Textos Melancólicos
Então, pela fresta da janela desgastada e quebrada, emoldurando a parede descascada, mofada e danificada...
A LUZ insistia em entrar e penetrar por dentro da habitação...
Tão grande e tão vazia, tão cheia de mofo, poeira e sonhos desfeitos.
Atravancada com assoalhos soltos, pisados, arranhados e manchados...
nas festas de outrora, as pessoas lá dentro...
no chão de madeira que no passado reluzia como sintecada, de madeira nobre e bases sólidas para a casa.
A Luz Solar, celestial e cósmica mostrava que a Luz Divina sempre irradia e expande por cada fresta e buraco;
trazendo frescor e renovação...
Acalorando o espaço frio e desabitado, restaurando sonhos e fé.
Não havia nada, nem ninguém... apenas o vácuo dos sons de outrora nos passos da dança que riscaram o chão um dia, com saltos, pulos, mobílias e passos diversos...
Não havia nada e nem haveria... A chave da entrada foi perdida...
Mas a Luz penetrava e entrava por dentro e seu brilho resplandecia o chão...
e o espaço. sempre lá... para sempre.
nada mais importa apenas a luz.
11/08/2013
Leticia Gil Siqueira Santos
Poderia gravar em muros. Tom vermelho sangue. Usando somente as unhas das mãos, escreveria o quanto a solidão me faz companhia. Riscando e riscando até o sangue ser tinta. A dor como matéria prima. Esse seria meu tributo original. Tudo estaria em lingua antiga. Iniciaria em latin e terminaria em yorubá. Pontos e vírgulas estariam dispensados. Quando a carne nas extrimidades dos dedos
já não existissem. Quando o próprio osso fizesse ranger, alternaria com a outra mão. Verdadeiro manifesto de amantes. Daquele dia em diante, aqueles que por alipassarem não conseguirão evitar tamanha contemplação, ajoelharao. A parede fria seria beijada como se beijassem as feridas de jesus ainda cruas. Bem ali, seria constituído ponto de oferenda para os diferentes deuses. Sacro muro. Pagãos seriam bem vindos. Ratos encontrariam verdadeiros banquetes. Baratas dançariam em sincronia com outros insetos. Mariposas teriam refúgio à sombra do muro. Nada poderia ser profanado. O pé que ali pisar, untado em azeite deverá estar. A boca que ali abrir, em vinagre terá sido inundada.
Tudo terminaria assim:
para ela,
solidão
minha algoz e fiel companheira
A sensação de tristeza
Causada pela falta de uma incógnita,
essa maldita dor abstrata,
Pura e negativa,
Chega para tal qual um buraco negro,
Suga toda positividade de dentro
E ainda cresce a cada fração de segundo
Não permite o meu descansar e
Arruína meu bem estar,
Me irrita o fato de por sua causa,
Na melancolia morar.
De certa forma todos vamos morrer, sendo alguém bom ou não isso só vai mudar sua trajetória nunca seu destino, estamos condenados a tristeza e a morte.
O céu não está estrelado, e isso já muda minha noite, eu vejo as estrelas como almas, pois as que vemos já deixaram sua existência a muito tempo e o que vemos é somente seu brilho, e quando eu não às vejo parece que minha noite é vazia, me sinto na total solidão, sem uma inspiração, logo triste, situação parecida com o que sinto no meu dia-a-dia, mesmo andando na rua com dezenas de pessoas ao redor me sinto invisível, um fogo sem oxigênio.
Olhando de minha janela vejo pessoas
Todas padronizadas caminhando igualmente
Seres controlados seguindo seus dogmas
Priorizando sempre suas próprias normas
Escondendo suas asas pois são parasitas
Que sempre vivem famintas
Se alimentando de diferenças
Se apropriando de crenças;
Por que tudo isso?
Será que esse foi o resultado da "evolução" ?
De toda maneira ainda vejo o horizonte
Um horizonte de decepção
Um mar sem vida
O remédio que não cura nenhuma ferida.
Profano Tempo:
Há um inimigo meu
Um ser que nunca se cansa
Eu incompleto e ele pelo contrário, se esbanja
Você nunca serás meu amigo
Para mim um eterno conflito
De você eu nunca serei conivente
Prefiro morrer de amargura à ser seu assistente;
Pergunto-me as vezes
Por que és tão insistente?
