Textos de Tristezas
Despenco dos céus como um anjo,
A dor de ser rejeitado
Me faz soltar uma lágrima de ódio...
Porque me fizeste presenciar a sensação do poder absoluto,
Se pretendia me jogar de teu coração,
Me machucando.
Sinto a dor de mil facadas em meu peito...
Apenas teu amor pode curar tal efeito...
Dizer que me ama e matar logo depois com tiro no peito.
Já senti a dor antes, mas dessa vez acertou em cheio.
Posso não me recuperar, mas nem quero tentar.
Já aceitei o fato,
De que a terei apenas em outra realidade...
Que não termine comigo assassinado.
"A mente atormenta durante a noite fria,
a paisagem congelada ocupa o espaço na mente vazia
o pensamento vaga em várias direções em busca de uma resposta
já não posso mais suportar essa falta de ar que me sufoca.
Preciso respirar mas em cima do meu peito há o mesmo peso na qual a minha mente esboça.
Será esse o meu fim?
A minha alma dói na possibilidade de perder o amor que sentem por mim."
Eu escrevo isto como um desabafo sobre eu estar perdido.
Perdido num lugar aonde ninguém consegue me encontrar,
Perdido numa escuridão que nem mesmo consigo me achar,
Mais mesmo perdido eu continuo a sobreviver enquanto não consigo viver e nunca irei ceder a essa vontade de morrer.
Por enquanto irei sobreviver para um dia conseguir viver.
A carência me incita todas as dores! Essas afligem o meu corpo e como dói... Já me encontro farto, farto de que tudo nunca se esclareça, farto de amar com prudência, farto de nunca compreender se é amor ou carência.
Não são todos os dias que me recordo de você, mas quando lembro, levanta-se em mim um misto de sentimentos. As pessoas nunca entenderiam o peso das artes simples! A verdade é que a tua cruz desenhada em meu corpo perdura até hoje, e permanecerá tão-somente no meu último suspiro de vida, mesmo que ainda, fisicamente, não tens a mim morto.
Alguns presenciaram a tua pequena arte, mas tão fútil se faz para eles, pois o corpo que fora marcado, pertence a mim. Nunca haverá amor tão lindo. Fissurados por essa leitura poderão até imaginar que escrevi para tal, mas você, a quem escrevo com amor, nunca saberá sobre a dor que expresso nestas palavras.
Eu preciso falar sobre o luto
O luto não advém só da morte de alguém. O luto acontece a cada fim do dia que você perdeu uma oportunidade. Acontece em cada encerramento de ciclos que ficaram para trás. O luto acontece com o término de uma amizade, um namoro ou um casamento. Acontece quando você sente que não vai dar para começar de novo.
A vida é preenchida diariamente com todas essas situações, incluindo a primeira.
Todo dia alguém perde.
E perde sozinho.
Por maior que seja o número de pessoas que estejam se solidarizando com a sua dor, não existe no mundo quem vai senti-la por você e como você.
O que eu quero dizer com isso, é que a todo instante estamos passando por algo que um dia vai chegar ao fim, e a gente só costuma notar o valor disso tudo depois que acaba.
O ser humano já se convenceu de que nada é eterno mas recusa a se lembrar que talvez possa ser breve demais.
A vida é instante. É passageira e assim como o tempo que ocupa, é presente.
Isso é tudo o que temos.
Me perdi, cadê aquela fome de me conhecer? Onde foi parar minha vontade de acordar bem cedinho para ouvir o lindo canto das aves?
Me sinto um desconhecido em um corpo vazio, como fui me perder sem nem mesmo ter trocado de alma?
Possa ser que de fato nunca me conheci, e somente agora notei o tamanho da minha distância.
Sobreviver.
A vida era mais encantadora aos 10 anos, quando eu me machucava, corria para casa e chorava em meu quarto sozinha.
Hoje, casada, choro em um banheiro minúsculo, torcendo para não ter que disfarçar outra lágrima que simplesmente insiste em cair.
Quando parei de ser a menina que se machuca e chorava no quarto e me tornei a mulher que chora no banheiro sem motivos ou razões aparentes?
Só gostaria de saber quando essa tortura acaba, se não acaba, sinto que darei um fim, não deixarei filhos que levaram meus traços em seus rostos, certamente eu apagaria não só a minha existência, mas a de uma família inteira.
Eu não aguento mais resistir por todos, quando todos estão felizes, talvez minha felicidade não seja estar viva.
