolução só se sabe os sonhos que contava baixinho ao pé dos ouvidos da professora, única pessoa que ela confiou até hoje. Uma senhorinha bem velha, com hábitos estranhos e vestes (alternativas), que contava com orgulho ter pegado em arma nos tempos de escola, durante o período da ditadura militar, onde se reunia com suas colegas durante a noite dentro de uma manilha abandonada na Rua Um (primeira rua a ser pavimentada no bairro), e lá tramavam subversivamente contra os desmandos do governo golpista. Revolução lembra-se dos limões que chupava pra matar a fome e do nó nas tripas que sentia sem poder gritar, lembrava-se dos amigos e amigas que morreram mudos e também dos que conseguiram a liberdade, ainda com pouca idade, na mão de algum salafrário abusador. Revolução reconhecia naquela senhorinha a sua única saída, se espelhava nela e em sua filosofia de vida; a Educação tanto falada pela professora tornou-se seu hino da mudança, sua única esperança de evoluir, já que tudo ali parecia fadado a murchar. As manchas brancas e a pele áspera de Revolução eram dos vermes e das lombrigas adquiridas no contato com a água podre que corria sob sua casa. Revolução cresceu faminta, lambendo os beiços enquanto assistia o frango rodar na ilha de assar exposta no passeio da padaria de seu bairro, onde aprendeu desde muito cedo a se virar. Aos treze anos, Revolução se perguntava por quem todos ali morriam? E perguntava-se também, porque morriam tantos ali todos os dias? Revolução era feliz, apesar de tudo! Talvez procurasse algo, talvez não soubesse ainda o quê, tateando sempre no escuro era mesmo difícil de saber.
Revolução já dava sinais de cansaço e andava meio sonolenta nas aulas, já não se importava com as revoltas nas ruas, nem se revoltava com as incursões da polícia na favela, nem com a iminência da morte de seus amigos subindo e descendo vidrado(s) feito soldados, nos becos e nas vielas, nem com o cheiro de pó e pólvora que impregnavam as suas narinas e oprimiam seus olhos. Revolução incrédula olhava pela janela e sem poder acreditar via a vida diferente. Mas não sabia explicar o que estava vendo ou sentindo! De repente, tudo que foi sempre torto parecia ter se endireitado, parecendo fazer algum sentido. Revolução sentia as juntas doerem e parecia ter os sentidos alterados, as pernas reclamavam o peso de seu corpo e os enjoos e náuseas acentuavam. Já sem paciência, Revolução curvou seu corpo franzino e em meio ao sangue que jorrava angustiante por entre as suas pernas juvenis, pariu gêmeos. Caída no chão da cozinha e sozinha no barraco, nem lamentar podia. E se lhe perguntassem quem era o pai... O que ela diria!
Os dois filhos de Revolução foram criados pela professora e cresceram e viveram até a vida adulta e, apesar da culpa, todos entenderam a importância da luta daquela mulher. Filhos (bem sucedidos) da Revolução nasceram do ventre estreito de sua genitora, mirrados, sem esperança e famintos, foram acolhidos pela professora; e apesar do karma em seus (DNA’s) cresceram argutos, espertos, astutos e hoje lutam pra que outros também possam revolucionar. Lutam para que outros vivam, para que outros não se calem, nem sejam silenciados. E se hoje vivem, é para servir de exemplo, ser espelho da Revolução que na periferia ocorreu... Preta, catadora de lixo e guerreira que nos pariu e morreu. Revolucionária do dia a dia que viveu e morreu um dia de cada vez, que cresceu ouvindo a professorinha dizendo que quem luta e não se cala, cala a fala de muitos e muda a forma que o mundo conforma quando distribui a sorte e desenforma a forma que o deus dos brancos escolheu. Cresceu ouvindo a professorinha dizendo que: - “Quando a periferia tomar consciência de sua importância para a sociedade verá, nesse dia, o desencadeamento da maior revolução da história do Brasil”. E de tanto ouvir a professora falar moveu seu mundo e mudou o rumo de tudo, revolucionando o rumo que a vida preestabeleceu, seguiu em frente orgulhosa enquanto o futuro moldava o presente de toda aquela gente que o passado estranhamente esqueceu. Hoje dorme na memória revolucionária da periferia que na história dos livros ninguém leu.
