Textos de Sábado
Me faz querer beber da chuva em um sábado à noite, deixando o peito aberto pro resfriado que vem quando sua existência evapora e sou obrigada a fechar os olhos novamente, procurando te reencontrar.
Me faz querer escrever sobre o desconhecido dos seus olhos e tocar seu peito que diz ter muito amor.
Me faz querer descobrir as estrelas roxas que compõem sua cabeça e as placas tectônicas que adornam seu coração.
Me faz querer debruçar sob a cama quente, envolvida em seu corpo ao olhar o branco desse céu humano, capaz de ser tanto vazio quanto cheio.
Me faz querer criar milhares de histórias em um papel nu pronto para ser preenchido por pedaços de você mesmo sendo impossível te desenhar por completo.
É uma curiosidade e desejo que lutam entre si e o sangue que escorre eu uso de tinta, pinto seu corpo sob a real solidão em que desperto.
Se os lábios se tocarem durante essa madrugada, seria declarada a vitória do desejo ou isso apenas me tornaria escrava da curiosidade pelo seu mistério?
Logo eu?
Fria como o dia de hoje e tão chuvosa quanto essa noite.
Tão louca quanto palhaço de circo e tão livre de coração.
Tocada pelo pecado em sua melhor versão
E sendo obrigada a passar mais um dia sem o toque de sua mão
Se cada parte do seu corpo fosse um instrumento
E toca-ló fizesse de mim uma artista
No meu maior desejo
Meu nome seria elevado
E eu descansaria ao lado de Beethoven
Primata Moderno
Eu estava bem no meu sossego da manhã de sábado, exercendo o meu compromisso afetivo diário com um pouco de leitura útil; estava lendo as primeiras cinquenta páginas de "Uma Breve História do Mundo", do historiador australiano Geoffrey Blainey.
E então, fui subitamente interrompido pelos berros insolentes e vexatórios de uma jovem filha adulta e dona de casa, que agredia, constrangia e intimidava verbalmente a mãe idosa que mora com ela, conspicuamente debilitada.
"Vai tomar no c*", "vai se f****" e "veia chata do c******" foram as palavras de ordem. E sucederam-se coisas piores! E ainda continuou!...
Depois de todo esse aviltamento, não consegui mais me ater à minha meta diária de história útil; hoje, ironicamente, sobre o ser humano.
Ser inconvenientemente resgatado da imaginação de 2 milhões de anos atrás, quando primitivos caçavam nozes em colônias de família, e trazido de volta para a realidade das famílias de hoje, é grosseiro demais para qualquer primata moderno com alma e espírito.
(Edilson Costa, 6 de Junho de 2020)
O primeiro carro da familia Mattos (nossa)
Um dia especial, um sábado. Então, , ali estávamos nós; eu, meu irmão Mauricio (in memorian) e o Fusca, este ainda meio cansado da viagem, que tinha sido cansativa e cheia de aventuras, O Fusca, ainda quente da viagem, vez ou outra dava o ar da graça com uns rangidos e pequenos tremores. Mas como começou esta história, que ocorreu há muitos anos ? Foi assim:
Depois de um tempo em São Paulo, meu irmão conseguiu comprar o primeiro carro da família.(lado pobre) Como não podia deixar de ser: um Fusca 67, azul , muito lindo, o mais lindo do mundo. No dia da compra nem trabalhamos direito. Aquela espera angustiante de estar com o carrinho. Era quase noite quando meu irmão pegou o dito cujo. Tudo certo. Ajeitamos as nossas malinhas na porta mala, A gente, naquela época, tinha mais felicidade do que coisas para carregar. Pegamos os nossos convidados, três, e.... estrada. Assim que escureceu, cadê a luz dos faróis? Uma claridade bem fraquinha, mas nada que um eletricista de estrada não resolvesse. Um par de faróis "tremendão", moda na época, que custou uma boa parte das nossas economias reservada para a viagem. Resolvido o problema, pegamos estrada novamente. Só alegria. Depois de viajarmos uns 250 km mais, próximo à Avaré, um pequeno problema? Furou um pneu. Coisa simples de resolver, só trocar e seguir viagem e, boa. Abre capô, tira as malinhas. Eram tantas que cobriam o estepe. Estepe na mão, vixe! vazio. Na pressa da viagem não verificamos as condições do referido pneu... Madrugada, fria, Mês de junho e nós lá, eu e mais um amigo pedindo carona para chegar até um borracheiro, sabe lá aonde. Depois de uns minutos, parou um caminhão cegonha. Aquele que carrega carros. Sem muitas explicações, o motorista do caminhão mandou que subíssemos na carroceria. Se Parado já está frio com o caminhão em movimento a coisa piorou e muito. Rodou uns dois quilômetros, parou e nos chamou para dentro da cabine aquecida. Logo encontramos um posto com borracharia e restaurante. Enquanto arrumava o pneu aproveitamos para tomar café. O motorista, igual a todos motoristas de caminhão, conhecia todos os outros motoristas de caminhão e logo encontrou um que estava indo no sentido contrário ao dele. Ficou fácil, O outro motorista nos deixou perto do fusca e ainda ficou com os faróis do caminhão acessos para facilitar a troca do pneu do fusca. Ao sair, enchemos ele de agradecimento e... estrada novamente. Como morávamos todos em Santa Mariana, a distribuição dos três amigos foi rápida.
