Textos de Tristeza do Amor
►Ajude-me, Senhor
Doutor, me diga, o que eu tenho?
Às vezes estou sorrindo em devaneio
Outrora, lágrimas cortam o meu peito
Estou cansado, doutor, não aguento
Com tão pouco tempo de trilha,
Já fui apunhalado e jogado ao relento
Certos erros que cometi, ganharam vida,
E me assombram, oh, que tormento.
Doutor, por que sofro desse jeito?
O que fiz? O que esqueci de fazer?
Sei que não sou perfeito, eu sei, doutor
Mas, será que mereço? Quanto mais irei sofrer?
Doutor, cuide do meu filho
Oriente-o, para que ele não siga o caminho do pai
Que seja, carnívoro ou onívoro
Mas, que ele seja, além de tudo, sagaz
Pois, o que me faltou, eu quero que ele tenha por demais.
Doutor, eu confiei em tantas Dalilas
Que a minha vida para sempre estará em ruinas
Confiei a algumas, meu amor, meu calor, os meus versos
Em recompensa, fui arremessado, isolado, ao deserto
Chorei demais, doutor, e como chorei
Pedi demais, doutor, e ainda pedirei
Para mudar, me tornar um animal,
Com apenas desejos carnais e nada mais.
Doutor, quero não mais argumentar perante o espelho
Não quero mais discutir comigo mesmo
Quero viajar lábios a lábios, sem me apegar
Quero velejar em curvas que não irão me devorar
Estou cansado, doutor, de me entregar e me enganar
Tudo que faço é pensar no próximo
Por que, então, doutor, me desprezam com tamanho ódio?
Doutor, o senhor não sabe,
Mas, já escrevi serenatas de bela vontade
Acredite ou duvide, foram ridicularizadas, doutor
Elas foram esculachadas, enojadas
Diga então, se estou doente
Por que ainda continuo escrevendo-as diariamente?
Até quando estarei na reciclagem?
Até quando serei usado? Ou isso tudo faz parte?
Não, doutor, não tenho orgulho de quem sou
Não me adoro ao reflexo, ah, o rancor
Não sei mais o que fazer, preciso do senhor
Acho que estou doente, sinto tanta dor
Faça ela passar, bom doutor, por favor
Estou à deriva e tenho medo de me afogar
Não tenho ninguém para me salvar
Nem mesmo aquelas pessoas que me pus a ajudar
Abandonaram-me, caro doutor, todas elas se foram
Viver um outro amor, foram se aproveitar de outro
Sofredor, doutor, como eu, ah, quanto desamor.
Estou cansado de sempre tentar,
Falhar, me recusar em desistir, e levantar
Quero paz, doutor, mas, não sei se sou digno
Talvez eu tenha cometido algum delito
Talvez eu esteja mentindo para o meu espírito
Talvez eu mereça estar ao pé deste precipício
Caro doutor, diga-me, o que eu devo fazer?
Devo ceder? Cair, para esquecer de tudo?
Tenho medo de, quando sol nascer,
Eu ainda esteja só, no escuro.
Doutor, às vezes eu fico pensando sobre a minha postura
Fico pensando se eu deveria ser mais agressivo
Ter menos "jogo de cintura", mais instinto, ser menos pensativo
Doutor, quero ser comum, normal, apenas um indivíduo
Com desejos, com medos, pensamentos reprimidos
Não quero me preocupar com o bem-estar alheio
Não quero ajudar pessoas e relacionamentos passageiros
Quero ser um Don Juan, doutor, mas, não consigo
Não consigo visualizar damas como simples objeto, estou perdido.
Doutor, desculpe este meu monólogo
Obrigado por me escutar, me sinto melhor
Espero vê-lo logo, tenho tanto mais para dizer,
Desabafar, tenho muito para falar
Obrigado novamente, doutor
Devo ser o paciente mais problemático do senhor.
Três Sentimentos da Vida
Nem mesmo a dor pode se calar
Como os sussurros no ouvido
Que dizem para fazermos o mal
Nem uma história pode ser feliz
Cada motivo de uma lágrima à sair
E era uma vez
Uma pequena história de um rei
Sem a rainha comandando os três
Três sentimentos da vida
O amor, a tristeza e a alegria
Com isso tudo foi ao caos
O amor ficou sem esperança
A tristeza arruinou a paz
A alegria nem se fala mais
E quando as pessoas perceber
Percebe que arruinaram seu poder
Tudo será tarde demais
E o velho poeta não sorrira mais
Incógnita - Marcas de um sonho ruim
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Olhe para mim,
Não tente me entender,
Nem queira me convencer
Se eu sou um dilema para você.
