Textos de Saudade do Pai q Morreu
"Ah,o que eu mais temia aconteceu...
Um pouco de mim se foi
Um pouco de mim morreu
Quero a companhia do Sol
Da Lua e das Estrelas
Para não pensar na solidão
Quero sumir por entre as pessoas na rua
Misturar-me, esquecer-me na multidão
Quero não acreditar no que a vida me impôs e não perceber que muita coisa agora faz sentido,
Quero conversa com todos que encontro conhecidos e estranhos, crianças e adultos até parar de pensar
Quero um abraço
um abrigo
um amigo
um alívio para minha dor
Ninguém saberá a frustração, agora, permanente
Minha voz ausente...
Alguns dizem que errei
Ao que respondo:
-Eu não errei, eu só amei."
Nunca mais deixe o medo consumir sua energia...
Quantas vezes você já morreu por dentro ao permitir que o medo falasse mais alto em sua vida? Quantas portas você está deixando de abrir por medo de se arriscar? E as oportunidades perdidas, heim!
Enfrente todos os seus medos pois essa é a melhor maneira de vencê-los. E enfrentar significa abrir as portas, abaixar a guarda.... Significa viver, respirar... Significa se permitir, experimentar, sonhar...Significa ter de volta o desejo de ter planos e sonhos! Enfrentar os medos talvez signifique apenas ouvir a voz que vem do coração!
Até quando os seus fantasmas ficarão te impedindo de ter uma vida inteira, completa, digna?
Encare de frente a sua realidade, os seus desafios, os seus medos. Nunca mais permita que o medo de fracassar seja maior do que os seus sonhos! E quanto ao desconhecido, ao futuro, deixe-o em seu devido lugar, acalmando os pensamentos que projeta insegurança e pessimismo. Pare de sentir medo do novo, do desconhecido! Pare de sentir medo de errar! Você bem que poderia viver mais livre, né? Não dê tanto poder assim aos medos que você carrega. Você sempre será muito mais poderoso, muito mais forte do que qualquer coisa, viu?
O medo tem o poder de inferiorizar as pessoas. O medo é como um veneno que paralisa, bloqueia, desgasta, cansa e pode impedir você de buscar os seus sonhos. Nunca mais se sinta inferiorizado, tá? Nunca mais deixe o medo consumir sua energia, seu tempo, sua esperança, sua vida! E se o medo é um "bicho papão", lembre-se que quem tem medo de "bicho papão" são os pequeninos, as crianças. Exatamente por serem crianças e por terem vivido muito pouco. Mas você não é mais criança! Pare de ser derrotado antes mesmo do início da luta, ok?
E se o medo contagia e se multiplica, então você já sabe que tem uma missão de ajudar aqueles que estão colocando tudo a perder por causa dos seus fantasmas, dos medos, por causa do imaginário.
Faça tudo para ser feliz! Faça tudo por você! E tudo com emoção! Sem medos!
Bom Dia! Bom Divertimento! Conte sempre com o Amor de Deus por você, tá?
"De agora em diante, não permita mais que qualquer medo prejudique a sua vida, deixando de fazer as coisas como precisam serem feitas"
Parte de Mim que Morreu
Há uma parte de mim,
um mistério, impropério em mim
que me flui como água,
onde o teu corpo nada
e acaba se misturando ao meu.
Há um bocado de mim,
multidão, uma confusão em mim
protestando pelas praças,
deixando um eco por onde passa;
por causa do teu adeus.
E não há sentido maior;
não há covardia maior.
do que se esconder em palavras,
mas quando os gestos viram farsas
não há nada mais vivo que o amor que morreu.
1968, o ano que não terminou
morreu um pensador
quando do céu caiu uma estrela;
morre um escritor
quando o Ai-5 causou tristeza;
morre um inventor
quando o mundo perdia sua grandeza;
morre um sonhador
o escritor Manuel Bandeira
* Homenagem ao escritor Manuel Bandeira falecido no ano de 1968, tal ano conhecido como " O ano que não terminou" pelos sucessivos acontecimentos que arrolou.
Já faz alguns anos que o "MEU MUNDO" morreu.
Então, se o mundo inteiro acabar em 2012 não vai fazer a minima diferença na minha vida, Aliás.
Nem quando a minha vida era viva fazia a diferença, pois eu era cego e quando passei a ver com claresa a minha volta, quis voltar para a escuridão e não queria mais enchergar.
Acabei morrendo aos poucos, e hoje eu sou esse saco de sentimentos.