Sempre que voltávamos para nossa casa, saindo de São Paulo, a gente avisava nossa mãe. Que castigo!! Ela ficava `a noite toda nos esperando. Mas fazer o que? Mãe é mãe. Bem, dormimos um sono rápido, café de bule, e a missão maior: mostrar o fusca para cidade. Afinal, ele era o objeto de desejo para muitas pessoas. Era muito difícil ter um carro naqueles tempos. O coitado do fusca ainda estalava, resultado da viagem longa. Azar do fusca, tínhamos coisa a fazer. E lá Fomos nós! Meu irmão dirigindo e eu de carona. Paramos em frente ao Cine Plaza e ficamos do lado de fora com aquele sorriso de felicidade, igual ao de criança quando ganha presente. Não demorou muito e chegou um conhecido(nome deletado por ordem judicial)., Para o nosso padrão de vida, da época, ele era milionário. Nem cumprimentou a gente. Ficou olhando para o fusca e fez a pergunta ferina: --"Ué, a firma que você trabalha deixa você viajar com o carro dela ? Tudo bem que o carro ainda não era da família Mattos lado pobre,. Era da financeira e faltavam vinte e quatro prestações, de um numero de vinte quatro para serem pagas, mas ele não precisaria ser tão maldoso. Tirou nossa alegria. O dia ficou triste. Perdemos a vontade e voltamos para casa, ficar perto da mãe. //I
Eram dias para deixar o namorado ir em nossa casa: quarta, sábado e domingo.
Haviam dias para limpeza da casa; horários para estudos e as regras eram simplesmente religiosamente feitas da melhor forma possível e sem intercalações.
Hoje os dias são os mesmos, sem diferenças entre início e final de semana, dias especiais para celebrar algo... Acordo e tudo o que mais desejo é viver da melhor forma possível neste dia; que pode ser numa segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo ou algum outro dia especial. Porque todos os dias se tornaram dias especiais; de loucuras; de sair da latinha; de gritar; de silenciar; de dizer a quem amo o valor que elas têm para mim, ou, simplesmente pedir a alguém que não fale mais comigo porque não consigo me simpatizar com ela; sei que pode parecer arrogante de mais para algumas pessoas, mas sou assim: um amorzinho em alguns momentos e um iceberg em outros intercalares de segundos.
Quanto aos dias, todos são para ser vividos com avidez, com paixão e com lisura.
vts
Alguém sabe que dia é hoje ??
