Textos Gabriel Garcia

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Flutuar

Olho para o céu agora e me pergunto, se tem cabimento não enxergar teus olhos nas estrelas? Questiono-me que pecado sem fim algum homem tem que ter cometido para ser privado de tuas lembranças, que um dia já foram tão presentes em minha vida.
Aos poucos vai se caminhando e por entre tantos passos perdidos, um tropeço sempre é aceitável, embora por vezes seja na própria sombra e dela tente fugir por achar sua insistente teimosia uma grande contradição.
O ar quase sempre pesado e frio dificulta o plainar de minha imaginação, não me permitindo sonhar com o teu iluminar, fazendo meus pés criarem raízes que tentam se ramificar em um solo seco e sem vida.
Assim o cheiro da agua me apetece, quase um afrodisíaco em meio à solidão de uma selva de pedra, tuas lagrimas que um dia derramaste por falsos motivos, hoje seriam sobrevida para a falta da minha.
E em dias e noites assim, o convite para ousadia é cada vez mais real, ultrapassar os limites do corpo, por em justa prova à própria vida. Para se sentir alguma coisa além do que falam em poesias, para preencher o vazio que tem o significado da palavra nada.
Mais um momento passa, mais um fechar de olhos, mais segundos que juram passar lentamente, torturando o relógio em um canto da parede. E tantas paredes vazias, sem lembranças penduradas, mais um dia que nasce, outra noite que vem, rotina, vazio, vontades que surgem do nada, eu aqui e você como um pássaro livre, seguindo seu caminho com o flutuar das asas.

Inserida por pablodanielli

Sejamos todos evolução

Não podemos desprezar a força das ideias, não podemos desprezar a força de um povo, não se pode negar o direito de sonhar das pessoas. De tempos em tempos, vivemos momentos de pacificação e de revoluções no mundo, mas o mais importante é que a história nos mostra que é necessário para a evolução das pessoas e de um país. No Brasil não é diferente, somos um país jovem, considerado um adolescente se comparado há países europeus, por isso não seria justo comparar tais lugares, pois ainda devemos passar por muita coisa para nos considerarmos um gigante amadurecido.
Temos algumas cidades com quinhentos outras com trezentos, poucas com cem, e muitas, mas muitas com menos de cem anos ou talvez metade disso. Por isso comparações com cidades milenares é absurda, mas é feita devida a evolução que atingimos e a velocidade com que as informações chegam até nós. Mas a evolução das cidades não se dá apenas pela sua estrutura, seu desenvolvimento industrial, mas sim pela evolução mental da sua população, pela liberdade de pensamento e de expressão nela contida. Antes de criticarmos a cidade devemos criticar a nossa “própria” estrutura.
Um povo deve ser medido pela sua cultura e não pelo tamanho de seus prédios, devemos sempre nos perguntar o que fazer para melhorarmos, nesse exato momento convido a se perguntar, quantos eventos culturais existem na sua cidade, quais são o apoio, os projetos nesta área, teatro, musica, feira do livro, artes plásticas em geral, ou nada vem sendo feito. Pergunto em quantas destas atividades você como pessoa esta envolvida?
A resposta creio, que seja a mesma de todas as pessoas, não temos tempo, preciso pagar as contas, tem que se correr atrás do dinheiro, então como criticar quem está no poder e nada faz, se nós como pessoas não fazemos por merecer?
Criticamos governantes por fazerem pouco caso da educação, da saúde, da segurança, da cultura, mas analisando de uma forma coerente, também não fazemos o mesmo ao não nos envolvermos, ao escolher apenas assistir o que acontece no país? Que direito temos de exigir quando não exigimos de nós mesmos, talvez todos e não somente os políticos, devessem dar um passo a mais para a evolução do país, a revolução da cultura, da educação, uma onda arrasadora que nos lava-se de toda hipocrisia e fizesse com que fossemos visto com outros olhos perante o mundo.
Mas para isso acontecer é necessário mais que uma ideia, mais que uma conversa de bar, uma corrente na internet, é necessário agir, sair da inércia e se levantar, fazer com que as vozes sejam o martelo que derruba os pilares corroídos de uma sociedade. E que sejam as mesmas vozes que ajudem a construir bases sólidas, abrindo uma nova perspectiva de sociedade, que se importe, evoluída intelectualmente, não dependente de opiniões obscuras e de interesses.
Pode ser um processo doloroso, que leve tempo para se tornar real, mas tem que ser feito, devemos todos estar cientes desta transição, pois se hoje respiramos a poluição de fabricas e palavras, também temos o direito de respirar a esperança e a cultura de uma nação.
Sejamos todos a mudança, a diferença e a esperança que tanto almejamos, e tudo será tão natural que não seremos lembrados por uma ou duas coisas, mas sim por ser um país multicultural.

