Textos de Reflexoes sobre as Pessoas

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Hoje percebo que o tempo passou, e com esse tempo muita coisa mudou em mim. Deixei de ser aquela menina que nunca quis crescer, deixei de ser a apaixonada que achou que iria morrer amando você. Hoje sou mulher, as fases passam e não percebemos que a cada década a vida se renova, não que ficamos velhas, mas que no decorrer de nossa história nos tornamos MULHER.
Percebo que em mim um mundo Novo nasce agora, não penso mais no que passou, uso as derrotas como aprendizado, não busco mais saber do passado, olho para frente e agradeço a Deus por tudo que a mim presenteou.
Sou feliz do meu jeito, as vezes choro me desespero, mas sei que a vida é assim com seus altos e baixos e assim vamos aprendendo.
Vejo muitas mentiras, pessoas que se postam como mártires e na verdade são apenas imagens. Sou discreta, sou oculta, minha vida é minha maior herança, minha familia, pra mim a joia mais cara que tenho. Minha vitória, passar por todas as fases e continuar intacta sem ter caído na tentação. Tive minhas recaídas, tive meus momentos, mas sei que minha honra sempre esteve em primeiro lugar. Deus sempre esteve comigo, sempre segurou em minha mão, sempre me puxou para a realidade e me protegeu de todos e de mim mesma, pois ele me conhece melhor do que eu mesma me conheço. Agradeço a Deus, minha mãe, meus pai, meus marido, minhas meninas... Pelo aprendizado, pela vida. E por tudo de mais precioso que tenho. ELES.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Mais um ano se vai
Outro se inicia
Deixamos as tristezas pra trás
E a esperança é que nos guia.

Na vida enfrentamos muitas batalhas
Um leão a cada dia
Mas são nas pequenas vitorias
Que conquistamos sabedoria

Esse é o momento
Uma via, novas expectativas
365 dias, com muita paz, saúde
e alegrias

A paciência nem sempre impera
Mas aos poucos buscamos por ela
Que seja uma das metas
Para o próximo ano que nos espera.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Minha devoção a este amor
vai além de qualquer expectativa.
Pois quando um amor é verdadeiro
ele jamais morre...
Às vezes penso neste amor como algo
que não se pode explicar.
Platônico! Seria o mais provável,
amar sem nunca tocar.
É, me vejo neste patamar.
Não importa, acredito neste sentimento.
Sei que de algum modo ele faz sentido
Em minha mente por exemplo. Fictício,
Uma fonte de inspiração, sei loucura de um coração.
O mais importante, sei o que é o amor.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Não posso colocar no ar
toda essa minha devoção
Mas não tenho muitas escolhas
somente aqui posso declarar minha paixão
São muitos anos de silêncio
Muitas duvidas sobre a questão.
falta de criatividade, medo de uma simples palavra
medo de ouvir um não.
Acho que o pior seriam os risos
os deboches e cartinhas no portão
Já tive muito disso
não queria mais uma pra coleção
Deixei como tudo era visto
e hoje me culpo por uma culpa
que não existe apenas um vilão
Mas dois que não se entendiam, e
o destino cravou de separa-los então.
E assim termina a história
De um Romeu que não se casou
com uma Julieta.
E da Julieta, que não morreu em vão.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Eu fico perdida
entre o ontem, o agora e o depois
Conto as horas para receber um oi
quem sabe um boa tarde
hoje ou amanhã

Não sei o que fazer
deixo minhas tarefas pela metade
nem sequer um chocolate
consigo fazer.

Nas horas mais tranquilas
é com você que desejo estar
deitar em seu peito, sentir teu cheiro
Dormir abraçadinho a Você.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Estou a um passo
De me deixar levar
Pelas loucuras
Que os livros me trás.

Toda pessoa normal
Em sã consciência
Acaba por se perder
Dentro de um livro

Crio asas
Vôo por todo o céu.
Sou pirata
Enfrento as ondas
Debaixo de um belo chapéu

Viajo o mundo
Conheço pessoas
Me apaixono.
Esqueço
Que a realidade me define.

Sou o vento
Sou o tempo
O esquecimento
A virtude

Quem me conhece
Me ama pelo o que sou
E me quer sempre perto
Quem não me ama
Não me conhece
Nunca tentou realmente
Me ver como sou

Sou apenas um detalhe
Mas um detalhe
Que se mostra com Intenso
Brilho... 🌠

Inserida por Poema-as-Bruxas

Haverá sempre um apelo
Para que se compreenda
Os motivos ao qual a vida
Nos leva a vivenciar.