Que só se lamenta, e não tem a minima coragem de mudar o seu redor.
- Sacolas Voadoras
Conta a história milenar
Que o homem imortal morreu de amor,
E aquele que nunca chorou por se ferir
Chora ao ver da vida a grande dor.
Deus fez o homem
Pensando em fazer anjos sem asas
E quis nos dar liberdade e opção;
Mas voar nos faz tanta vontade
Que compensamos nossa realidade
Com a ganância e a ambição.
O desejo de voar sem asas nos fez diferentes,
Nascemos como sacolas voadoras, somente.
Levadas por ventos que não conhecemos
Nós próprios não sabemos onde estamos
Tão pouco sabemos o que queremos.
Não sabemos nossos fins,
- Sacolas Voadoras
Nem mesmo se chegaremos;
Somos sacolas voadoras
Inconseqüentes e sonhadoras.
Somente quando a ultima árvore for derrubada,
Somente quando o ultimo animal perder seu nome,
Somente quando a ultima maçã da ultima macieira for comida
O homem entenderá que o dinheiro não se come.
A morte
O amor que nasceu no olhar, morreu nele mesmo. Por que ele nem se criou, só destruiu o que tinha se iniciado a aparecer.
Este amor que morreu, renasceu novamente, mas com um nome; ódio.
Ele se tornou mais forte, pois agora ele não precisaria chorar por mais ninguém. Agora ele fazia as pessoas chorarem.
O olhar ficou no mesmo lugar onde estava, pois ficou traumatizado com a dor que sentiu quando o amor foi destruído.
Ai por isso deve se dar para concluir, que o amor não serve pára alegrar, serve somente para fazer sofrer.
Pois quem ama de mais, so cria uma ilusão caótica e uma expectativa inútil de achar que o amor e bom. O tempo vai passando e as pessoas vão percebendo que cultivando ele dentro de si, estão criando algo muito mais poderoso que o amor; que e o ódio.
Carta para Leandro Jacob Tesch, meu filho que morreu dia 11/09/2010.
Vila Velha, 11/09/2011.
Leandro
Hj faz um ano que vc se foi.
Infelizmente não tenho boas notícias...
A vida por aqui não está nada fácil pra mim. Ainda não consegui entender porque vc teve que ir... Já escutei de tudo, algumas pessoas tentam me confortar de várias maneiras, mas como consolar o inconsolável?
Desde a sua partida tive momentos de desespero e agonia. Já senti vontade de morrer, matar, sumir. . Menos de viver... Mas, como dizem: “A vida continua”.
João Victor quase todos os fds vem aqui em casa. Mato um pouco da saudade que sinto de vc através dele. Vejo que ele sente muito a sua falta, até te viu aqui um dia desses...
Vi Gabriela algumas vezes, ela não sabe “como” vc foi embora. Preferimos não contar como tudo aconteceu.
Conversei com Léozinho pelo telefone um dia desses, ele nem sabe que vc não está mais por aqui.
A sua primogênita, Lara, ainda não se convenceu que ainda é uma criança, essa é a que mais parece comigo e com vc.
Lorena voltou para o Brasil, ela lamenta tanto não poder ter te visto antes da sua partida...
Aline veio passar ao meu lado o dia de hj, sempre que pode vem aqui pra me ver...
Mateus ás vezes chora comigo, fala que quer o irmão dele de volta.
Sei que vc não esperava ter que ir tão cedo, assim como eu, não deve ter entendido porque DEUS permitiu que vc se fosse. Mas esse é um mistério que ele não revela a nós.
Não tenho muito a dizer das outras pessoas que vc deixou aqui, não sei o que se passa em seus corações. Algumas prefiro nem mencionar, pode acreditar, não vale a pena falar delas... Só iria te fazer sofrer...
Assim que DEUS permitir poderei vê-lo mais uma vez, uma única vez...
Queria muito que vc ficasse, em alguns momentos, desejei ir com vc. Mas ainda preciso ficar mais um pouco por aqui. Tenho que cuidar de algumas coisas. Ver a justiça de DEUS se cumprir. A propósito, a “pessoa” que fez com que vc partisse há um ano, está devidamente enjaulada, como um bicho que é... Isso trouxe um pouco de alento ao meu coração.
Perdão por não ter conseguido te proteger naquele dia. Te protegi a vida inteira,mas naquele dia eu falhei.
Sinto saudades de tudo, até das histórias duvidosas que vc contava, até te ouço gritar na janela chamando por mim!