Inserida por pablodanielli

Aonde esta nosso Jiminy Cricket?

O Brasil é um país de conto de fadas, absolutamente irreal e fantasioso, aonde todos vivem em um eterno faz de contas. Aonde a televisão faz de conta que passa alguma coisa útil, aonde as pessoas fazem de conta que se importa com alguma coisa e aonde os políticos fazem de conta que falam e se importam com a verdade.
Mas se fosse para adaptar esta realidade brasileira há alguma história, provavelmente seria sobre um certo Pinóquio, aonde ele sendo um projeto de gente para suprir as necessidades e solidão de um velho, foi criado. E como em um passe de magicas, ganhou vida, uma consciência com o nome de Jiminy Cricket, popular grilo falante, sim para os que não sabiam, era inicialmente apenas um eufemismo para a expressão Jesus Cristo! Uma certa ironia da pessoa que concebeu o desenho, em colocar o nome da consciência, a pessoa que veio ao mundo para moralizar nossa já antiga e ultrapassada falta de caráter.
Mas até mesmo nesse ponto não podemos deixar de fazer comparações, tanto a população de forma geral quanto os políticos, tem um pouco de Pinóquio, nascemos muitas vezes ao acaso, assim como o personagem e descobrimos que pequenas mentiras teoricamente podem não fazer “mal”. Assim como os políticos que na sua maioria surgem sem saber de onde, e ao assumir o governo descobrem que “pequenas” mentiras nunca serão descobertas, com a diferença de que seus narizes não irão crescer.
Ai está, posta na mesa as cartas e os personagens, inevitavelmente temos que nos perguntar, onde está nosso Jiminy? A onde está nossa baleia? O quão sozinho e egoísta podemos ser aponto de incorporamos um Gepeto? Assim como os personagens, vivemos em uma época individualista, com certa melancolia e muitas mentiras, jogo de interesses, apenas visando o próprio interesse.
A diferença básica é que o conto Pinóquio, é apenas um conto, que quando criado já envolvia certos valores, há muitos e muitos anos atrás, o que é preocupante é que tais valores depois de tanto tempo passado, continuam a faltar. Precisamos nos envolver mais, pois assim como os vilões da história, temos os nossos em sua grande maioria no planalto, fantasiando nossas cabeças com falsas ironias, e nos perguntamos, aonde esta nossa consciência, nosso Jiminy, nosso grilo falante, para fazermos o que é correto, para não deixarmos simplesmente tudo como está, pois embora o conto do livro tenha um final, nossas vidas são reais e continuam.