Pessoas se fazem de santas
Bondade onde não existe.
Ouvem atrás das portas
E sorriem com a desgraça alheia.

O mundo sobrecarrega
As costas com o tempo, pesa
E a vida que poderia ser fácil
Se desespera.

Encontros são desfeitos
O rumo traçado toma uma via
De tropeços.
E o que era saudável
Adoece, por falta de consenso.

Inserida por Poema-as-Bruxas

A vida não é uma competição onde se vive para ser melhor que o outro.
Todos temos defeitos, todos temos qualidades, ninguém é igual a ninguém. Ninguém é melhor que ninguém.
Todos cometemos erros, todos somos pecadores. A vida é uma montanha russa, cheia de altos e baixos e é você que decide se quer viver com emoção ou não, se quer ser bom ou não, se quer viver se espelhando no outro ou não.
O melhor seria cada um na sua caixinha sem desmerecer ninguém.

Inserida por Poema-as-Bruxas

O relógio marca
O ponteiro descarta
E a vida passa
Sem a gente perceber

São muitos momentos
Desejos
E o tempo não ajuda
Corre em disparada
Como se estivesse atrasado.

Com os minutos contados
E assim passamos a viver
Um dia de cada vez
Dezoito horas por dia
É o que temos para sobreviver

Tolo, aquele que acredita nas 24 horas
Pois o tempo comeu as horas
E o que nos resta
É correr contra o tempo
E fazer por merecer.

O tempo é cruel
Castiga sem dó
Se houver oportunidade
Agarre... Pois se passar, passou.
Nem sempre temos a sorte
Dele voltar a nos perceber.

Inserida por Poema-as-Bruxas

Sinto falta da época,
Que andar na rua, era sossego.
Que brincar, era com brinquedo.
E amar, era momento (eterno)

Sinto falta
Das conversas, as risadas sem medo.
Das piadas sem preconceitos.
Do caminhar de qualquer jeito

Sinto falta
De cantar sem entender
De pular sem perceber
De amar sem corresponder

Sinto falta
De um mundo imperfeito
Mas que no fundo, todos tinham respeito
E não viviam com medo de viver

Essa história é de um tempo
Em que a tecnologia não havia
Corrompido vida.
Pois hoje se corrompe até
mesmo o feto antes de nascer.

Inserida por Poema-as-Bruxas

A VERDADE NUA E CRUA

Corri, me escondi
Sonhei, ainda estou aqui!

Andando em círculos
Em uma rua escura
Rostos estranhos
Sorrisos maliciosos.
Procuro uma saída,
Não encontro.

Portas que se abrem
Que não chegam a lugar algum
Escadas longas,
Pessoas que ferem sem tocar.

Desespero, loucura
Um lapso de verdade
E o tumulto se acumula.
Novos rostos
Pessoas desconhecidas

Ninguém me vê
Ninguém me sente.

A verdade é nua e crua
Um corpo aparece.
E uma vida é destruída.

Inserida por Poema-as-Bruxas

VOCÊ AINDA ME INCOMODA

Ainda arde um pouco. Ainda parece que eu vou dar de cara com a parede quando caminho olhando pra baixo. Ainda demora um tempo – quanto tempo? -, pra eu deixar de vez de me incomodar. Ou isso nunca muda e não me avisaram. Só disseram que eu deveria sorrir e não me importar, disseram que eu deveria ficar feliz por você, disseram que tava tudo bem em conhecer outras pessoas e falar delas e te ver todo dia e falar com ele e fingir que eu sou forte, mas não sou.

Inserida por leticiabaptista

Precisamos nadar contra a correnteza

Dia desses a gente se encontra e eu te conto que a minha reza antes de dormir tem sido pra você. Que eu vago todos os dias pra ver se esbarro contigo em algum lugar, que eu te enxergo de uma maneira tão bonita no horizonte e que é por isso que eu espero o pôr-do-sol. Cê já percebeu como é lindo quando a noite cai e a cidade dorme? Dormem as obrigações e dormem as angústias, dormem as tristezas e dormem as certezas; durmo eu com o pensamento vidrado em você.

Você ri de uma maneira tão bonita quando fica sem jeito que faz com que eu fique sem jeito. O amor deixa a gente meio bobo mesmo. É bobo e ainda assim é bonito. É lindo, na verdade, porque tudo ganha um pouco mais de cor e a gente começa a nadar contra a correnteza. A aquarela fica mais colorida e a gente até se esquece das feridas, esquece o que arde e o que corrompe a gente por dentro; esquece as dores e as promessas todas de quando a gente bateu com a cara no muro pela última vez e jurou pra si mesmo que nunca ia encontrar alguém igual a quem se foi. E ainda bem que foi. Se não fosse, eu nunca teria esbarrado com você.