É um dia comum como qualquer outro
Não a nada de novo um sábado comum
Porém me deu vontade de escrever
Já faz tempo que não o faço
Isso não é poema ou poesia
Não é nenhum soneto
O fato é que cada dia que passa
Me sinto mais vivo realizado
Forte e revigorado
Como um soldado voltando pra casa depois de uma grande guerra
Até parece que estou voando
Pairando a beira de um abismo
Mas não se espante não to com medo
Eu estou voando seguro não vou cair
Mas consigo ver lá embaixo
Por lá não tá tão bom como aqui
Parece uma guerra mas sem armas
E não são duas equipes uma contra a outra
É cada um por si uma contra a outra
Mas porque brigam porque estão se estapeando
Da pra ouvir da qui parece que estão brigando pra ver Quem tem mais direito quem pode e quem não pode
porque não se resolvem tds podem e pronto ou que não podem, não são todos iguais ?? porque um tem que poder mais que o outro ??como eu queria que estivessem aqui em cima espero que um dia eles se entendão e percebão que são todos iguais independente das diferenças todos podem todos tem o mesmo direito e todos não passamos de um saco cheio de vermes
O HOMEM DO VALE-TRANSPORTE
Quando eu era pré-adolescente, nos meus 14 anos, todo sábado ia ajudar minha tia a trazer uns pacotes para abastecer um armarinho que ela tomava conta. Reparava sempre, no meio do caminho, num cidadão magro, moreno, alto, na conhecida Praça do Diário (Praça da Independência), pedido vale transportes, uma vez até eu dei ao pobre, mas ficava meio assim... (Todo sábado lá, e ele vem pro centro da cidade só com a passagem só de ida e fica pedindo a de volta. Estranho. Ai fui sacando a dele, o cara ia pedindo com uma mão, com cara de choro, nem falar falava, só balbuciava algo incompreensível, e juntado com a outra, daqui a pouco ele começava a vender o que tinha juntado, recebido). Não é que um tempo desses e o entrecortei na Rua da Concórdia, incrível, e pedindo passagem ainda, e me pediu passagem, quer dizer, agora dinheiro, melhorou, não se usa mais vales-transportes. Eu disse: Me erra cara! Te conheço desde menino! Ele não se fez de rogado, virou pra outro lado e continuou pedido a outras pessoas. Hoje, pela manhã, no comecinho da rua Nova Nova, pasmem! Tava ele lá! O próprio! Tirei até uma foto pra guardar de prova, com os cabelos agora já grisalhos, compleição física, no entanto a mesma, sequinho, sem barriga, pedindo passagem ainda com cara de choro e a pouca voz, vida toda. Daqui a pouco se aposenta nesse ramo. Mas o Brasil tá de um jeito tal, atualmente, que ele até dá pena, face ao atual cenário de corrupção desmedida. Tantos agindo sem tanta visibilidade, sem tanto esforço. Subtraindo mais, incomparavelmente mais e saindo bem na foto, posando de bom moço, bem vestidos, nos enrolando direitinho, roubando algo mais precioso: nossa alegria, tranquilidade, respeito, nossa paz, boa fé, nossa confiança, nossa esperança, crença nos homens de boa vontade.
(18.02.2017)
Sábado, início de uma noite maravilhosa em plena primavera quando me preparava para o mesmo ritual de dantes senti uma certa preguiça e acreditei que um dia sem aquela monótona rotina não faria diferença, dentro do casebre um silêncio ouvia barulho de grilo e coruja , sempre fui compenetrado em tudo que faço mais para minha surpresa este dia quebrei o protocolo e a exaustão falou mais alto estava estampada em meu corpo, nós animais racionais sempre somos assim "valentões" kkkk não tememos o breu da noite, uma barata voadora, uma noite chuvosa com raios e trovões, vultos na rua receio de encontrar uma alma penada, se é que existe espírito ruim RS RS , na madrugada a minha imprudência trouxe uma certa surpresa por volta das 04:55 ouvi passos pela escada, lembrei que não era mais criança e reprimi o meu sexto sentido o barulho nos degraus persistiu pensei em abrir um olho mais me contentei que era apenas um sonho na casa só ouvia som de respirações anunciando um boa noite de sono por outro lado eu estava inquieto o meu espírito me alertava não podemos ignorar esses sinais comecei ficar impaciente na cama quando ouvi gritos na cozinha mais que depressa corri em direção ao sinistro para minha surpresa a porta que da acesso a escada estava aberta vi um vulto no último degrau peguei minha arma e subi correndo igual um louco quando o indivíduo subiu o telhado da residência vizinha carregando algo pensei em atirar mais não tinha certeza se ele estava armado e não queria acordar a vizinhança pensei subir no telhado também mais com estou acima do peso kkk voltei para sala abri a porta e portão eletrônico sai como um luz corri meio quarteirão descalço e o meliante correndo sobre os telhados no meio da quadra ele foi inteligente pulou de um telhado para o outro tive que dar a volta na quadra corri 100 metros em 7 segundos quebrei Record mundial que era do Bolt já ofegante e com alguma esperança de encontrar o meliante fiz um adentramento tático em três casas em construção procurei em alguns terrenos vazio e para minha tristeza um gato viralata cassador covarde kkkkk fez sua refeição comeu minha calopsita
Ass. Gilson de faria
Tu que nunca serás
Sábado foi caprichoso o beijo dado,
Capricho de varão, audaz e fino
Mas foi doce o capricho masculino
A este meu coração, lobinho alado.
Não é que creia, não creio, se inclinado
sobre minhas mãos te senti divino
E me embriaguei, compreendo que este vinho
Não é para mim, mas jogo e roda o dado...
Eu sou a mulher que vive alerta,
Tu o tremendo varão que se desperta
E é uma torrente que se desvanece no rio
E mais se encrespa enquanto corre e poda.