Sinta meu olhar...
No silêncio das noites
Ele brilha como o mar.
Não queira me compreender,
Pois nem mesmo eu sei
O que dizer, o porquê
De tantas coisas que me afligem.
Não se assuste, não.
Minhas marcas são cicatrizes
De feridas no coração.
Assim eu sou.
Não tenho muito o que dizer,
Porque assim eu sou, Simplesmente.
Incógnita, talvez...
Uma pessoa que uma vez
Talvez tenha tido um sonho ruim.
Sinto se lhe fiz sofrer com minha dor,
Mas saiba que eu chorei
Quando você chorou.
Sinto um vazio no peito
Com a sua partida
Não te encontro mais
Nos mesmos lugares de antes
Sempre me encontrava ao teu lado
Com a sua simplicidade e simpatia
Onde cada momento é lembrado
Como único e eterno
Se eu soubesse que terminaria assim
Teria parado o tempo antes
Teria te valorizado mais
Teria feito o que ninguém mais faria
Te daria um abraço forte
Diria o quanto você foi importante
E como o nosso tempo juntos foi bom
Porque ninguém será como ti
Meu coração não está aguentando mais
Ao construir essas palavras
Lembrarei que esteve comigo
Quando sempre precisei de você
Bem aqui dentro de mim
Sabe que nos veremos de novo
Em um lugar mais belo, talvez
Ou em lugar nenhum
Pois ainda não descobrimos
O que está além daqui
Nem como será o além-mar
Mas sei que o que passamos juntos
Será eterno nas nossas memórias
Se você souber o que estou fazendo aqui
Saiba que jamais esqueci do seu último dia
Onde jamais me perdoarei por não estar lá
E agradecer por ser parte da minha humilde vida
(Saudades de ti amigo, Requiescat in Pace)
Ingratidão: A Era do Vazio
Vivemos em tempos marcados pela ingratidão, onde as pessoas parecem cronicamente insatisfeitas consigo mesmas.
É uma era estranha, na qual se luta incansavelmente para conquistar algo, apenas para, ao alcançar, sentir um vazio imediato, como se o esforço não tivesse valor.
É o ciclo do “consegui… e agora?”, onde o objetivo ou pessoa se torna rapidamente irrelevante.
Estamos cercados por pessoas que não sabem o que realmente querem, e, quando finalmente conseguem, falham em reconhecer o peso e o valor de suas próprias conquistas.
Falta reflexão, falta apreciação, falta conexão com o que foi alcançado.
Que triste constatação: viver como se nada fosse suficiente, como se cada vitória fosse um fardo, e não uma celebração.
Que vazio é não valorizar os frutos do próprio esforço. Que derrota é conquistar e não reconhecer a grandeza do feito.
É um convite à vergonha, mas, acima de tudo, à mudança.
Que possamos aprender a valorizar o que temos e a ser gratos por quem nos tornamos ao longo do caminho.
Gratidão não é só virtude; é a base de uma vida mais plena.
No mais baixo abismo estarei olhando para o buraco,
Sim, para o buraco da alma que me faltam pedaços,
E me sobra um vazio do qual observo estupefato,
Tristeza costumeira que se apossa do meu corpo,
Inquilina sem pagar aluguel e ainda assim causando dano ao meu coração,
Dedico tais letras a quem sofre do mesmo mal que acomete a muitos,
Do qual poucos entendem,
Tira-lhe as forças, o ânimo, a vontade de vida,
Como se não bastasse, ainda a perspectiva lhe é ausente,
Não importa o indivíduo, seja ateu ou crente,
Rico ou miséravel, não escolhe cor ou classe social,
Hora ou lugar, vem aos poucos e de alguns suprime a vida,
Estagna a vida e o verbo é jogado fora do dia.
Vamos lá, quem é o primeiro a jogar nessa roleta do azar?
Do apíce ela lhe joga ao fosso,
E ao poço você se mantém,
Dia após dia tenta lutar com todas suas forças, e adivinhe?
Descobrirá que tem falhado,
Meu amigo, nessa jornada temos que buscar a luz,
Unir forças e pedir ao Criador que nos conduz,
Para que possamos sair dessa labuta
E enfim sair dessa luta,
Pois irmão, sei que das batalhas tu é guerreiro,
Tu é vitorioso, lutar já é muito,
Vejo as lágrimas que tem caído de tua face,
Os dias que não levanta da cama,
Que de fato nada de bom tem,
E vejo que mesmo assim há brilho no teu olhar,
Força de viver, força de lutar,
Há de um dia dessa luta sobressair.