Queria poder escrever sempre, mas ainda não sei como fazer com que minhas cartas cheguem até vc... Mesmo assim, uma vez ou outra, vou te mandar notícias daqui.
TE AMO MUITO, vc se foi tão inesperadamente, eu nem tive oportunidade de dizer...
Até Breve...
Mamãe.
5-A morte da felicidade
Hoje o dia não amanheceu
A felicidade morreu
O meu amor se foi, desapareceu.
Meu coração está em pedaços
Minha visão está turva
Minha boca não sente mais o doce gosto da uva
Nossos sonhos agora estão no passado.
Meu encanto está despedaçado
Ao passo que, por ti, não sou mais amado.
Agora, só me resta a solidão.
Devolva minha vida!
Para que eu não morra na desilusão
Ela Morreu de amor, e eu de que?
Parece-me que vou morrer de amor, quais sentimentos abatem-me desde já.
Procuro dentro e fora a razão obvia do amor matar.
Morrer de amor!
O Amor também mata.
O Amor parte... O amor criou a dor indelével
Queu não queria amar você assim, com esse nó, e essa prece sem fé, como a noite que rouba a cidade do dia com sua imensa escuridão, como quem pernas usam, correndo do medo do nada da imaginação, como quem dorme sem sono pro corpo sonhar, como quem usa o inusavel pra chamar atenção, como quem rir na aflição pra não chorar.
Parece-me que vou morrer
De amor
O amor vai me matar. e sempre será o amor e nunca deixará de ser amor, mesmo se o amor me matar, eu vou amar-lo.
A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte e que Jesus, um homem se pecados, morreu na cruz pra pagar a dívida do pecado que era nossa. “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: Cristo morreu pelos os nossos pecados, segundo as escrituras” (I Cor.15;3).
A boa notícia é que ele não permaneceu morto, mas ressuscitou ao terceiro dia e nos trouxe a salvação.
“Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras” (Icor.15;4).
A morte e a ressurreição de Cristo são a evidência do poder e do amor de Deus pela humanidade. Cabe a você crer e receber Jesus Como salvador ou rejeita-lo e após a morte enfrentar a condenação.
No confessionário, chega um sujeito cabisbaixo e diz:
— Padre, o senhor soube que o Mário morreu?
— Que tristeza, filho... Mas o que aconteceu com ele?
— Ele estava dirigindo o seu carro esportivo em direção à minha casa a toda velocidade e, quando ia chegando e tentou parar, os freios falharam e o carro se chocou no poste.
— Mário foi lançado pelo teto solar, voou uns 10 metros e acabou se arrebentando contra a janela do meu quarto, no segundo andar!
— Ave Santíssima, que modo horrível de morrer!
Não padre, ele sobreviveu. E então, no chão do meu quarto, todo arrebentado, sangrando e coberto de vidro, ele tentou se levantar segurando na maçaneta do meu guarda-roupa, que é muito pesado e acabou desabando em cima dele, quebrando vários ossos do seu corpo.
— Pobre Mário! Que morte terrível!
Não padre, isso machucou muito, mas não o matou! Com muito esforço, ele conseguiu sair debaixo do guarda-roupa, engatinhou até a escada, tentou se levantar apoiando-se no corrimão, mas o peso dele quebrou o corrimão e ele desabou por toda a escada, ficando estatelado no chão com um ferro do corrimão fincado em sua barriga...
— Meu Deus... Mas que horror morrer assim!
Não, padre! Ele não morreu! Ele conseguiu arrancar o pedaço de ferro de sua barriga, engatinhou até a cozinha e tentou se levantar apoiado no fogão, que também não agüentou o seu peso e caiu sobre o pobre coitado... E o pior de tudo é que eu tinha deixado um bolo assando no forno! Ele não agüentou o calor, juntou todas as forças e jogou o forno contra os armários.
— Depois disso ele abriu a geladeira para aliviar as queimaduras com gelo, mas tropeçou e acabou caindo dentro dela, em cima dos comes e bebes, se machucando ainda mais com as prateleiras, e lá ficou, todo ensangüentado...
— Que morte sofrida! Nossa Senhora!
— Não, não! Ele conseguiu sobreviver a isso, padre! Alguns minutos depois ele acordou com muito frio, queimado e com inúmeros ferimentos, viu o telefone na parede e reuniu suas últimas forças para tentar pedir ajuda.
— Apoiou-se na parede tentou alcançá-lo, mas, ao invés do telefone ele pôs a mão na caixa de fusíveis e zap! Dez mil volts passaram por ele, fazendo-o cair duro...