Bom dia
Hoje comemoramos o dia das mães.
Nossas guerreiras, mulher com M maiúsculo,anjos enviados de Deus.
Mulheres que merecem toda nossa dedicação, respeito,carinho,amor, companheirismo, mãe?mulher?filha.
Toda ela que é uma heroína,não se importa com as dificuldade do mundo,ela é humana? Animal? Defende com unhas e carne sua família. Mãe sinônimo de amor.
Nem toda palavra será suficiente para expressar o amor que sinto por você mãe.nem mesmo meus olhos podem ver o quão és especial,pois ele cegam com minhas lágrimas,por buscar nas minhas lembranças quão grande és você. por todas as vezes que estivesse ao meu lado,me erguendo dos tombos da vida,pelos conselhos,por me ensinar a caminhar,no meu primeiro passo,como até hoje quando me vejo caído e não sei como prosseguir,você anjo que está sempre comigo em pensamento,no coração. Mãe o amor eterno! Mãe é vida,mãe te amo ontem,te amo hoje,te amarei amanhã,e na eternidade.
Ela gosta sim de flores, gosta de carinho, de um mimo; de ter um dia só para ela, de se sentir importante, amada…
Gosta das mensagens que recebe no Whatsapp. Dos posts lindos que encontra no Facebook. Dos poemas e homenagens feitos pelos poetas. Tudo isso é bom. Mas o que ela mais valoriza de fato são as atitudes diárias. O respeito por parte de quem lhe diz palavras bonitas em seu aniversário ou em datas como agora no dia das mães. Ela quer ser valorizada como mulher. Como alguém que também precisa ser percebida, admirada, levada para certos lugares. Quer ter o direito de não se sentir forte o tempo todo, sair um pouco da realidade. Da condição inevitável de ser a alavanca, coluna principal do mundo. Ela não aguenta mais esse rótulo de heroína. De super mulher. De ter de ser forte em tudo e com todos. Ela só quer alguém para dividir o peso de tudo aquilo que carrega. Quer brincar com os filhos até cansar. Sorrir escandalosamente feliz ao lado de alguém, sem essas preocupações de tudo.
Ela quer ter paz, momentos de diversão com as amigas. Chorar, às vezes, quando preciso e ser resgatada, acalentada, compreendida…
É claro que ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher.
E ambas as condições se completam em uma só vontade: de ser apenas ela mesma, como mãe e como mulher. Sem rótulos e sem paradoxos.
FOGO AMIGO
Da escuridão à quase luz
ao flagelo que não se encerra
da amarga palavra que reluz
tornando os teus corpos à terra.
Dos ataques kamicazes nas madrugadas
à velha guerra psicoemocional em voga
ao arsenal de agressões já retrógradas
às decepções desnecessárias que sempre evoca.
No ventre no vão mais profundo do útero
o último laço que os une e os reemenda
das mágoas trazidas à tona de modo abrupto
ao silêncio profundo que agora os desorienta.
Chega! Vai chegar mais dia menos dia
e o fim será logo ali na esquina dos lábios
se insistir por este caminho mãe e filho
o destino será cada um para o seu lado.
O perdão é um caminho extenso e sem volta
há que ser sincero e caloroso no abraço
pois a palavra que acolhe, ameniza e renova
também magoa, encerra e promove embaraço.
chega de autossabotagem e de agir como ilha
vida nova, casa nova e o passado sempre obscuro
não haverá no presente convívio em família
se daqui para frente não enxergarmos somente o futuro.
Vamos curtir o momento sem ataques ou fogo amigo
e colocar um sofá enorme no banheiro
vai ser deslumbrante dar a volta por cima e eu digo
independente se na cor rosa, branco, cinza ou vermelho.
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