Talvez eu tenha me apaixonado em vão
Talvez eu não tenha coração
Talvez tudo seja problema da nação
Talvez nenhum ganhador seja campeão
Talvez eu esteja desperto
Ou é só alucinação
Talvez eu tenha alguém que me ame
Talvez seja só por compaixão
Talvez eu esteja vivo hoje
Amanhã talvez, num caixão
Talvez eu goste de dançar
Mas não de chamar atenção
Talvez eu me sinta livre nos sonhos
Mas é apenas mera ilusão
Talvez eu me iluda sozinha
Por pura distração
Talvez eu goste de escrever
Mas não uma canção
Talvez eu queira achar a tal felicidade
Mas só encontro frustração
O AMOR DAS PALAVRAS
Eles eram iguais; ambos tinham três letras, uma única sílaba, também comunicavam e expressavam sentimentos, respondendo qualquer questionamento objetivo que fosse feito.
Eram tão parecidos! Tão iguais! E mesmo assim não podiam viver, o seu estrondoso amor.
Havia uma distância grotesca entre a semelhança que lhes perseguiam. Ainda que se encontrassem extremamente apaixonados, a sentença da vida fazia questão de separá-los toda vez.
Quando o "Sim" se declarava, o "Não" o rejeitava, e ao vê-lo fugir perdidamente — negado pelo seu grande amor — o "Não" se via assustado e apavorado; pedia, então, para que seu amado voltasse, e ele sempre dizia que "sim".
Acontecera tudo novamente. Outra vez se declarava e por enfim decepcionava, ao ouvir mais um "não" de quem tanto lhe amava. Não cabe aqui julgamento ao "Não"! Ele o amava tanto que lhe ofertava a única coisa que tinha na vida, o seu próprio "não".
Um dia, o "Não" entendeu que fazia mal ao "Sim", pois sabia que ele sempre aceitaria quando lhe pedisse para voltar, foi assim que fugiu descomungado! Por amor ao "Sim", negou o seu próprio amor.
A raiva age como um catalizador. Guardá-la nos deixa exaustos e
doentes. Internalizar a raiva tira nossa alegria e vitalidade.
Externalizá-la nos deixa menos eficientes na tentativa de criar
mudanças e conexões. É uma emoção que precisamos transformar em
algo que dê vida, coragem, amor, compaixão, justiça.
Canto do silêncio
Quando percebi em teus olhos
a tua cruel indiferença,
meu coração soluçou.
Balbuciou gemido de intensa dor
e a amargura me dominou.
Fraquejei diante da tua frieza,
do teu silêncio, da tua crueza,
da tua indiferença, da tua ferocidade,
do teu desamor, da tua maldade
do teu infindável torpor.
.
Senti o medo abrigando-se
em meu íntimo e naveguei
por mares escurecidos
mergulhada na aflição da incerteza.
Tantas perguntas sem respostas!
Por que finges que me ouves
Se não me escutas?
Por que me olhas
se não me vês?
Por que silencias
quando devias falar?
Umbelina Marçal Gadêlha
Eu queria que voce se apaixonasse
que se afogasse na profundeza dos meus olhos
nao to falando daqueles filmes de romance e sim de terror
que por um breve instante
voce nao sentisse nenhuma dor
mas tivesse medo
que eu partisse
que eu nao sorrisse
eu queria que voce se apaixonasse
que no frio da noite lembrasse do meu cabelo cor de sol
que nas musicas mais intensas lembrasse da minha voz
eu queria que voce se apaixonasse!
mas ainda soubesse que iria partir
e como as coisas mais bonitas da vida
sucumbir
eu queria que voce me visse como arte
mas todos os bons artistas so sao conhecidos depois de ir
A CRIAÇÃO DA FACA
Eu inventei a faca, nutri expectativas sobre a faca, acreditei que ela seria única, e a deixei existir.
Um dia, enquanto eu caminhava pela rua, tropecei em um homem irritado, manchei toda a sua camisa de café. O homem tirou dos bolsos o que eu não esperava, o objeto era uma faca.
Ele veio em minha direção, sem que eu pudesse explicar o que havia acontecido, pegou a faca e afundou diversas vezes em meu peito, até que o barulho dos gritos ofuscasse seus atos.
Nesse dia, a faca que criei foi a responsável pela minha morte, pois do que vale o bom coração na intenção de progredir, entregar nas mãos de qualquer um, o fruto da sua criação.
