Textos de Reflexoes sobre as Pessoas

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Sobre adicionar e remover

Tenho tentado não agir por impulso. E vejo com clareza, após pensar, repensar e estudar os vários ângulos possíveis de uma situação, o que devo remover e acrescentar na minha vida. Infelizmente, isto também inclui pessoas. E pessoas que, em determinado momento, tiveram uma importância primordial na minha existência. Mas eu mudei, elas mudaram. E não foram apenas as idiossincrasias que nos afastaram, mas simplesmente, ter valores que não se casavam mais, desconfortos maiores que alegrias, disputas estéreis, uma necessidade insaciável de despertar emoções negativas, e um vácuo enorme onde havia abraço. Onde havia amor (?).
Não foi fácil, não tem sido, mas tenho me sentido mais coerente com as coisas que me propus a viver. Com as coisas que eu tenho para dar e derramar. Com o espaço que abro para o tipo de relações de trocas reais, de afetos sinceros, de atitudes maduras, de comportamentos honestos. Não quero amar apenas quem é amorável, quero amar quem merece ser amado. Por causa e apesar de. E eu brindo o que é recíproco mesmo que não seja idílico. Tenho plena consciência de que na diferença que o Outro me traz é que aprendo, mas que venha com transparência. Eu prezo pessoas de verdade, estas me são caras. Os fakes eu respeito e deixo que sigam. Não há problema nenhum em nada e ninguém, desde que eu saiba que sobre a minha vida, a mim me cabem as escolhas. E eu dou o meu melhor e mereço receber o melhor também.
E todo este meu trabalho interno poderia ser resumido assim: eu quero crescer para mim mesma.

A maravilhosa arte de perdoar os peixes


Eu sei pouco sobre o perdão e sobre os peixes
Mas sobre a arte de perdoar os peixes
Eu sei tudo.
Eu sei pouco sobre a beleza e sobre as árvores
Mas sobre a beleza das raízes das árvores
Eu sei tudo.
E sei também que os peixes, as árvores e as flores
realizam maravilhosos saraus.

Ha dias que é interessante discutir sobre a magnitude do universo, da complexidade humana, de remotas e grandes descobertas...
Outras vezes queremos apenas falar de coisas superficiais e corriqueiras...
Algumas vezes queremos apenas ouvir, sorrir, concordar, discordar, ser reticente...
Outras vezes o que queremos é ficar calado, conversar consigo mesmo. Apenas ser...

Eu não sei o que dizer sobre você, me deixou, arrebentou as veias desse velho coração e me tornou mais vulnerável do que antes e foi você quem prometeu que queria me ver forte, olha pros meus olhos e vê que minhas forças tentam se renovar, mas elas vêem sentimentos como abjetos, você não sabe o que eu poderia sentir.
Talvez a culpa seja não só sua, seja minha, porque calada eu sofri, eu não escrevi poesia ou música eu permiti que toda essa minha parte obscura tomasse conta de mim, que me enforcasse e me tomasse de um jeito que jamais permiti.
Você não pode ver, mas eu estou sofrendo,não estou chorando, não estou me sentindo mal mas eu sei que isso não vem de mim, isso não sou eu e que toda minha benignidade não conseguiu sobreviver. Eu não consigo olhar direito nos olhos das pessoas e isso me apavora mais do que qualquer outra coisa.
Eu estou sofrendo mas não parece porque eu criei um buraco negro dentro de mim, ele está no lugar do coração, ele sugou minhas lágrimas e minha benevolência , ele criou asas se é que é possível, e lá dentro dele existe um ser que devora almas pronto para pegar a minha.Sim, eu ainda tenho uma alma, só que é ela que me torna pura, engraçada e me fez ter esse buraco horrível no lugar do coração, algo que criei mas não consigo controlar, ele se revoltou, quer sugar tudo mas eu não suportaria, então tirei o coração, tirei o buraco e joguei no rio, no lugar mais profundo e deixei lá, mas parece que outro está nascendo no lugar, eu não quero afetar este. Eu quero que ele cresça forte e saudável, eu quero dá-lo à você e saber que mesmo que você não o queira você irá devolve-lo por inteiro, porque você é uma boa pessoa.
Obrigado por tudo!

Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não consegurás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele(...)

Caio Fernando Abreu
ABREU, C., Morangos Mofados, Agir, 1982

- Que você morreu? - disse a velha senhora, sorrindo. - Faleceu? Partiu? Foi falar com Deus?
- Morri - ele disse, suspirando. - E isso é tudo o que eu lembro. Depois a senhora, os outros, tudo isso. A gente não devia ter paz quando morre?
- Temos paz - disse a mulher - quando estamos em paz com nós mesmos.

Inserida por marianastela

A Poça D'água

A poça d’água é bem interessante. Quando pequeno eu costumava pular sobre ela para ver a água espirrar para todo lado. Também jogava uma pedrinha pra ver aquelas famosas ondinhas. Sim, ela era considerada um brinquedo e tanto pra mim naquela época. Com o passar do tempo percebi o quanto ela pode ser cruel também, mas não por si só, mas pela maldade do homem. Quem já não tomou um belo banho indesejável quando um carro passa maldosamente sobre uma poça d’água? Coitados dos enfermeiros! Mas uma poça d’água pode nos nossos dias ser ainda mais nociva e mesmo que nela contenha água bem limpa. Estou falando da dengue. Assim como todas as coisas e pessoas, a poça d’água pode ser vista de vários ângulos, um brinquedo, uma oportunidade pra zoar com os outros ou o risco de uma doença mortal. Quem sabe um dia quando tudo isto aqui passar e Jesus voltar para purificar este mundo, nós poderemos brincar novamente com a poça d’água inocentemente.

Inserida por tioilmo

É você e vai ser sempre você. Eu já disse isso em outro desses textos meus e não consigo deixar de pensar em como essa frase martela na minha cabeça. Já falei sobre independência e sobre como eu não preciso de você pra nada. Já falei sobre deixar você ir embora e sofrer uma, duas, trinta vezes e mais um pouco toda vez que abrisse a porta e desse de cara com esse seu sorriso de quem ainda tem esperanças de que eu largue esse modo de ser e entenda tudo isso. É você e vai ser sempre você. Mesmo que seja teimosia minha e eu te reinvente a cada dois minutos dizendo pra mim mesmo que você não é nada que eu sempre quis e conte pros outros uma versão diferente de nós dois.
Eu te defendo sempre que meus amigos me dizem que é loucura. Que você me faz mal. Que você me descompleta. Como é que eu vou deixar que falem mal de você na minha frente mesmo que eu esteja te odiando com todas as forças que eu nunca sonhei em ter? Só eu posso reclamar da nossa descontinuação. Só eu posso reclamar dessas invenções de vocabulário que a gente sempre faz tentando expressar isso tudo com palavras que não existem.E por onde você anda? Ouvi dizer que se sentiu perdida, mas também achou melhor não me ter mais por perto. Ouvi dizer que conheceu uma bebida de sabor doce e gostou (apesar de sempre ter odiado sabores doces e amores mais doces ainda). Ouvi dizer que é perda de tempo ficar esse tempo todo pensando sobre como a gente consegue gostar um do outro e cismar em se perder por aí mesmo não tendo problema algum.
Mas a gente se esbarra, eu sei. Um dia a gente se encontra de novo. Seja aqui ou em marte, no céu ou no inferno. Depende da tua religião ou da tua forma de me querer de volta. Um dia eu te provoco mais um pouco e te estrago só mais um pouquinho de um jeito que só eu sei fazer. Um dia a gente se põe lado a lado pra reclamar da vida e acender um cigarro barato pelas ruas dessa cidade. Um dia você esquece o guarda-chuva de novo e eu te dou cobertura, abrigo e um pouco de mim de novo. Um dia desses, quem sabe, a gente não precise se despedir e possa ficar pra sempre nesses nossos joguinhos que só interessam a mim. Vão nos chamar de loucos e desvairados. Mas nós somos jovens, meu bem. É você e vai ser sempre você. E talvez isso não seja tão ruim assim.