Inserida por pablodanielli

A identidade de um país

O Brasil é um país defasado culturalmente, vivemos apenas de passado, um breve passado, nos dias atuais somos um aglomerado sem qualquer expressão artística. Um país com tais dimensões e com tantas pessoas deveria não ser apenas o celeiro de alimentos do mundo, mas ser também um armazém de ideias para todos, deveríamos respirar arte e cultura, as ruas deveriam estar cheias de manifestações e pessoas mostrando seus talentos.
Embora tenhamos alguns artistas de destaque e quando falo isso não me refiro na musica, o que falta é reconhecer e lapidar novos talentos e isto nos leva ao ensino, que não por culpa dos professores que lá estão, operando diariamente pequenos milagres com o pouco que tem em mão. Sim, pela falta de estrutura de nossas escolas, pela falta de investimento real na educação, deveríamos ter adotado o ensino integral, dois turnos, não apenas de aulas básicas, mas inserir além do conteúdo programado, aulas de artes, filosofia, sociologia, entre outras tantas atividades culturais e esportivas para moldar o caráter dos alunos, preparar para a vida, torna-los melhores cidadãos.
O dever de um governante é lutar para que o povo que o elegeu seja livre para pensar, agir e falar, não ficar dependente de uma ou duas pessoas, deve desenvolver seres pensantes e pedantes. Mas embora sejam apresentados teorias e argumentos para tais fatos, tudo passa pela escola, do ensino fundamental ao superior, devemos pensar na educação não como algo altamente lucrável,mas como uma oportunidade de criar novos talentos, moldar uma identidade forte para o Brasil.
E todo esse descaso reflete no nosso presente, e vai interferir no nosso futuro, não se pode se surpreender o sucesso de produtos considerados absolutamente banais, pois está se criando uma sociedade extremamente banal, na forma de agir, pensar e falar.
Coloco em desafio para a mente, de uma forma rápida, buscar na memória quantos artistas plásticos, pintores, escritores, coreógrafos entre tantas outras formas de arte, cultura podemos nos lembrar de prontamente, não me refiro aos consagrados de décadas atrás, mas os dos dias de hoje.
Somos uma nação sem cultura, somos pessoas programadas para não desenvolver pensamentos e não procurar se envolver com tais formas inteligentes de vida. Os poucos que se destacam nos dias de hoje, deveriam ser proclamados heróis da resistência, pois viver da arte nos dias de hoje ao menos nesse país chamado Brasil é um ato de bravura, de esperança e dedicação. Embora nossos governantes teimem em dizer que não.

Inserida por pablodanielli

A duvida que existe


Sempre existe a duvida, questionamentos sobre ser ou não ser, o que é ser ético, correto, justo. Mas como definir tais parâmetros diante de tantas mudanças, diante de tantas opiniões diferentes, a vida geralmente tratada como um mero jogo de interesses, públicos ou privados, aonde somente existem dois tipos de pessoas, as que ganham e as que perdem.
Somos meramente frutos daquilo que consumimos, fato mais do que comprovado, não temos o direito de julgar, pedir ou exigir de alguém algo com o qual provavelmente não esta adaptada ou acostumada a fazer. A sociedade usa quase sempre da hipocrisia para demonstrar seus valores, quase sempre não éticos, pendendo para qualquer lado, ou geralmente o de maior poder.
Todos são na verdade pequenas peças em um gigante tabuleiro, um jogo de xadrez jogado de forma intocável, por grandes corporações, mídias que tentam moldar opiniões e governos que jogam de acordo com seu interesse partidário. Muitos peões para poder sacrificar, com discussões vazias, distrações, enquanto a verdadeira maquina se movimenta de forma voraz, aniquilando sonhos, flores e poesias, dilacerando esperanças com o descaso social, criando uma divisão hierárquica praticamente inigualável, fruto da obsoleta mente da grande população.
Estamos vivendo tempos difíceis, aonde pensar e agir, é tão raro quanto uma espécie em extinção, se bem que ao pensar desta forma o ser humano é uma raça que está prestes há não existir mais, apenas coexistir. Porque seremos tantos recebendo ordens de tão poucos, que o futuro nada de interessante nos reserva.
O que promete vir no horizonte são apenas nuvens pesadas, distante de um mundo colorido que sempre se sonha, pois estamos acomodados em nossos sofás adquirindo mais e mais informação desnecessária, deveríamos como solução emergencial, criar um fundo para pagar as pessoas para pensar, um bolsa “mental”. Para quem sabe assim atrair as pessoas para a liberdade de expressão, de criação, a liberdade cultural, poder agir por si mesmo e analisar e lutar pelo que é certo e não simplesmente aceitar verdades impostas.
Se não for esse o caminho certo a percorrer, indiquem um novo, se a porta que adentramos nos levou para o nada, talvez devêssemos derrubar algumas paredes, pois estamos chegando ao exato momento, que se não agirmos, estaremos assinando nossa sentença de escravidão mental, absoluta e irreversível. E que os macacos tenham pena de nós, porque ninguém mais terá.