A derrocada dos viajantes
O meu destempero acompanha meus passos, os portões silenciosos e as janelas escuras são testemunhas, mas são através de subidas, e mais subidas, e um repente de súbitas sensações de cansaço, que se fazem todas minhas manhãs. Muitos me dizem que esta é a hora de se fortificar, porém esses parecem tão fracos quanto eu, não os julgo, muitos se contentam com suas estradas, e é claro, cada um têm a sua; curva, inclinada, esburacada estrada que os levam para um destino, esse no qual é incerto de sua chegada e, sua volta é almejada desde à partida. Sou mais um como muitos outros, mas ainda não perdi a graça de observar meu trajeto, entretanto, outros nem perscrutam por onde passam.
Outrora vazio ou cheio me sinto, ouço o ressonar dos passos atrás de mim, e aqueles que irão me acompanhar, não os conheço, mas são gente assim como sou, pois, é assim que penso, e sei, que não deveria pensar assim. Hoje, ainda jovem, tenho força para me defender, ou será que tenho? Porque pessoas não são nada, para aqueles que gostam de sentir o poder e o domínio de sua jornada, e quando você pensa, é menos um andando pelo caminho que partilha. Claro, tenho medo, mas não posso parar de viajar. Minha juventude, infelizmente, em nada me beneficia neste caminho que começo tão jovem, consigo se traz ingenuidade e carência, eu vigio por muitos, mas será que alguém vigia por mim? Não, sei que não, porém logo cedo o sol bate no pico da catedral, e nos ilumina, nós, os viajantes. Ainda assim, mesmo com essa luz, meus consortes não conheço, logo, como os mais velhos instruem; “olhem para os seus pés”.
Agora fria, minha pele começa a ficar morna, contudo, esta bendita estrela não me consolará assim. Em horas, estarei banhado pelo meu suor, angustias, revoltas, e pelos cantos, ficarei choroso. Mas meus pés nem doeram para pensar assim, nem estou na metade do percurso, quem dirá o dia. Sendo assim, devo me atentar para não me desarmar na frente daqueles que cruzam bem rapidamente minha caminhada. Sempre acenam, fazem um assobio, mas o que se faz presente nesses, são os sorrisos sem tempero, até menos que o alimento na metade do dia.
Outrora, fazia questão de se atentar para minha jovem saúde, hoje, parece que não tenho mais opções para fazê-lo, são grãos que não agraciam minha dispensa, minha fruteira de plástico, são medicinas que não jazem mais em nossos velhos criados, e um conjunto de pessoas que necessitam do mesmo que eu, que prezam pela sua recém vitalidade, e aquela que já quase parte. Canso-me de pensar, e de tanto pensar, canso de mim. Ó, descida desvanecida, não cheguei aos montes para não conseguir te enfrentar, pois, quando eu estiver no platô, terá mais um cume para desbravar, donde desaguarei em vias e rodovias turbulentas, sujas e com mais gente assim como eu, que de tanto pensar, cansa de si. A minha astúcia não se faz mais presente quando tenho de exercer o que realmente tenho que fazer, e minha altivez se desbota na última esquina que dobro, e sinto o tempo escorrer pelas minhas mãos, meu doce e precioso tempo, escorre por minhas grandes e (que agora) gélidas mãos.
Todavia, na volta é onde me faço vivo, onde minha existência não é tão execrável assim, onde minhas enfermidades não me preocupam, e nem sequer me pego pensando que todo fruto do meu esforço, são para dividas que não foram engendradas por mim, e paras quais, desconheço seus valores exorbitantes. No fim das contas; para ser exato, no fim de muitas contas. O meu êxtase se torna real quando ouço o caloroso e doce falar de um futuro viajante, que peno por ele em todas minhas caminhadas.
- Chegou cedo, papai!!!
O floricultor triste
Floricultor era ele
Plantava flores para curar suas dores
Dores que derrubam qualquer um
Triste como arranjos que estavam ali
Sonha a ter uma vida livre e feliz
Senso ele mesmo
Já se perdeu no personagem que nunca quis ser
Mesmo assim sua busca é pertinente
Pertinente como sua aparência
Cansada de tudo mas nunca desistiu
Sua missão? Não sei
Só sei que eu o acredito
De qualquer jeito, sua vida será feliz um dia
Queria tua boca e abraço quente para mim
Mas não o posso ter
Já estou morto
Morto como rosas mortas
Ele cuidará de mim mesmo nessa situação?