Sobre esquecer alguém, eu sei que não é fácil. A gente nunca esquece assim de uma hora para outra, ainda mais alguém que marcou muito nossa vida. Na verdade, acho que não esquecemos totalmente alguém assim, só encontramos outras prioridades na nossa vida. Acho que com o tempo acabamos aceitando que nem tudo o que a gente quer vai acontecer, e nem todas as pessoas que amamos estão destinadas a ficarem do nosso lado. Eu sei como é difícil se acostumar com a ausência de alguém que um dia foi tão presente, como é difícil tentar esquecer todas as promessas que foram feitas, abandonar todos os planos imaginados, evitar todos os momentos vividos. Eu sei, não é fácil desapegar de alguém assim, é difícil, eu sei, mas com o tempo acabamos percebendo que ás vezes coisas boas saem de nossa vida, para que coisas melhores possam chegar. Desapegar, desprender e esquecer, fazem parte da vida. Ás vezes precisamos deixar o destino assumir e simplesmente seguir nossa vida em frente. Você vai superar, vai se apaixonar e vai se decepcionar, é inevitável, mas é preciso. E acredite, quando menos esperar, vai ficar tudo bem, você vai superar, essa angústia vai passar e você vai entender que pessoas vem e vão, que paixões acendem e apagam e que o destino apesar de incerto, muitas vezes nos leva para lugares incríveis e nos traz pessoas maravilhosas. Vai passar, vai ficar tudo bem, no fundo você sabe. Talvez não amanhã ou depois, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? Mas vai passar e vai ficar tudo bem, afinal a vida é assim mesmo: chegadas e partidas, de apego e desapego, de começos e recomeços, e já está na hora de você recomeçar.

Esses últimos meses com você foram muito especiais. Você me fez aprender tanta coisa sobre mim… Por exemplo, aprendi que me apaixono fácil, mas que meu coração é ingênuo. Ele não entende que não deve amar quem não me ama. Mas gostaria de te agradecer pela lição mais importante que me ensinou: a ter amor-próprio. É por isso que a partir de hoje você não vai mais ouvir falar de mim.

MEDITAÇÃO DO DUQUE DE GANDIA
SOBRE A MORTE DE ISABEL DE PORTUGAL

Nunca mais
a tua face será pura limpa e viva,
nem teu andar como onda fugitiva
se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
do teu ser. Em breve a podridão
beberá os teus olhos e os teus ossos
tomando a tua mão na sua mão.

Nunca mais amarei quem não possa viver
sempre,
porque eu amei como se fossem eternos
a glória, a luz e o brilho do teu ser,
amei-te em verdade e transparência
e nem sequer me resta a tua ausência,
és um rosto de nojo e negação
e eu fecho os olhos para não te ver.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.

Nunca mais te darei o tempo puro
Que em dias demorados eu teci
Pois o tempo já não regressa a ti
E assim eu não regresso e não procuro
O deus que sem esperança te pedi.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Para refletirmos
Sobre palavras...
Eu tinha uma pessoa amiga, muito especial e próxima a mim que sempre me respondia quando eu lhe dizia frases de afeto: "Palavras são só palavras"!
Eu nunca quis aceitar isso como verdade, pois, afinal, palavras sempre foi a minha maneira mais eficaz de demonstrar o quanto eu admiro, adoro ou amo uma pessoa. Geralmente as minhas palavras sempre vinham com gestos de carinho e atenção e, por fim, um abraço apertado, pois essas também são as minhas outras linguagens de demonstração de amor.
Pois é, meu amigo, hoje talvez de uma forma cruel e rasteira eu possa dizer que aprendi a lição que você sempre buscou me ensinar.
Eu entendo que as coisas tenham pesos e percepções diferentes de acordo com cada pessoa. Cada um sente de uma forma, cada um recebe de uma forma, cada um interpreta de uma forma e cada um supera as coisas de sua própria maneira. E isso deve ser respeitado.
Cada um é responsável pelo que diz e cada um é responsável pela interpretação que faz, do que se ouve ou lê. Não é mesmo?
Pois bem, hoje eu leio tantas palavras bonitas, doces, amenas, carinhosas e o que eu mais gostaria de acreditar é que "palavras não são só palavras".
É preciso muito mais do que palavras bonitas para ressignificar um coração estraçalhado por uma grande decepção.
Sinto muito em dizer isso, mas você sempre teve razão!