Se de mim já arrancaste tudo
Tirou minha vida e me deixou em luto;
De você tenho o ódio mais profano
Quero que se acabe o mais breve possível
Pena que és eterno, um eterno inimigo.
Para mim já não resta nada
Você me deixou na chuva sem morada
Levou meus amigos e meus momentos
E ainda deixou as lembranças a meu tormento;
Passa devagar mas leva tudo consigo
Arranca meu coração e me fura com vidro
Não sei se darás ouvido
Mas de você guardo muito rancor
Congelou-me e nunca ofereceu calor;
Nunca vencerei você mas eu sempre tento
Para meu maior inimigo
O tempo.
O que seria o amor se não um erro estático?
Me nego a crer que algo "infinito" precise de proximidade para chegar a seu ápice, algo como imãs que só se encontram juntos.
Amar ou ser amado não está no sangue humano, nascemos pra morrer em prol de nossas loucuras, sem nada de divino.
Eu encaro a noite que habita em mim, vislumbrando as nuances dos sentimentos que nem sempre são belos. As vezes, cansada de temer ser humana, me pego pensando se o medo de encarar meu abismo não é só uma face de tudo o que me faz um ser humano normal.
Eu tenho medo de assumir minha imperfeição, e por vezes me cobro com a respiração falhando. Eu tenho medo do egoísmo que as vezes fica bem abaixo da pele, da raiva que tento manter enjaulada, da revoltada que não quero decifrar. Tento somente ser uma pessoa boa em um mundo que nunca foi bom comigo.
A ansiedade me sufoca de tanto que sinto medo...medo de ser humana.
Incógnita - Marcas de um sonho ruim
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Olhe para mim,
Não tente me entender,
Nem queira me convencer
Se eu sou um dilema para você.
Sinta meu olhar...
No silêncio das noites
Ele brilha como o mar.
Não queira me compreender,
Pois nem mesmo eu sei
O que dizer, o porquê
De tantas coisas que me afligem.
Não se assuste, não.
Minhas marcas são cicatrizes
De feridas no coração.
Assim eu sou.
Não tenho muito o que dizer,
Porque assim eu sou, Simplesmente.
Incógnita, talvez...
Uma pessoa que uma vez
Talvez tenha tido um sonho ruim.
Sinto se lhe fiz sofrer com minha dor,
Mas saiba que eu chorei
Quando você chorou.
O psicológico de um louco é sempre algo questionável
Por muitos, até mesmo desconsideravel
O louco não ama, não sofre, não sente
É só mais um em meio a tanta gente
É deixado de lado, descartável, tratado como trapo
Sem ter a chance de ser amado
Sofre quieto, em silêncio, suas dores e lamentos
Internalizando em si apenas frases e momentos
Pro louco o tempo é tortura
Não existe ternura, nem cura
O passado agride, o presente conforta
E o futuro corrói
A única certeza é a de que a solidão virá cada vez mais feroz
Do Azul
Do azul que ainda busca seu rosto, sou o primeiro a beber.
Vejo e bebo de teu rastro:
Deslizas pelos meus dedos, pérolas, e cresces!
Cresces como todos os esquecidos
Deslizas: o granizo negro da melancolia
Cai num lenço, todo branco pelo aceno de despedida.
(tradução de Claudia Cavalcanti)
Saudade...
Saudade do tempo em que você descia todos aqueles andares para abrir a porta pessoalmente quando eu chegava em sua casa; Hoje você simplesmente me joga as chaves.
Saudade do tempo em que você lamentava pelo fato de muitas vezes eu ter que ir embora ao amanhecer; Hoje você simplesmente me dá um bom dia.
Saudade do tempo em que nos vermos era uma certeza; Hoje parece ser uma opção.
Saudade do tempo em que compartilhar os acontecimentos era uma necessidade; Hoje parece ser uma obrigação.
Bons tempos, saudade de você. Ainda tenho esperança que um dia você volte, tempo.
Despi-me da velha criatura,
O vento soprou,
Não sobrou nada...
Nem as carcaças,
As peças perdidas,
As histórias mal contadas.
Os golpes da tristeza,
Os copos da embriaguez,
A fuga do eu mesmo,
A vontade de me excluir.