Jardim perdido
Perdido em sua mente
Uma prisão que o foi buscar
Sente o ódio amargo em sua boca, a tristeza tirava suas forças
Apenas a boca daquele garoto poderia me salvar
Suas palavras adocicadas me fazem ser mais quente
Quente como o inferno
O salvarei dessa doença
Chamada pessoas
Pessoas que não te dão o mínimo
Protegerei de mim, para que não caia comigo no abate da sociedade
Somente sei a dor do destino
Floricultor que precisa ser cuidado como suas flores
Flores que se sentem mal como ele
Por sua dor se tornar frieza
Flores, flores mortas como a mim
Assim deixo ele com o que mais queria
Dei a minha liberdade de sobra para o mesmo
Como presente de morte do seu admirador.
Enquanto minhas lágrimas percorrem junto com a água do chuveiro
Percebo que estou só;
Só eu, e mais ninguém.
Ninguém para presenciar minha dor,
Nem meu grito ensurdecedor.
Nos meus piores dias,
Tive que me curar sozinha.
Ainda dói bastante.
Um dia, talvez...eu encontre
Um antídoto nessa estante.
DO ESCURO DA NOITE, AO CLAREAR DO SOL
O dia findava-se e com a luz,
me recolhia.
O escuro adentrava por completo todos os lugares,
e naquele momento reconheci o quão impossível é não te sentir.
As estrelas escancaram tudo,
a lua movimenta a maré,
eu até fujo,
mas logo o sol amanhece,
e tarde se é,
pois como num mar claro,
mergulhei no oceano dos teus olhos.
Tem coisas que vão doer e te tirar o chão.
E não tem outro jeito!
O problema não é sofrer e sim querer viver sem dor, não tolerar um vazio, não saber lidar com as frustrações, perdas, incertezas, rejeições e por aí vai.
É não aceitar o inevitável lado avesso da vida e das emoções.
Quando aceitamos a dor, ela atravessa a gente e sabe o que acontece?
Ela PASSA e tudo se ajeita.
Á uma da madrugada a imagem chuviscada e estática do televisor que provinha do pequeno cômodo adentro me sugeria que a hora de dormir havia passado, sentado no gramado eu absorvia reflexões que me eram trazidas através do vento em meus cabelos. Observava o céu, Lucky Strike em minha boca desajustado em quanto lia Journals of Sylvia Plath.
Na bancada de mármore da cozinha ao lado do meu datilógrafo o velho e empoeirado telefone toca, estava sem blusa, andava descalço sentindo a liberdade e a grama macia em meus pés. É verão e o clima árido me causa um leve desconforto.
R&B nos ares, despretensiosamente atendo ao telefone e lá estava você dando um olá casual depois de tanto tempo, o timbre em sua voz era deletério, a situação sardônica.
Me mudei para o Kalabansas na expectativa de deixar tudo para trás, de ver o litoral sem derramar lágrimas e mesmo estando há 1508Km de mim, você ainda encontra formas nada subjetivas de ressurgir. A promessa do amanhã, a troca de afeto por simples gestos, o dedilhar, o afago, e logo as desilusões ambientadas em noites dais quais dançávamos no chão amadeirado num ambiente lânguido. Dançávamos até morrer para ressuscitar depois, éramos selvagens dentro de nossos próprios corações.
Você me transformou no híbrido do intrépido com a solitude, sua voz me traz o pragmatismo, a memória, a intuição de me ferir mas preferi continuar. Eu não morri por não ter a amor a vida, mas porque a dor se tornou idiossincrática, vida sorumbática de altos e baixos, a guisa de inércia.
Meu maior erro foi te engendrar aos meus modos simplistas, conjecturei seu ápice, me moldei a sua forma e extraviei meu ser. Você agora é um fantasma e eu um idiota.
Eu percebi, essa noite você não disse que me amava... Você acabou de me mandar mensagens, acabou de dizer boa noite. Eu quero muito me abrir, mas e se você enjoar? Não é como se eu estivesse surtando pela ausência de uma simples locução - "Eu te amo" - você sabe o significado dessa frase pra gente, nunca me deixa esquecer, mas dessa vez, você quem esqueceu.
-plr
~Relatos no silêncio~
O luto de reprimidos
A lástima dos envolvidos
Todos iludidos
Todos perdidos
Desde gritos não ouvidos
Até o sonhos desistidos
A guerra dos desejos oprimidos
A derrota dos pensamentos esquecidos
Atuando os personagens
Na grande vida de viagens
Silenciadores nos tornamos
Diante ao mundo nos calamos
Ame todas as coisas do mundo, nada é eterno, tudo é breve, passageiro, dura apenas um ou outro instante;
E todo instante, único, passageiro como nas badaladas do som do relógio,
com os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos.
Todo mundo vai aos poucos esquecendo a própria existência
literalmente, desaparecendo da face da terra com o trabalho árduo até a morte.