Inserida por pablodanielli

Brasil o país do faz de conta

Existem poucas coisas que o brasileiro se importa, e muitas com as quais ele não faz questão de lembrar, educação, saúde e segurança são assuntos que não passam pela cabeça de 80% das pessoas, isso para não ser exagerado. Politica 90%, talvez mais, mas o fato preponderante é que o país é um conto de fadas, aonde o futebol é nosso príncipe encantado e a copa vem nos salvar de todos os problemas e vilões que até hoje atormentam o belo e indefesso povo brasileiro.
Mas a princesa indefesa não esta ajudando seu príncipe encantado a lhe salvar, pois tamanha é a paixão pelo futebol, que este amor acabou deixando cego das verdadeiras razões que levam para os caminhos tortuosos da vida. O Brasil é uma princesa assanhada que na verdade testa os limites da FIFA, testas o bom senso com as obras publicas, e gasta dinheiro para se embelezar para o resto do reino.
Mas o conto de fadas da vida real é um pouco mais complicado que isso, o príncipe cansou da enrolação da mocinha, pois se a única paixão do país é o futebol e até nisso damos aulas de incompetência o que dirá o restante dos outros reinos? Que lógico, a relação está em crise e não haverá casamento, pois ninguém quer um parceiro que não saiba fazer o mínimo que lhe é devido.
O Brasil é um país que somente se importa se falam bem de sua imagem, é uma princesa que vive de fofocas, não de responsabilidades, o governo não gosta de assumi-las, dá muito trabalho ser justo, correto e incorruptível, e nesse empurra de responsabilidades para saber quem deve cuidar dos serviços do castelo, o príncipe no cavalo branco da sintomas de que se arrependeu e quer o divorcio.
Assim a copa corre o risco de ser um fiasco não só parcial, mas total, sem obras de essenciais para as cidades, sem cuidar da população, logo chegam as más línguas as bruxas malvadas e as fofoqueiras de plantão (Ricardo Teixeira, Jérôme Valcke), largando “injurias” aos ventos para abalar este “nobre” casamento. Conta à história que quando a sua realeza está em crise, o reino está por uma rebelião, no caso deste reino, resta saber se ela será pelo seu povo ou a mando de outros, já que o príncipe se cansou da princesa gastadeira.

Inserida por pablodanielli

Dias de tempestade

O que realmente é real, que instante vivido, sentido, pode ser confundido com sonho, com verdades ou meias verdades. A mente nos prega peças ou são nossas atitudes que pregam peças em nossas mentes.
A loucura seria apenas um ponto de fuga para algo que não existe ou seria justamente o contrario, seriamos capazes de acreditar em palavras de algo que nunca existiu, ou sempre temos o palpável como única condição de crenças e costumes.
Descobrir a roda todos os dias, ser capaz de se reinventarmos a todo segundo, tocar o invisível aos olhos, inverter a ordem do normal, colocar o certo e o errado, o bom e o ruim em confronto passivo, seriamos capazes de suportar ou lidar com os fatos ou a falta deles?
As tempestades que nos assombram, fazem nosso intimo estar em um permanente navegar por águas bravas, por vezes o detalhe que deixamos passar, é justamente o detalhe que nos faz falta para resolvermos em que tipo de mundo estamos vivendo.
Todos temos medos, todos temos temores, não do escuro, ou de algo que nos foi dito na infância, mas sim de falhar, do silencio empregado em meias frases mal faladas, escritas ou ouvidas, temor de ser visto como fracasso, por uma sociedade que na maioria das vezes, se quer sabe da sua existência.
Então em que mundo realmente vivemos, que luta sem fim queremos ganhar, estamos a viver em um mundo real, ou apenas é uma peça pregada pela nossa mente, para disfarçar a loucura existente nem cada um de nós. Para onde correr, procurar abrigo, quando a tempestade é justamente dentro de nós.

