Textos Dissertativos de Amor
Tardes com Teu Nome
Há um instante no crepúsculo que cai,
Quando a luz, já cansada de ser sol,
Se derrama nos vidros a cantar
Um segredo que o mundo não sabe ouvir.
É nessa hora branda, quase parada,
Que teu rosto se forma no ar morno:
Não é lembrança, é presença delicada,
Um refúgio de sombra no fim do dia.
Penso em ti — e o tempo se dobra:
O vento traz tua voz nas folhas secas,
A poeira dourada dança devagar
Como gestos teus pela sala vazia.
Ah, que ofício simples e profundo
Deixar que a saudade, lenta, se instale: Pois ainda não vivi.
Não dói, aquece. É um fogo brando
Que a tarde carrega em seu manto largo.
O mundo lá fora se tinge de mel,
As nuvens desfiam algodão doce,
E eu — apenas navego sem pressa
Nesse mar calmo onde teu nome é porto.
Porque pensar em ti à tarde não é fuga:
É encontrar, no meio do dia que finda,
A quieta certeza de que existes,
E que essa luz, por um instante,
É tua mão acariciando o horizonte...
Pequena Resistência
Era um grão no chão duro,
Pisada pela pressa do mundo.
Vozes grossas, vento cortante,
Vida apertada, mas não tanto.
Sob o peso do inverno longo,
Guardou calor no punho fechado.
Cada passo era montanha,
Mas seu sonho, semente teimosa.
Um dia a raiz furou o cimento,
Broto verde ergueu o dia.
Na altura do joelho alheio, foi quando eu conheci.
Floresceu sua quieta ousadia.
Hoje carrega o sol na palma,
Pequenina nave mestre
De si mesma —
Flor de asfalto.
Nem natureza fixa, nem construção fluida;
Nem substância rígida, nem folha vazia: semente que varia, DNA que fica, cria e recria;
Nem pura essência, nem pura aparência: é mistura, é experiência, é vivência, é existência.
Somos síntese viva, cultura e biologia,
união dinâmica em constante interação, transformação e evolução.
O capitalismo tem como vertente principal a propriedade privada e o mercado livre. Apoia-se nas contradições e ambivalências humanas, celebrando o individualismo.
O socialismo, assentado no coletivismo e composto por múltiplas correntes que oscilam entre o ideal igualitário e o controle rígido, ainda busca sua aplicação plena.
Essa abordagem pragmática — focada no real, sem idealizações, lidando com a vida como ela é — fez do capitalismo o sistema predominante globalmente, enquanto o socialismo permanece marcado por utopias e controvérsias.
Bom Dia, Esperança
O sol beija a manhã,
trazendo luz e canção.
O mundo renasce em flor,
cheio de cor e calor.
E nos teus lábios, talvez amor?
— a boca mais linda que eu já vi —
moram sorrisos de aurora,
doces como o dia que agora
se abre em promessas,
em versos, em festas.
Que a esperança nos guie,
e que o teu riso me alegre
até o fim do dia...
O Barrigudinho
No riacho claro e raso,
Nada um ser bem miudinho,
Com barriga que reluz
É o valente barrigudinho.
Peixe simples, sem vaidade,
Mas carrega uma missão:
Come larvas de mosquito,
Guarda a nossa proteção.
Colorido em tons discretos,
Com movimentos tão sutis,
Dança leve entre as pedras,
Nos aquários é feliz.
Nordestino por nascença,
Resistente ao sol ardente,
Mesmo em águas esquecidas
Segue firme e persistente.
Não se mostra por bravura,
Nem exige um pedestal,
Mas merece poesia
Por seu gesto natural.
Então viva o barrigudinho,
Nosso peixe pequenino,
Guardião das águas doces,
Campeão do nordestino
Pensei em escrever porque alguém me perguntou:
“Cadê suas poesias? Tem escrito?”
A resposta veio assim:
Nem todo dia tem poesia.
Tem dia que amanhece seco,
sem metáforas, sem rima, sem vontade.
Tem prosa crua,
comunicado de despejo,
recado na geladeira,
mensagem não lida.
Tem carta escrita às pressas
só pra não dizer que ficou calado.
Palavras que se alinham não pra explicar,
mas pra confundir, provocar, desarrumar.
Nem todo dia tem bons pensamentos.
Tem dia em que o peito pesa,
e os sonhos dormem mais do que a gente.
Tem vontade de sumir,
e tem lembrança que insiste em ficar.
Tem o corpo presente e a alma ausente.
Tem desejo partido,
tem carta de amor rasgada antes de ser enviada.
Tem dia que tem só o silêncio —
mas é um silêncio cheio de barulho por dentro.
Tem dia que o mundo cala,
e mesmo assim, a palavra teima em transbordar.
Sai pelos olhos,
escorre na pele,
explode no papel.
E é nessa bagunça que, às vezes,
sem querer, a poesia volta a acontecer.