Decida-se sobre o que você quer fazer e vá em frente!

Nossa, como o tempo voa! Como a vida passa rápido!

A vida passa rápido quando você está cheio de alegria, de felicidade, dando o melhor de si! A vida passa rapidinho quando o seu coração está focado no bem!

Mas saiba aproveitar a cada minuto, a cada instante, tá? Tudo é muito precioso! Seja sempre alegre e otimista! Olhe lá na frente e caminhe com toda confiança praticando o bem e ajudando a todo mundo. Tenha para todos um sorriso de bondade, de carinho, de compreensão!

Apesar de você depender do tempo, não permita que ele se torne um fardo em sua vida, viu? Não permita que o tempo te desanime! Tem tempo para tudo, para tudo que você quiser fazer! É só uma questão de planejamento, de paciência, de perseverança, de desejo e de sonho!

Todos nós temos a mesma quantidade de tempo disponível, mas o importante é a maneira como o usa! Por isso, não fique se queixando! Nem de seu fardo, da sua cruz e nem do tempo que passa rápido ou devagar demais! Talvez esse seja o primeiro passo para você dar uma virada na sua vida no que diz respeito a esse tema, né? Troque a queixa por ação, por atitude!

Nunca seja um escravo do tempo! Nunca seja escravo de nada! Nem dos modismos! Faça com que o tempo te sirva. Isso mesmo: o tempo deve te servir e não você a ele, tá? Decida-se sobre o que você quer fazer e vá em frente! Você verá que terá tempo suficiente para fazer tudo na vida. E com amor e alegria, ok?

Bom dia! Bom Divertimento! Fique com Deus.

“A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego: de tanto rir, de surpresa, de êxtase, de felicidade...”

Poesia Sobre os Paradoxos do Amor

⁠O amor, clamor sutil que ressoa no âmago,
Essência amarga que embriaga os sentidos no abismo.
Luz etérea que se incendeia na penumbra da existência,
Sombra luminosa que persiste onde o visível se dissolve.
Frio abrasador que destila na carne o véu da transcendência,
Calma turbulenta que agita os recessos da psique.
Silêncio retumbante que abala as fundações do ser,
Vazio pleno de infinitudes, onde o finito se perde e se refaz.

Inserida por Caio_AS

"Consciência Humanitária"

Sinopse

Uma crônica que mergulha nas reflexões sobre a importância da consciência humana, da caridade e da empatia em meio às demandas do mundo contemporâneo. Através de exemplos concretos e análises profundas, a crônica convida o leitor a refletir sobre como pequenos gestos de bondade e solidariedade podem impactar positivamente não apenas aqueles que os recebem, mas também aqueles que os praticam. Com uma abordagem sensível e inspiradora, a crônica busca ressaltar a essência humanitária que reside em cada um de nós, incentivando a construção de uma sociedade mais empática e solidária.

Notas do autor:

A inspiração para escrever esta crônica sobre a consciência humanitária surgiu de uma experiência marcante que tive ao presenciar a generosidade de estranhos em um momento de necessidade. Ao testemunhar a solidariedade e compaixão em ação, fui impulsionado a refletir sobre o impacto transformador que pequenos gestos de bondade podem ter em nossas vidas e na sociedade como um todo.