Inserida por pablodanielli

Ditando modas e tendências


E as vitimas da fome daqui? O país caminha para um lado sombrio, aonde o povo é achincalhado por políticos sem escrúpulos e sem o menor senso de ética possível. Quantas vezes pela manhã ao abrir o jornal nos deparamos com noticias estapafúrdias sobre nosso “nobre e rico país”, tais como políticos casados, compra de votos, corrupção, corrupção e mais corrupção, mas não caros leitores, isto para os políticos não é o suficiente, tem que se fazer mais para prejudicar o povo brasileiro, tem que se afrontar ainda mais o bom senso, da parte de quem esta no comando tem que ter o sarro, o tapa na cara do povo.
Não é novidade para ninguém o total desleixo com os famigerados no Brasil, a população não tem saúde, não tem emprego, e não tem estudo, mas tem bolsa isso ou bolsa aquilo, funciona mais ou menos assim, eu pago e você fica quietinho no seu canto, e nas eleições ainda me da uma forcinha! Mas ainda assim eles ousam em nos desafiar, em ver até aonde vai essa vontade do povo brasileiro em vegetar em frente há um aparelho de televisão, apenas vendo, ouvindo e dizendo: Meu deus! Mais uma vez! Ou simplesmente, não tem jeito, esta tudo perdido.
Sim é isto mesmo, estamos passivos com a corrupção, fazemos parte dela, pois sabemos da sua existência e não tomamos qualquer atitude, somos corruptos tanto quanto nossos governantes, mas a moda dos nossos amáveis comandantes agora é outra, porque estão fazendo da política uma passarela, sempre lançando “tendências”, e a nova estação apresenta a onda de caridade para outros países, tão ou mais corruptos que o nosso. Agora viramos um país “santo”, que ajuda os pobres coitados famigerados de outros países, simples assim.
Nosso querido presidente com sua visão utópica, por ser visto como um bem feitor pelo mundo, agora doa milhões, para nossos vizinhos, para quem não é nosso vizinho, ou para quem apenas se diz “amigo”, é incrível como descobriram a vocação da bondade no Brasil, somos uma espécie de banco amigo, que empresta e dá, sem esperar receber nada de volta, mas peça para um cidadão brasileiro ir até um banco e pedir dinheiro, volta para casa em uma camisa de força, dado como louco, este é o senso de justiça dos nossos governantes.
Mas o Brasil hoje de acordo com nossos governantes é um país de primeiro mundo, não muito melhor que isto, pois países do primeiro mundo não fazem doações da forma que o nosso amável país faz, com toda a certeza deve haver muita gente rindo do povo brasileiro, pois ao invés de cuidar dos nossos problemas, convenhamos que são muitos, nossos políticos preferem cuidar de outro país, bom, esta deve ser mais uma tendência da estação, mais uma moda, para ser desfilada na passarela da impunidade, desigualdade e corrupção no nosso bondoso Brasil.