Amizade em Flor
Mais que a chama que incende o olhar,
Há a raiz que sabe aprofundar.
Philia – amizade, solo quieto,
Onde repousa o ser completo.
Não só paixão, fugaz e viva,
Mas mão segura, atenção tardia.
Silêncio que não pesa ou dói,
Lugar comum onde o eu despois.
E nesse campo, fértil e calmo,
Pode brotar um doce palmo
De algo mais... um tímido ardor,
Pergunta sem resposta, talvez amor.
Mas mesmo assim, se o fogo nasce,
Da amizade a base não despedaça.
Pois o afeto que primeiro veio
É o caule forte, o puro seio.
Amor de amigo, quieto e profundo,
Pode ser terra... ou ser o mundo.
Onde o romance, se vier, será
Raiz e flor, na mesma estação.
Dois amores numa só canção,
Um abrigando o outro, sem perder
A essência pura de se ver
Na mesma sombra compartilhada,
Cada um de nós, inteiro, na jornada.
Minha mãe me nomeou Matheus. Pela vida, muitas vezes, foi preciso me refazer. Dentre vários de mim se destaca um eu. Alguém que veio ao mundo nu e sabe que dele nada levará. Mas que em sua caminhada poderá criar ou imaginar mundos possíveis para aqueles que sentem-se desentendidos do eu, dos outros e talvez do mundo. Aqueles que não tem nada a perder e sabem disso dedico essas poesias.
dedico minhas poesias a quem na vida, nos cantos das paredes ou nas andanças do mundo sente-se as margens. dedico essas poesias a você a quem se sente, por vezes, um zer0 à esquerda.
14 de julho de 2025.
Ele se sentia incomodado com a minha presença, não me queria por perto, mas, ao mesmo tempo, me confundia com sinais de carinho e afeto.
Desde o início da relação, propus um diálogo aberto, expus minhas fragilidades e, muitas vezes, deixei-me levar pelas minhas inseguranças.
Inúmeras vezes convoquei conversas sobre isso, apontei a possibilidade de recuar, de darmos dois passos para trás na relação, entre outras alternativas.
O que mais me machuca é saber que fui subestimado. Quando mostrei minha vulnerabilidade, não foi para assustar, mas para alertar sobre minhas feridas emocionais.
Conheço muito bem os meus sentimentos e acredito que a sinceridade pode ser a chave para o diálogo — mas, nessa relação, não funcionou.
Várias mentiras foram empilhadas sobre a mesa. Falsos desejos foram compartilhados. Afetos e carinhos que nunca foram verdadeiros.
A verdade é que talvez não tenhamos sido permissivos. Talvez permitir-se fosse o caminho: permitir-se falar, conversar, dizer, explicar.
Mas não. Nunca houve a preocupação em me dizer que eu não era desejado na vida dele.
Posso parecer frágil, mas tudo o que quero é poder ser inteiro com alguém que partilhe a vida comigo.
Não é o amor no sentido idealizado da palavra, mas um amor real: a partir do desejo do outro, podemos florescer como na primavera, cair como as folhas no outono ou queimar com as geadas do inverno.
E, a partir do desejo, também podemos arder como fogo na pele alheia, sem que isso seja um ato de traição. Sou sincero e verdadeiro — a mentira me enoja como um regurgito.
Nos tempos em que vivemos, o amor é fragmentado. É preciso assumir isso para caminhar junto à verdade.
Assumir que, numa relação, o outro deseja o "nós", mas também deseja os "outros" — esse caminho parece ser mais justo, verdadeiro e coerente.
Não posso apagar o meu desejo, assim como você não pode apagar o seu. Então, por que não nos alinhamos para arder como chamas, enquanto nos espalhamos como brasas por aí?
As gerações se conflitam, os humanos gorjeiam, e as relações se enfraquecem. A hiperindividualização do eu dificulta o movimento do nós.
Na contemporaneidade, há uma necessidade de comportar os prazeres a partir das nossas liberdades — mas ser livre não significa estar sem o outro.
Como podemos compactuar com a verdade de forma equivalente aos nossos desejos?
Abdicar dos desejos é um caminho para o apagamento do eu?
Em que implica a ascensão do eu em uma relação que contraria o nós?
O que o fetiche pela mentira revela sobre o caráter de alguém?
quando a cadeira,
estiver distante da mesa,
e isso incomodar,
é melhor que volte a cadeira
pro seu devido lugar
quando estiver acompanhado
E a cadeira estiver distante da mesa,
e isso não agradar,
é ideal comunicar.
se há ruído
é possível ser entendido.