Ah, resisto, mas me tens toda,
Tu, que nunca serás de todo meu.
Sábado Santo -
(... de Aleluias)
Sábado Santo! Dia de silêncio ...
Jesus morreu por nós! Meditemos ...
Tudo está fechado em redor - ao redor
de cada um!
Foi traido pelo mundo.
Negaram-lhe uma estrela.
Mais longe foi seu grito d'infinito ...
Os tumulos estão fechados!
Os mortos em suspenso!
Tudo parado à meia luz ...
E onde está Jesus?! Onde?!
Eu não gosto de Sábados!
Sabem a despedida ...
Porque lhe chamam santo se nele
somos impotentes?!
Já não sei a quem rezar!
Não há gaivotas nem marés ...
Jesus mandou-nos esperar.
A espera é tranquila, porém, triste.
Não lhe vejo ter um fim ...
De que valia dizer-lhe que não fosse,
era seu, o destino de ter que ir ...
Não gosto deste Sábado!
Quero um amanhã mais cheio de poesia
sem morte nem silêncio.
Porque esta é a noite em que a vida gera
Vida!
A morte é decepada ...
O negro cortejo de sombras desvanece ...
Aleluia! Vai-se a noite, virá o dia ...
Sábado, 21 de março de 2020. Estamos de quarentena. Um vírus que apareceu na China se espalhou rapidamente por todo o mundo. Milhares já morreram e outras centenas de milhares estão infectadas.
Estou na América do Sul, onde o vírus chegou há menos de um mês. No Py , país que eu estudo e moro, já são mais de 22 pessoas infectadas e, infelizmente, 1 morte já perderam a vida. Hj é mas um dia.
Estamos trancados em nossas casas. A capital do Py-assunção cidade está deserta. Parece filme de terror, mas é real. Estamos com medo do vírus que só ouvíamos falar pela tv. Ele está perto!
. A música silenciou nos bares da cidade. As ruas desertas denunciam o medo dos inocentes que estão presos sem nada dever.
O noticiário só informa o aumento de casos. Mais gente infectada. Mais mortes. Mais medo!
Ficar trancado em casa já não é seguro. Dr. vamos pra colônia!
As autoridades apenas recomendam ficar em casa e lavar bem as mãos.
Nas farmácias não tem álcool em gel. As últimas unidades foram vendidas pelo triplo do preço normal. É o capitalismo aproveitando a ocasião.
Se alguma coisa boa trouxe o vírus? Ora, as famílias estão mais unidades, o povo tá orando e acreditando mais em Deus; tem gente lendo mais, falando menos, ouvindo e refletindo o quão frágil é a raça humana.
O silêncio é quebrado pelo barulho da chuva. As estrelas não quiseram aparecer essa noite. A cidade já dorme, sonhando acordar com boas notícias.
Deus, estamos em tuas mãos. Nos guarde!
Assunção Py/ 20/03/2020.
Israel Colim
CORPORE
Tudo começou numa tarde de sábado.
Tinha agendado um atendimento no seu espaço.
Ainda me lembro de cada movimento e palavras trocadas.
A energia que circulava no ambiente e aquela luz, que parecia uma sessão de cromoterapia.
Muitas coisa foram ditas que alcançou uma profundidade na qual eu não sabia que era possível.
Solidão, bem, oportunidade, rasteira, oportunismo, família e outras coisa que não podem ser ditas.
Acabei no meio do caminho desejando um relacionamento que talvez nesta vida não se concretize, mas na próxima quem sabe.
Não pude me despedir de uma maneira adequada, mas logo te encontrarei no caminhar da minha estrada.
THIAGO RIBEIRO DOS SANTOS
02/08/2020
Reflexão diária 08/04/2017(Sábado)
Não se preocupe, é normal algumas vezes ficarmos nos perguntando onde erramos quando, onde e porque; alguns de nossos desejos mais impossíveis se concretizam, deformam tanto nosso interior. Não desista apenas dê um passo atrás e siga o caminho rumo aos erros que causaram tais deformidades.
Sábado de Aleluia - 2017
Bom dia alegria!
Hoje é dia de malhar o Judas, você está convidado(a) também a malhar o judas que existe e temos em nosso interior.
Vemos na imagem de Judas (apóstolo de Cristo) como traidor, oportunista (entregou o mestre por 30 moedas), falso (fingia amor, quando sua intenção era contrária).