SOMOS DE MARTE
Dias de fogo, presença de angustia, e extrema inexistência de compreensão sobre os que ''constroem'' o mundo.
Hoje sei que todos nós nascemos esqueletos, mas a triste realidade é que muitos morrem esqueletos.
É errado dizer depressão, e sim, não ter o entendimento sobre a ausência de afeto, de alma e de coração...
►Tarja Preta
Onde está aquela garota que encontrei naquele dia?
Hoje escutei que ela perdeu a autoestima
Para onde foi a garota que, comigo festejou o fim de ano?
Que hoje deve ser encontrada em prantos
Diga para o espelho onde está seu futuro, seus planos
Queria viajar o mundo, um sonho seguro
Cadê aquela jovem responsável?
Ouso dizer até que era admirável e adorável
Bebidas se tornaram o seu consolo?
Bebidas se tornaram o seu conforto?
Talvez você sofreu algum tipo de abandono
Disseram que se envolveu com tarja preta
Tive que procurar me informar para poder falar
No começo, espantado pensei que fora uma bobeira
Pois pensei que você estivesse vivendo a vida rotineira
Segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira
Onde está aquele seu futuro? Por favor, veja
Pois não creio que seja dentro de uma garrafa de cerveja.
Você era tão especial, mas se julgou ser uma ninguém
Matou aquela outra, mas talvez mude no ano que vem
Talvez assim, você pense bem no que quer
Que você escape dessa maré
Pois assim irá viver feliz e com o sorriso sincero
Sim, quero teu bem, mesmo não se lembrando de mim
Por que é isso que eu quero, mas serei discreto
Tentarei escrever da melhor maneira cabível
Precisa melhorar o mais rápido possível
Se é religiosa, católica, reza proteção a Jesus Cristo
Mas sei muito bem
Que essa rima será jogada no lixo.
Não consigo encontrar o sentido
Talvez foi um engano, um simples mal entendido
Aquela garota era muito esperta
Não era uma pessoa "totalmente correta"
Mas os sonhos dela, para onde foram? Irão voltar?
Precisam, para te fazer melhorar
Beber e ingerir remédios não é a solução
Pois se fossem, eu já estaria com um copo em minha mão
Mas eu sei que não é essa a direção à seguir
Você poderia insistir, interagir, resistir
Talvez seja apenas uma fase necessária
Onde você não é uma voluntária
E pensar que já residiu em meu coração
Agora perdeu aquela sua determinação
Afundou na escuridão, na rua
Eu sei que a vida é sua
Mas busque uma cura
Mas lembre-se que o álcool não vai te ajudar
Ajuda dos seus amigos você irá precisar.
Menores de idade bebendo com ferocidade e agilidade
Procurando escapar da realidade
Alguns dizem que seus pais agem na maldade
Proibindo que saiam para "curtir" na cidade.
Causar dor a você, te prejudicar
Acredito que só fará a situação piorar
Remédios com receita, só se precisar
Onde aquela garota de antes pode ser encontrada?
Lhe dizer que tem o poder para seguir pela jornada.
Poesia "A Vaca"
A vaca era leiteira,
Dava muito leite
Fazia filhinhos,
Muitos bezerrinhos.
Amava seu esposo,
Um boi preguiçoso,
Amava sua família
Uma família unida.
Ela passeava
E também pastava,
As vezes não comia
Ficava doentia.
Ela envelhecia,
Estava bem velhinha,
Seus filhinhos cuidaram bem dela,
Como ela deles cuidou.
Certo dia bem fraquinha,
Pediu para falar com sua família,
Restava apenas alguns suspiros,
Então disse:Eu amo vocês
Seus filhos choraram,e,choraram
Seu esposo se arrependeu de não ter sido um esposo bom,
Chegou a hora,ela se foi
E para um lugar bom viajou.
Perceber quando somos impelidos a seguir adiante, pois não mais ecoamos neste espaço, é dançar entre a resignação involuntária e o brado autêntico da rebeldia.
Saiba que até mesmo no teatro de fingir que já não me importava, reside um ato de bravura. Enquanto sua suprema covardia se revelou em culpar-me pela minha reação.
“O problema é que a gente acredita nos insultos, não nos elogios”
Pois é, muita gente fala que meus olhos são bonitos
Não acho, eles são vazios, frios e eles não brilham mais como antes
Essa semana me falaram que: eu sou chata e se eu não tomar meu remédio eu fico insuportável e ninguém me aguenta e que era pra mim tomar dois pra ver se alguém me aguentava, me falaram que eu era um lixo muito grande pra caber no lixo da minha sala, que ninguém se importa, que eu sou idiota
Eu acredito em tudo isso
Isso é o que eu sou
Titulo: Eu era.