A ponte que liga o querer ao poder
é a essência da liberdade
de se sentir a vontade
pra ser escolhido ou poder escolher.
não! Não somos suficientemente incríveis.
somos potenciais incríveis.
por mais avesso que possa parecer,
somos como as aves em migração,
sozinhos não conseguimos seguir.
sozinhos nos perdemos de todo o resto
só saberemos ser suficientemente "incríveis",
quando ouvirmos, percebermos ou sentirmos.
e é isso que sempre desloca,
que nos coloca
nos vértices triangulares das paredes.
bem já se sabe
"que os outros completam as faltas"
respire, relaxe olhe e vá.
o vértice triangular sustenta o zer0 nas paredes, que se levanta e mais uma vez segue, caminha - olha para o azul e diz:
não agradeça a companhia,
ser gentil, amável e cuidadoso,
tampouco é um esforço,
você mereceu.
Pai, em Nome de Jesus, eu declaro que creio no Sacrifício de Jesus na cruz para me salvar, e na Sua ressurreição. Por isso, eu te peço perdão pelos meus pecados e que o Mesmo Sangue derramado na cruz cubra toda a minha vida e me purifique de todo pecado e injustiça.
Eu confesso Jesus como Meu Único Senhor e Salvador e recebo o Teu Espírito Santo em meu coração para que, a partir de hoje, eu me transforme na pessoa que tu desejas que eu seja.
Endireita os meus caminhos, Senhor. Escreve o meu nome no Livro da Vida e me faz um participante da Tua Herança Eterna.
Em Nome de Jesus, quebro todo o vínculo que eu tenho com as trevas para aceitar Jesus como Meu Único Senhor. Amém.”
O Senhor já nos deu o perdão.
Nunca abra a boca, para dá testemunho de prosperidade financeira nas igrejas, porque não vale a pena. Infelizmente vivemos sercados de pessoas carregandas de sentimentoes malignos, a famosa inveja.
Dê testemunho de curas, isso sim.
Nãoo confie seu passado a ninguém, não vale a pena. O que tú fez de errado, o Senhor já lhe deu o paredão, lançando tudo no mar do esquecimento, colocando um novo cântico em seus lábios . E ele disse: Que, dos nossos pecados não se lembra mais.
Com as mãos livres, o homem poderá chegar ao ponto alto do seu próprio estado de fúria ou de inquietação. Neste estado, ele tem total capacidade de ocupar suas mãos com armas ou com livros, e sua mente construindo armadilhas ou escrevendo poemas, versos e romances diversos. Quando o homem abaixa as armas, até mesmo um galho seco pode ser um meio de riscar ao chão e de materializar os sentidos dos seus próprios pensamentos, medos ou frustrações.
A pulsão é a mesma, cabe a cada ser saber utilizá-la da melhor forma.
Se conecte, a era das "máquinas" chegou!
Td aquilo que outras gerações "imaginou", o homem, em um curto espaço de tempo "criou"!
Vc conhece "tecnologia reversa"?
Se não conhece, espere, essa tecnologia vai acabar com toda "conversa"!
Somos a geração que vai "descobrir de onde viemos, e pq viemos"?
Preparem se para uma jornada inesquecível, o ser humano está em UPGRADE!
A inveja !
Enquanto deitado pensava,
não existe ninguém,
com quem eu possa contar,
porque a inveja os dominam,
por isso, não vão me ajudar.
Você escreve uma livro,
ou grava uma canção,
ninguém lhe ajuda, e nem
lhe estende a mão.
Jesus em seu sermão,
um dia declarou: Profeta
em sua pátria, ninguém lhe dar valor.
A inveja é um sentimento,
que sufoca o elemento,
não o permitido estender a mão,
para aquele que estar ao seu lado,
cuja a estrela, pode brilhar.
Por isso o invejoso:
Faz de tudo para o ofuscar.
Eu estou numa fase da minha vida, onde mais nada me atinge, se você querer discutir sobre algo vc vai discutir sozinho (a), se voce chegar em mim e disser que 5+5 é 15 voce estara certo e eu em paz, nada mais me abala. sigo firme e forte na minha caminhada.
Gosto das verdade e das transparencia, gosto de ser previlegio, afinal opçao nmc faltou... 🙃🍃
Vinte um de maio !
Vinte um de maio de mil novecentos e cinquenta e quatro você nasceu,
mas uma primavera no jardim de sua existência você colheu.
Clemilda, não tenho ouro e nem parta,
para te oferecer, mas quero que saiba
querida que amo você.
Andei de porta em porta,
sair de deu em deu, e às mulheres
que tive, foram pra o beleléu.
Só ficou você, enviada do céu,
se estivesse ao meu lado,
eu também estaria, no beleléu.
Já faz alguns anos !
Já faz alguns anos,
que modifiquei, o meu modo de vida.
No mesmo instante, que olhei para Cristo,
a minha vida mudou.
Agora não vou mais chorar,
nem pra trás olhar,
pois aceitei Jesus e certo estou,
que vou morar na Cidade de Luz.
Você meu amigo, que vive no mundo,
a se iludir, aceite Jesus,
e venha comigo, morar no Provir.