Acho que é sempre isso mesmo: a gente nadando contra a correnteza. Porque a correnteza tortura, leva a gente com as angústias todas e carrega pra um lugar que atormenta. Ser levado pela água é horrível. Até dá pra tentar se segurar, tentar encontrar alguma pedra que nos ofereça abrigo em meio ao rio, mas é mais forte que a gente. O corpo fraqueja e a gente também, e aí tudo se entrega. Só que quando nos apaixonamos, deixamos a boia e o que sobrecarrega de lado, e nadamos contra a correnteza; contra as pessoas e contra o fluxo, contra as angústias e contra a certeza de que se apaixonar de novo seria o mesmo que naufragar. E aí a gente percebe que naufragar é desistir do amor.

Dia desses a gente se encontra e eu te conto que todas essas metáforas que eu crio sobre o amor são sobre você, e o quanto valeu a pena nadar contra a correnteza pra te encontrar. Te conto o quanto eu vago e nado por ai pra ver se encontro abrigo em você. Cê me abriga? Se abrigar, a gente senta na proa e olha o pôr-do-sol. Sobra nós dois no rio contra a correnteza.

Inserida por leticiabaptista

DESISTI


Era tudo perfeito. Nossos gostos combinavam, nosso beijo se encaixava, as conversas nunca tinham fim. Cada vez mais, eu sentia que éramos feitos um para o outro. Eu não cabia em mim de tanta felicidade.

E o que mais me fazia feliz era ver que você também se sentia assim.

O casal perfeito. Aquele que todos os amigos, dos dois, tinham certeza que envelheceriam juntos. E nós também. A vida nos três primeiros meses de namoro era maravilhosa. Programas básicos, mas que eram meras desculpas para estarmos juntos.

Rua, chuva, fazenda, parque igreja, protestos, cursos de bordado, o que fosse junto com você eu ia. E ia bem feliz.

Depois começou ficar mais sério, mas não menos maravilhoso. Começamos a falar sobre grana, planos de vida, perspectivas. E começamos a pensar em construir uma vida a dois. Mais séria, mais adulta. Aos poucos, as coisas foram tomando forma, as dificuldades aumentaram de grau e intensidade. Mas ainda éramos apaixonados.

As brigas ganhavam mais hostilidade, eram mais contundentes e cada vez por motivos mais tolos, mas mesmo assim ainda éramos apaixonados. Até que chegou um momento que eram mais brigas do que paz, eram mais motivos para separarmos do que ficar por aqui.

Mas ainda éramos apaixonados. E quantas vezes desisti de desistir por conta disso?

Meu humor foi-se deteriorando, minha saúde acabando. E a sua também. Até que um dia terminei. E você, em meio a uma crise louca, me disse que sabia que eu não gostava mais de você. A esta altura, isso nem fazia mais diferença, mas hoje quero contar: eu ainda era apaixonada por você.

Foi tão difícil dar um ponto final, dizer adeus e ainda ouvi-lo pondo em dúvida meu sentimento. Aquele que me corroía por dentro a cada roupa colocada na mala e quase me convencia a desistir. Quando saí por aquela porta, minhas lágrimas e meus soluços eram incessantes. Eu dirigia chorando enquanto lembrava de seu sorriso, de suas mãos, de seus beijos, de nosso começo de namoro.

Foi então que parei o carro, respirei fundo e me lembrei de mim mesma, de como eu era feliz naquele começo e de como agora eu vi ia sofrendo e pensei: "Ainda sou apaixonada, sim. Mas desisti de você antes que eu tivesse que desistir de mim."

Ainda sinto saudades, ainda sou apaixonada por você, mas por mais apaixonada que eu seja, não vale a pena sofrer.

Enxuguei as lágrimas, liguei o rádio no último volume e cantei junto cada música o mais alto que pude.

Inserida por leticiabaptista

Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei


...




Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei
Cavei..Cavei..Caveeei


...

não foi romântico, mas foi profundo ;)

Inserida por JehDrik

As Marias da Graça ganharam seus narizes vermelhos em julho de 1991 e resolveron formar um grupo de mulheres palhaças, algo totalmente novo no país.
São mulheres que trabalham o riso e escolheram a arte da palhaça para expressar o cotidiano feminino. Interferem assim, na visão tradicional deste universo artístico.
O grupo optou por uma atuação popular e estar presente em diversos pontos da cidade. Em seus projetos procuram sempre diversificar os locais de apresentação - do Leme ao calçadão de Bangu. Acreditam que todos tenham acesso à cultura.