Inserida por pablodanielli

O preço da vaidade


Quando o corpo perece, aos caprichos da vida, morre um pouco de nossa sensatez. Não por mera coincidência nos custamos a nos entregar aos pecados da carne, pois sabemos que uma vez provado deste delicioso mal, os nossos corpos podem pedir mais, então seria tarde de mais para recuperar a pureza pela qual nossas almas são feitas.
Está em todos os lugares, em um olhar, no dizer malicioso de um bom dia, ou apenas em uma imaginação fixa de cobiça, pela linda menina que passa sem lhe perceber. Difícil talvez seja perceber, mas convenhamos ser muito fácil de se entregar, não é pura demagogia dizer que fomos feitos para o pecado, mas é tolice dizer que podemos resistir a todas as tentações que são postas em nossas mesas.
Um homem ama uma mulher, até então tudo normal, flores, poesias e carinhos no dia a dia, tudo certo, tudo legal, se não fosse o desejo carnal, o desejo de controle e sedução, de fazer coisas inimagináveis com quem esta ao seu lado, como quem tira as pétalas de uma flor uma a uma, sem lhe sobrar beleza para observar, sem restar o que apreciar, então parte para novas conquistas.
Assim tem inicio o jogo da vida, o jogo de sentimentos, o jogo das traições e o jogo das desculpas mal ditas, nessa forma que engolimos qualquer coisa para manter algo ou alguém ao nosso lado, possível que nosso orgulho nos domine, muito provável que o medo determine nossos próximos passos, se formos prestar bastante atenção, será possível observar que deixaremos muitas vezes de buscar a felicidade em outros portos, por se contentar com algo seguro aos nossos olhos, embora nossas mentes digam que se pode ter mais felicidade.
Então surge uma pergunta clara e direta em nossa cabeça, qual o preço da vaidade? A vaidade da vida, do que as pessoas vão pensar sobre nós, ditando assim nosso ritimo, impedindo cada pessoa de lutar pelo que se realmente quer. Esta preocupação em relação á própria imagem, o medo de enfrentar nossa própria imagem arranhada, em um gigante espelho, aonde todos procuram seus defeitos. Ficamos realmente pequenos diante do nosso desespero, mostramos a nós mesmos de que material somos feitos, e na maioria das vezes choramos, pela própria falta de atitude.
Somos será tão ínfimos assim? Ou apenas se contentamos em coexistir? O certo é que na maioria das vezes estamos errados, e não aceitando este erro grotesco, no qual abrimos mão, deixamos partir com ele uma parte preciosa de nossas vidas, na qual possivelmente se encontre a nossa alegria. Para tanto é necessário ser modesto, engolir o orgulho e procurar fazer o certo e o certo na maioria das vezes é o que se quer, não o que os outros querem.

Inserida por pablodanielli

Por qual motivo você ama?

O que nos faz sentir diferentes em meio a milhões de pessoas, milhões de rostos espalhados pelo mundo e muitas histórias vividas das mais diversas formas. Por qual motivo devemos nos sentir especial, sentir valorizado, amado, importante para quem nos conhece?
O que move nossos atos, gestos, atitudes do dia a dia, somos tão diferentes assim um dos outros, ou apenas parecidos e não vemos que isto não faz de nós mais que meros espectadores da vida. Por qual motivo procuramos preservar, cuidar e amar quem consideremos especial, que temos apegos e que respeitamos, não parece à primeira vista uma questão muito complexa de se responder, mas se formos por em razões concretas, veremos que a vida que nos cerca é cheia de perguntas e nem sempre obtemos respostas.
Então por qual motivo você ama, por qual motivo amamos uns ao outros e diante do desconhecido somos tão indiferentes, aquelas pessoas também não são dignas de nosso respeito e amor? Somos mais cruéis do que podemos imaginar e temos mais compaixão escondida em nossos corpos do que podemos supor, tudo é variável de acordo com o momento que nos encontramos e a vida que vivemos.
Talvez se o ser humano compartilhar o amor que tem dentro de si, para as pessoas, não precisaria ser muito, apenas uma milésima parte estaria bom, já mudaria muita coisa, seria uma transformação incrível e sem precedentes para a humanidade, mas então vem à questão, por qual motivo você ama? Amamos para nos sentir importantes para outra pessoa, para recebermos o mesmo amor em troca, ou porque manda a cartilha que devemos amar ao próximo sem questionar, o motivo, o porque ou circunstância, e se o amor vem de berço porque não dividi-lo com o mundo. Mas por qual motivo amar, não é o motivo principal de as coisas estarem certas ou erradas, o que pode ser crucial é porque não amamos o próximo da mesma forma que nos amamos, pois todos somos, um pouco narcisistas, temos dentro de nós um ego que por vezes não nos deixa ver o que existe por fora desta casca, que por vezes é grossa e fere ao próximo e por vezes é delicada e não nos serve para nada.
O certo é que com ou sem motivo devemos conceder o melhor de nós sempre, mostrar que somos mais humanos ao invés de seres frios e calculistas, não procurar motivos para amar, sim procurar motivos para se deixar amar, pois será que somo seres tão perfeitos, a ponto de julgar necessário se precisamos disto ou daquilo, somos humanos, frágeis e com uma vida considerada curta, então devemos procurar deixar lembranças positivas e gestos de bondade, já que lembranças é o que levamos e é o que fica de nós para as outras pessoas e lógico o amor que compartilhamos.