— Ave Maria! Que fim terrível!
Não, padre! Isso não o matou. Ele se levantou e...
— Espere aí, meu filho! Afinal, como foi que ele morreu?
— Padre... Eu dei um tiro nele... Por isso estou aqui...
— Mas meu filho, você ficou maluco? Por que você atirou no pobre coitado do Mário?
— Ah padre, o cara estava destruindo a minha casa
Morreu. Fedeu!
Lembro-me do nem tão velho avô Pacheco, que morreu nos anos 60.
Filho de portugueses, com um grande coração de homem rude, quando ouvia o comentário de que alguém havia morrido logo soltava a perola. Morreu fedeu.
Sei lá porque cargas d’água, quando eu almoçava na casa dele ele sempre perguntava:- Mais um bife? E eu educadamente agradecia. –Não obrigado. E ele retrucava: - Mais fica.
Como se vê, ficaram essas lembranças que com a aparência de rudes explicavam ao neto, as verdades da vida com poucas palavras.
Morreu. Fedeu!
ENCONTRO COM A PALAVRA
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino". A frase poética escolhida pelo autor de "O Encontro Marcado" para a sua lápide expõe de maneira sucinta, mas explícita, um pouco da personalidade, dos desejos e anseios de um protagonista da palavra. Um autor cuja pena produziu, desde a mais tenra juventude, textos fundamentados na sensibilidade capaz de captar a angústia humana como poucos de sua geração souberam fazer. Sobre ele, um dos maiores críticos literários brasileiros, Antonio Cândido, avalia: "Fernando tinha um olhar infalível para os pormenores expressivos e uma capacidade prodigiosa de invenção verbal". Com a morte de Sabino, encerra-se um tempo singular que, por um desses desígnios inexplicáveis, teve o mérito de reunir, em uma mesma época e em um mesmo cenário - a cidade de Belo Horizonte -, o famoso quarteto de escritores mineiros composto por Sabino e pelos amigos Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Sabino foi o único dos quatro a chegar aos 80 anos. O único a sentir a ausência corrosiva provocada pela perda das grandes amizades. Suas dezenas de romances, crônicas, novelas, correspondências e relatos de viagem trazem em sua essência o cerne de um dom raro: o de fazer dessas histórias uma ponte entre a ficção e a reflexão. Um elo entre o eu e o outro. Entre o particular e o universal. A narrativa de Sabino instiga os leitores à realização de uma busca rumo ao autoconhecimento - virtude característica dos grandes mestres da palavra. Foi assim com o personagem Eduardo Marciano que, desde 1956, com a publicação de "O Encontro Marcado", prossegue arrebatando corações e mentes. A escrita fluente e a leveza que dava a textos de temáticas muitas vezes angustiantes nasciam de um cuidado extremista de Sabino com a palavra. O mesmo que dedicou à música. Eclético, como todos que possuem espírito inquieto, Sabino era baterista de uma banda de jazz - estilo caracterizado pelo predomínio do improviso sobre a técnica. Assim também era Sabino na literatura: artista cujo compasso ritmado era marcado pela junção da técnica e da sensibilidade. A perda do escritor mineiro já seria motivo suficiente para que o reino das palavras ostentasse luto por prazo indefinido. Entretanto, dois dias antes, o mundo das letras, da filosofia, do pensamento dava adeus ao filósofo Jacques Derrida, famoso pela teoria da "desconstrução", cujo princípio era desfazer o texto do modo que foi previamente organizado para revelar significados ocultos. Suas pesquisas apontavam que, tanto na literatura como nas demais formas de arte, é possível observar - por meio de análises detidas - numerosas camadas de significados não necessariamente planejados pelo criador da obra. Assim como Sabino, Derrida era o único sobrevivente de um grupo ímpar de personagens que ajudaram a compor a história de uma geração. Juntos, Althusser, Barthes, Deleuze, Foucault, Lacan e Derrida tornaram-se conhecidos como "os pensadores de 1968". Desde então, o filósofo contribuiu sobremaneira para o entendimento de questões essenciais à compreensão do século 20. O autor de "Espectros de Marx" não se furtava, mesmo já muito doente, o direito de viajar pelos continentes lançando luzes sobre temas variados e polêmicos como a literatura, a política, a ética, os conflitos árabe-israelenses, a luta contra o aparthaid, os últimos atentados em solo americano, a rapidez dos processos tecnológicos. Derrida era um cidadão do mundo, um homem que viveu apaixonadamente e defendeu sua ideologia e seus propósitos de todos os modos. A justiça, os direitos humanos, a conquista da cidadania e a dignidade da pessoa humana eram, invariavelmente, bandeiras que empunhava em favor da edificação de um tempo mais pacífico e igualitário para povos e nações. Foi ele, também, o criador, em 1983, do Colégio Internacional de Filosofia, a que presidiu até 1985. Sem dúvida, as vidas de Sabino e de Derrida são exemplos de entusiasmo e de dedicação. Convites a uma existência mais pró-ativa, passional, conectada à nossa verdade interior e à procura da felicidade individual que se expande para o coletivo. Foram-se dois grandes homens. Ficam duas grandes lições. Que todos tenhamos sabedoria para apreender os ensinamentos que deixaram em seus livros e que os manterá, para sempre, vivos. Afinal, como afirmou Derrida em uma das tantas entrevistas que concedeu: "(...) a vida é sobrevida. Sobreviver no sentido corrente quer dizer continuar vivendo, mas também viver após a morte".