Utilizam o teatro como um meio de socializar e educar. Através do Teatro Popular participam do processo de fortalecimento da identidade cultural da cidade, assim como, fortalecem a sua identidade artística.
Os 13 anos de teatro de rua, palcos e projetos possibilitaram ao grupo a formação de uma platéia que as prestigia independente do espaço, local ou proposta de encenação.
Acreditam na leveza da/o palhaça/o e no riso como um instrumento poderoso na renovação social. Não pensam na tragédia ou no drama como uma linguagem sua. As Marias da Graça são palhaças, cariocas e bem humoradas, compromissadas com o humor, a brasilidade, a mulher, o teatro de rua e de grupo, e que agora com mais de doze anos de estrada, reitera seu compromisso com a arte como uma das melhores contribuições para uma sociedade mais justa e feliz.

As Marias da Graça Associação de Mulheres Palhaças

Em 2003 o grupo fundou a Associação de Mulheres Palhaças As Marias da Graça. Fazem parte dessa associação as atrizes/ palhaças: Vera Lucia Ribeiro, Geni Viegas e Karla Conká, que estão desde a fundação do grupo em 1991, e Samantha Anciães. Além disso, o grupo convida atrizes/ palhaças, para participar de oficinas, espetáculos e projetos. Em 2003, Cris Muñoz e Mônica Müller excursionaram na Mostra Sesc CBTIJ de Teatro e Cris Muñoz participou do 2º Festival Internacional de Palhaças em Andorra – Europa (maio/2003). Vânia Cardoso, residente em Londres, foi com o grupo ao 13º MOTRARÁ FESTSESI em MG e atuou no Circuito Carioca de Teatro de Rua, Circo e Folias.
Em 2003 o grupo recebeu 02 prêmios na área de gênero:
- Global Fund for Women, San Francisco, EUA
- IV Concurso de Empreendimentos Exitosos Liderados por Mulheres, Rede Mulher de Educação, São Paulo.
A metodologia do grupo consiste em ser um referencial de trabalho e aprendizado. Fomentando a arte da (o) palhaça (o), dentro da visão do feminino, a outras atrizes que trabalham ou que queiram trabalhar com esta linguagem. Cria-se assim, um banco de talentos, permitindo que as atrizes/palhaças tenham oportunidade de se apresentar ao mercado de trabalho.

Inserida por AtrizS2Will

⁠⁠E as noites estavam iguais,
como todas as noites iluminando vésperas,
de uma madrugada a fio.
E tudo estava deserto, feito sol de meio dia,
a cidade estava tímida diante do luar,
e as luzes faziam sombras,
tudo muito estranho e incomum,
e de repente você me beijou,
mas o céu já estava amanhecendo,
como todos os céus sem estrela, sem lua,
e no deseto de nós mesmos,
partimos sem adeuses,
estranhamente.
Mas depois o sol amanheceu,
e tudo virou amor novamente,
mas só amor,
estranhamente.

Inserida por gnpoesia

⁠Quando foi que eu deixei de ser criança
Lembro de quando pequena
Subia na árvore e os galhos eram como trapézio.
Não tinha medo, nem mesmo tontura
Só a diversão de estar ali pendurada.

Depois com o tempo
As árvores viraram meu refúgio
Lá eu ficava, ninguém me via
E assim acredito acabei crescendo
E com o tempo deixei de subir nelas

Hoje sinto falta delas. De sua altura
Mas com a idade é falta de jeito
Já não sei mais subir em uma árvore

O tempo passa , as coisas mudam
Não diga que não se esquece, esquece sim
Com o tempo perdemos o jeito.
Perdemos nossa desenvoltura
E acabamos por ficar adultos
E esquecendo de como é ser criança.

Feliz aquele que mesmo com o tempo
Jamais perdeu sua infância.

Inserida por Poema-as-Bruxas

⁠*AS ESTRELAS NO CHÃO*. (Victor de Oliveira Antunes Nt)

O mundo de hoje parece um pesadelo. Tudo reflete dinheiro; tudo é volúpia e marketing sempre; pra fazer mais dinheiro. Nessa ciranda louca e desenfreada estamos nos metamorfoseando; viramos coisas e já se diz que somos CPFs. Cada vez mais nos desconstruímos como entes; seres criados imagem suposta de Deus. Hoje o império dos sentidos submete a vida de cada um de nós às regras da grana. Nas mídias, pulsa a cultura da juventude consumista e insaciável: todo dia se quer algo novo e descartável. Os automóveis, por exemplo, já nascem um ano antes do ano. Essa loucura exige submissão: a do poder aquisitivo... Você sempre precisará ganhar mais... Tudo é vivido e feito com um único fim: ganhar dinheiro pra poder comprar... Nós, como entes vivos, perdemos, portanto, nossa dignidade. E a propósito, nossa própria capacidade de ficarmos assombrados.