Vivemos na vida também, situações idênticas quando, traímos nossos ideais de amor frente ao egoísmo desmedido; oportunista quando, aproveitamos a oportunidade mesmo que seja para ferrar o próximo para obter vantagens; falsidade quando, distorcemos a realidade para evitar ser contrariados, rebaixados ou mesmo evitar ser incomodados.
Temos consciência do bem e do mal e das consequências que cada um pode causar. Por vezes pendemos para um ou outro por de acordo com nossas conveniências, sendo assim não podemos reclamar dos frutos colhidos e nem dos dos resultados obtidos pelo nosso esforço em vencer na vida.
Nossa atitude como superadores do "efeito Judas" deve ser de equilíbrio no modo de viver e, que nos permita a conviver com o mal fazendo o bem, pagar a indiferença com a atenção e o ódio com o amor. Sendo assim, estaremos no caminho doloroso de sacrifício que nos permita matar o dragão que existe em nós e até voar onde faltar solo no caminho abaixo dos pés!
Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.
Reflexão diária 04/06/2016 (sábado)
Libertar-se definitivamente
Se por algum momento caio nas armadilhas da interpretação das palavras ou atos das pessoas, devo me reavaliar se realmente estou certo ou ainda apegado a algum pequeno vestígio que meu passado ainda carrega no meu presente. Portanto se verdadeiramente notar que ainda carrego egos negativos do meu passado, devo usar da minha humildade, usando ela para desculpar-me de tais atitudes, e pedir a Deus força para que definitivamente remova do meu eu interior essa pequena poeira que de repente ainda não se soltaram do meu interior, e seguir na minha jornada.
Eu me sentia indisposta, mas não era de rejeitar serviços.
Atendimento agendado para o sábado, tínhamos que viajar, a professora e no momento minha cliente, tinha casa em outra cidade.
No caminho todas as conversas possíveis, eu sempre atenta a ouvir e aprender, e blá-blá-blá...
Lá pelas tantas... Silêncio absoluto! (e sequer um "aham"... eu dizia)
A professora fez uma pergunta:
– Jô, você está direitinha?
– Não professora! – proferi quase em agonia. – Estou mal, tenho calafrios.
– O que posso fazer para ajuda-lá?
A viagem ainda era longa...
Dos dois lados da estrada canavais, lá ao longe se avistava uma casa... dois agricultores do lado de fora...
A professora desceu do carro...
Perguntou se a dona da casa estava.
Um resmungo e um aceno de cabeça afirmavam que sim...
Da porta da frente se avistava o quintal, vindo em nossa direção aquela senhora simpática... nos acolheu.
Uma curta cortina servia de porta, no lugar do chuveiro um pote com água e uma cuia.
Era ali que eu tinha que me aliviar do mal estar.
Muita agradecida pelo gesto de carinho...
E nossa viagem prosseguiu serena até o destino previsto.
(Contos que conto)
Reflexão diária 25/06/2016 (sábado)
As duas faces da moeda
Sempre que com fé peço a Deus que perdoe meus pecados falhas e transgressões tanto do meu passado como do meu dia a dia sempre fico atento a não cometer os mesmos erros e não omitir por menor que seja minha atitude, pois sei que é isso que o entristece, tão como a desobediência, e a teimosia em persistir naquilo que já errei uma vez. De nada me adiantaria causar feridas em vão em meus joelhos se não uso de honestidade com aquele de que nada posso esconder. Sinceramente fico extremamente incomodado quando vejo algumas pessoas usando de tamanha hipocrisia.
Bom dia 25/06/2016 (sábado)
Nada que acontece em nossas vidas diariamente é apenas uma coincidência, e sim fruto das escolhas diárias que fazemos. Portanto escolha bem a trilha que vai optar em seguir, vários são os caminhos, porém somente um vai leva-lo a tão sonhada qualidade de vida que tanto procura alcançar.
O Sábado está terminando e só tenho que dizer obrigado Senhor por todos os momentos que vivi hoje, te agradeço também por minha saúde, o alimento que não faltou em minha mesa, os livramentos e seu amor que me sustentou. Que a noite seja de descanso e o Teu doce Espírito visite cada lar, restaure cada família e que o Domingo seja vitorioso... Amém!
Boa Noite!
A eterna espera
E derrepente
É terça
E a gente só se vê no sábado
E derrepente é quarta
E a semana parou
E derrepente é quinta e congelou
E derrepente é sexta
Vai demorar muito pra te ver
Só quero morar nos teus braços
Sem nenhum medo por longos dias
Vou te contar um segredo
Você é a coisa mais linda que eu já vi
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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