Inserida por pablodanielli

Dúvida

O equilíbrio tênue
Ausente na mente
O escraviza por deveres
Adquiridos.

A falta da dúvida
Transforma a face
Em cordeiro,
Pronto para ser imolado.

Capenga de verdades
Inflada de proféticas palavras,
Não há sinal de razão
Em meio ao caos organizado.

Estupenda maestria
Em seguir velhas sinas,
Assassinando a própria liberdade
Para ter conforto na vida.

Inserida por pablodanielli

Faltou agua
Acabou a luz,
Comida não tem.
Sofrimento sempre sobra
Em alguma casa
Sem janela e nem porta,
Seja no sul ou no sertão!
A noite é iluminada
Pelos lamentos,
E o sal das lagrimas
É o sustento!
Para a barriga de vento.
Em terra castigada
Pela politica e corrupção
Quem sofre é o miserável
Sem o acesso a saúde
E educação.
Que vive de promessas
Que insistem em se repetir
A cada quatro anos
Ilusão, ilusão, ilusão,
Pela falta de competência
Na escolha de uma nação.

Inserida por pablodanielli

Ela tem um ferro de passar
Enferrujado, que nunca usou,
Volta e meia visita suas lembranças
Mesmo aquelas, que nunca sonhou.

Usa lagrimas que não tem
E sorrisos que não conhece,
Que poderia fazer brotar vida
Ao invés de se perder no vazio do corpo.

Mundo estranho esse, não?
Aonde pessoas querem certezas
E usam desejos com certo rancor.

Memorias quentes, de um mundo frio,
Com palavras soltas que não amarram um sentimento
Mesmo aquele quase impossível, que acontece com certos olhares,
Que costumamos gentilmente chamar de amor.

Inserida por pablodanielli

Mulher

Que direitos são estes que ferem
Não só o corpo, mas a alma,
Que luta é essa que maltrata
Dilacera a coragem, faz crescer o medo?

Que culpa tão grande é essa
Que faz desejar não viver,
É a beleza, o aroma ou o sorriso encantador?
Seus cabelos ao vento, não podem servir como chicotes!

Um silencio, que fere!
Dilacera e maltrata.
Mas os olhares tão tristes
Com esses dias tão incompreensíveis
Não fingem.

Existe vida além-mar?
Existe esperança além da dor?
Existe força aonde só há terror?

Tantas perguntas em um corpo tão frágil
Capaz de fazer surgir à vida,
Mas ainda incapaz
De viver com a dor.

Não é pela violência sofrida
Não é pelo desespero nela contida,
Não é pelas marcas que não cicatrizam!

É pela alma ferida
Pela pureza perdida
Pelo corpo que deveria receber
Somente o calor
E sentir apenas o amor.

É o direito de viver
De ser feliz,
Que alguns ainda não conseguem
Se permitir.

Inserida por pablodanielli

Passa
Passa o dia
A noite, a dor,
As lagrimas.
E alguns sorrisos
Passa a vontade?
Passa o frio,
O calor e o suor.
Passa a passos largos
As rugas, as roupas,
O assobiar de alguns passarinhos
Os desejos e alguns cheiros.
Só não passa as cicatrizes
Estas ficam guardadas,
Em algum canto da memoria
Lembranças de uma vida inteira.

Inserida por pablodanielli

Guarda em uma pequena caixa
Todas as tuas memorias,
Teus desejos tão ardentes.
Para que não tenham espaço suficiente
Para se acomodar, se adaptar,
Assim sem você esperar
Vai transbordar em sentimento.
Para fora do seu corpo
Fazendo você se sentir vivo,
Explodindo em sorrisos coloridos!
E não apenas um objeto
Decorativo, sem nenhum motivo,
Num mundo meio cinza
Meio dolorido.