Como um passaro livre
Que se apaixonou
E uma espécie de grade o cercou
E tão assustado ele ficou
Pois não saberá porque ela o trancou
Mas em sua gaiola ele ficou
Até que sua dona se foi e não o levou
E muito abalado ele ficou
Perdeu sua liberdade e uma gaiola ganhou
Se ela o amava ele então duvidou
E com um pensamento eterno ficou
Porque antes de ir ela não o soltou??
►Ajude-me, Senhor
Doutor, me diga, o que eu tenho?
Às vezes estou sorrindo em devaneio
Outrora, lágrimas cortam o meu peito
Estou cansado, doutor, não aguento
Com tão pouco tempo de trilha,
Já fui apunhalado e jogado ao relento
Certos erros que cometi, ganharam vida,
E me assombram, oh, que tormento.
Doutor, por que sofro desse jeito?
O que fiz? O que esqueci de fazer?
Sei que não sou perfeito, eu sei, doutor
Mas, será que mereço? Quanto mais irei sofrer?
Doutor, cuide do meu filho
Oriente-o, para que ele não siga o caminho do pai
Que seja, carnívoro ou onívoro
Mas, que ele seja, além de tudo, sagaz
Pois, o que me faltou, eu quero que ele tenha por demais.
Doutor, eu confiei em tantas Dalilas
Que a minha vida para sempre estará em ruinas
Confiei a algumas, meu amor, meu calor, os meus versos
Em recompensa, fui arremessado, isolado, ao deserto
Chorei demais, doutor, e como chorei
Pedi demais, doutor, e ainda pedirei
Para mudar, me tornar um animal,
Com apenas desejos carnais e nada mais.
Doutor, quero não mais argumentar perante o espelho
Não quero mais discutir comigo mesmo
Quero viajar lábios a lábios, sem me apegar
Quero velejar em curvas que não irão me devorar
Estou cansado, doutor, de me entregar e me enganar
Tudo que faço é pensar no próximo
Por que, então, doutor, me desprezam com tamanho ódio?
Doutor, o senhor não sabe,
Mas, já escrevi serenatas de bela vontade
Acredite ou duvide, foram ridicularizadas, doutor
Elas foram esculachadas, enojadas
Diga então, se estou doente
Por que ainda continuo escrevendo-as diariamente?
Até quando estarei na reciclagem?
Até quando serei usado? Ou isso tudo faz parte?
Não, doutor, não tenho orgulho de quem sou
Não me adoro ao reflexo, ah, o rancor
Não sei mais o que fazer, preciso do senhor
Acho que estou doente, sinto tanta dor
Faça ela passar, bom doutor, por favor
Estou à deriva e tenho medo de me afogar
Não tenho ninguém para me salvar
Nem mesmo aquelas pessoas que me pus a ajudar
Abandonaram-me, caro doutor, todas elas se foram
Viver um outro amor, foram se aproveitar de outro
Sofredor, doutor, como eu, ah, quanto desamor.
Estou cansado de sempre tentar,
Falhar, me recusar em desistir, e levantar
Quero paz, doutor, mas, não sei se sou digno
Talvez eu tenha cometido algum delito
Talvez eu esteja mentindo para o meu espírito
Talvez eu mereça estar ao pé deste precipício
Caro doutor, diga-me, o que eu devo fazer?
Devo ceder? Cair, para esquecer de tudo?
Tenho medo de, quando sol nascer,
Eu ainda esteja só, no escuro.
Doutor, às vezes eu fico pensando sobre a minha postura
Fico pensando se eu deveria ser mais agressivo
Ter menos "jogo de cintura", mais instinto, ser menos pensativo
Doutor, quero ser comum, normal, apenas um indivíduo
Com desejos, com medos, pensamentos reprimidos
Não quero me preocupar com o bem-estar alheio
Não quero ajudar pessoas e relacionamentos passageiros
Quero ser um Don Juan, doutor, mas, não consigo
Não consigo visualizar damas como simples objeto, estou perdido.
Doutor, desculpe este meu monólogo
Obrigado por me escutar, me sinto melhor
Espero vê-lo logo, tenho tanto mais para dizer,
Desabafar, tenho muito para falar
Obrigado novamente, doutor
Devo ser o paciente mais problemático do senhor.
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
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