Sou hoje a imagem do que me Criou,
Não busco algo em mim,
Cheguei à compreensão que não a nada em que eu não possa melhorar,
Vontade de conhecê-lo e crescer na Tua vontade.
Conheci a plenitude do mundo,
Nada ganhei,
Quase por completo me dei,
Perdi-me,
Ele me achou aos cacos, e juntando os pedaços,
Deu-me vida.
RESPIREI.
Curativo
Toca-me , beija-me , abraça -me
Gestos vindo de uma verdadeira ilusão
Dor, despertou-me como um alarme
Frieza curou minha visão
Tic tac ,bate o relógio
Vai e volta
Tudo acabando como um naufrágio
Uma completa revolta
Em meio ao tempo perdido
É escrito um novo destino
Para livrar esse grande iludido
De um amor consumido
Destino meu que completa o seu
Laços renovados ,amor possível
Sem mais nenhum coliseu
Fazendo o medo sumir perante o amor imutável
O medo de gostar , não podendo compartilhar
Traços de uma amarga tristeza
Levam a crer que não consigo amar
Nunca tendo a clareza
Pensamentos trazem o que nós,
Forças do passado me fazem ver
Lembranças que deveria ter aproveitado
Momentos e chances que deveria ter aceitado
Pureza e paixão raridades em meu corpo
A Mente agora é o próprio show de insanidade
Movido pela solidão da realidade
Contatos carnais e espirituais
Me fazem ansiar por uma vida melhor
Tendo esperança de ter a realidade sem dor
Uma breve reflexão sobre o tempo.
Me parece que incontestavelmente; nós só nos damos conta dele quando o mesmo já se passou. Sobre o devido valor, também. Nas noites difíceis, a alma navega sobre obsoletas paixões, as noções inacabadas de momentos que já não são mais. Um turbilhão toma o lugar de uma aparente paz; e a convicção do ser que crê que é, sucedida por um efêmero caos, entra em contradição. Em tempos assim, deliberar sobre o que se foi é quase que angustiante por que fomos felizes. Hoje, se somos tão demasiadamente felizes, o que será do futuro? Melancolia pelo que foi, ou alegria pelo que é? Inevitavelmente os dois. Sim, a vida é um labirinto de incongruências e dualidades do qual vivos, nunca sairemos.
''Mais cedo ou mais tarde a vida vai te ensinar a deixar alguém partir, mas o que você tem que fazer é relembrar do que passaram juntos, guarda a pessoa em seu coração e jamais esquecer dela.
Pensar na sua vida, manter o foco, seguir em frente, levantar a cabeça para tudo sem paradas para chorar, sem paradas para desabafos, mas quem consegue viver assim? A tristeza, a melancolia viram rotina na sua vida e saber que aquela única pessoa poderia mudar isso totalmente, talvez apenas com um sorriso. Mas a única coisa que te resta são os pensamentos, as lembranças e ao meio das lágrimas você se lembra daquela risada boba, daquele abraço apertado, daquele beijo na testa, daquela felicidade e se vê ali, com a mente gritando, coração badalado, com alguma coisa cortante na não, mãos tremulas. O sangue escorre, visão turva, som do coração, pensamentos da vida inteira, será esse o fim? "
Queria ser rasa
Manter minha breve existência na superfície
Não queria me afogar em agonia
Ignorar fatos que só me levam a uma infeliz constatação
Que me causa imensa melancolia
Sem a ilusão da fé o que fica nítido
É a ausência da justiça
Uma vida sem sentido
Onde com sorte se vive
Sem ela se sobrevive...
Eu não quero ser o smartphone, a bota, a bolsa da tal marca, o Hi-Ban, o penteado clichê. Eu gostaria de me sentir bela e importante para o mundo. Gostaria de fazer às pazes comigo mesma e acreditar que ainda há muitas pessoas legais que priorizam a essência e não a aparência, nem que elas sejam minoria. Ninguém vai levar nada disso para o caixão, então por que estão deixando de lado a essência do amor? Namorar não é usar aliança, postar as fotos dos chocolates, das rosas, não é se aliar porque pode tirar proveito. O amor fica triste com essa banalização. O mundo está virado de cabeça para baixo e é triste constatar que a maioria não vê nada de errado, apenas eu.
A Governanta Webnovela
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
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