Inserida por pablodanielli

De o primeiro passo
Gaste a primeira sola,
Crie as primeiras marcas.
A vida tem dessas surpresas
Estas aventuras do acaso,
Marcas acontecem para quem vive
Não para quem apenas sobrevive.
Ouse com alguns olhares
Derrube muros com alguns sorrisos,
Deixa extrapolar alguns gritos!
A alegria não foi feita para ser guardada
Em pequenos potes ou em pequenos vidros.
Suspiros não nascem do nada
Requerem ousadia, tem que se permitir sentir,
Arriscar para poder perder
E para poder, em algum momento viver.

Inserida por pablodanielli

Sempre há aquela musica que faz se passar um filme na mente, trazendo lembranças, que muitas vezes o deixa na angustia de não saber o que fazer, porque a lembrança
surge, e mesmo as vezes a lembrança não sendo boa, você escuta aquela melodia, que te trás uma sensação de viver o passado, viver lembranças, trazendo uma emoção naquele
momento, que após passar essa emoção, lhe deixa bem mais aliviado da angustia, e assim, dando aquela sensação de um pequeno frio na barriga, libertando a alma,
pronta para tornar outra melodia parte de seu presente, que futuramente se tornará seu passado.

Inserida por souwq

Indi(Gente)!

As mãos sujas pelo mau trato da vida, vasculha de forma bruta o saco junto ao meio fio, a cada volta da sua mão na aquele paraíso de sobras humanas, faz escapar o fedor de toda uma sociedade que ignora sua existência.
O rosto baixo com o corpo meio curvado e os olhos tristes, como quem se esconde de outros olhares falsamente piedosos, ouve múrmuros quase imperceptíveis, embora sua cabeça insista em lhe alucinar, que seja sobre sua humilhação.
Sem saber que horas são, sem se importar que seja dia, noite, ou madrugada a fora, sem obrigações legais, sem obrigações sociais, sem falsas ideologias ou filosofias baratas. Apenas com a esperança de encontrar uma sobra que possa comer, ou vender para conseguir poucos centavos.
Mesmo que seu sofrer lhe de motivos para sorrir, dificilmente saberia que se trata de felicidade, pois a pele queimada do sol e marcada pelo descaso, já não tem a sensibilidade necessária para sentir algo além da dor. Acostumou-se a dar passos vazios, há ser invisível, há ignorar seus sonhos e desejos, não poderia ser nada além de alguma coisa qualquer, quase que um objeto decorativo, essencial em qualquer sociedade trincada e obsoleta.
Percebe que não é bem vindo, percebe que não sabe para onde está indo, e que de alguma forma é motivo de risos, indelicados e indecisos. Que com suas marcas estampadas, seres ligados no automático esquecem-se de vestir-se de humanidade. Seu olhar corre pelas calçadas mal cuidadas, pelos muros pichados, uma cidade morta, cinza e explorada pela incessante busca de poder aquisitivo, que não se lembra mais qual é seu verdadeiro objetivo.
Pensa com sigo mesmo, como mudar, como sobreviver a esses tempos tão incertos, não poderia ser ele o único invisível em um lugar que parece ser bom apenas para sobreviver. Aos poucos se levanta, exalando o cheiro de seu viver pelos poros entupidos de verdades nunca ditas, abandona o saco, já sem nada para lhe oferecer, da alguns poucos passos com seus pés calejados, prostrando em frente aquilo que pode ser mais uma refeição, cai uma lagrima lhe dando esperança de que ainda não foi totalmente destruído e que lhe resta uma gota de humanidade e assim segue sua sina, imposta por outras línguas que não conseguem identificar o sentido da vida.

Inserida por pablodanielli

Distante dos sorrisos
Meias verdades,
Ou mentiras inteiras.
Cantos escuros da memoria
Que ignora o fato de tudo
Dia ou menos dia
Ter uma volta.
Círculos viciosos
De uma vida mal jogada
Mal dita às palavras,
Que em um jogo desprezível
São capazes de ferir ou iludir.
Fecha as cortinas da sala
Tranca a porta dos quartos
Esconde-se entre cobertores,
Enquanto a vida passa!
Bem ou mal
Lá fora.

Inserida por pablodanielli

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