Ninguém tem lembrança, memória.
Quem viveu aqui? Quem foi? Quem era?
Era uma pessoa alta? Era uma pessoa baixa? Era de bom carácter?
Adeus!
Ame a terra, essa cidade, esse local
Fique e permaneça.
O momento é do abandono ou da saudade.
Segue o trem da alegria
das falsas amizades
da falsa bondade
Aqui todo livro
é julgado pela capa
Tudo é aparência
Ninguém é amigo de ninguém
Cada um por si e Deus por todos
Segue o trem da alegria novamente
Segue a saudade, a tristeza, a falta de amor, compaixão
o mundo que vivo é esse
O céu cinza sobrepõe a todas as estações: primavera, verão, outono, inverno
Sempre plantamos algo
para não colher nada
É normal sentir que sua vida não tem um futuro tão bom quanto imaginava? É normal não ter nenhuma coisa que arranque um sorriso seu? É normal chorar todos os dias? É normal não conseguir ficar feliz com nada?
É normal não conseguir ter nenhum pensamento bom durante meses? É normal ter que fingir estar feliz, enquanto por dentro você está desmoronando? É normal desistir de procurar alguma coisa que te deixe feliz, apenas por achar que nada pode te trazer esse sentimento? É normal um aperto no seu coração todos os dias antes de dormir? É normal acordar e logo sentir que seu dia será monótono, e nada poderá mudar isso. É realmente normal sentir que você não é nada perto de outras pessoas? É normal se diminuir, se comparar com qualquer pessoa que passa por você? É normal ficar lembrando do passado toda vez, e toda vez se sentir mal por acontecimentos que não foram culpa sua? Isso tudo não é normal, mas você sente isso a tanto tempo, que esse sentimento acaba se tornando parte de si. E piora quando você não consegue colocar nada para fora, e a única coisa que te resta, é escrever no bloco de notas do seu celular.
Ouvi dizer que você me esqueceu
Então me diz o que eu faço
Se o teu cheiro ainda está em mim
E ainda sinto você nos meus braços
Fico Pensando e ainda sem entender
Quando a gente deixou de ser nós
Qualquer lugar faz lembrar de você
E ainda ouço o som da sua voz
Mas o Universo um dia vai
Se encarregar de responder
Essas perguntas que o destino nos traz
Que dor é essa, que não se sente no corpo, mas sangra como ferida e dói na alma, que dor é essa?
Essa tristeza que vem do nada, e molha minha face com lágrimas,
e espreme meu coração, até querer expulsar do peito, esse desamparo, essa solidão voluntária, querer apenas o frio do mármore, a única vontade que ainda resta, pois as outras vontades já se foram, vontades alegrias tudo se foi, nem lembranças para me deixar um pouco mais feliz, nem isso restou,
maluco suicida não sou, mas a ânsia de partir, dormir e não ver o outro dia essa eu tenho de sobra, quando acordo, fico triste por ainda estar nesse mundo, quero ir embora quero a partida, não quero mais ficar aqui
Borboletas
Se caso eu me perder
Me encontre no sol poente
A lua no céu e no mar
São olhos gritando o silêncio do universo
Lágrimas são fragmentos de esperança
De uma esperança que há muito ficou para trás
Estranhamente não há dor ou medo
Deixei minhas asas em algum lugar
E nunca mais as encontrei
A flor não tem mais perfume
O mel é amargo
Os espinhos perderam as cores
Por tudo que se foi e não pode voltar mais
Martin,
Se eu nem conseguir rastejar mais?
Mesmo que dê um jeito de continuar em frente
Até onde eu vou?
No final da tempestade
Eu encontro o arco-íris
Mas no final do arco-íris
Não há mais nada
O azul das asas choram
Como o blues das cordas de são cipriano
Não há destino ou som
Apenas consequências de atos levianos
*Desejaria paz, mas o balançar das borboletas é acompanhada pelo caos, eu não tenho escolha. Eu entendo os pássaros, eles não são um perigo, só estão se defendendo das tempestades que as borboletas causam, mesmo que eu não tenha escolha.
Uma pitada de solidão
Quando acordo e reflito sobre a vida,
me parece que nada faz sentido mas sim, faz sentido sim!
Até o não fazer sentindo faz sentido para alguém.
Quando muito me entristeço, um rio deságua por entre os caminhos de meu rosto mas uma música me procura animar e quando me sinto em demasiada alegria, me lembro de uma receita fantástica que é uma pitada de solidão para equilibrar minhas emoções lubriantes.
Fazer o quê?!!!
Buscar viver e viver ainda mais, independente dessas coisas.
Consigo sim.
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