Somos marionetes e nos transformamos nas mercadorias anunciadas que compramos. E agora perplexos, verificamos que esse estamento de coisas se aprofunda, a cada dia. Hoje, cada um de nós vale o que produz ou o que pode comprar. Nós somos CPFs. E é esse tratamento que damos, uns aos outros. Não poderia ser diferente, portanto, o tratamento dado às famílias dos que morreram em Brumadinho; às famílias dos meninos incendiados do Flamengo, às vitimas das tragédias de Teresópolis, de Petrópolis, e também da Ucrânia.

Se por um lado os valores comprometidos com a segurança da barragem foram abaixo da linha do mínimo, tanto quanto a segurança dos meninos, das famílias dos municípios ditos que viviam nas encostas cujos deslizamentos se anunciavam nos vales ribeiros, sobranceiramente das vitimas da invasão da Ucrânia, é porque embaixo disso tudo só tinham CPFs... Simples números... Entes pífios e sem qualquer significado se observarmos a dimensão das tragédias em relação às falas dos “políticos” e “gestores”; amiúde o tratamento social, humano e financeiro dispendido. É sempre mais do mesmo e da mesma forma. Passado o susto publico do primeiro momento, eis que começam as ponderações sobre o valor destes “entes CPFs”, números...

Pois é: tratar essas situações com falácias e barganhas é francamente acima do "terrivelmente vergonhoso”. Nenhuma grana será suficiente para minimizar a absoluta destruição de tantas vidas. Nada poderá remediar tamanhas dores e perdas; e é certo que ficarão centenas de lesões de alma. Mas daí a um pouquinho, ninguém mais liga... E a coisa que nos vem a cabeça é isso: e o dinheiro?... Quanto deram, quanto se gastou... Será que tem gente doando?... Tudo já está girando em torno dele: o dinheiro... Hora de dar “preço” na dor e na perda. Vamos começar a medir a importância dos CPFs, mas não a importância da “pessoa”, que foi explodida na calçada. Vai rolar valor por baixo, mas, ainda assim, vai ficar bem abaixo do que vale a vida; vida de cada um de nós. Talvez por isso não tenhamos famílias seguras, boas escolas e bons atendimentos na saúde e segurança nas ruas. A gente não é mais humano... é numero, coisa, produto, lixo... É que a nós vale mais "uma joia”, um “carro zero”, do que centenas de mortes; não foi ao meu lado, então que se dane... É “vida que segue”... Aliás, que dignidade que nada; vamos salvar o dinheiro e indenizar por baixo, abaixo da dignidade de cada um... Aos meninos do Flamengo, às vitimas das Serras, aos explodidos na Ucrânia... Vale mais guardar pra gastar com a Copa do Mundo que está chegando; vamos viver a vida... a expectativa de vida; e quiçá da nossa alegria e sucesso; esqueçamos, foram só CPF’s... Vamos ao shopping comprar coisas que brilhem aos nossos olhos...

Para os que discutem dinheiro seguem as avaliações dos CPFs...

Para os comuns, apenas entes...

Para os que se importam, morreram pessoas tanto em Brumadinho, quanto no Ninho do Urubu, em Teresópolis, em Petrópolis e na Ucrânia; morreram e continuam morrendo sonhos de vida e esperanças; o que morreu e continua morrendo assim, todo dia, portanto, é gente, não são números...

Acho, portanto que passarei a me lembrar desses lugares, como lugares das Estrelas no Chão. É o mínimo de reverência e respeito que me ocorre. A cada anoitecer há que lembrar cada uma, daquelas significativas vidas; lembrar e vê-las como estrelas que brilham no chão. Até porque, não existe e nunca se fez retrato de um CPF. (Victor de Oliveira Antunes Nt).

Inserida por VictorAntunes

Se observarmos, perceberemos que quanto mais mulheres um homem têm, menos desfruta. Um homem com muitas opções não se interessa verdadeiramente por uma mulher e, pior, não se entretem com nenhuma.
(Valendo -se texto de Rosely Sayão, mutatis mutandis, in Consumismo infantil, Jornal Folha de São Paulo -Equilibrio 2007)

Inserida por NiravaGulaboBeth

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