"Consciência Humanitária"

Num mundo em constante movimento, onde o tempo parece escorrer entre os dedos como areia fina, a consciência humana se vê diante do desafio de se manter conectada à empatia e à compaixão. Em meio às demandas do dia a dia, é fácil se deixar levar pela correria e esquecer-se do impacto que pequenos gestos de caridade podem ter na vida daqueles que mais necessitam. No entanto, é justamente nesses momentos de desafio que a verdadeira essência da humanidade se revela.
Na correria do dia a dia, muitas vezes nos deparamos com situações que nos levam a refletir sobre a consciência humana e a prática da caridade. Ao presenciarmos a realidade de pessoas em situações de vulnerabilidade, somos confrontados com a necessidade de agir em prol do próximo. Um simples gesto de bondade pode fazer toda a diferença na vida de alguém. Desde um sorriso acolhedor até uma doação de alimentos, cada ato de caridade reflete não apenas a generosidade, mas também a consciência do impacto positivo que podemos causar na vida daqueles que mais necessitam. Ao nos colocarmos no lugar do outro e compreendermos suas dificuldades, nossa consciência humana nos impulsiona a estender a mão e oferecer auxílio, promovendo assim uma sociedade mais empática e solidária.

Notas finais:

Ao final desta crônica sobre a consciência humanitária, convido cada leitor a considerar o impacto positivo que suas ações compassivas podem ter no mundo ao seu redor. Pequenos gestos de bondade, solidariedade e empatia têm o poder de transformar vidas e comunidades, e é com esse entendimento que encorajo todos a procurarem oportunidades para praticar a caridade e o amor ao próximo. Se cada um de nós se comprometer a ser uma luz de esperança na vida daqueles que estão ao nosso redor, juntos construiremos um mundo mais compassivo e acolhedor para todos.

Autoria de Daniel Vinícius de Moraes⁠

Inserida por Dvinicius

⁠*Reflexão*
Jornada da Vida: Reflexões sobre Sonhos e Esperanças.
Em nossa jornada pela vida, somos frequentemente confrontados com sonhos adiados e esperanças dilaceradas. São desafios que surgem pela influência da ambição descontrolada, da ganância e do egoísmo, que tantas vezes nos desviam do caminho que idealizamos.
No entanto, há algo dentro de nós que nos impulsiona a não desistir. Acreditamos que, através de escolhas conscientes e corretas, podemos trilhar um caminho que nos conduza à paz e plenitude que tanto buscamos. Essas escolhas não são simples; são uma negociação constante entre nossas aspirações mais nobres e os obstáculos que surgem em nosso caminho.
Cada desafio enfrentado se transforma em uma oportunidade de crescimento e aprendizado. É através da perseverança e da integridade que encontramos a força para seguir em frente, transformando as adversidades em degraus na escada de nossa evolução pessoal.
A busca pela felicidade genuína não é apenas um objetivo, mas sim um compromisso com nós mesmos. É um processo que exige coragem para enfrentar nossos limites e um comprometimento inabalável com nossos valores mais profundos.
Refletir sobre nossos sonhos adiados e as esperanças renovadas nos leva a reconhecer nossa humanidade compartilhada. Cada passo adiante não é apenas uma conquista pessoal, mas uma afirmação de nossa capacidade de superação e crescimento.
Que possamos, em nossa jornada, continuar a buscar um caminho digno de nossos sonhos mais sinceros, inspirando-nos na perseverança e na convicção de que a verdadeira realização vem da busca constante pela autenticidade e pelo equilíbrio interior.
H.A.A

Inserida por helio_assuncao

O amor impossível é o verdadeiro amor

Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo.

Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que há um amor mais comum, do dia-a-dia, que é nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as décadas, o amor prático que rege o "eu te amo" ou "não te amo". Eu, branco, classe média, brasileiro, já vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romântico, um sonho político, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indébita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. O amor é a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos têm, naturalmente.
Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar só de política me mata...) e falar de outro amor, mais metafísico, mais seminal, que transcende as décadas, as modas. Esse amor é como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exílio da natureza. É um amor quase como um órgão físico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor é algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrás de dezenas de milhares de manhãs/ e noites estreladas/ como um puído aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesão oculta onde ninguém sabe".