Publicado no jornal Diário de S. Paulo
Tive um amigo e morreu
Trago no coração e na mente, a emoção pungente
Daquele último telefonema do Adeus
Uma sensação diferente
Depois que deixastes de ser meu
Tantas ilusões me escaparam
Nas lágrimas que derramei
As lembranças que por fim ficaram
São na verdade,o que herdei
O silêncio supremo que veio depois
Cortou-me a alma, já dilacerada
Resta a impressão de que nós dois
fomos tudo...agora sem ti não sou nada!
O tempo não vai curar esta amargura.
Puras foram as nossas velhas recordações
Recordações de outrora, vezes sem conta uma loucura
Que só torturou nossos corações...
AD
Do outro lado
Reclamas da vida que Deus lhe ofereceu
Sem saber que por você ele morreu
Não lhe daria esta vida
Se esta não fosse
Uma maravilha
Curta-a, valorize-a
Pois você ainda não sabe o que há
No final da vida, do lado de lá
Caminhe com passos de fé
Seja fiel a quem te criou
Pois na ponte da vida
O final dependerá, de como
Você caminhou.
Cuidado!!
A vida me morreu já faz tempo
nem me deixou ir ao enterro
estava tão zangada comigo
mas não me disse o motivo
a morte da minha vida
foi agressivamente agressiva
ela foi assassinada
e morreu tendo-me como culpada
não fui eu
não fui eu que lhe tirei a vida
como posso se ela também me deu
embora dura, mas dava pra ser vivida
a morte da minha vida
não tem explicação
mas ainda que o tente fazer
somente tempo irei perder.
Quem já morreu por amor sabe
Que a perda de alguém
pode trazer conseqüências até na saúde
Baixa imunidade entre outros distúrbios emocionais
Atente-se para uma ligação mais forte com alguém
Evite sofrimentos desnecessários
Se você não sabe lidar com sentimentos.
Poderá deixar você numa situação delicada
Procure dar atenção a pessoa amada
Troque tudo pelo seu amor
Evite morrer por amor...
Faça tudo antes de morrer
A vida é curta meu irmão
Amar no tempo certo
É necessário...
Lembra-se do Sebastião?
Tá vivo mais não.
Morreu anteontem, em um beco fechado de alemão.
Tava indo para escola, com o caderno na mão.
Cê tá ligado como é rato...
Atira, pergunta depois, e ainda colocaram uma AK na mão...
Sim, do Sebastião.
Agora tão chamando o menino de bandido, ladrão...
A mídia apareceu lá em cima.
Nos perguntando como foi.
Falei: o garoto estudava.
Só tinha 13 anos, irmão.
Minha fala foi para o jornal...
Mas não contaram a minha versão.
Agora já era.
Sebastião virou estatística.
E pior... Na mão da polícia.
Da mídia golpista.
Do estado nazista.
E tudo isso em vão!
#DesmarginalizaBrasil
Morreu enterrar...
Virou circo!
Cara nem sei quem é...
O mesmo está morto...
Palhaçada tem horas...
Para a mídia mais ibope...
Para a família condolências...
Mesmo para que tanto ênfase...
Numa crônica semblantes e afirmantes...
Afamado talvez não conhecia tal
Benevolente ficar de dizeres pois é morto...
Apenas o cemitério
O resta pó ao pó mais nada...
Parábolas caberia mais ao frio delego...
Anonimato se disse um clarão
Consolação apenas uma pequena parte...
Sem sentido a morte solitária...
Cavalga sem distinção
Entre vivos eternamente.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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