Pois, senhores, esse amor existe dentro de nós como uma fome quase que "celular". Não nasce nem morre das "condições históricas"; é um amor que está entranhado no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, quase uma "lesão oculta" dos seres expulsos da natureza. Nós somos o único bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos têm esse amor, mas nem sabem.

(Estou sendo "filosófico", mas... tudo bem... não perguntaram?) Esse amor bate em nós como os frêmitos primordiais das células do corpo e como as fusões nucleares das galáxias; esse amor cria em nós a sensação do Ser, que só é perceptível nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor é uma reprodução ampliada da cópula entre o espermatozóide e óvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saímos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo até a dança primitiva das moléculas. Somos grandes células que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "máquina do mundo" ou a máquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte não é a imitação da vida. A vida é que é a imitação de algo transcendental com que a arte nos põe em contato." E a arte não é a linguagem do amor? E não falo aqui dos grandes momentos de paixão, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevíssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistério que subitamente parece revelado. Há, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das árvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, não se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguém: a poesia é um desejo de retorno a uma língua primitiva. O amor também. Melhor dizendo: o amor é essa tentativa de atingir o impossível, se bem que o "impossível" é indesejado hoje em dia; só queremos o controlado, o lógico. O amor anda transgênico, geneticamente modificado, fast love.

Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".

Mas, o fundo e inexplicável amor acontece quando você "cessa", por brevíssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que é e o outro é contemplado em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso desamparo.

Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relâmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que está na calma felicidade dos animais.

Arnaldo Jabor
"Amor é prosa, sexo é poesia"

A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.

Inserida por gtrevisol

“Perdem muito, as pessoas, que não se debruçam sobre o universo do estudo as religiões; erram, quando não ACREDITAM que a ciência também é uma CRENÇA. Assim o fazem, muitos, que se inebriam com um determinado conhecimento; elogiam-no, reverenciam-no, vangloriam-no, e por serem doutrinas, métodos, tábuas, etc. pelas quais se entregam diariamente sem cautela, por hábito imposto ou por inclinação a imbecilidade, e também por serem um tanto vaidosos e egocêntricos, atrevem-se a intitularem-se portadores da razão, do conhecimento e da verdade. Tal atitude vem delinear no quadro do pensamento humano, um rabisco de mau gosto, um desenho um tanto obsoleto e pueril, uma caricatura irônica do ser que busca o alto das montanhas na profundidade das cavernas...; mais do que nunca, sempre domados pelos invisíveis açoites da idéias preconcebidas, lutamos na defesa daquilo que nos corrompe, para nos tornarmos corruptores de toda a humanidade. Não queria eu, usar-me de palavras tão instáveis, que apesar de serem fáceis de compreender a alguns poucos, são herméticas a maioria, principalmente aos que estão corrompidos; mas, que na verdade, o que aqui quero salientar, aliás, apelar e implorar, a quem esteja lendo estas páginas, é que, salvem-se da indiferença e do apego aos abstratos conceitos: eles têm o poder de vetar os nossos olhos; e já é tarde demais para não abrirmos os olhos agora”.

⁠“Sede de Conhecimento”

Sobre minha contribuição
Em rodas de conversas e reflexões
Acerca do que trago
Para ofertar
Digo-lhes
Ofereço minha dúvida,
Meu não saber,
Ora, pois me constituo em ser faltante.
Eu sou aquela que tem sede
E em tendo sede,
Venho em busca da água.
Onde?
Onde existam pessoas que tendo saciado um pouco de sua sede
Tenham água fresca a oferecer.
E neste sentido
Só poderei beber desta água
Em silêncio!
Se falo, não bebo
Se bebo, me calo!

Jussara Inez Juhem de Castilhos
Em 05/09/2014

Inserida por jussarainezcastilhos